segunda-feira, 27 de julho de 2020

Programação Neurolinguística





Programação Neurolinguística 
Tanto a sua linha do tempo quanto a minha têm a qualidade de serem flexíveis, podendo ser mudadas de posição quando assim o desejarmos. Vamos utilizar essa qualidade para facilitar a reimpressão. Acompanhe-me agora no seguinte exercício de mudança de posição da linha do tempo:
Se estiver lendo este livro perto de um aparelho de som, faça alguns preparativos antes do exercício.
Vá até o seu som e coloque uma música relaxante e inspiradora do tipo do Sonho Angelical, de Rubinstein, (a qual eu estou escutando agora), respire fundo, preenchendo toda a base de seu pulmão.
 Segure o ar por alguns segundos e, depois, solte pela boca.
Imagine-se sobrevoando o local onde você está agora e coloque o seu passado à esquerda, um pouco à sua frente.
Imagine o duto luminoso chegando até você e partindo para a direita, formando, assim, o seu futuro.
Vamos, agora, você e eu, fazer um exercício de reimpressão com a utilização da linha do tempo. Suponhamos que você tenha alguma crença limitadora do tipo “é preciso batalhar para ganhar dinheiro”, “as coisas são difíceis para mim”, “eu não mereço ser feliz”, etc.
Escreva nas linhas a seguir, três crenças que você possui agora e que gostaria de transformar:

2.  
 Quais são as emoções que essas crenças geram em você quando pensa sobre elas?


Quais são as emoções que essas crenças geram em você quando pensa sobre elas?
1. ------------------------------------------------
  2.-------------------------------------------------
   3. ------------------------------------------------

O leitor iluminado, na verdade, é o próprio poema.
H. M. Tomlinson
Vamos agora fazer o exercício completo para a crença número 1.
  Repita depois o processo para as outras duas crenças. E daí por diante, pode cuidar de todas as demais crenças limitadoras, simplesmente transformando-as em crenças estimulantes e poderosas.
Faremos o exercício usando uma crença como exemplo. Suponhamos que sua crença seja “é preciso batalhar para ganhar dinheiro”. É uma crença comumente expressa pelas pessoas. Muitas vezes quando você pergunta a alguém: “Como vai?”. A pessoa responde: “Tô batalhando!”
• Apesar de ter-se tornado uma expressão bastante popular, expressa uma crença limitadora, pois, ao associar dinheiro com batalha, a pessoa liga sua prosperidade a conflito e luta. O homem ou a mulher que tem esse tipo de crença talvez não consiga encontrar satisfação no que faz para ganhar dinheiro.

 Pode até faturar bem, mas é por meio de um esforço exagerado, ou de muita briga.
 O que fazer então?
 Em primeiro lugar, pesquise o que você sente quando pensa nessa crença limitadora. E possível que a pessoa se irrite ao pensar em “ganhar dinheiro” e que fique ansiosa, ou seja,
preocupada com uma situação que ainda não ocorreu. Ao sentir a emoção associada à primeira crença limitadora, toque o seu braço direito com sua mão esquerda e segure bem.
Ao sentir esse toque, seu braço ficará temporariamente ligado a uma emoção negativa, seja tristeza, ansiedade, medo, raiva, predisposição para a luta ou uma outra qualquer.
 Essa emoção (suponhamos que seja a tristeza) conduzirá sua viagem até o ponto na linha do tempo onde ocorreu o evento que criou a crença limitadora.
 Voltando ao exemplo da crença sobre o dinheiro, ao tocar seu braço direito com a mão esquerda, você ancorou a tristeza. Sentindo essa tristeza, sobrevoe sua linha do tempo até encontrar o evento que originou essa crença.
Pronto, achou. Um dia, aos oito anos de idade, você che­gou em casa e contou aos pais que tinha perdido seu relógio no clube.
 Ao trocar de roupa, deixou-o em cima de um banco e, ao voltar para procurá-lo, já não mais estava lá.
 A reação furiosa do seu pai foi “Meu filho, você não sabe quanto custam as coi­sas. Eu batalho dia e noite para ganhar dinheiro e você perde o relógio novinho que lhe dei de ani­versário”.
A criança, sem saber como rea­gir, apenas grava a mensagem do pai: “E preciso batalhar para ganhar dinheiro”.
Continuando com a mão esquerda no braço direito, você volta para o presente. Respira fundo e se pergunta o que você sabe agora sobre uma situação como aquela.
Quais os ensinamentos, conhecimentos, experiências, enfim, quais os recursos que você gostaria de levar, tanto para a criança quanto para o pai enfurecido?
 Para a criança, poderíamos dizer que o pai tinha apenas a intenção de ensiná-la a ser mais cuidadosa.
 Independente daquela perda, o pai continua a amá-la do mesmo jeito. Para o pai, diga: “abrace seu filho e console-o, pois ele está muito triste com a perda do relógio. A coisa que ele mais quer agora é um abraço.
 Diga ao seu filho que, assim que você tiver um dinheiro extra, dará para ele comprar outro relógio, ou que ele mesmo poderá comprar um outro relógio quando tiver seu próprio trabalho.
Com apenas algumas horas de trabalho, poderá comprar um outro relógio, igual ou melhor que aquele”.

Agora pegue o seu braço esquerdo com sua mão direita e viaje novamente para a cena que criou sua primeira crença.
Seu braço esquerdo fica assim ancorado nos recursos, portanto você viaja, agora, cheio de recursos. Vai conversar com a criança e com o pai e sabe exatamente o que vai dizer.
Ainda segurando o braço esquerdo com a mão direita, você percebe todas as modificações que ocorrem no sistema de crenças da criança.
Imagine que toda a luminosidade de sua linha do tempo se altera com esse tratamento. Seu brilho aumenta, e você se sente com mais vigor.
Para testar, coloque sua mão esquerda sobre o braço direito e veja se ainda sente alguma emoção negativa (no caso, tristeza).
Se a emoção não voltar, a crença foi modificada. Se ainda houver algum sentimento negativo, repita o processo, levando mais recursos na sua viagem de volta e intensificando as emoções positivas da solução.
 Nesse exercício, foram usados poderosos recursos criados pela neurolinguística.
 A linha do tempo e a ancoragem podem ser utilizadas em diversas ocasiões para aumentar sua habilidade de controlar seu universo pessoal. Se uma lembrança do passado aparece em sua mente e não quer largá-lo, use a linha do tempo.
Coloque seu passado atrás de você e imagine que tem em sua mão um daqueles interruptores que controla a intensidade de luz, o dimmer.
 Diminua lentamente a luminosidade da lâmpada fluorescente que ilumina seu passado até que a lembrança se apague por completo. Se algum dia necessitar da lembrança de volta, é só rodar o dimmer ao contrário.
 O uso da ancoragem é benéfico para situações que podem se tornar desagradáveis, como, por exemplo, esperar numa fila de banco ou no trânsito.
 Quando estiver em uma fila qualquer, lembre-se de algum evento maravilhoso que ocorreu em sua vida. Pode ser alguma vitória profissional ou uma experiência pessoal significativa.
O evento fica inteiramente à sua escolha.
 Utilize as principais pistas de comunicação com o seu cérebro (visão, audição e sensação) e veja o que ocorreu com o máximo de nuanças de formas e cores.
Escute nitidamente o que você falava para você naquela época. Coloque sua música favorita para tocar dentro de sua cabeça e sinta as emoções que sentiu quando o evento estava ocorrendo.
Para ancorar-se na situação, descreva o evento com uma palavra ou frase.
Pode ser uma palavra poderosa como amor, sabedoria, alegria, felicidade, paixão, inteligência, audácia, coragem, rapidez, eficácia, dedicação, contribuição, genialidade, brilho, coerência, etc.
 Ou uma combinação de palavras como paixão pela excelência, dedicação incondicional, sabedoria infinita, coerência total, brilho e genialidade, felicidade infinita, rapidez e coragem, vitória decisiva, etc.
Quando você repetir a palavra com convicção, as emoções positivas voltam. E para ancorar ainda mais o evento, toque em alguma parte do seu corpo enquanto estiver pensando nele. Você pode apertar firmemente o lóbulo de sua orelha direita com a mão direita, ou massagear uma das falanges de seu dedo mínimo esquerdo com a mão direita, etc.
 Escolha um toque, ou movimento. Essa ação deve ser repetida enquanto você estiver pensando no evento, pois, ao repetir a ação, a lembrança do evento surge automaticamente e, por consequência, as emoções ligadas a ele.
Mesmo antes de fazer esse exercício, você já estava ancorado em alguma coisa. Já aconteceu de você sentir um perfume e reviver de imediato alguma situação passada? Ou de escutar uma certa música e se lembrar de algo que ocorreu com você enquanto essa mesma música estava tocando? Pois bem, tanto o perfume quanto a música são âncoras que disparam lembranças agradáveis, ou não. No caso da âncora positiva, estamos nos programando para nos lembrarmos de eventos
agradáveis que, por sua vez, provocam estados mentais ricos de recursos.
Em suma, tanto a linha do tempo, quanto a ancoragem, podem facilitar muito o nosso passeio pela vida. Utilizando essas técnicas còm freqtiência, você nota que a experiência de viver torna-se cada vez mais refrescante, cada vez mais parecida com um banho num riacho de águas cristalinas. Aos poucos você cria a poderosa crença de que a vida realmente é gostosa de se viver e que o sucesso faz parte dela.
Há uma coisa mais poderosa que todos os exércitos do mundo; é a noção de que chegou a hora.
Vitor Hugo
Ao revisitarmos o nosso passado através da linha do tempo e da ancoragem, é sempre conveniente, e altamente salutar, nos concentrarmos nas intenções que as pessoas tinham com relação a nós.

 Mesmo que tenhamos interpretado alguma ação de parente ou de amigo como agressiva, no fundo, a intenção deles era benéfica. Buscando a intenção, fica mais fácil lidar com a situação e de chegar ao perdão total.
Para que uma mudança de crença surta efeito, é necessário que venha acompanhada de um profundo sentimento de perdão. Somente o perdão poderá nos libertar completamente de sentimentos negativos com relação ao passado.
No filme A Missão, o personagem representado por Robert De Niro carrega um pesado saco onde leva a espada e a armadura que vestia quando matou seu irmão. Mesmo tendo que enfrentar tremendos desafios durante sua jornada pela floresta, ele não se desliga de seu fardo. Depois de muito sofrimento, ele se encontra com uma tribo de índios que andavam nus e livres.
 Sempre pela floresta. Um dos índios nota o desatino daquele homem, pega uma faca, corta a corda que o ligava ao fardo, e ambos presenciam a destruição da inútil carga, quando essa se destroça ribanceira abaixo. O homem chora e ri ao mesmo tempo.
A carga que o personagem de De Niro carrega no filme representa a sua falta de perdão para consigo mesmo. Essa falta de perdão conosco ou para com outros nos liga ao passado. 

Além de eliminar crenças negativas, é fundamental que nos perdoemos e que perdoemos às demais pessoas.
O não perdoar é o mesmo que carregar pesados fardos vida afora. Além disso, através do rancor estaremos colocando o controle de nossas vidas nas mãos de outras pessoas. 
Todo aquele que odeia, ou pensa em se vingar de alguém, liga sua mente a algo externo. De uma forma ou de outra, a pessoa que não perdoa está culpando alguma situação externa ou alguém pela sua situação atual. 
Isso é colocar fora algo que esteve, está e sempre estará dentro, e não fora. O controle de nossas vidas é responsabilidade nossa, exclusivamente nossa.
O ato de perdoar reforça em nós a poderosa crença de que somos nós, e ninguém mais no universo, os artífices de nosso sucesso.
 Essa talvez seja a crença mais importante a cultivar em nossas vidas. De posse dela adquirimos mais convicção para nos transformar e conseguir obter tudo aquilo que queremos, com o nosso próprio empenho, com nossas próprias forças.
O perdão é o perfume que as violetas exalam no calcanhar que as esmagou.
Mark Twain 
É maravilhoso observar como as nossas crenças acabam determinando o que a vida nos oferece. Salim Mattar, dono da Localiza Rent a Car, conta como seu pai contribuiu para o seu sucesso.
Salim passou sua infância na simpática cidade de Oliveira, no interior de Minas Gerais. Ao completar dez anos, pediu uma bicicleta ao seu pai. O pai levou-o a uma loja no centro da cidade e reservou a melhor bicicleta para Salim. Escreveu um cartaz e colou-o na bicicleta: “Reservada para Salim”.
 Toda vez que passava em frente à loja, os olhos de Salim só faltavam saltar para fora, e sua boca se enchia de água, mas o tempo passava e nada do pai comprar a linda bicicleta.
Um belo dia, seu pai convidou-o para colher laranjas no sítio. Passaram por uma loja e compraram dois sacos e um canivete e depois seguiram para o sítio, onde trabalharam por boa parte do dia. Encheram os dois sacos de laranjas e no outro dia levaram para a porta do estádio de futebol, onde se realizaria um importante jogo.
Ao chegarem perto da entrada do estádio, o pai de Salim começou a gritar, “Olha a laranja docinha! Olha a laranja fresquinha”. E Salim começou a chorar de vergonha.
 Não queria que seus amigos o vissem ali vendendo laranjas, afinal ele pertencia a uma família que não precisava daquilo. O pai ignorou suas lágrimas e, em vez de consolá-lo, lhe entregava o dinheiroda venda para contar. A medida que se aproximava o início do jogo, também aumentavam as vendas, e com elas o dinheiro que Salim contava.
Salim e seu pai voltaram felizes para a casa. O pai pediu o dinheiro de volta, contou, e disse: “Esta parte é para pagar as laranjas, esta para pagar os sacos, esta para o canivete e o resto é para pagar o meu trabalho”. Salim, a princípio, não compre­endeu como seu pai, que tinha dinheiro, podia agir de forma tão mesquinha”.
Aí então o pai concluiu (com uma crença que se instalou em sua jovem mente): “Daqui para frente, com o seu próprio trabalho, você comprará não só sua bicicleta, mas tudo o que quiser na vida.
 Eu não vou lhe dar dinheiro, porque dinheiro não foi feito para ser dado, mas para ser conquistado, com o seu trabalho”.
Uma crença uma vez instalada, busca se perpetuar e se materializar. De fato, hoje a Localiza Rent a Car possui mais de 25.000 veículos para locação. E a maior locadora de carros da América Latina, onde está presente em 6 países, e Salim Mattar com o seu trabalho pode comprar praticamente tudo o que quiser.
Assim como essa crença fez uma diferença na vida de Salim, crie para você crenças que contribuam para o seu sucesso. E tenha coragem para implementar suas crenças na vida prática. Sim, para manifestar no mundo o que acreditamos precisamos coragem, muita coragem. Coragem para a ação. No próximo capítulo vamos criar coragem, eliminando nossos medos.
Quando Deus criou o mundo, perguntou aos anjos o que achavam dele. (Falta-lhe uma única coisa, disseram: o canto de louvor ao Criador Assim, Deus criou a música, o gorjeio dos pássaros, o sussurro do vento, o murmúrio do oceano e plantou a melodia no coração do ser humano.
Lenda judaica
Dr. ômar Souki


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