Meditação - Eu Sou a Unidade - Eu Sou
Unindo-se a Brahma
Dharmadhannya
Dharmadhannya
Chegamos agora ao ponto em que podemos iniciar a meditação no estilo ioga, isto é, descansado, relaxado, após alguns minutos de exercício.
Devemos, mais uma vez, sentar-nos, com as pernas cruzadas à frente. A postura do lótus, na qual os pés ficam colocados sobre as coxas, é impossível à maioria dos ocidentais.
Não parece que tenhamos sido feitos para ela. O sentar-se com as pernas confortavelmente cruzadas é igualmente bom.
O importante na meditação ioga é manter o corpo à vontade, embora alerta, de modo que possamos ignorá-Io e esquecê-lo.
Se não conseguirmos manter a posição com as pernas cruzadas no meio de um aposento, poderemos sentar-nos perto de uma parede, de modo a conseguir certo apoio para as costas.
Mas, se nos sentimos - incômodos ou julgamos impossível achar posição dessa maneira, podemos usar uma cadeira.
A ioga insiste que o corpo deve ser mantido ereto. Dão para isso razões esotéricas, relativas à “serpente” supostamente enroscada na base da coluna vertebral, mas suspeito que a razão está no clima quente da índia, onde é muito fácil dormir dão logo nos recostamos.
"E ali sentado”, aconselha Krishna a Arjuna, “ereto e imóvel, com os; sentidos e a mente perfeitamente controlados e a alma unipolarizada, pratica o homem a ioga a fim de conseguir a purificação da sua alma divina.”
“Mantenha o corpo, o pescoço e a cabeça eretos, fazendo os olhos convergir na base do nariz, pelo poder da visão interna.”
"Esteja firmemente estabelecido no espírito de Brahmacharya, livre de qualquer solicitude, todo focalizado em mim e a mim devotado com todo o seu ser.”
“Assim, em permanente contemplação do Ser Supremo, torna-se o iogue um poderoso soberano no seu próprio reino e entra na paz e no gozo supremo do nirvana.”
Assim começa a meditação ioga. Talvez a palavra mais importante do trecho acima seja “unipolarizado”, Krishna, aliás, já explicara êsse ponto a Arjuna:
"A mente resoluta é una e unipolarizada; os objetivos da mente irresoluta, porém, são ramificados e infindáveis.” Refrear a mente para que ela não salte de um objeto a outro constitui o primeiro passo da meditação. Numerosos meios foram sugeridos para conseguir-se isso.
1. Comecemos simplesmente observando os pensamentos que fluem espontaneamente pela mente. Com a prática, esse fluxo pode ser rapidamente estancado de modo a permitir à mente descer para nível mais profundo.
2. Inicialmente, porém, o fluxo deve continuar para que o observemos e, sem agitação, deixá-lo-emos correr, como algumas vezes deixamos o ar escapar de um cano d’água. Após algum tempo, devemos interromper o fluxo por alguns momentos e observar de relance a quietude que almejamos atingir.