sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Meditação luz dourada







Faça esta meditação pelo menos duas vezes ao dia - o melhor horário é de manhã cedo, imediatamente antes sair da cama.

No instante em que sentir que está alerta, perceptivo,
 pratique-a du­rante 20 minutos. 

Essa deve ser a primeira coisa a fazer pela manhã! Não saia da cama: fique deitado e faça a meditação imediatamente!

 No instante em que acorda, você está muito sensível, receptivo. Quando desperta, está revigorado e o impacto da meditação será mais profundo. Ao acordar, é quando você está menos envolvido com sua mente.

Consequentemente, haverá algumas lacunas pelas quais a técnica irá penetrar em seu ser mais profundo. Além disso, de manhã cedo, quando estiver acordando e muitos outros estive­rem despertando, há uma grande maré de energia do despertar no mundo. Use essa maré; não perca essa oportunidade.

Todas as religiões antigas costumavam rezar de manhã cedo, com o nascer do sol, porque esse é o momento, em que todas as energias da vida se elevam.
 Você poderá aproveitar para surfar nessa onda de energia ascendente estará fluindo com a corrente e será mais fácil meditar. Ao anoitecer será mais difícil, pois as ener­gias estão se retirando e será como remar contra a corrente.

Portanto, o melhor horário para começar a meditação é de manhã hem cedo, imediatamente, enquanto você ainda estiver meio ador­mecido, meio acordado.

 E o processo é muito simples. Não requer nenhuma postura, nenhuma yogasana, não é preciso tomar banho nem nada.
Permaneça deitado de costas, conforme já estava. Mantenha os olhos fechados.


Ao inspirar, visualize uma grande luz entrando no seu corpo pela cabeça, como se um sol estivesse subindo próximo à sua cabeça - despejando uma luz dourada plena de graças de Deus - amor, harmonia, beleza  sobre a sua cabeça.

Você é oco e a luz dourada está sendo vertida, entrando, entrando, entrando, indo cada vez mais fundo, cada vez mais fundo, e saindo pelos dedos dos seus pés. Quando você inspirar, faça-o visualizando essa imagem.

E quando expirar, visualize outra coisa: a  luz entrando pelos dedos dos seus pés, um grande rio de luz entrando pelos dedos dos seus pés, subindo e saindo através da cabeça. 

Faça isso devagar, res­pirando profundamente para que você possa visualizar. Faça tudo bem devagar. E como está acordando, pode respirar devagar e bem profundamente, porque seu corpo está descansado, relaxado.

Deixe-me repetir: inspire, deixe a luz dourada penetrar pela sua cabeça, porque é ali que a Flor Dourada está esperando. Essa luz dourada é muito benéfica.

 Ela limpa o seu corpo inteiro e deixa-o absolutamente cheio de criatividade. Essa é a energia masculina.
Então, ao exalar, deixe a luz mais profunda que você seja capaz de conceber - como um a luz do Sol correndo como as águas de um rio - subir pelo seu corpo, vindo dos dedos de seus pés.

Essa é a energia luminosa: ela é purificadora, deixa você mais re­ceptivo, mais iluminado. Deixe-a sair pela cabeça. Então inspire novamente, permitindo a entrada da luz dourada.
Faça esse exercício de manhã cedo durante 20 minutos.



“Seja uma luz para si mesmo”.

Então, perceba: a entrega essencial acontece dentro de você, nada tem a ver com alguém de fora. A entrega essencial é um relaxamento, uma confiança.

Em termos linguísticos, entregar-se significa render-se a alguém, mas, em termos religiosos, significa simplesmente confiar, relaxar.
Deixe-me explicar. Você nada na água – vai até o rio e nada.

 O que acontece¿ Você confia na água. Um bom nadador confia tanto que quase se une à água.  Não luta contra ela, não a agarra, não fica duro e tenso. Se ficar duro e tenso, você se afogará; se ficar relaxado, o rio cuidará de tudo. É por isso que, quando alguém morre, o corpo flutua na água.

Incrível!! A pessoa viva se afogou e morreu no rio, e a pessoa morta simplesmente flutua na superfície. O que acontece¿ O morto sabe segredos sobre o rio que o vivo não sabia. A pessoa viva estava lutando. 

O rio era o inimigo. Ela tinha medo, não conseguia confiar. Mas, sem estar lá, como a pessoa morta poderia lutar. Ela está totalmente relaxada, livre de tensões, e de repente o corpo vem à tona. Nenhum rio pode afundar uma pessoa morta.

Então, vamos voltar... Confiar significa não lutar; entregar-se significa não pensar na vida como o inimigo, mas como o amigo... Quando você confia no rio, de repente começa a se divertir.

A vida é um rio. Você pode lutar ou flutuar; pode resistir ao rio e tentar nadar contra a correnteza ou flutuar com ele e ir aonde ele levar.
Perceba... Não se trata de entregar-se a uma pessoa; é simplesmente um modo de vida. Não é preciso ninguém (um Deus) a quem se entregar.

 Há religiões que acreditam em Deus, há outras que não acreditam, mas todas acreditam na entrega. Portanto, a entrega é o verdadeiro Deus.

O próprio conceito de Deus pode ser descartado. O budismo não acredita em nenhum Deus, o jainismo também não – mas são religiões. 

O cristianismo acredita em Deus, o islamismo acredita em Deus, o sikhismo também acredita – e também são religiões.

O cristão prega a entrega a Deus – Deus é apenas uma desculpa para você se entregar. É uma ajuda, pois é difícil se entregar sem um objeto. O objeto é apenas uma desculpa para que em nome de Deus, você se entregue.



O budismo diz simplesmente; entregue-se. Relaxe. Não há a necessidade de um objeto, é tudo uma questão de subjetividade. 
Relaxe, não lute, aceite.

Na verdade, a palavra “crença” é feia. Não demonstra confiança, não demonstra fé – crença é quase o oposto de fé. A palavra “crença” em inglês – belief – vem da raiz arcaica lief, que significa desejo, desejar.

Deixe-me explicar. Você diz: “Acredito em Deus”. O que está dizendo exatamente¿ Está dizendo: “Gostaria que existisse um Deus”. Quando diz: “Acredito”, na verdade, está dizendo: “Desejo intensamente”. Mas perceba, você não sabe.

Se você sabe, não é uma questão de acreditar. Você acredita nas árvores¿ Acredita no sol que nasce todas as manhãs. Acredita nas estrelas. Perceba, não é uma questão de crença. Você sabe que o sol está lá, que as árvores estão lá.

Quando você conhece, para que serve a crença. Crença é ignorância. Se você sabe, sabe. E, se você não sabe, é bom admitir que não sabe – a crença pode enganá-lo. A crença pode criar um clima em sua mente, no qual, sem saber, você começa a pensar que sabe.

 Crença não é confiança e, quanto mais você afirmar com veemência que acredita totalmente, mais medo tem da dúvida em seu íntimo.
A crença nasce do medo, não do amor. Não da confiança. Lá no fundo, há dúvida e medo.

A confiança não conhece a dúvida. A crença reprime a dúvida, é um desejo. A crença surge apenas onde a dúvida chegou – esta vem primeiro. Mais tarde, para suprimir a dúvida você se agarra à crença. A confiança vem quando a dúvida desaparece; a confiança vem quando a dúvida não está presente.

Podemos dizer que todas as crenças sufocam e o ajudam a não ficar vivo de verdade. Elas amortecem o seu ser.

Se você tiver medo de exalar o ar porque talvez ele não volte, você prende a respiração. É isso que é a crença – apegar-se, prender.

Se você exala o ar, confia na vida. A palavra budista “nirvana” significa simplesmente exalar, expirar – confiar. A confiança é um fenômeno muito inocente. A crença é da cabeça; a confiança é do coração. 

Você simplesmente confia na vida, pois você é da vida, vive na vida e voltará à fonte. Não há medo. Você nasce, vive e morre – não há medo. 


Nascerá de novo, viverá de novo e morrerá. A mesma vida que lhe deu a vida pode sempre lhe dar ainda mais, então por que ter medo. Por que se apegar a crenças. As crenças são criadas pelos homens; a confiança é criada por Deus.

A confiança simplesmente mostra que você sabe o que é amor. Não é um conceito de Deus, sentado em algum lugar no céu, manipulando e gerenciando. A confiança não precisa de Deus; a vida infinita, sua totalidade, é mais que suficiente. Quando confia, você relaxa. Esse relaxamento é a entrega.

Religião em si é entrega, relaxamento. Não se apegue a coisa alguma. O apego mostra que você não confia na vida.

É bom que a experiência religiosa tenha que ser vivida individualmente, caso contrário você jamais alcançaria o êxtase do Buda, de Jesus ou Krishna. Porque então você estaria aprendendo como um livro didático – qualquer tolo poderia transferi-la para você, mas assim toda a experiência orgástica seria perdida.

Para encerrar, Buda disse: “Seja uma luz para si mesmo”. Ele está dizendo: “Lembre-se, minha verdade não pode ser a sua verdade; minha luz não pode ser a sua luz. 

Incuta-se do espírito a partir de mim, fique mais sedento a partir de mim, que sua busca seja mais intensa e que você se devote totalmente a ela, aprenda comigo a devoção de um buscador de verdade – mas a verdade, a luz, arderá dentro de você. Você terá que alimentá-la dentro de si”.

Ou seja, você não pode pegar a verdade de empréstimo, ela não pode ser transferida, não é uma propriedade. É uma experiência tão sutil que não pode sequer ser expressa. Ela é inexprimível.


Olhe para os mistérios da luz...
Uma pequena chama é o que há de mais misterioso no mundo, e a vida toda depende dela.

A mesma chama está queimando em vc.
Por isso o oxigênio é constantemente necessário.
A chama não pode queimar sem ele.

É esse o motivo pelo qual o Yoga enfatiza a respiração suave e profunda, o respirar mais oxigênio...
Para que sua vida queime mais fundo... Para que a chama se torne mais clara e nenhuma fumaça surja em vc.
Para que vc possa perceber a encantadora luz em seu interior.
Comungue com a Luz.
 Postado por dharmadhannya

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