quinta-feira, 2 de maio de 2019

A meta revela o caminho do futuro.




Dr. Fítzhugh Dodson

COMO SE PROGRAMAR PARA 0 SUCESSO

Fique uns dez minutos em qualquer esquina de uma rua movimentada do centro da cidade e observe a humanidade passar diante de você.

 A cada cem pessoas, quantas calcularia que têm metas específicas na vida e que as estejam perseguindo com todo seu vigor?

Se você fosse um jogador, provavelmente poderia apostar uma considerável soma de que nenhuma — entre as cem que passaram — teria qualquer meta que fosse além daquele dia!

Estabelecer metas, você poderia aprender como exemplo desses indivíduos, se tivesse a coragem de perguntar, é algo que os “chefes das empresas" fazem quando estão planejando o orçamento para o próximo ano.

 Estabelecer metas é o que os treinadores de futebol e os dirigentes do beisebol frequentemente fazem.

Estabelecer metas é do que os presidentes e governantes, os ministros das finanças sem­pre falam, desde que estejam envolvidos com grandes operações.

Mas como podemos pensar em estabelecer metas para nós mesmos quan­do nossos cheques de pagamento não são suficientes nem mesmo para cobrir nossas contas?

Talvez os cheques de pagamento deles não sejam grandes o bas­tante para pagar as contas, e talvez nunca venham a ser, porque eles não têm metas, nenhum plano concreto de como melhorar a vida,  ne­nhuma idéia quanto a aumentar a renda, a melhorar os talentos, a ex­pandir os conhecimentos, ou a fazer crescer o próprio valor na socie­dade!


Lamentavelmente, a maioria é capitão de um navio
 que está se dirigindo para lugar nenhum.



A meta revela o caminho do futuro.

Quero falar a respeito de suas metas e planos e como pode programar- se para o sucesso. Seu Eu Potencial desenvolve-se nas metas bem-feitas que refletem o que é importante para você.

A meta é um objetivo que você quer alcançar. O plano é o modo específico de alcançar essa meta. 

Metas e planos são ideias em sua mente.

Olhe à sua volta. Tudo o que vê no mundo ao seu redor (exceto o que pertencer à natureza) começou de uma idéia na mente de alguém. O terno ou o vestido que está usando. O carro que dirige. A música que ouve.

As palavras que está lendo começaram de uma idéia em minha mente. Depois a idéia tornou-se a meta e criei um plano para alcançá-la.

O Computador onde a escrevi foi originalmente a idéia... Desde então vem se de­senvolvendo e aperfeiçoando por uma série de outras pessoas e repre­senta uma meta alcançada de cada uma delas.

 Tudo o que você veste, ludo o que há em sua casa ou apartamento, até o próprio prédio teve de ser idealizado antes que pudesse existir. 

E depois o esquema, a fa­bricação e a comercialização tornaram-se metas para alguém. Até sua escova de dentes começou de uma idéia, com um plano específico para alcançá-la.

Todos os objetos palpáveis começaram de metas, planos ou ideias nas mentes de certas pessoas.

Este é um conceito revolucionário, desde que permite realmente que ele o domine, pois demonstra a importân­cia do mundo do pensamento. Infelizmente, muitas pessoas ten­dem a rebaixar o mundo do pensamento.

Quando chamamos uma pes­soa de intelectual, nem sempre significa um elogio. Respeitamos os que se caracterizam como “fazedores” esquecendo que todo “fazedor” é primeiro um pensador.

 Ao olharmos as coisas dessa maneira incom­pleta ficamos impedidos de ver claramente que o mundo é alterado pe­las metas e planos concebidos nas mentes de homens e mulheres.

É realmente incrível quando você percebe que o nosso sistema es­colar negligência totalmente como ensinar os alunos a estabelecer as próprias metas e a fazer planos para alcançá-las.

Já ouviu falar de um curso desses no Segundo Grau? Na faculdade? Pois eu não.



Frequentemente, nossas escolas deixam até de chamar a atenção para o fato de que essas atividades vitais existem. A idéia de estabele­cer metas e fazer planos apenas “foge da mente” de muitas pessoas.

 Contudo, para uma pessoa em busca de sucesso, poucas coisas são mais importantes do que aprender como alcançá-lo. Essa idéia devia existir realmente como meio de vida e devia ser passada de pai para filho.

Às vezes, faço menção de metas e planos para as pessoas e lhes pergunto o que imaginam que seja. A maioria diz: “Oh, sucesso nos negócios, na ciência ou algo semelhante.” Normalmente não mencio­nam o mundo não profissional, o mundo pessoal, como o próprio casamento.

Penso num ex-paciente meu, Arthur, um homem de 43 anos, es­tabelecido, e que me procurou devido aos crescentes “ataques de ner­vos”, como ele mesmo dizia, em seu trabalho.

 Acabara de abrir a se­gunda loja de roupas masculinas. Financeiramente, o negócio ia bem, mas seus problemas com o gerente da nova loja cada vez aumentavam mais.

 O gerente tinha sido um empregado dos mais satisfatórios até assumir a nova posição. Quis mudar de repente muitos dos conceitos que haviam trazido sucesso para Arthur em sua primeira loja.

 Uma vez que sempre orgulhou-se de suas opiniões comerciais, Arthur agora estava perdendo confiança em si mesmo. Estaria ficando antiquado? Aos 43 anos estaria se tornando um velho atrasadão?
Enquanto discorria sobre seus problemas comerciais, Arthur cons­tantemente citava a esposa, Marie. Estavam casados há 20 anos e ti­nham dois filhos adolescentes. Fez observações frequentes do quanto a mulher lhe dera apoio e ajuda no começo, quando lutava para estabelecer-se.

Embora não tivesse vindo me ver para aconselhar-se so­bre o casamento, começamos a falar a respeito do seu relacionamento com Marie.

 Chamei sua atenção para o fato de que a proximidade que tinham usufruído durante o princípio do casamento parecia ter sido substituída por uma insipidez tediosa.

 Também sugeri que trabalhás­semos em algumas metas e planos para o casamento. Disse ele: “Estou assombrado, doutor!

 Nunca pensei em estabelecer metas para o meu casamento como faça para os meus negócios!” Um tanto encabulado, confessou que antes do casamento costumava “cortejar” a mulher, co­mo ele mesmo disse, mas há anos que não faziam nada de espontâneo romântico.

Depois de uma conversa considerável, decidimos começar com al­guns planos simples para implementar suas metas recém-descobertas de voltar e colocar um pouco de romance no casamento.

 Sugeri que começasse com os planos mais simples. Ele decidiu comprar um sortimento de cartões de “mensagens de amor” para a mulher e enviar-lhe de  vez em quando.

 Contou-me que celebravam religiosamente to­dos os anos o aniversário de casamento no dia 16 de junho. Portanto, como um plano adicional, sugeri que celebrassem um “aniversário” no dia 16 de cada mês.


 Finalmente, sugeri que a levasse para jantar com mais frequência, apenas os dois, sem os filhos.

Alguns poderão pensar: “Ora, não há muita espontaneidade nestes planos. Será que ele mesmo não seria capaz de pensar num tipo de coisa assim por conta própria?” Certamente que poderia.

 Mas a solução é que se eu tivesse deixado por conta dele, talvez Arthur nunca tivesse pensado nisso, espontaneamente!

 Assim, uma vez iniciado o pro­grama, a mulher ficou tão contente que começou a preparar pratos es­peciais que ele gostava e a fazer outras pequenas coisas atenciosas co­mo fazia no início do casamento.

Ele me contou, muito feliz: “Come­çamos a viver com uma espécie de ‘animação’ da qual havia me esquecido.

A propósito, na medida que o relacionamento conjugal começou a mudar, também começou a fazer bastante progresso no relaciona­mento comercial. Criatividade em uma área às vezes ajuda em outra.

É triste saber que a maioria das pessoas não têm metas ou planos, mas não é de admirar, pois o conceito em seu todo é uma área negli­genciada em nossa cultura.

Muitas pessoas apenas existem dia após dia, semana após semana, ano após ano. Outras têm metas, mas são tão imprecisas ou passivas que são virtualmente sem mérito.

 Frequente­mente refiro-me a elas como “metas monetárias”. Querem um carro novo, uma viagem à Europa... Ótimo. Quem não quer?

 Mas para alcançar essas metas você precisa de dinheiro. So­bre esse aspecto, normalmente a pessoa é muito vaga e não tem ne­nhum plano para obter tal quantia.

Há certas pessoas que têm metas “até certo ponto”, mas ainda estão em sua mente inconsciente, vagas e indefinidas. Essas pessoas nunca se propuseram a sentar e a tentar localizar os objetivos específi­cos de suas vidas.

Outras têm metas impossíveis de se obter. Um dos meus ex-pacientes, Bruce, tinha como meta uma aposentadoria precoce, aos 35 anos. Uma vez impossibilitado de obter isso, toda a comemoração do seu aniversário ficou prejudicada.

Obviamente, essa era uma meta irreal, a despeito do fato de que esse brilhante rapaz era altamente bem-sucedido em seu mundo comercial. Quantos são capazes de se aposen­tarem aos 35 anos? E de quê? E por quê?

 No caso de Bruce, ele não tinha nenhuma noção específica do que queria fazer após a aposenta­doria. Aposentadoria era toda a sua meta, em vez de estar de alguma forma relacionada com o resto de sua vida.


 Se ele na verdade tivesse se aposentado aos 35 anos, teria descoberto que fora uma realização vazia. A meta desse homem não era apenas irreal; era incompleta.

Agora quero ensiná-lo a como desenvolver metas significativas, como defini-las claramente e como criar planos definitivos para alcançá-las.

Primeiro, há a área do trabalho. Aqui você deve ter muitas metas em mente, incluindo “metas financeiras’’, como viagens, uma casa no­va, um carro novo ou faculdade para os filhos.

 O local em que você mais provavelmente alcançará essas metas financeiras será em seu cam­po de trabalho.

Há a área do casamento. Estabelecer metas nessa área pode evitar que aconteça o divórcio no futuro, ou pode intensificar um relaciona­mento já satisfatório.

Há a área dos filhos. São relativamente poucas as metas e os pla­nos que a maioria dos pais tem para os filhos.

 Como bombeiros, cor­rem de um lado para outro apagando incêndios diariamente e estão ocupados demais para estabelecerem metas e planos a longo prazo.

 Esses pais deixam de aproveitar totalmente o relacionamento emocional com os filhos por não especularem a direção que eles tomarão no futuro.

Se você não é casado, então pode interessar-se em estabelecer me­tas e planos no sentido de encontrar alguém e casar-se com quem pos­sa alcançar um relacionamento feliz e duradouro.

 Segundo comentá­rios de alguém, “A maioria das pessoas gasta mais tempo e cuidado para escolher um carro novo do que na escolha da pessoa certa com quem deverá passar o resto de sua vida.”

Finalmente, há a área inteira dos amigos. Como é superficial a maioria dos relacionamentos com “amigos” na cultura de hoje. Tal­vez queira estabelecer algumas metas e planos aqui.

Com a menção dessas áreas, sua mente foi provocada por alguma espécie de estímulo? Já teve algumas metas em mente, ou apenas teve uma ou outra idéia? É óbvio que vale a pena gastar um pouco de aten­ção nisso.

 Pense nessas coisas enquanto se ocupa com as tarefas de ro­tina do dia — pense no seu trabalho e suas recompensas; na qualidade de sua vida doméstica, do seu casamento, do seu relacionamento com os filhos ou com os amigos.

 Pense no futuro dos filhos. Pense em sua existência cotidiana. Seja imaginativo ao pensar nesses aspectos de sua vida e como poderia mudar ou aumentá-los.

Deixe que sua mente criativa seja extravagante; invente ideias insólitas. Redescubra seus sonhos.

Em um determinado ponto desse processo, talvez no período de um dia ou pouco mais, você esteja pronto para planejar especificamente, li o passo mais importante — assumir ações específicas em seus pensamentos.

Procure meia hora em que estiver livre de todas as perturbações. Use-a para fazer uma lista de metas anteriores mais quaisquer outras novas que lhe possam ocorrer. Inclua as metas mais absurdas que pos­sa imaginar.

Não se preocupe se, a essa altura, suas ideias são realistas ou não; escreva-as apenas. Depois de ter anotado todas, examine a lis­ta cuidadosamente e escolha as cinco mais importantes.

 Poderá achar um processo muito excitante.
Seu próximo passo será determinar como alcançar cada uma des­sas cinco metas. Aqui é onde a maioria das pessoas se desvia porque começa com um plano ambicioso demais.

Quando não podem alcan­çar a meta imediatamente, perdem a coragem e desistem.
Primeira parte...
 Postado por  Dharmadhannya



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