quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Luz Interior - Primeira parte

 



TORNAR-SE CONSCIENTE DE 

SUA LUZ INTERIOR

Adquirir consciência de que você tem um eu superior, que é luz, universal e eterno, o levará a ter aces­so àquele mundo mais livre e a participar do ato de realizar o desejo de seu coração.

O Primeiro Princípio

O essen­cial é aprender que você é um corpo físico em um mundo material e um ser não-físico espiritual divino que pode ter acesso a um plano superior. Esse plano superior está dentro de você e é alcançado atra­vés das etapas do desenvolvimento na vida adulta.

O desenvolvimento da infância à adolescência tem sido explo­rado por vários autores, mas muito pouco foi escrito sobre as eta­pas de desenvolvimento na maturidade.

 Há quatro delas que cada um de nós parece atravessar uma vez que se torna adulto. Estas eta­pas de nossas vidas representam um modo de pensar, embora não sejam necessariamente associadas a idade ou experiência.

 Alguns de nós passam rapidamente por elas, aprendendo ainda jovens que so­mos tanto um eu físico quanto um eu superior. Outros permane­cem em uma dessas primeiras etapas por toda a vida.

Dentro de você há uma capacidade divina de realizar e atrair tudo o que precisa ou deseja. Tal afirmação é tão poderosa que sugiro que a releia e saboreie antes de continuar essa jornada.

A maior parte do que somos levados a acreditar sobre a nossa realidade está em conflito com a afirmação acima. Entretanto, sei que é tão verdadeira e valiosa, que o encorajo a abandonar qual­quer hesitação e permitir que este pensamento o convença:

 Eu sou Luz! 

"Eu e Pai Somos UM"

Eu te­nho uma habilidade divina de realizar e atrair o que preciso e desejo!

Carl Jung, escrevendo "O homem moderno á procura de uma alma", forneceu um discernimento crítico quanto às incumbências do de­senvolvimento na maturidade. Ele acreditava que a consciência de um eu superior é o resultado desse processo.

Eu escrevo sobre a teoria de Jung com algum grau de conhecimento porque passei muitos anos em cada uma.

Elas têm sido o ponto de partida para o conhecimento do meu eu superior. Cada etapa envolveu experiências que me per­mitiram ir adiante em meu pensamento e minha consciência.

 En­fim, alcancei o estágio no qual poderia utilizar esses nove princí­pios para colaborar na criação de minha vida. Ou seja, realizar meu próprio destino.


Ao ler sobre eles, examine as etapas pessoais e únicas de seu desenvolvimento adulto que se comparam aos arquétipos do Dr. Jung.

 O objetivo é tornar-se consciente de seu eu superior como uma extensão de seu ser, que transcende as limitações do mundo físico.

aS QUATRO ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO ADULTO DO ATLETA

A palavra “atleta” não pretende depreciar os atletas ou o com­portamento atlético. Ela é utilizada como uma descrição do mo­mento da vida adulta em que nossa identificação imediata é com nosso corpo físico e o modo como ele funciona no cotidiano.

 Esse é o mo­mento em que medimos valor e felicidade por meio de nossas ha­bilidades e aparência física.

Essas habilidades são numerosas e pessoais. Elas podem envol­ver fatores como o quão longe jogamos uma bola, o quão alto po­demos pular e o tamanho de nossos músculos.

 Julgamos o valor da presença física por um critério de atratividade que se baseia na for­ma, tamanho, cor e textura de partes do corpo, cabelo e aparência. Na cultura consumista em que vivemos, a apreciação se estende até nossos automóveis, casas e roupas.

Essas são as preocupações tidas quando se está na primeira eta­pa do desenvolvimento adulto. E o momento em que a vida parece impossível sem um espelho e uma torrente de aprovações para nos fazer sentir seguros.

 Esse é o momento de nosso desenvolvimento adulto em que nos identificamos quase completamente com o de­sempenho, a atratividade e as realizações.

Muitas pessoas superam a etapa do atleta e fazem outras consi­derações mais significantes. Alguns de nós, dependendo de circuns­tâncias pessoais, entram e saem dessa etapa. Outros permanecem nela durante a vida inteira.

O que determina se você passou ou não pela etapa do atleta é o quão fixado está em seu corpo como fonte principal de autoidentificação.

 Obviamente, é saudável cuidar bem do corpo, o amando, exercitando e alimentando do melhor modo possível. Orgulhar-se de sua aparência física e gostar de elogios não significa uma fixação.

Entretanto, se suas atividades diárias giram em torno de um padrão predeterminado de desempenho e aparência, você está na etapa que estou chamando de “o atleta”.

Esta não é uma etapa na qual possa praticar a arte de realizar. Para atingir a habilidade de conhecer e usar sua energia divina inte­rior, você deve ir além de sua identificação como exclusivamente um corpo físico.

O GUERREIRO

Quando ultrapassamos a etapa do atleta, geralmente entramos na do guerreiro. Este é o momento em que o ego domina nossas vidas e nos sentimos compelidos a conquistar o mundo para de­monstrar superioridade.

Minha definição de ego é a ideia que te­mos de nós mesmos como mais importantes e distintos de todos os outros, já que ele representa nossa identificação exclusiva com o eu físico no mundo material.

O objetivo do guerreiro conduzido pelo ego é vencer e derro­tar os outros na corrida pelo primeiro lugar. Durante esta etapa estamos ocupados com metas e realizações ao competirmos com ou­tros.

É uma fase cheia de ansiedade e interminável comparação de nossos sucessos. Troféus, prêmios, títulos e acumulação de objetos materiais registram nossas realizações.

 O guerreiro está intensamen­te preocupado com o futuro e com quem pode estar em seu cami­nho ou interferir em sua posição.

Ele é motivado por lemas como: “Se você não sabe onde está indo, como saberá quando chegar lá?” “Tempo é dinheiro, e dinheiro é tudo.” “Ganhar não é tudo, é a única coisa.” “A vida é uma luta.” “Se eu não pegar o que é meu, alguém vai pegar.”

Na etapa do guerreiro, status e posição na vida são obsessões.

Convencer os demais de nossa superioridade é o tema dessa fase da vida focalizada no outro, na qual o ego é o diretor. Esse é o momento em que estamos tentando fazer o que os guerreiros fa­zem: conquistar e reivindicar os lucros de nossas batalhas para nós mesmos.



O teste para saber se você deixou essa etapa é examinar qual é a força motriz em sua vida. Se a resposta for conquistar, derrotar, adquirir, comparar e ganhar a todo custo, então está claro que ain­da vive na etapa do guerreiro.

 Você provavelmente pode entrar e sair de forma regular dessa fase, como um modo de atuar com efi­ciência no mercado. Somente você pode determinar o quão inten­samente essa atitude domina sua existência e conduz sua vida.

 Caso viva principalmente nesta etapa, será incapaz de se tornar um rea­lizador no sentido que estou descrevendo.

A PESSOA-ESTADO

A etapa de vida da pessoa-estado é o momento em que doma­mos nosso ego e o substituímos pela consciência. Em vez de obser­var nossas cotas, podemos perguntar quais são as suas cotas com in­teresse genuíno.

Começamos a saber que nossa proposta principal é dar ao invés de receber. A pessoa-estado ainda é um empreende­dor e muitas vezes atlético. Entretanto, a motivação interna é ser­vir aos outros.

A liberdade autêntica não pode ser experimentada até que se aprenda a domar o ego e abandonar a absorção em si mesmo.

 Quan­do se encontrar triste, ansioso ou sem objetivo, pergunte-se o quan­to de seu estado emocional tem a ver com o julgamento sobre como você está sendo tratado e percebido.

 Quando puder tirar da cabeça os pensamentos a respeito de si mesmo e permanecer assim por um longo período, então estará livre.



Passar da etapa do guerreiro para a da pessoa-estado foi uma experiência libertadora para mim. Antes de fazer a mudança, eu tinha de levar em consideração todas as necessidades de meu ego quando dava uma conferência.

Isso significava pensamentos aflitos sobre como seria recebido e criticado, se as pessoas iriam querer adquirir meus livros e fitas, ou o medo de perder meu lugar e ficar endividado e ressentido.

Então veio um período em que, sem nenhum esforço combi­nado, comecei a meditar antes de minhas leituras. Durante a medi­tação, eu recitava silenciosamente um mantra perguntando como deveria ser útil.

 Meu discurso melhorou significativamente quando abandonei o ego e entrei nessa nova fase.

A etapa da pessoa-estado na maturidade é sobre assistência e gra­tidão por tudo que aparece em sua vida.

Neste estágio você está muito perto de seu eu superior. A principal força em sua vida não é mais o desejo de ser o poderoso e atraente, ou dominar e conquistar.

 Você entrou na esfera da paz interior. E sempre a serviço dos ou­tros, independentemente do que faz ou de quais são seus interes­ses, que você encontra a satisfação que está procurando.

Uma das histórias mais emocionantes que já ouvi é a de Ma­dre Teresa, que mesmo em seus oitenta anos, ajudava os oprimi­dos nas ruas de Calcutá. Uma amiga minha de Fênix fez uma en­trevista de rádio com ela. Quando conversaram um pouco antes, Pat perguntou:

— Madre Teresa, existe algo que eu possa fazer para ajudar a sua causa? Poderia ajudá-la a levantar dinheiro ou dar-lhe alguma publicidade?

Madre Teresa respondeu:

— Não, Pat, não há nada que você precise fazer. Minha causa não tem a ver com publicidade, nem com dinheiro. E sobre algo muito maior que isso.

Pat insistiu, dizendo:

— Há algo que eu possa fazer por você? Eu me sinto tão im­potente.

A resposta de Madre Teresa foi:

— Se você realmente quer fazer algo, Pat, levante amanhã às quatro horas e vá para as ruas de Fênix. Encontre alguém que viva ali e acredite estar sozinho, e o convença de que ele não está. Isso é o que você pode fazer. — Esta é uma verdadeira pessoa-estado, doando-se a cada dia.

Quando ajudamos os outros a saberem que não estão sozinhos, que também têm um espírito divino em seus interiores, indepen­dente das circunstâncias de suas vidas, atingimos um eu superior que nos fornece um sentido de paz e objetividade inacessível nas expe­riências do atleta e do guerreiro. E aqui que devemos relembrar as palavras de Madre Teresa:

— Eu vejo Jesus Cristo a cada dia em todos os seus penosos disfarces.

Há uma etapa ainda mais alta que a da pessoa-estado. A quarta, pela qual venho conduzindo você cuidadosamente nesta jornada de desenvolvimento da consciência.

O ESPÍRITO

Quando entra nessa etapa da vida, independente de idade ou posição, você reconhece sua essência mais verdadeira, seu eu supe­rior. Só então está no caminho de se tornar um colaborador na criação de seu mundo completo, aprendendo a controlar as circuns­tâncias de sua vida e participar com segurança no ato da criação. Você torna-se literalmente um realizador.

A etapa espírito da vida é caracterizada por uma consciência de que esse local chamado Terra não é o seu lar. Sabe que não é um atleta, um guerreiro, uma pessoa-estado, mas que é uma energia infinita, ilimitada, imortal, universal e eterna residindo temporari­amente em um corpo.

 Você sabe que nada morre, que tudo é uma energia que está constantemente mudando.

Sendo uma alma com um corpo, você é apaixonadamente atra­ído a seu mundo interior. Deixa os medos para trás e começa a ex­perimentar um tipo de indiferença em relação ao seu plano físico.

 Torna-se um observador de seu mundo e passa para outras dimen­sões de consciência. Essa energia interior infinita não está apenas em você, mas em todas as coisas e todas as pessoas que estão ou já estiveram vivas. Você começa a reconhecer isso intimamente.

Para evoluir além do plano terreno, é preciso aprender a deixá-lo quando quiser, encontrando a fonte desta energia infinita que é responsável por encher seus pulmões, fazer seu coração bater, seu cabelo crescer e fazer com que seja possível que você leia as palavras nesta página.

 O seu ser físico não está fazendo seu cabelo crescer. Sua natureza está fazendo isso por você. A energia que você é está cuidando de todos os detalhes. Ela não está de forma alguma con­tida no domínio físico.

Não tem fronteiras, forma ou limites em suas margens externas. Você está consciente da fonte real de sua vida, mesmo que tenha sido condicionado a acreditar no contrário.

Quando atinge esse estágio, está no espaço que penso como es­tar nesse mundo, mas não ser desse mundo.

Essa energia que você é, chame-a como desejar — espírito, alma — nunca pode morrer e nunca morreu no passado. Muitas pesso­as pensam no mundo espiritual como um acontecimento futuro que conhecerão após a morte.

 A maioria de nós aprendeu que o eu su­perior é algo que não se pode conhecer, já que se está preso em um corpo neste planeta. Entretanto, o espírito é agora.

 E você neste momento, e a energia não é algo que você finalmente conhecerá, mas o que você é aqui e agora.

A energia invisível que esteve em Shakespeare, ou Picasso, ou Galileu, ou qualquer outra forma humana, também está disponível a todos nós. Isso porque a energia do espírito não morre, simples­mente muda de forma.

Mesmo que a mente racional do lado esquerdo do cérebro tenha sido treinada para acreditar que quando uma pessoa morre seu espí­rito se vai, a verdade é que não se pode destruir energia.

 Seu eu mais superior é o espírito presente dentro de você. A energia que era Picasso não era o corpo dele, nem a energia que era Shakespeare.

 Foram os sentimentos interiores e o gênio criativo que tomaram a forma de um corpo e uma obra na tela ou papel. Isso nunca morre. Não pode morrer porque não tem limites, nem início, nem fim, nem as características físicas que chamamos forma.

Essa energia está dentro de você. Se quiser conhecê-la, pode sintonizá-la, e então deixar as limitações deste plano terreno e en­trar em uma dimensão ilimitada, que lhe permite criar e atrair o que quiser e precisar nesta jornada.

Nesta etapa você se liberta da ligação emocional com o que per­cebe como sua realidade. Esta libertação é seguida por uma com­preensão de que o observador dentro de você, que está sempre per­cebendo o que o cerca e os seus pensamentos, é na realidade a fonte do seu mundo físico

. Tal consciência, junto com sua vontade de avan­çar por esse domínio, é o começo do aprendizado de atrair aquilo que você deseja e precisa enquanto está em um corpo físico.

Até esse momento, você provavelmente tem sido incapaz de se libertar da ligação com o mundo material. Acredita que não há outro mundo. Nesse caso, você abandonou a capacidade divina que o aproxima do mundo sensorial.

 Adquirir consciência de que você tem um eu superior, que é universal e eterno, o levará a ter aces­so àquele mundo mais livre e a participar do ato de realizar o desejo de seu coração.

Postado por Dharmadhannya




Nenhum comentário:

Postar um comentário