quinta-feira, 25 de maio de 2023

Folhas verdes e a Prevenção do Alzheimer

 



Folhas verdes e a Prevenção do Alzheimer 

As pessoas que se alimentam de dietas ricas em folhas verdes, bem como outros vegetais, frutas, grãos integrais, azeite, feijão, nozes e peixe, podem ter menos placas amiloides e emaranhados de tau no cérebro, sinais da doença de Alzheimer, do que aquelas que não comem estes tipos de alimentos. É o que concluiu um estudo feito por pesquisadores da Rush University, nos Estados Unidos, e publicado na revista científica "Neurology".

A pesquisa examinou o quanto as pessoas seguiram as dietas Mind e Mediterrânea. Embora semelhantes, a Mediterrânea recomenda vegetais, frutas e três ou mais porções de peixe por semana, enquanto a Mind prioriza vegetais de folhas verdes como espinafre e couve, junto com outros vegetais. Ela também orienta dar preferência para frutas vermelhas em detrimento de outras e recomenda uma ou mais porções de peixe por semana.

"Esses resultados são empolgantes. A melhora na dieta das pessoas em apenas uma área, como comer mais de seis porções de vegetais de folhas verdes por semana ou não comer frituras, foi associada a menos placas amilóides no cérebro, semelhante a ser cerca de quatro anos mais jovem", diz Puja Agarwal, da Rush University, autor do estudo na Universidade.

"Embora nossa pesquisa não prove que uma dieta saudável resultou em menos depósitos cerebrais de placas amilóides, também conhecidas como um indicador da doença de Alzheimer, sabemos que existe uma relação e seguir as dietas Mind e Mediterrânea pode ser uma maneira de as pessoas melhorarem a saúde do cérebro e protegerem a cognição à medida que envelhecem."


Para a dieta Mediterrânea, foram usadas 11 categorias de alimentos no estudo. Os participantes da pesquisa receberam uma pontuação de zero a 55, com pontuações mais altas se aderissem à dieta nas seguintes categorias: cereais integrais, frutas, vegetais, legumes, azeite, peixe e batata. Eles receberam pontuações mais baixas se comessem carne vermelha, aves e laticínios integrais.

Para a dieta Mind, havia 15 categorias. Os participantes receberam uma pontuação de zero a 15, com um ponto cada para 10 grupos de alimentos saudáveis para o cérebro, incluindo vegetais de folhas verdes, outros vegetais, nozes, frutas vermelhas, feijões, grãos integrais, peixe, aves, azeite e vinho.

Eles perdiam um ponto se ingerissem alimentos além do recomendado em cinco grupos de alimentos não saudáveis, incluindo carnes vermelhas, manteiga e margarina, queijo, bolos e doces, frituras e fast food. Os pesquisadores então dividiram os participantes em três grupos para cada dieta e compararam os dos grupos com as pontuações mais altas com os dos grupos mais baixos.

Para a dieta Mediterrânea, as pessoas do grupo mais alto tiveram uma pontuação média de 35, enquanto as do grupo mais baixo tiveram uma pontuação média de 26. Para a dieta Mind, o grupo mais alto teve uma pontuação média de 9, enquanto o grupo mais baixo teve uma média de pontuação de 6.

Depois de ajustar para idade, sexo, educação, ingestão total de calorias e se as pessoas tinham um gene ligado a um maior risco de desenvolver a doença de Alzheimer, os pesquisadores descobriram que as pessoas com uma pontuação mais alta por aderir à dieta Mediterrânea tinham quantidades médias de placas e emaranhados em seus cérebros semelhantes a serem 18 anos mais jovens do que as pessoas com pontuação mais baixa.


 Os pesquisadores também descobriram que as pessoas com pontuação mais alta por aderir à dieta Mind tinham quantidades médias de placas e emaranhados semelhantes a serem 12 anos mais jovens do que as com pontuação mais baixa. Ao analisar componentes individuais da dieta;

 o estudo descobriu que as pessoas que comiam as maiores quantidades de vegetais de folhas verdes, sete ou mais porções por semana, tinham quantidades de placas em seus cérebros correspondentes a serem quase 19 anos mais jovens do que as pessoas que comiam menos, com uma ou menos porções por semana.

Alzheimer: novo estudo mostra como a dieta mediterrânea pode proteger da doença

Ingerir sete ou mais porções de folhas verdes por semana fez cérebro parecer quase 19 anos mais jovem, relatam cientistas

Por O GLOBO — Rio de Janeiro

A pesquisadora que idealizou a dieta Mind recomenda seguir este plano nutricional durante toda a vida, além, claro, de outros hábitos de vida saudáveis, para proteger o cérebro da manifestação da Doença de Alzheimer e de outras doenças cardiovasculares.

De acordo com esta proposta, veja os alimentos que são indispensáveis ao cardápio e seus benefícios:

– Peixe – assado ou grelhado, possibilita o maior volume de massa cinzenta, ou seja, as áreas cerebrais responsáveis pela memória e pelo aprendizado. O consumo regular de peixe significa melhores condições neurais, reduzindo o risco de déficits cognitivos.


– Feijão e outras leguminosas – o feijão, fonte de vitamina B1, chamada de tiamina. Essa vitamina auxilia na fabricação de acetilcolina, um neurotransmissor fundamental para consolidar a memória, assim como os demais alimentos da família das leguminosas: grão de bico, ervilha e lentilha. Apenas 3 porções semanais, destes alimentos, fazem uma diferença enorme ao cérebro.

– Grãos e integrais – melhoram a sensibilidade à insulina. O hormônio passa a ser usado com eficiência, além de serem fonte de vitamina E.

– Folhas verde-escuras – rúcula, agrião, alface, couve, espinafre, escarola, mostarda, almeirão – são folhas ricas em luteína, folato, vitamina K e betacaroteno. Durante a pesquisa dos criadores da Dieta Mind, 950 adultos que consumiam diariamente de uma a duas porções de folhas verdes diariamente mostrava habilidades cognitivas de uma pessoa 11 anos mais jovem.

– Verduras e legumes – o estudo que testou a dieta Mind, demonstrou que, os voluntários com a melhor memória ingeriam cenoura, abóbora, tomate, beterraba, abobrinha, berinjela e repolho. Os pigmentos dos vegetais indicam que eles têm diferentes compostos bioativos que, associados, potencializam uma ampla variedade dos seus efeitos protetores.

– Frango – o frango ou outro tipo de ave é um alimento rico em vitaminas do complexo B, que protegem os neurônios, além de ter baixo teor de gorduras saturada e estar intimamente ligado ao declínio cognitivo e o desenvolvimento de um quadro de demência.

– Nozes e cia – nozes, amêndoas e castanhas estão na lista de alimentos antidemência. Possuem alta concentração de gorduras boas, que beneficiam a saúde cardiovascular e também o cérebro.

– Vinho – a dieta Mind libera só uma taça ao dia — possivelmente graças ao resveratrol da uva vermelha que ativa uma enzima que inibe a deposição da proteína beta-amiloide no cérebro. A aglomeração dessa proteína leva à formação de placas que cortam a comunicação entre os neurônios e os leva à morte.
– Azeite – rico em ingredientes pró-memória, um deles é o oleocantal. Experiências mostram que esse composto ajuda a combater as proteínas beta-amiloides. Os antioxidantes do azeite, caso do hidroxitirosol, também cumprem esta função. 

Para completar, ainda há uma oferta de gorduras boas. Importante destacar que se o azeite for aquecido, o teor de antioxidantes diminui, por isso se deve priorizar o azeite em saladas e na finalização dos pratos.

Como está a dieta alimentar em sua casa? Como tem priorizado a alimentação da sua família e dos idosos que estão sob seus cuidados? Os parceiros da LifeStars Cuidadores 

Postado por dharmadhannya

 



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