
4. "A Ponte entre os três Aspectos da Mente" texto pesquisado em
http://www.encontroespiritual.org/antahkarana/antahkarana-00-inicial.html
Há um ponto que gostaria de esclarecer, se puder, pois, sobre este ponto, há muita confusão na mente dos aspirantes, o que é bastante compreensível.
Vamos, pois, por um momento, considerar exatamente onde o aspirante fica, quando começa conscientemente a construir o antahkarana.
Atrás dele, estende-se uma longa série de existências e a experiência delas trouxe-o até o ponto em que ele é capaz de, conscientemente, avaliar sua condição e chegar a algum entendimento de seu ponto na evolução.
Ele pode, consequentemente, incumbir-se de - em cooperação com sua consciência que firmemente desperta e se focaliza - dar o próximo passo, que é o do discipulado aceito. No presente, ele está orientado para a alma; através da meditação e da experiência mística, ele, de fato, tem contato ocasional com sua alma, e isto acontece com crescente frequência.
Esta experiência intuitiva serve para ancorar "o primeiro tênue fio tecido pelo Tecelão em empreendimento fohatico", como está dito no Velho Comentário. É o primeiro cabo, projetado a partir da Tríade Espiritual em resposta à emanação da personalidade, e isto é o resultado da crescente potência magnética de ambos estes aspectos da Mônada em manifestação.
Será óbvio para vocês que, quando a personalidade se está tornando adequadamente magnetizada sob o ângulo espiritual, sua nota ou som soará e evocará a resposta da alma em seu próprio plano. Mais tarde, a nota da personalidade e a nota da alma, em uníssono, produzirão um efeito definitivamente atrativo sobre a Tríade Espiritual. Esta Tríade Espiritual, por sua vez, tem exercido um crescente efeito magnético sobre a personalidade.
Isto começa no momento do primeiro contato consciente com a alma. A resposta da Tríade é, necessariamente, nesta etapa inicial via o sutratma e produz, inevitavelmente, o despertar do centro da cabeça. Essa é a razão por que a doutrina do coração suplanta a doutrina do olho. A doutrina do coração governa o desenvolvimento ocultista; a doutrina do olho - que é a doutrina do olho da visão - governa a experiência mística; a doutrina do coração é baseada na natureza universal da alma, condicionada pela Mônada, o Uno, e envolve a realidade; a doutrina do olho é baseada na relação dual entre alma e personalidade.
Ela envolve os relacionamentos espirituais, mas a atitude de dualismo ou reconhecimento dos opostos polares está implícita nela. É importante lembrar estes pontos à medida que esta nova ciência se torna mais largamente conhecida.
O aspirante eventualmente chega ao ponto onde os três fios - o da vida, o da consciência e o da criatividade - estão sendo focalizados, reconhecidos como correntes de energia, e utilizados deliberadamente pelo discípulo aspirante no plano mental inferior. Lá, esotericamente falando, "ele toma sua posição, e olhando para cima, vê uma terra prometida de beleza, amor e futura visão".
Porém, existe uma lacuna na consciência, embora não de fato. O fio sutrátmico de energia transpõe a lacuna, e tenuemente relaciona mônada, alma e personalidade. Mas, o fio da consciência estende-se somente da alma à personalidade - sob o ângulo do sentido involutivo. Sob o ângulo evolutivo (usando uma frase paradoxal), há somente uma pequena percepção consciente existente entre a alma e a personalidade, sob o ponto de vista da personalidade no arco evolutivo do Caminho do Retorno.
Todo o esforço do homem é para tornar-se consciente da alma e transmutar sua consciência para a da alma, enquanto preservando ainda a consciência da personalidade. Na medida em que a fusão da alma e da personalidade é fortalecida, o fio criativo torna-se cada vez mais ativo, e assim os três fios firmemente fundem-se, mesclam-se e tornam-se dominantes e o aspirante está então pronto para transpor a lacuna e unir a Tríade Espiritual à personalidade por intermédio da alma.