quarta-feira, 11 de junho de 2025

Hormônios relacionados ao amor

 





Hormônios relacionados ao amor

Algumas dicas extras

Hormônios e neurotransmissores relacionados ao enamoramento e ao amor

Alguns pesquisadores tentaram descobrir o que exatamente acontece em nossos cérebros, quais neurotransmissores e hormônios estão envolvidos nesse fenômeno e por que nossos pensamentos e comportamento mudam quando alguém conquista nosso coração.

Nem todos conseguem nos fazer sentir essa sensação mágica, mas quando nos apaixonamos, então, e somente então, a cascata de substâncias neuroquímicas do amor entra em erupção para mudar nossa percepção do mundo.

 Em resumo, os hormônios e neurotransmissores mais importantes envolvidos no processo de se apaixonar são os seguintes:

Feniletilamina (PEA): Conhecida como a molécula do amor, quando nos apaixonamos, essa substância inunda nosso cérebro. Ela produz um efeito estimulante e uma sensação de estar "nas nuvens".

Noradrenalina (norepinefrina): é uma catecolamina que tem grande influência no humor, na motivação, no foco de atenção e no comportamento sexual.

Adrenalina (epinefrina): É semelhante à noradrenalina tanto em estrutura quanto em função. Do ponto de vista funcional, não há diferenças entre as duas, exceto que a função da adrenalina é predominantemente fora do sistema nervoso central (embora também atue dentro dele como neurotransmissor).

Dopamina: Este é o principal neurotransmissor ligado a comportamentos prazerosos e sua repetição. Desempenha um papel no uso e dependência de drogas, no jogo, no amor e no apaixonar-se.

Serotonina: A serotonina é conhecida como o "hormônio da felicidade" e altos níveis dessa substância estão associados ao bom humor, ao otimismo, ao bom humor e à sociabilidade. Pesquisas mostram que um coração partido causa uma diminuição significativa desse neurotransmissor, o que pode levar à obsessão e até mesmo à depressão.

Ocitocina: também conhecida como o "hormônio do abraço", está envolvida na criação de laços estreitos com os parceiros. Ela ajuda a criar laços duradouros entre os amantes após a onda inicial de emoção, e abraçar, beijar ou fazer amor estimula a liberação dessa substância.

Vasopressina: Conhecida como o hormônio da monogamia, também está presente no processo de vínculo entre mãe e filho. É liberada em resposta à proximidade e ao toque, promovendo um forte vínculo emocional.

Theresa Crenshaw, numa tentativa de explicar sua função, diz: "A testosterona quer festejar, a vasopressina quer ficar em casa", referindo-se à sua influência redutora sobre o desejo sexual de um indivíduo. Em última análise, promove um pensamento mais racional e menos caprichoso, proporcionando estabilidade.

Quando o amor acaba: o que acontece?

Embora existam fatores sociais que influenciam se nos apaixonamos por uma pessoa ou outra, é inegável que se apaixonar e o amor, quando termina, pode causar sérios problemas para a pessoa que continua apaixonada.

 Devido à seleção natural, os humanos desenvolveram um cérebro que evoluiu para maximizar a reprodução e, portanto, evitar a extinção da espécie, onde os neuroquímicos da felicidade evoluíram para promover comportamentos reprodutivos. Isso, que teve um grande impacto em nossa evolução, significa que, quando relacionamentos terminam, temos que lutar contra nossas emoções, instintos e motivações.

As conclusões de um estudo do Albert Einstein College of Medicine deixam claro: "Em um coração partido, assim como quando uma pessoa é viciada em drogas, as consequências do vício são tão fortes que podem levar a um comportamento depressivo e obsessivo grave."

A depressão, a solidão não produz os hormônios que nos une com o outro.

Quando o vínculo com uma pessoa é muito forte, leva tempo para enfraquecer os circuitos neurais que envolvem as substâncias químicas do amor e, como acontece com um viciado em drogas, a melhor maneira de superar isso é sem contato (pelo menos durante os estágios iniciais do término e sempre que possível).

Na verdade, psicólogos especializados em amor recomendam a "terapia do tudo ou nada", já que o desgosto amoroso não é um processo linear (recaídas podem ocorrer) e a aceitação pode levar tempo.

 Algumas pessoas o vivenciam como uma fase de luto, e não podemos esquecer que estamos nos acostumando a ficar sem a pessoa que amamos e com quem compartilhamos momentos especiais.

Amor: mais do que química

Os neuroquímicos do amor exercem grande influência no comportamento dos apaixonados, mas não podemos esquecer que fatores sociais, culturais e educacionais desempenham um papel importante na hora de se apaixonar.

A cultura frequentemente define nossas preferências quando se trata de encontrar um parceiro, e a escolha e a atração muitas vezes se encaixam em nossas estruturas mentais e em nossas ideias sobre o mundo e a vida.

É verdade que, quando estamos diante da pessoa de quem gostamos, ficamos excitados e as substâncias químicas do amor entram em ação.

 No entanto, a raiz disso está nas expectativas, que são moldadas por nossas estruturas mentais e frequentemente alimentadas pelo conceito de amor que vimos na televisão ou em filmes. É difícil imaginar um milionário se apaixonando por uma pessoa em situação de rua.

Em relação ao apaixonar-se, como explica a antropóloga Helen Fisher: “Ninguém sabe exatamente por que isso acontece. Sabemos que há um componente cultural muito importante envolvido.

O momento certo também é crucial: é preciso estar disposto a se apaixonar. As pessoas tendem a se apaixonar por alguém próximo; mas também nos apaixonamos por pessoas misteriosas.”

Amor maduro e influência cultural

Em relação ao amor maduro, de acordo com Robert Epstein, psicólogo do Instituto Americano de Pesquisa e Tecnologia Comportamental:

“As práticas culturais influenciam significativamente a maneira como as pessoas buscam e desenvolvem o amor, e a chave é a compatibilidade de mentalidade — ou seja, compartilhar uma visão de mundo semelhante”.

 Epstein acredita que “em culturas onde as pessoas se casam com base em uma visão irracional do amor promovida pela mídia, elas têm sérias dificuldades em manter relacionamentos, em parte porque frequentemente confundem amor com se apaixonar. Esta não é uma situação favorável para relacionamentos de longo prazo”.

O amor tem a ver com crenças e valores, e apaixonar-se é uma série de reações químicas que ocorrem em diferentes regiões do cérebro e nos dão uma percepção idílica de uma pessoa.

Epstein afirma que "pessoas que já passaram da idade fértil às vezes têm parceiros por razões mais práticas". Isso sugere que, ao longo dos anos, podemos nos educar para termos uma visão muito mais realista do que significa ter um parceiro.

 J. Alen

Postado por Dharmadhannya


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