Gostei muito do texto, falar da "nossa Sombra" é
muito importane para nosso autoconhecimento.
Para Jung a sombra pode ser revelada nos sonhos. Se voce é muito severo, pode sonhar com uma pessoa liberal, sem medidas, e irresponsável.
Nós temos o dois lado e o lado sombra é aquele que não assumimos e não aceitamos e muitas vezes reprimimos. a sombra de um homem santo, pode ser a "imagem" de um marginal, transgressor; a sombra de um bandido cruel pode ser a "imagem" de um homem bom, honesto...
Quando julgamos e condenamos o outro implacavelmente estamos alimentando com o ódio a nossa "sombra" que pode criar situações limites, em nossa vida.
Uma pessoa equilibrada, consegue olhar os dois lados da moeda com equilibrio e agir com consciência sem ser dominado por sua sombra
Dharmadhannya
- Essa ideia representava a personalidade oculta
que cada pessoa possui. À primeira vista, a maioria de nós aparenta (e nos
percebemos) como seres bons e nobres. No entanto, no nosso interior há
certas dimensões reprimidas, onde se escondem os instintos hereditários, a
violência, a raiva, o ódio…
- O arquétipo da sombra não vive somente dentro de cada pessoa. Às vezes, também está presente em “grupos de pessoas”, em seitas, em alguns tipos de religiões ou mesmo em partidos políticos.
- São
organizações que podem, em um determinado momento, lançar a sua sombra à
luz para justificar atos violentos contra a própria humanidade.
- A sombra se torna mais destrutiva, insidiosa e
perigosa quando a “reprimimos”. De acordo com Carl Jung, quando ela
se projeta aparecem os distúrbios como a neurose ou a psicose.
- Da mesma forma, Jung diferenciou o arquétipo
da sombra em dois tipos.
O primeiro é
a sombra pessoal, que todos nós carregamos como as nossas pequenas frustrações,
medos, egoísmo e dinâmicas negativas mais comuns. No entanto, haveria também a
sombra impessoal, que conteria a essência do mal mais arquetípico, aquele que
acompanha os genocídios, assassinos implacáveis, etc.
“Infelizmente,
não há dúvida de que o homem não é, em geral, tão bom quanto imagina ou
gostaria de ser. Todo mundo tem uma sombra, e quanto mais escondida ela está da
vida consciente do indivíduo, mais escura e densa ela se tornará.
De qualquer
forma, é um dos nossos piores
obstáculos,
já que frustra as nossas ações bem intencionadas.”
– Carl Jung –"
– Carl Jung –"
A sombra amigável
Wanderley de Oliveira
Pois nada há secreto
que não haja de ser descoberto, nem nada oculto que não haja de ser conhecido e
de aparecer publicamente (Lucas 8:16 e 17)
O evangelho
segundo o Espiritismo – capitulo 24 – item 2
A sombra
designa o outro lado do ser humano, aquele em que vige a escuridão.
Comumente
destacamos a sombra negativa nos ambientes educativos da doutrina. Convém,
porém, uma atenção à sombra positiva, que são nossos potenciais e talentos
ainda não expressados ou descobertos. Em meio a essa escuridão da vida
inconsciente existe muita sabedoria e riqueza ainda não exploradas.
Escutando
nossos sentimentos e o que eles têm a nos ensinar sobre nós mesmos, estaremos
entrando em contato com esse material reprimido no inconsciente, com todas as
habilidades instintivas que nos asseguram a Herança Inalienável de Filhos do
Altíssimo em Sua Obra magnânima.
Escutar
sentimentos é aceitá-los.
Aceitação quer dizer pensar sobre eles. Habitualmente
registramos a colocação: "não quero nem pensar nisso!”, referindo-nos a
questões desagradáveis do mundo íntimo. Os sentimentos são os principais
canais de conexão emitindo constantes mensagens do inconsciente.
Quando usamos
a expressão sentimentos mal resolvidos, estamos tratando de sentimentos não
aceitos ou negados pela consciência e reprimidos para o inconsciente (guardados
na sombra) por alguma razão particular.
A sombra originou-se basicamente em função
dessa relação insatisfatória com nosso poder de sentir, de ter consciência de “quem
eu sou” e os arquivou em forma de culpas, desejos estagnados, bloqueios,
traumas, medos, criando todo um complexo psíquico que, em muitos lances, são
fatores geradores das psicopatologias, desde as mais toleráveis até às mais
severas.
Ao longo dos
últimos milênios (aproximadamente quarenta mil anos, dependendo da história
individual), o que mais fizemos foi negar e temer nossos sentimentos - um fato
natural na trajetória evolutiva da animalidade para a hominalidade.
0 medo de
sentir e do que sentimos acompanha-nos desde o momento em que começamos a tomar
consciência desse mecanismo bio-psíquico-emocional-espiritual.
Ainda hoje, esconder o que se sente, é uma
conduta social comum e até necessária para a maioria das pessoas.
0 mundo, no
entanto, prepara-se para o século do amor vivido e sentido. A pergunta mais
formulada em todas as latitudes neste momento é: como está você?
E o interesse por uma resposta que fale de
sentimentos é eminente; tende a tornar-se um hábito. Estamos com enorme
necessidade de falar do que sentimos e saber com mais clareza sobre o mundo das
emoções, embora ainda temerosos de suas consequências.
Quando digo:
"sou minha sombra", não significa que eu tenha de viver conforme a
sua orientação, mas, sim, admiti-la, entender suas mensagens.
A sombra só é
ameaça quando não é reconhecida. Só pode ser prejudicial quando negligenciamos
identificá-la com atenção, respeito e afabilidade.
"É
importante para a meta da individuação, isto é, da realização do si-mesmo, que
o indivíduo aprende a distinguir entre o que parece ser para si mesmo e o que é
para os outros.
É igualmente necessário que conscientize seu
invisível sistema de relações com inconsciente, ou seja, com anima, a fim de
poder diferenciar-se dela. No entanto, é impossível que alguém se diferencie de
algo que não conheça.”[1]
Essa
colocação do doutor Jung é clara. Escutar sentimentos é a primeira lição na
nossa educação espiritual para o auto amor.
Amaremos a nós mesmos somente quando
deixarmos de culpar os outros pelas nossas dores e desacertos e tivermos a
coragem de perscrutar o íntimo interrompendo o fluxo das projeções e fugas
ainda ignoradas nas nossas atitudes.
Recebemos
contínuos chamados do inconsciente através do que sentimos. Uma análise atenta
de nossos impulsos emotivos e da nossa reação afetiva a tudo que nos cerca
levar-nos-á a entender com exatidão as reclamações psiquismo profundo. Nessa
investigação da alma encontraremos indicativas seguras no entendimento das mais
ocultas raízes de nossos conflitos.
Percorreremos caminhos mentais até então
desconhecidos. Igualmente, descobriremos valores adormecidos que solicitam nossa
criatividade para desenvolvê-los a contento.
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Entretanto,
somente daremos importância às mensagens da sombra quando nos relacionarmos
amigavelmente com ela. 0 processo de ouvir a voz do inconsciente através dos
sentimentos passa por algumas etapas na alfabetização do sentir:
•
Imprescindível o autorrespeito. 0 que sentimos é
indiscutível, individual, é a nossa forma de viver a vida. Com isso não
devemos admitir que os apelos do coração devam ser seguidos como brotam.
•
Muito
menos supô-los a expressão da Verdade. Apenas tenhamos respeito por nós sem
reprimendas e condenações, procurando compreender os recados do coração.
•
Havendo respeito, instaura-se o clima da
serenidade, da ausência de conflitos e batalhas interiores. Somente serenos
vamos conseguir uma comunicação sem interferências. É o silencio interior. O
fio que nos leva ao intercâmbio produtivo.
•
Aprender a linguagem dos sentimentos exige meditação,
atenção. Separar a imagem programada pela educação social da imagem idealizada
é um trabalho lento. Diferenciar o que
pensam que sou daquilo que penso que sou é o caminho para se chegar ao que sou
verdadeiramente.
. Utilizar
indagações. A sombra adora dar respostas. Nossa tarefa será discernir no tempo
a natureza dessas respostas. No início elas serão confusas, enganosas, talvez
decepcionantes.
Na medida que
se dilata esse exercício, a intuição vai aclarando a capacidade de perceber e
sentir o que nos convém. Teremos a sensação do melhor caminho, das melhores escolhas,
do que queremos. É o início da identificação com o projeto singular do Criador
a nosso respeito.
0 doutor Jung
estipulou: "As pessoas, quando educadas para enxergarem claramente o lado
sombrio de sua própria natureza, aprendem ao mesmo tempo a compreender e amar
seus semelhantes."[2]
Ao
conquistarmos a sombra de maneira amigável, criaremos uma relação de paz com a
vida íntima e, nesse ponto, as projeções não serão mecanismos defensivos
contra nossas imperfeições, mas reflexos da bondade e harmonia que habitarão a
vida mental.
Nessa postura
mental amaremos a vida com mais ardor. Será muito mais interessante olhar o
nosso próximo, senti-lo e perceber a grandeza da vida que nos cerca.
A Lei Divina
contida na fala de Jesus é determinante: "Pois nada há secreto que não
haja de ser descoberto".
0 crescimento
pessoal e a felicidade incluem a missão de explorar as riquezas do
inconsciente.
Escutar
sentimentos é a arte de mergulhar na vida profunda e descobrir o manancial de
força e beleza que possuímos.
Amigo querido
das lides espiritistas
Nos instantes
de tormenta ocasionados pelos efeitos de tuas imperfeições, busca Deus na
oração e escute sua alma.
Ouça os
avisos suaves que ela lhe envia. Não os julgue ainda.
Indaga-se:
que fazer ante os impulsos menos felizes?
Como agir para mudar?
Ouça! Ouça a
resposta em você mesmo! Escute os seus sentimentos!
Ore
novamente, aquiete os raciocínios e escute os “sons" dos sentimentos
nobres que lhe arrimam.
Agora você
está em estado alterado de consciência. Sua sombra avizinha. Seu self
permanece em vigília. Tonifique-se com as energias revigorantes.
Agora
agradeça o dom da vida... 0 corpo...
A beleza de pertencer a si mesmo.
A presente
existência é a sua oportunidade. É a sua ocasião de libertar. Recomece quantas
vezes se fizerem necessárias. Perdoe-se pelos insucessos.
Recorde as
muitas vitórias e preencha-se com o labor.
Algumas
respostas para serem compreendidas solicitam o
concurso do tempo.
Prossiga sem
ilusões de conforto. Deseje o sossego interior e acredite merecê-lo, mas não o
confunda com facilidades transitórias.
Seus
sentimentos: a realidade de sua posição espiritual.
Por eles você sabe de seu
valor e de suas necessidades.
Não se agrida
quando sentir o que não gostaria.
Ame-se ainda
mais nesses momentos. Aceite-se.
Diga:
"Eu aceito minha imperfeição."
"Senti-la não quer dizer que eu
seja menor.” "Eu aceito minhas particularidades.” "Eu me amo como
sou e não me abandonarei
porque somente eu posso me resgatar”.
Agora vai
cumprir o seu dever - esse sublime analgésico mental.
Em outro
instante, fora da tormenta mental, medite sobre aquilo
que lhe incomodou.
Medite sempre
sobre suas imperfeições e Seu Pai, secretamente, na acústica do ser,
providenciará os recursos abundantes para a sua cura.
Deus jamais
esquece de você. Acredite nisso e sinta o amparo em seu favor. 0 universo está
a seu favor. Acredite!
Pesquisado em
https://amenteemaravilhosa.com.br/arquetipo-da-sombra/
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