terça-feira, 9 de maio de 2023

Meu diário





Meu diário

Mantenha um diário para não perder o controle da sua vida

Uma das maiores chaves para estar ligado na própria vida é prestar atenção. E manter um registro como se isso fosse essencial. E é. Se sua intenção é ter uma vida boa, plena e respeitada tanto por você quanto pelos outros, é preciso que ela seja uma vida observada.

E isso requer um registro dos seus atos. Parece banal, mas funciona. É fácil olhar pela janela, ver a chuva cair e agir como Teddy, dizendo: “Não estou me importando com nada disso!”

 Depois basta voltar a dormir. No entanto, se você souber que terá que admitir esse compor­tamento por escrito, é provável que se levante e toque sua vida para frente

Por isso, mantenha um simples diário no qual possa escrever todos os dias estas três coisas: 

1) o que comi;

2) os exercícios físicos que realizei (ou não realizei); e 3) o que fiz da minha vida - em termos sociais, sexuais, morais ou seja lá o que for que lhe dê motivação.

 Será uma ajuda tremenda para você saber que, à medida que decide minuto a minuto o que fazer, “tudo será es­crito” e “tudo será conhecido”.

 É uma espécie de talismã, um sinal de que alguém se importa. Mesmo que seja apenas você.

Criar um diário - e mantê-lo de modo acurado - tem sido o dever sagra­do de capitães e comandantes através dos tempos. 

Aqueles que falsificaram diários ou os adulteraram enfrentaram punições gravíssimas, incluindo, cer­tamente, a perda do comando. Portanto, se você não se dedicar a elaborar um diário com seriedade, perderá o controle também. De si mesmo.

Fiquei sabendo dessa proeza proporcionada pelo diário por meio do Dr. Stephen Gullo. Todos os dias, tinha a tarefa de preencher uma folha, mencio­nando cada item que eu comera e bebera, e enviá-la por fax para ele. 

Uma vez por semana, ia ao seu escritório e ficava lá ouvindo suas orientações e seus es­tímulos. Depois que nosso trabalho terminou, continuei escrevendo o diário e passei a incentivar a mim mesmo.

 Já sabia o que não devia comer. Todo mundo sabe. A grande questão para mim era aprender a cuidar dos outros. O preço da boa forma é a eterna vigilância, enquanto o maior estímulo à atenção é o registro diário.

 Esse recurso funciona igualmente bem em com­binação com os esforços para integrar-se e comprometer-se. Escrevendo tudo no papel, nos tornamos uma nova pessoa, isto é, alguém que se importa.

O diário é uma muleta em que podemos nos apoiar sempre que nos sentimos frágeis. Um escudo contra aborrecimentos quando estamos cansados.

 Uma espada que simboliza nossa resolução nos momentos em que titubeamos. É uma ferramenta prática e um dispositivo mágico que se interpõe entre nós e este pensamento implacável:

 “Quer saber de uma coisa? Não estou me impor­tando com nada!” Perdi meu diário umas duas vezes e fui direto para o infer­no sem o menor erro.

 Pela minha experiência, eu diria que existe uma corre­lação perfeita entre a ausência do diário e a ida para o reino das trevas. Por isso, agora o levo para todo lugar e o mantenho religiosamente atualizado.

Mas, quer você faça ou não uma tentativa, lembre-se: o grande truque nesta vida é importar-se. Tanto na superfície quanto no fundo do seu coração. A propósito, Teddy morreu jovem. Ele não ligava para nada.

  . E um tema de fundamental importância. Se não exercitarmos a habilidade de conviver em sociedade - permanecendo afasta­dos e cada vez mais solitários ficaremos doentes e morreremos.

 Centenas de estudos fascinantes demonstram essa questão. Portanto, “importar-se” equivale a preocupar-se com as pessoas e estar envolvido com elas, agindo como os animais sociais que somos até o fim.

A próxima sugestão ultrapassa esse ponto. É uma recomendação para nos envolvermos numa espécie de cuidado com os outros que satisfaça o que pode ser o elemento básico do nosso cérebro racional, assim como nosso caráter essencialmente humano. 

                                                  

Acredito que fomos “projetados” para aspirar a coisas que estão além dos nossos interesses e dos interesses do nosso grupo mais pró­ximo, isto é, para “nos importarmos” no sentido mais abrangente.

 Há pelo menos uma possibilidade de que nos importarmos nesse nível mais elevado seja o verdadeiro significado do que é ser humano e ter uma mente racional.

Harry e eu não pretendemos nos estender sobre essa atitude, que pode variar entre a realização de um trabalho com crianças carentes até à cons­trução de catedrais, visto que é uma questão pessoal.

 Para muitas pessoas, a escolha do modo como pretendem contribuir para o bem-estar maior é algo que sofre a influência do seu entendimento da espiritualidade, um tópico que não temos condições de abordar da forma apropriada neste texto. 

Em todo caso, podemos dizer que descobrir o altruísmo em si mesmo - e tomá-lo como certo - será provavelmente a maior das suas conquistas. Importar-se em todos os níveis é uma das coisas mais relevantes que você poderá fazer na terceira idade.

Postado por Dharmadhannya


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