O INCONSCIENTE É O DIVINO
A superfície consciente da nossa natureza é o nosso pequeno ego humano
— as profundezas inconscientes são o nosso grande Eu divino.
A Realidade Universal é o grande Inconsciente, não o Inconsciente da
vacuidade, mas Inconsciente da plenitude.
O Inconsciente da plenitude é o
Oniconsciente, mas esse Oniconsciente se apresenta ao nosso ego consciente como
sendo o Inconsciente. Os extremos se tocam.
Quem olha para dentro da treva
nada enxerga; quem olha diretamente dentro da luz solar, nada enxerga. Aquela
escuridão é a ausência da luz, esta é a pleni-presença da luz.
Treva total e luz total são, para a nossa percepção finita, a mesma
coisa — o Nada, o Vácuo, a Treva, a Ausência. Nós, os Finitos, só enxergamos o
Todo quando êle é reduzido a Algo, mas não o enxergamos como o Todo, que nos
parece o Nada.
A Luz Incolor da Realidade Total não é objeto da nossa percepção finita;
só a Luz Colorida da Realidade Parcial, isto é, do Algo Finito, é que pode ser
percebida por nós.