Adquirir consciência de que você tem um eu superior, que é luz, universal e eterno, o levará a ter acesso àquele mundo mais livre e a participar do ato de realizar o desejo de seu coração.
O Primeiro
Princípio
O essencial é aprender que você é um corpo físico em um mundo material e um ser não-físico espiritual divino que pode ter acesso a um plano superior. Esse plano superior está dentro de você e é alcançado através das etapas do desenvolvimento na vida adulta.
O desenvolvimento da infância à adolescência tem sido explorado por vários autores, mas muito pouco foi escrito sobre as etapas de desenvolvimento na maturidade.
Há quatro delas que cada um de nós parece atravessar uma vez que se torna adulto. Estas etapas de nossas vidas representam um modo de pensar, embora não sejam necessariamente associadas a idade ou experiência.
Alguns de nós passam rapidamente por elas, aprendendo ainda jovens que somos tanto um eu físico quanto um eu superior. Outros permanecem em uma dessas primeiras etapas por toda a vida.
Dentro de
você há uma capacidade divina de realizar e atrair tudo o que precisa ou
deseja. Tal afirmação é tão poderosa que sugiro que a releia e saboreie antes
de continuar essa jornada.
A maior parte
do que somos levados a acreditar sobre a nossa realidade está em conflito com a
afirmação acima. Entretanto, sei que é tão verdadeira e valiosa, que o encorajo
a abandonar qualquer hesitação e permitir que este pensamento o convença:
Eu sou Luz!
"Eu e Pai Somos UM"
Eu tenho uma habilidade divina de realizar
e atrair o que preciso e desejo!
Carl Jung, escrevendo "O homem moderno á procura de uma alma", forneceu um discernimento crítico quanto às incumbências do desenvolvimento na maturidade. Ele acreditava que a consciência de um eu superior é o resultado desse processo.
Eu escrevo
sobre a teoria de Jung com algum grau de conhecimento porque passei muitos anos
em cada uma.
Elas têm sido
o ponto de partida para o conhecimento do meu eu superior. Cada etapa envolveu
experiências que me permitiram ir adiante em meu pensamento e minha consciência.
Enfim, alcancei o estágio no qual poderia
utilizar esses nove princípios para colaborar na criação de minha vida. Ou
seja, realizar meu próprio destino.
Ao ler sobre
eles, examine as etapas pessoais e únicas de seu desenvolvimento adulto que se
comparam aos arquétipos do Dr. Jung.
O objetivo é tornar-se consciente de seu eu
superior como uma extensão de seu ser, que transcende as limitações do mundo
físico.
aS QUATRO ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO ADULTO DO ATLETA
A palavra
“atleta” não pretende depreciar os atletas ou o comportamento atlético. Ela é
utilizada como uma descrição do momento da vida adulta em que nossa identificação
imediata é com nosso corpo físico e o modo como ele funciona no cotidiano.
Esse é o momento em que medimos valor e
felicidade por meio de nossas habilidades e aparência física.
Essas
habilidades são numerosas e pessoais. Elas podem envolver fatores como o quão
longe jogamos uma bola, o quão alto podemos pular e o tamanho de nossos
músculos.
Julgamos o valor da presença física por um
critério de atratividade que se baseia na forma, tamanho, cor e textura de
partes do corpo, cabelo e aparência. Na cultura consumista em que vivemos, a
apreciação se estende até nossos automóveis, casas e roupas.
Essas são as
preocupações tidas quando se está na primeira etapa do desenvolvimento adulto.
E o momento em que a vida parece impossível sem um espelho e uma torrente de
aprovações para nos fazer sentir seguros.
Esse é o momento de nosso desenvolvimento
adulto em que nos identificamos quase completamente com o desempenho, a
atratividade e as realizações.
Muitas
pessoas superam a etapa do atleta e fazem outras considerações mais
significantes. Alguns de nós, dependendo de circunstâncias pessoais, entram e
saem dessa etapa. Outros permanecem nela durante a vida inteira.
O que
determina se você passou ou não pela etapa do atleta é o quão fixado está em
seu corpo como fonte principal de autoidentificação.
Obviamente, é saudável cuidar bem do corpo, o
amando, exercitando e alimentando do melhor modo possível. Orgulhar-se de sua
aparência física e gostar de elogios não significa uma fixação.
Entretanto,
se suas atividades diárias giram em torno de um padrão predeterminado de
desempenho e aparência, você está na etapa que estou chamando de “o atleta”.
Esta não é
uma etapa na qual possa praticar a arte de realizar. Para atingir a habilidade
de conhecer e usar sua energia divina interior, você deve ir além de sua
identificação como exclusivamente um corpo físico.
O GUERREIRO
Quando
ultrapassamos a etapa do atleta, geralmente entramos na do guerreiro. Este é o
momento em que o ego domina nossas vidas e nos sentimos compelidos a conquistar
o mundo para demonstrar superioridade.
Minha
definição de ego é a ideia que temos de nós mesmos como mais importantes e
distintos de todos os outros, já que ele representa nossa identificação
exclusiva com o eu físico no mundo material.
O objetivo do
guerreiro conduzido pelo ego é vencer e derrotar os outros na corrida pelo
primeiro lugar. Durante esta etapa estamos ocupados com metas e realizações ao
competirmos com outros.
É uma fase
cheia de ansiedade e interminável comparação de nossos sucessos. Troféus,
prêmios, títulos e acumulação de objetos materiais registram nossas
realizações.
O guerreiro está intensamente preocupado com
o futuro e com quem pode estar em seu caminho ou interferir em sua posição.
Ele é
motivado por lemas como: “Se você não sabe onde está indo, como saberá quando
chegar lá?” “Tempo é dinheiro, e dinheiro é tudo.” “Ganhar não é tudo, é a
única coisa.” “A vida é uma luta.” “Se eu não pegar o que é meu, alguém vai
pegar.”
Na etapa do
guerreiro, status e posição na vida são obsessões.
Convencer os
demais de nossa superioridade é o tema dessa fase da vida focalizada no outro,
na qual o ego é o diretor. Esse é o momento em que estamos tentando fazer o que
os guerreiros fazem: conquistar e reivindicar os lucros de nossas batalhas
para nós mesmos.
O teste para
saber se você deixou essa etapa é examinar qual é a força motriz em sua vida.
Se a resposta for conquistar, derrotar, adquirir, comparar e ganhar a todo
custo, então está claro que ainda vive na etapa do guerreiro.
Você provavelmente pode entrar e sair de forma
regular dessa fase, como um modo de atuar com eficiência no mercado. Somente
você pode determinar o quão intensamente essa atitude domina sua existência e
conduz sua vida.
Caso viva principalmente nesta etapa, será
incapaz de se tornar um realizador no sentido que estou descrevendo.
A etapa de
vida da pessoa-estado é o momento em que domamos nosso ego e o substituímos
pela consciência. Em vez de observar nossas cotas, podemos perguntar quais são
as suas cotas com interesse genuíno.
Começamos a
saber que nossa proposta principal é dar ao invés de receber. A pessoa-estado
ainda é um empreendedor e muitas vezes atlético. Entretanto, a motivação
interna é servir aos outros.
A liberdade
autêntica não pode ser experimentada até que se aprenda a domar o ego e
abandonar a absorção em si mesmo.
Quando se encontrar triste, ansioso ou sem
objetivo, pergunte-se o quanto de seu estado emocional tem a ver com o
julgamento sobre como você está sendo tratado e percebido.
Quando puder tirar da cabeça os pensamentos a
respeito de si mesmo e permanecer assim por um longo período, então estará
livre.
Passar da
etapa do guerreiro para a da pessoa-estado foi uma experiência libertadora para
mim. Antes de fazer a mudança, eu tinha de levar em consideração todas as
necessidades de meu ego quando dava uma conferência.
Isso
significava pensamentos aflitos sobre como seria recebido e criticado, se as
pessoas iriam querer adquirir meus livros e fitas, ou o medo de perder meu
lugar e ficar endividado e ressentido.
Então veio um
período em que, sem nenhum esforço combinado, comecei a meditar antes de
minhas leituras. Durante a meditação, eu recitava silenciosamente um mantra
perguntando como deveria ser útil.
Meu discurso melhorou significativamente
quando abandonei o ego e entrei nessa nova fase.
A etapa da
pessoa-estado na maturidade é sobre assistência e gratidão por tudo que
aparece em sua vida.
Neste estágio
você está muito perto de seu eu superior. A principal força em sua vida não é
mais o desejo de ser o poderoso e atraente, ou dominar e conquistar.
Você entrou na esfera da paz interior. E
sempre a serviço dos outros, independentemente do que faz ou de quais são seus
interesses, que você encontra a satisfação que está procurando.
Uma das
histórias mais emocionantes que já ouvi é a de Madre Teresa, que mesmo em seus
oitenta anos, ajudava os oprimidos nas ruas de Calcutá. Uma amiga minha de
Fênix fez uma entrevista de rádio com ela. Quando conversaram um pouco antes,
Pat perguntou:
— Madre
Teresa, existe algo que eu possa fazer para ajudar a sua causa? Poderia
ajudá-la a levantar dinheiro ou dar-lhe alguma publicidade?
Madre Teresa
respondeu:
— Não, Pat,
não há nada que você precise fazer. Minha causa não tem a ver com publicidade,
nem com dinheiro. E sobre algo muito maior que isso.
Pat insistiu,
dizendo:
— Há algo que
eu possa fazer por você? Eu me sinto tão impotente.
A resposta de
Madre Teresa foi:
— Se você
realmente quer fazer algo, Pat, levante amanhã às quatro horas e vá para as
ruas de Fênix. Encontre alguém que viva ali e acredite estar sozinho, e o
convença de que ele não está. Isso é o que você pode fazer. — Esta é uma
verdadeira pessoa-estado, doando-se a cada dia.
Quando
ajudamos os outros a saberem que não estão sozinhos, que também têm um espírito
divino em seus interiores, independente das circunstâncias de suas vidas,
atingimos um eu superior que nos fornece um sentido de paz e objetividade
inacessível nas experiências do atleta e do guerreiro. E aqui que devemos
relembrar as palavras de Madre Teresa:
— Eu vejo
Jesus Cristo a cada dia em todos os seus penosos disfarces.
Há uma etapa
ainda mais alta que a da pessoa-estado. A quarta, pela qual venho conduzindo
você cuidadosamente nesta jornada de desenvolvimento da consciência.
O ESPÍRITO
Quando entra
nessa etapa da vida, independente de idade ou posição, você reconhece sua
essência mais verdadeira, seu eu superior. Só então está no caminho de se
tornar um colaborador na criação de seu mundo completo, aprendendo a controlar
as circunstâncias de sua vida e participar com segurança no ato da criação.
Você torna-se literalmente um realizador.
A etapa
espírito da vida é caracterizada por uma consciência de que esse local chamado
Terra não é o seu lar. Sabe que não é um atleta, um guerreiro, uma
pessoa-estado, mas que é uma energia infinita, ilimitada, imortal, universal e
eterna residindo temporariamente em um corpo.
Você sabe que nada morre, que tudo é uma
energia que está constantemente mudando.
Sendo uma
alma com um corpo, você é apaixonadamente atraído a seu mundo interior. Deixa
os medos para trás e começa a experimentar um tipo de indiferença em relação
ao seu plano físico.
Torna-se um observador de seu mundo e passa
para outras dimensões de consciência. Essa energia interior infinita não está
apenas em você, mas em todas as coisas e todas as pessoas que estão ou já
estiveram vivas. Você começa a reconhecer isso intimamente.
Para evoluir
além do plano terreno, é preciso aprender a deixá-lo quando quiser, encontrando
a fonte desta energia infinita que é responsável por encher seus pulmões, fazer
seu coração bater, seu cabelo crescer e fazer com que seja possível que você
leia as palavras nesta página.
O seu ser físico não está fazendo seu cabelo
crescer. Sua natureza está fazendo isso por você. A energia que você é está
cuidando de todos os detalhes. Ela não está de forma alguma contida no domínio
físico.
Não tem
fronteiras, forma ou limites em suas margens externas. Você está consciente da
fonte real de sua vida, mesmo que tenha sido condicionado a acreditar no
contrário.
Quando atinge
esse estágio, está no espaço que penso como estar nesse mundo, mas não ser
desse mundo.
Essa energia
que você é, chame-a como desejar — espírito, alma — nunca pode morrer e nunca
morreu no passado. Muitas pessoas pensam no mundo espiritual como um
acontecimento futuro que conhecerão após a morte.
A maioria de nós aprendeu que o eu superior é
algo que não se pode conhecer, já que se está preso em um corpo neste planeta.
Entretanto, o espírito é agora.
E você neste momento, e a energia não é algo
que você finalmente conhecerá, mas o que você é aqui e agora.
A energia
invisível que esteve em Shakespeare, ou Picasso, ou Galileu, ou qualquer outra
forma humana, também está disponível a todos nós. Isso porque a energia do
espírito não morre, simplesmente muda de forma.
Mesmo que a
mente racional do lado esquerdo do cérebro tenha sido treinada para acreditar
que quando uma pessoa morre seu espírito se vai, a verdade é que não se pode destruir
energia.
Seu eu mais superior é o espírito presente
dentro de você. A energia que era Picasso não era o corpo dele, nem a energia
que era Shakespeare.
Foram os sentimentos interiores e o gênio
criativo que tomaram a forma de um corpo e uma obra na tela ou papel. Isso
nunca morre. Não pode morrer porque não tem limites, nem início, nem fim, nem
as características físicas que chamamos forma.
Essa energia
está dentro de você. Se quiser conhecê-la, pode sintonizá-la, e então deixar as
limitações deste plano terreno e entrar em uma dimensão ilimitada, que lhe
permite criar e atrair o que quiser e precisar nesta jornada.
Nesta etapa
você se liberta da ligação emocional com o que percebe como sua realidade.
Esta libertação é seguida por uma compreensão de que o observador dentro de
você, que está sempre percebendo o que o cerca e os seus pensamentos, é na
realidade a fonte do seu mundo físico
. Tal
consciência, junto com sua vontade de avançar por esse domínio, é o começo do
aprendizado de atrair aquilo que você deseja e precisa enquanto está em um
corpo físico.
Até esse
momento, você provavelmente tem sido incapaz de se libertar da ligação com o
mundo material. Acredita que não há outro mundo. Nesse caso, você abandonou a
capacidade divina que o aproxima do mundo sensorial.
Adquirir consciência de que você tem um eu
superior, que é universal e eterno, o levará a ter acesso àquele mundo mais
livre e a participar do ato de realizar o desejo de seu coração.
Postado por Dharmadhannya
Nenhum comentário:
Postar um comentário