quinta-feira, 20 de junho de 2019

GRATIDÃO - FELICIDADE TRANSBORDANTE






Dentro de você há uma fonte de alegria, dentro de você há um oceano de bem-aventurança!
SWAMI SIVANANDA

Gratidão extrema

Mudita é também conhecida como a alegria apreciativa, a capacidade de apreciar todas as coisas como são, de ver a beleza inerente em cada coisa, desde uma maçaneta até um rio enluarado.

Você não sente um enorme assombro diante da forma esplêndida como este mun­do está construído, uma admiração de que tudo isso possa aconte­cer, de que um computador e uma teia de aranha possam existir lado a lado?

 Sentir alegria apreciativa corresponde a tocar aquela área de profunda gratidão de que tudo isso esteja aqui, a própria preciosida­de da vida e a beleza de seus desdobramentos.

Gratidão é um sentimento de plenitude.

 Para mim cada hora de luz e de trevas é um milagre. Cada centímetro de espaço é um milagre. — WALT WHITMAN

Podemos facilmente esquecer de nos sentirmos gratos, esquecer de apreciar o que possuímos. Você transforma a gratidão em algo que irá sentir em algum momento futuro: quando sua saúde melhorar, quando seus filhos se casarem, quando o tempo mudar, quando você tiver mais dinheiro, então poderá agradecer e valorizar o que possui.

 O hábito constante de não permanecer com o que existe e de não ver sua beleza inerente bem diante dos olhos, neste momento, causa muita  carência, muito sofrimento desnecessário e o adiamento da felicidade.

O ingrato carente, entra em cena na vida, como um pobre coitado, invejoso, pobre e infeliz.




Durante alguns anos, morei no Havaí. Era um lugar estonteantemente lindo de se viver, mas mesmo no meio de tamanha beleza existe tristeza, mal-estar, carência.

 Eu vinha passando por um pouco de todas essas coisas, por causa de um relacionamento rompido. Cheguei em casa um dia sentin­do muita pena de mim mesma e fui recebida na porta por meu colega de residência, Jack, que me disse apenas: "Ponha sua roupa de banho. "Aten­dí o pedido e Jack me conduziu por uma trilha que passava próxima a nossa casa, ao longo da margem de um riacho.

Embora morássemos acima do riacho, eu nunca havia explorado grandemente a região, pois a mata era espessa. Alas Jack havia encontrado uma vereda.

 Riacho acima, ele havia descoberto a mais maravilhosa das piscinas naturais, cercada de ro­chedos e bambus. Parecia um paraíso mágico. Ele riu ao ver a cara que fiz. "Está vendo? É como a felicidade”, comentou. "Ela está aqui o tempo todo, bem debaixo de nossos narizes, mas nunca procuramos no lugar certo!” — DEB

Reserve um tempo para agradecer a Deus a Vida os olhos que podem ver, os pés que seguem em frente, o lar que nos acolhe...

Reserve um momento agora mesmo para apreciar a cadeira onde se senta enquanto lê estas palavras. Pense em tudo que entrou na confec­ção dessa cadeira: a madeira, o algodão, a lã e outras fibras, as árvores e plantas que se transformaram nesse tecido, a terra onde cresceram as árvores e as plantas; talvez animais também estiveram envolvidos;

 os homens e mulheres que prepararam os tecidos; a fábrica onde foi feita a cadeira; o projetista, o carpinteiro e as costureiras; a loja onde você a comprou — tudo isso apenas para lhe permitir sentar-se nela agora.

Você pode ir além e incluir o imóvel onde se encontra, as rou­pas que está vestindo e todos os elementos envolvidos na confecção delas.
A partir daí, pode considerar seu corpo, e seus pais que o cria­ram, a respiração que sustenta você, a terra que o carrega, a comida que o alimenta e o lugar de onde ela saiu, todos os fatores que torna­ram possível sua vida.


 E não se esqueça das árvores de que foi feito o papel, e das plantas de que foi feita a tinta que imprimiu a página, além de nosso computador onde ela foi editada e os editores que a publica­ram — é tão extenso que não dá para ver o começo.

Existe apenas uma interminável corrente de conexão que se juntou para lhe permitir estar aqui ago­ra, neste momento, lendo esta página, sentado em sua cadeira. E você ainda acha que não tem nada a agradecer, nada que deva ser valoriza­do, nada de que se alegrar?

A  gratidão é uma oração de agradecimento a Deus.


Esta é gratidão que inflama os corações dos praticantes do bhakti yoga, os amantes devotados do divino, gratidão que permite ao indi­víduo apreciar o inseto mais ínfimo, a sequóia mais gigantesca.
E tudo isso se origina do simples ato de apreciar este momento, de deixar a alegria lhe inundar o coração.

Desenvolver esse coração de gratidão nos traz humildade, A alegria apreciativa vê a imensidade de nossa conexão, da profusão de coisas que se reúnem neste momento só para você, e reage com grande humildade e gratidão. Como você tem sorte!

 Embora, devemos admitir, tenhamos sabido recentemente de um ditado de Golda Meir que nos põe a todos em nossos devidos lugares: Não seja humilde. Você não é tão importante assim!

A alegria apreciativa é uma celebração de tudo o que é belo. E isso inclui o nascimento, a morte, o mistério da vida, tudo o que merece gratidão e respeito.



 Uma amiga nossa morreu recentemente de câncer. Ela era uma swami, uma yogue e tinha vivido num ashram durante muitos anos. A família dela e os membros do ashram se reu­niram para o funeral.
 Pediu-se que todos viessem vestidos com a cor laranja, inclusive o agente funerário, mas o máximo que ele conse­guiu foi abrir mão da gravata!

 Também esclarecemos que não podía­mos usar um carro funerário preto, será que ele conseguiría alguma coisa mais alegre? Então ele trouxe um furgão prateado que nós decoramos com fitas de cores vivas.
Quando nos sentamos a recordá-la, uma amiga descreveu como a vira dançar pela última vez. Então todos dançamos ao redor do caixão e apreciamos a vida dela.

A gratidão multiplica o que tem, é a graça da graça do seu coração

Você consegue localizar aqueles momentos de sua vida em que não haja apreciação, não haja gratidão?

Você pode reter esses mo­mentos em seu coração e lhes trazer bondade, gratidão e alegria?


 Pode ser algo tão simples quanto lavar a louça, ou tão exaustivo quanto cuidar de um parente enfermo, mas em cada situação existe alguma coisa para apreciar, para desfrutar, algo pelo qual devemos ser gratos naquele momento



Estávamos na Austrália em lua-de-mel e eu queria mostrar a Deb mi­nha destreza em pegar “jacaré”. Eu passava o verão na praia pegando jacaré; e por isso entrei nas ondas, conhece­dor absoluto do que estava fazendo, e fui nadando para além da arre­bentação, pronto a voltar na crista da onda. 
Mas eu não conhecia a Austrália, nem aquele trecho específico de praia. De repente, comecei a ser puxado por uma corrente fortíssima. Por mais que lutasse contra ela, não estava conseguindo escapar. Tentei continuar centrado, em meio ao pânico crescente!

 Finalmente, comecei a boiar de costas e, fazendo um grande desvio para a lateral, consegui engatinhar de volta à praia. Deb, naturalmente, nada percebeu de minhas agruras, e tudo o que viu foi um fanfarrão enlameado mancando de volta ao longo da praia. Mas a gratidão, a apreciação, a alegria de estar vivo foram muito maiores do que meu ego maltratado!  ED
Postado por Dharmadhannya
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