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quarta-feira, 4 de junho de 2014

A Redenção do Pai Divino.




A Redenção do Pai Divino 
Linda Schierse Leonard

Amar o Pai-ideal permitiu-me amar meu próprio ideal e realizá-lo em mim. Para tanto, foi preciso enxergar o valor do meu pai e depois constatar 
que esse valor me pertencia. Isso rompeu o vínculo inconsciente e 
me libertou para uma relação pessoal com os poderes transcendentais
 no seu Self.
A mulher que cresceu muito apegadas ao Pai, e se afastou da mãe por algum motivo, pode ter perdido o “elo” com o princípio feminino da mãe, da mulher, amiga, irmã,  e por isso revela dificuldade de identificação 
com a essência arquetípica feminina.
 O feminino nos possibilita intuição, a sensibilidade, e acolhimento maternal... e pode se tornar muito yang, reativa, controladora, agressiva e não sabe porque não consegue se relacionar com os homens.
O culto ao Sagrado da Divina Mãe de todas as religiões é muito benéfico para mulheres que perderam o a sintonia com o seu feminino.
Para filhas feridas que têm uma relação deficiente com outros aspectos do pai, os detalhes da redenção podem variar, mas a questão central permanecerá a mesma. Redimir o pai exige que seja reconhecido o valor que ele tem a oferecer.
Por exemplo, a filha que reage contra um pai muito autoritário deverá ter problemas de aceitação de sua própria autoridade. É possível que sua adaptação seja um ato de revolta. Para ela, é preciso ver o valor em sua própria responsabilidade, na aceitação do seu próprio poder e força.
 É preciso que valorize o limite, que chegue até a altura onde está e enxergue suas fronteiras, sabendo quando se toma excessivo. Precisa saber quando dizer não e quando dizer sim. Isso significa ter ideais realistas e conhecer os limites pessoais e os da situação.
Em termos mais freudianos, precisa atingir uma relação positiva com o “superego”, com a voz interior da valorização, dos limites, da lei do Pai,  do julgamento respon­sável e da tomada de decisões.
 Quando construtiva, essa voz não é nem crítica nem severa, nem condescendente demais, e por isso pode ver e ouvir com objetividade o que existe. Certa mulher expressou-se desta forma: “Preciso ouvir a voz do pai dentro de mim, dizendo-me com delicadeza que estou fazendo tudo direitinho, mas também me apontando quando ultrapasso a li­nha.”
A voz do Pai Bom é a voz do Pai interior, está relacionado com o Self, com os limites interiores, com o Poder do pai diante da criança, ou o Poder Divino.
A redenção desse aspecto paterno significa a transformação do juiz crítico, que proclama “culpada” a pessoa, o tempo todo, e do advogado de defesa, que responde com justificativas. Em vez dessas figuras, haverá um árbitro objetivo e amoroso. Isso representa ter o próprio sentido interior de valorização, em vez de buscá-la na aprovação externa.
Em lugar de cair como vítima na armadilha das projeções culturais coletivas que não servem, indica conhecer-se a si mesma e dar vida concreta às suas possibilidades genuínas. No nível cultural, exprime valorizar o feminino o suficiente para que ele confronte a visão coletiva do que “se espera” que seja o feminino.