Sem metas e sem planos para
alcançá-las, você é como
um barco que iça as velas, mas não tem destino.
um barco que iça as velas, mas não tem destino.
Dr.
Fítzhugh Dodson
Fique
uns dez minutos em qualquer esquina de uma rua movimentada do centro da cidade
e observe a humanidade passar diante de você.
A cada cem pessoas, quantas calcularia que têm
metas específicas na vida e que as estejam perseguindo com todo seu vigor?
Se
você fosse um jogador, provavelmente poderia apostar uma considerável soma de
que nenhuma — entre as cem que passaram — teria qualquer meta que fosse além
daquele dia!
Estabelecer
metas, você poderia aprender como exemplo desses indivíduos, se tivesse a
coragem de perguntar, é algo que os “chefes das empresas" fazem quando
estão planejando o orçamento para o próximo ano.
Estabelecer metas é o que os treinadores de
futebol e os dirigentes do beisebol frequentemente fazem.
Estabelecer
metas é do que os presidentes e governantes, os ministros das finanças sempre
falam, desde que estejam envolvidos com grandes operações.
Mas
como podemos pensar em estabelecer metas para nós mesmos quando nossos cheques
de pagamento não são suficientes nem mesmo para cobrir nossas contas?
Talvez
os cheques de pagamento deles não sejam grandes o bastante para pagar as
contas, e talvez nunca venham a ser, porque eles não têm metas, nenhum
plano concreto de como melhorar a vida, nenhuma idéia quanto a aumentar a renda, a
melhorar os talentos, a expandir os conhecimentos, ou a fazer crescer o
próprio valor na sociedade!
Lamentavelmente,
a maioria é capitão de um navio
que está se dirigindo para lugar nenhum.
A
meta revela o caminho do futuro.
Quero falar a respeito de suas metas e planos e
como pode programar- se para o sucesso. Seu Eu Potencial desenvolve-se nas
metas bem-feitas que refletem o que é importante para você.
A meta é um
objetivo que você quer alcançar. O plano é o modo específico de alcançar essa
meta.
Metas e planos são ideias em sua mente.
Olhe à sua
volta. Tudo o que vê no mundo ao seu redor (exceto o que pertencer à natureza)
começou de uma idéia na mente de alguém. O terno ou o vestido que está usando.
O carro que dirige. A música que ouve.
As palavras
que está lendo começaram de uma idéia em minha mente. Depois a idéia tornou-se
a meta e criei um plano para alcançá-la.
O Computador onde
a escrevi foi originalmente a idéia... Desde então vem se desenvolvendo e
aperfeiçoando por uma série de outras pessoas e representa uma meta alcançada
de cada uma delas.
Tudo o que você veste, ludo o que há em sua
casa ou apartamento, até o próprio prédio teve de ser idealizado antes que
pudesse existir.
E depois o esquema, a fabricação e a comercialização
tornaram-se metas para alguém. Até sua escova de dentes começou de uma idéia,
com um plano específico para alcançá-la.
Todos os
objetos palpáveis começaram de metas, planos ou ideias nas mentes de certas
pessoas.
Este é um
conceito revolucionário, desde que permite realmente que ele o domine, pois
demonstra a importância do mundo do pensamento. Infelizmente, muitas pessoas tendem
a rebaixar o mundo do pensamento.
Quando
chamamos uma pessoa de intelectual, nem sempre significa um elogio.
Respeitamos os que se caracterizam como “fazedores” esquecendo que todo
“fazedor” é primeiro um
pensador.
Ao olharmos as coisas dessa maneira incompleta
ficamos impedidos de ver claramente que o mundo é alterado pelas metas e
planos concebidos nas mentes de homens e mulheres.
É
realmente incrível quando você percebe que o nosso sistema escolar negligência
totalmente como ensinar os alunos a estabelecer as próprias metas e a fazer
planos para alcançá-las.
Já ouviu falar de um curso desses no Segundo
Grau? Na faculdade? Pois eu não.
Frequentemente,
nossas escolas deixam até de chamar a atenção para o fato de que essas
atividades vitais existem. A idéia de estabelecer metas e fazer planos apenas
“foge da mente” de muitas pessoas.
Contudo, para uma pessoa em busca de sucesso,
poucas coisas são mais importantes do que aprender como alcançá-lo. Essa idéia
devia existir realmente como meio de vida e devia ser passada de pai para
filho.
Às
vezes, faço menção de metas e planos para as pessoas e lhes pergunto o que
imaginam que seja. A maioria diz: “Oh, sucesso nos negócios, na ciência ou algo
semelhante.” Normalmente não mencionam o mundo não profissional, o mundo
pessoal, como o próprio casamento.
Penso
num ex-paciente meu, Arthur, um homem de 43 anos, estabelecido, e que me
procurou devido aos crescentes “ataques de nervos”, como ele mesmo dizia, em
seu trabalho.
Acabara de abrir a segunda loja de roupas
masculinas. Financeiramente, o negócio ia bem, mas seus problemas com o gerente
da nova loja cada vez aumentavam mais.
O gerente tinha sido um empregado dos mais
satisfatórios até assumir a nova posição. Quis mudar de repente muitos dos
conceitos que haviam trazido sucesso para Arthur em sua primeira loja.
Uma vez que sempre orgulhou-se de suas
opiniões comerciais, Arthur agora estava perdendo confiança em si mesmo.
Estaria ficando antiquado? Aos 43 anos estaria se tornando um velho atrasadão?
Enquanto
discorria sobre seus problemas comerciais, Arthur constantemente citava a
esposa, Marie. Estavam casados há 20 anos e tinham dois filhos adolescentes.
Fez observações frequentes do quanto a mulher lhe dera apoio e ajuda no começo,
quando lutava para estabelecer-se.
Embora
não tivesse vindo me ver para aconselhar-se sobre o casamento, começamos a
falar a respeito do seu relacionamento com Marie.
Chamei sua atenção para o fato de que a proximidade
que tinham usufruído durante o princípio do casamento parecia ter sido
substituída por uma insipidez tediosa.
Também sugeri que trabalhássemos em algumas
metas e planos para o casamento. Disse ele: “Estou assombrado, doutor!
Nunca pensei em estabelecer metas para o meu
casamento como faça para os meus negócios!” Um tanto encabulado, confessou que
antes do casamento costumava “cortejar” a mulher, como ele mesmo disse, mas há
anos que não faziam nada de espontâneo romântico.
Depois
de uma conversa considerável, decidimos começar com alguns planos simples para
implementar suas metas recém-descobertas de voltar e colocar um pouco de
romance no casamento.
Sugeri que começasse com os planos mais
simples. Ele decidiu comprar um sortimento de cartões de “mensagens de amor”
para a mulher e enviar-lhe de vez em
quando.
Contou-me que celebravam religiosamente todos
os anos o aniversário de casamento no dia 16 de junho. Portanto, como um plano
adicional, sugeri que celebrassem um “aniversário” no dia 16 de cada mês.
Finalmente, sugeri que a levasse para jantar com mais frequência, apenas os
dois, sem os filhos.
Alguns
poderão pensar: “Ora, não há muita espontaneidade nestes planos. Será que ele
mesmo não seria capaz de pensar num tipo de coisa assim por conta própria?”
Certamente que poderia.
Mas a solução é que se eu tivesse deixado por
conta dele, talvez Arthur nunca tivesse pensado nisso, espontaneamente!
Assim, uma vez iniciado o programa, a mulher
ficou tão contente que começou a preparar pratos especiais que ele gostava e a
fazer outras pequenas coisas atenciosas como fazia no início do casamento.
Ele
me contou, muito feliz: “Começamos a viver com uma espécie de ‘animação’ da
qual havia me esquecido.
A
propósito, na medida que o relacionamento conjugal começou a mudar, também
começou a fazer bastante progresso no relacionamento comercial. Criatividade
em uma área às vezes ajuda em outra.
É
triste saber que a maioria das pessoas não têm metas ou planos, mas não é de
admirar, pois o conceito em seu todo é uma área negligenciada em nossa
cultura.
Muitas
pessoas apenas existem dia após dia, semana após semana, ano após ano. Outras
têm metas, mas são tão imprecisas ou passivas que são virtualmente sem mérito.
Frequentemente refiro-me a elas como “metas
monetárias”. Querem um carro novo, uma viagem à Europa... Ótimo. Quem não quer?
Mas para alcançar essas metas você precisa de
dinheiro. Sobre esse aspecto, normalmente a pessoa é muito vaga e não tem nenhum
plano para obter tal quantia.
Há
certas pessoas que têm metas “até certo ponto”, mas ainda estão em sua mente
inconsciente, vagas e indefinidas. Essas pessoas nunca se propuseram a sentar e
a tentar localizar os objetivos específicos de suas vidas.
Outras
têm metas impossíveis de se obter. Um dos meus ex-pacientes, Bruce, tinha como
meta uma aposentadoria precoce, aos 35 anos. Uma vez impossibilitado de obter
isso, toda a comemoração do seu aniversário ficou prejudicada.
Obviamente,
essa era uma meta irreal, a despeito do fato de que esse brilhante rapaz era
altamente bem-sucedido em seu mundo comercial. Quantos são capazes de se aposentarem
aos 35 anos? E de quê? E por quê?
No caso de Bruce, ele não tinha nenhuma noção
específica do que queria fazer após a aposentadoria. Aposentadoria era toda a
sua meta, em vez de estar de alguma forma relacionada com o resto de sua vida.
Se ele na verdade tivesse se aposentado aos 35
anos, teria descoberto que fora uma realização vazia. A meta desse homem não
era apenas irreal; era incompleta.
Agora
quero ensiná-lo a como desenvolver metas significativas, como defini-las
claramente e como criar planos definitivos para alcançá-las.
Primeiro,
há a área do trabalho. Aqui você deve ter muitas metas em mente, incluindo
“metas financeiras’’, como viagens, uma casa nova, um carro novo ou faculdade
para os filhos.
O local em que você mais provavelmente alcançará essas metas
financeiras será em seu campo de trabalho.
Há
a área do casamento. Estabelecer metas nessa área pode evitar que aconteça o
divórcio no futuro, ou pode intensificar um relacionamento já satisfatório.
Há
a área dos filhos. São relativamente poucas as metas e os planos que a maioria
dos pais tem para os filhos.
Como bombeiros, correm de um lado para outro
apagando incêndios diariamente e estão ocupados demais para estabelecerem metas
e planos a longo prazo.
Esses pais deixam de aproveitar totalmente o
relacionamento emocional com os filhos por não especularem a direção que eles
tomarão no futuro.
Se
você não é casado, então pode interessar-se em estabelecer metas e planos no
sentido de encontrar alguém e casar-se com quem possa alcançar um
relacionamento feliz e duradouro.
Segundo comentários de alguém, “A maioria das
pessoas gasta mais tempo e cuidado para escolher um carro novo do que na
escolha da pessoa certa com quem deverá passar o resto de sua vida.”
Finalmente,
há a área inteira dos amigos. Como é superficial a maioria dos relacionamentos
com “amigos” na cultura de hoje. Talvez queira estabelecer algumas metas e
planos aqui.
Com
a menção dessas áreas, sua mente foi provocada por alguma espécie de estímulo?
Já teve algumas metas em mente, ou apenas teve uma ou outra idéia? É óbvio que
vale a pena gastar um pouco de atenção nisso.
Pense nessas coisas enquanto se ocupa com as
tarefas de rotina do dia — pense no seu trabalho e suas recompensas; na qualidade
de sua vida doméstica, do seu casamento, do seu relacionamento com os filhos ou
com os amigos.
Pense no futuro dos filhos. Pense em sua existência
cotidiana. Seja imaginativo ao pensar nesses aspectos de sua vida e como
poderia mudar ou aumentá-los.
Deixe
que sua mente criativa seja extravagante; invente ideias insólitas. Redescubra
seus sonhos.
Em
um determinado ponto desse processo, talvez no período de um dia ou pouco mais,
você esteja pronto para planejar especificamente, li o passo mais importante —
assumir ações específicas em seus pensamentos.
Procure
meia hora em que estiver livre de todas as perturbações. Use-a para fazer uma
lista de metas anteriores mais quaisquer outras novas que lhe possam ocorrer.
Inclua as metas mais absurdas que possa imaginar.
Não
se preocupe se, a essa altura, suas ideias são realistas ou não; escreva-as
apenas. Depois de ter anotado todas, examine a lista cuidadosamente e escolha
as cinco mais importantes.
Poderá achar um processo muito excitante.
Seu
próximo passo será determinar como alcançar cada uma dessas cinco metas. Aqui
é onde a maioria das pessoas se desvia porque começa com um plano ambicioso
demais.
Quando
não podem alcançar a meta imediatamente, perdem a coragem e desistem.
Primeira parte...
Postado por Dharmadhannya
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