Hormônios relacionados ao amor
Algumas
dicas extras
Hormônios e neurotransmissores relacionados ao enamoramento e ao amor
Alguns
pesquisadores tentaram descobrir o que exatamente acontece em nossos cérebros,
quais neurotransmissores e hormônios estão envolvidos nesse fenômeno e por que
nossos pensamentos e comportamento mudam quando alguém conquista nosso coração.
Nem todos
conseguem nos fazer sentir essa sensação mágica, mas quando nos apaixonamos,
então, e somente então, a cascata de substâncias neuroquímicas do amor entra em
erupção para mudar nossa percepção do mundo.
Feniletilamina
(PEA): Conhecida como a molécula do amor, quando nos apaixonamos, essa
substância inunda nosso cérebro. Ela produz um efeito estimulante e uma
sensação de estar "nas nuvens".
Noradrenalina
(norepinefrina): é uma catecolamina que tem grande influência no humor, na
motivação, no foco de atenção e no comportamento sexual.
Adrenalina
(epinefrina): É semelhante à noradrenalina tanto em estrutura quanto em função.
Do ponto de vista funcional, não há diferenças entre as duas, exceto que a
função da adrenalina é predominantemente fora do sistema nervoso central
(embora também atue dentro dele como neurotransmissor).
Dopamina:
Este é o principal neurotransmissor ligado a comportamentos prazerosos e sua
repetição. Desempenha um papel no uso e dependência de drogas, no jogo, no amor
e no apaixonar-se.
Serotonina:
A serotonina é conhecida como o "hormônio da felicidade" e altos
níveis dessa substância estão associados ao bom humor, ao otimismo, ao bom
humor e à sociabilidade. Pesquisas mostram que um coração partido causa uma
diminuição significativa desse neurotransmissor, o que pode levar à obsessão e
até mesmo à depressão.
Ocitocina:
também conhecida como o "hormônio do abraço", está envolvida na
criação de laços estreitos com os parceiros. Ela ajuda a criar laços duradouros
entre os amantes após a onda inicial de emoção, e abraçar, beijar ou fazer amor
estimula a liberação dessa substância.
Vasopressina:
Conhecida como o hormônio da monogamia, também está presente no processo de
vínculo entre mãe e filho. É liberada em resposta à proximidade e ao toque,
promovendo um forte vínculo emocional.
Theresa
Crenshaw, numa tentativa de explicar sua função, diz: "A testosterona quer
festejar, a vasopressina quer ficar em casa", referindo-se à sua
influência redutora sobre o desejo sexual de um indivíduo. Em última análise,
promove um pensamento mais racional e menos caprichoso, proporcionando
estabilidade.
Quando o
amor acaba: o que acontece?
Embora
existam fatores sociais que influenciam se nos apaixonamos por uma pessoa ou
outra, é inegável que se apaixonar e o amor, quando termina, pode causar sérios
problemas para a pessoa que continua apaixonada.
As
conclusões de um estudo do Albert Einstein College of Medicine deixam claro:
"Em um coração partido, assim como quando uma pessoa é viciada em drogas,
as consequências do vício são tão fortes que podem levar a um comportamento
depressivo e obsessivo grave."
A depressão, a solidão não produz os hormônios que nos une com o outro.
Quando o
vínculo com uma pessoa é muito forte, leva tempo para enfraquecer os circuitos
neurais que envolvem as substâncias químicas do amor e, como acontece com um
viciado em drogas, a melhor maneira de superar isso é sem contato (pelo menos
durante os estágios iniciais do término e sempre que possível).
Na
verdade, psicólogos especializados em amor recomendam a "terapia do tudo
ou nada", já que o desgosto amoroso não é um processo linear (recaídas
podem ocorrer) e a aceitação pode levar tempo.
Algumas pessoas o vivenciam como uma fase de
luto, e não podemos esquecer que estamos nos acostumando a ficar sem a pessoa
que amamos e com quem compartilhamos momentos especiais.
Amor:
mais do que química
Os
neuroquímicos do amor exercem grande influência no comportamento dos
apaixonados, mas não podemos esquecer que fatores sociais, culturais e
educacionais desempenham um papel importante na hora de se apaixonar.
A cultura
frequentemente define nossas preferências quando se trata de encontrar um
parceiro, e a escolha e a atração muitas vezes se encaixam em nossas estruturas
mentais e em nossas ideias sobre o mundo e a vida.
É verdade
que, quando estamos diante da pessoa de quem gostamos, ficamos excitados e as
substâncias químicas do amor entram em ação.
No entanto, a raiz disso está nas
expectativas, que são moldadas por nossas estruturas mentais e frequentemente
alimentadas pelo conceito de amor que vimos na televisão ou em filmes. É
difícil imaginar um milionário se apaixonando por uma pessoa em situação de
rua.
Em
relação ao apaixonar-se, como explica a antropóloga Helen Fisher: “Ninguém sabe
exatamente por que isso acontece. Sabemos que há um componente cultural muito
importante envolvido.
O momento
certo também é crucial: é preciso estar disposto a se apaixonar. As pessoas
tendem a se apaixonar por alguém próximo; mas também nos apaixonamos por
pessoas misteriosas.”
Amor
maduro e influência cultural
Em
relação ao amor maduro, de acordo com Robert Epstein, psicólogo do Instituto
Americano de Pesquisa e Tecnologia Comportamental:
“As
práticas culturais influenciam significativamente a maneira como as pessoas
buscam e desenvolvem o amor, e a chave é a compatibilidade de mentalidade — ou
seja, compartilhar uma visão de mundo semelhante”.
Epstein acredita que “em culturas onde as
pessoas se casam com base em uma visão irracional do amor promovida pela mídia,
elas têm sérias dificuldades em manter relacionamentos, em parte porque
frequentemente confundem amor com se apaixonar. Esta não é uma situação
favorável para relacionamentos de longo prazo”.
O amor
tem a ver com crenças e valores, e apaixonar-se é uma série de reações químicas
que ocorrem em diferentes regiões do cérebro e nos dão uma percepção idílica de
uma pessoa.
Epstein
afirma que "pessoas que já passaram da idade fértil às vezes têm parceiros
por razões mais práticas". Isso sugere que, ao longo dos anos, podemos nos
educar para termos uma visão muito mais realista do que significa ter um
parceiro.
J. Alen
Postado por Dharmadhannya
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