sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Amar o eu

 


Amar o eu

Continuo explicando que não importam quais pareçam ser seus problemas, só existe uma única coisa em que trabalho com todos - o amor ao eu. O amor é o remédio milagroso. Amar a nós mesmos é algo que realiza milagres em nós mesmos.

Não estou falando sobre vaidade, arrogância ou convencimento, pois isso não é amor, mas somente medo. Falo sobre ter um grande respeito por nós mesmos e uma gratidão pelo milagre de nosso corpo e nossa mente.

"Amor", para mim, é apreciação a tal ponto que ela enche meu coração ao máximo e extravasa. 

O amor pode tomar qualquer direção. Posso sentir amor por:

O processo da vida em si.

A alegria de estar viva.

A beleza que vejo.

Outra pessoa.

O conhecimento.

O processo da mente.

Nossos corpos e o modo como funcionam.

Animais, aves, peixes.

A vegetação em todas as suas formas.

O Universo e o modo como funciona.

O que você pode acrescentar a essa lista?

Vamos dar uma olhada em algumas das formas de não amarmos a nós mesmos:

Censuramo-nos e criticamo-nos de maneira interminável.

Maltratamos nossos corpos com alimentos errados, álcool e drogas.

Escolhemos acreditar que não somos merecedores de amor.

Temos medo de cobrar um preço razoável pelos nossos serviços.

Criamos doenças e dor em nossos corpos.

Adiamos fazer coisas que nos beneficiariam.

Vivemos no caos e na desordem.

Criamos dívidas e fardos.

Atraímos amantes e parceiros que nos diminuem.


Quais são algumas das suas próprias formas?

Se de alguma maneira negamos nosso bem, trata-se de um ato de não nos amar. Lembro-me de uma cliente que usava óculos.

Um dia desprendemos um velho medo de infância. No dia seguinte, ao acordar, ela achou que as lentes de contato a estavam incomodando demais. Tirou-as, olhou à sua volta e descobriu que sua vista estava perfeita.

Todavia, minha cliente passou o dia inteiro dizendo: "Não acredito, não acredito". No dia seguinte voltou a usar lentes. A mente subconsciente não tem senso de humor. Não conseguiu acreditar que havia criado a visão perfeita. A falta de autovalorização é uma outra expressão do não amar a nós mesmos.

Tom era um artista muito bom e tinha alguns clientes ricos que lhe pediram que decorasse uma ou duas paredes em suas casas.

Mesmo assim, ele estava sempre atrasado no pagamento de suas contas, pois seus orçamentos originais nunca eram suficientes para cobrir o tempo envolvido na conclusão do trabalho. Ora, qualquer um que presta um serviço ou cria um produto único pode cobrar o preço que quiser.

Pessoas de posses adoram pagar muito pelo que querem, pois isso valoriza mais o objeto em questão.

Vamos a mais exemplos:

Nosso parceiro está cansado e mal-humorado. Imaginamos o que nós fizemos de errado para causar isso.

Alguém nos convida para sair uma ou duas vezes e depois não telefona mais. Pensamos que deve haver algo de errado em nós.

Nosso casamento termina e temos certeza de que nós somos um fracasso.

Nossos corpos não são similares aos que aparecem em revistas famosas, e nos sentimos inferiores.

Não "fechamos a venda" ou "conseguimos o papel" e ficamos certos de que "não somos bastante bons".

Temos medo da intimidade ou de deixar alguém se aproximar demais, de modo que procuramos

sexo anônimo.

Não conseguimos tomar decisões porque temos certeza de que elas serão erradas.

Como você expressa sua falta de autovalorização?

Exercício: Espelho Peço ao cliente para pegar um espelho pequeno, olhar bem nos olhos, dizer seu nome e depois: "Eu o amo e aceito exatamente como você é". Esse exercício é extremamente difícil para muitas pessoas. É raro eu obter uma reação tranquila, muito menos um pouco de alegria com essa prática.

Alguns choram ou ficam com olhos marejados, outros se enfurecem, outros ainda menosprezam suas feições ou qualidades, uns poucos afirmam que não conseguem.

Cheguei a ver um homem atirar o espelho para longe e querer fugir. Precisei trabalhar meses seguidos com esse cliente até ele poder começar a relacionar-se consigo mesmo no espelho.

Por muitos anos eu olhei no espelho apenas para criticar o que eu via nele. Hoje, quando me recordo das intermináveis horas que passei acertando as sobrancelhas, tentando me tornar razoavelmente aceitável, acho graça. Lembro-me bem do medo que eu sentia de olhar dentro dos meus próprios olhos.

 No meu trabalho, esse exercício me mostra muito. Em menos de uma hora sou capaz de atingir o âmago da questão sob o problema externo. Quando se atua apenas no nível do problema, gastam-se horas intermináveis trabalhando em cada detalhe e, no instante em que tudo parece "arrumado" ele brota num outro lugar qualquer.

Louyse hay

Postado por Dharmadhannya


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