Nossas forças mentais. A ação da ódio, da raiva em nosso universo.
Prentice Mulford
Postado por DharmaDhannyaEL
Se somos dc natural rixosos e vivos,
o nosso espírito passará toda a noite em contínua agitação
e, quando voltar ao corpo, terá perdido uma boa parte das suas forças, em vez
de havê-la recolhido e concentrado, pois toda essa inútil agitação, ainda que
seja somente em espírito, constitui um dispêndio contínuo de forças.
Por essa mesma
razão, é perigoso e insano deixar que “o sol se ponha sobre a nossa cólera”;
isto é, havemos de ter em conta, cada vez que vamos fechar os olhos para
dormir, a conveniência de não guardarmos ódio nem rancor contra as pessoas que
estejam inimizadas conosco, pois o espírito persevera no mesmo sentimento
depois de ter abandonado o corpo.
O ódio é uma
força destruidora, que se difunde com facilidade, fazendo o nosso próprio
espírito em pedaços. Todos os bons sentimentos, pelo contrário, são
construtores, sobrepondo constantemente forças sobre outras forças.
O ódio nos leva à decadência. Os bons
sentimentos para com todos nos atraem a saúde e nos trazem elementos sadios de
todos aqueles com quem temos estado em contato. Se nos fosse dado também
observar os elementos contrários de ódio que podemos excitar nos outros,
veríamos como se dirigem para nós em forma de raios obscuros, ou antes, como
arrolozinhos de substâncias venenosas.
Se lançamos também no espaço pensamentos de
ódio, não fazemos mais do que dar força e poder aos maus pensamentos alheios,
chocando-se e mesclando-se, desta maneira, tão perigosos elementos, acionando e
racionando uns sobre os outros, pedindo todos, a cada momento, novas forças
que, robustecendo as anteriores, lhes permitam continuar indefinidamente a
batalha, até que os dois inimigos caiam completamente extenuados.
O próprio
interesse de cada um está em não odiar a ninguém. O ódio debilita o corpo e é
causa de grandes enfermidades. Nunca vistes um homem sadio e forte que fosse
cínico, rixoso ou difamador. O seu próprio pensamento o envenena, e os seus
achaques físicos se originam no seu próprio intelecto.
O espírito de
tais homens se acha sempre doente, e o espírito enferma o corpo, porque todas
as moléstias corporais nos vêm por este meio. Curemos o nosso espírito,
modifiquemos o estado da nossa inteligência, troquemos o desejo de causar dano
aos outros ou de ser-lhes desagradáveis, pelo afã de fazer-lhes bem, e isto nos
porá no caminho de curarmos as nossas enfermidades.