ENFEITIÇAMENTO
MENTAL - I
PERGUNTA: O que é a tão comentada "força mental"?
RAMATÍS: A mente é o instrumento principal do
espírito para atuar sobre o mundo das formas, no universo manifestado aos
vossos sentidos como no Mundo Oculto ao sensório. É a autora de todas as
criações e se confunde com a própria centelha espiritual, tal a sua
importância.
Os homens se tornam inevitavelmente aquilo que pensam. O poder, a
força ou energia mental produzem ininterruptas interferências e mudanças no
meio que vos cerca, visível e invisível.
Vossa maior dificuldade é compreender a fonte geradora de pensamentos
contínuos que é a mente. O pensar se relaciona com todos os corpos sutis que
"envolvem" o espírito, como se fosse um bebê embrulhado em mantas
para que a friagem do meio hostil não cause grave estiolamento.
O ato
volitivo de pensar antecede os sentimentos do corpo astral e as
sensações do equipo físico. Quando desestruturado o fluxo de ideações
superiores que provém dos corpos átmico, búdico e mental abstrato (Esses três
veículos da consciência constituem o Eu Superior), advêm modificações intensas
nas relações do indivíduo com o meio, que são sustentadas pelos corpos
inferiores: astral, etérico e físico, quando não se instala o alheamento total,
ao que chamais de loucura.
As predisposições mórbidas do equipo físico ao longo da jornada terrena
estão instaladas na casa mental.
Deveis alterar os pensamentos geradores das
distonias, em cuja gênese estão fatores psicológicos ocultos, resíduos
traumáticos relacionados a existências pregressas, vidas passadas que ainda reverberam das
camadas mais profundas do psiquismo
inconsciente para uma área que tangencia o
consciente, algo como um subconsciente, que ficaria entre o inconsciente e o
consciente, a periferia da vida presente do encarnado.
Essas dissonâncias
mentais de complexa etiologia instalam e intensificam desarranjos vibratórios
em determinados locais e órgãos do corpo astral ou perispirítico, que
repercutem no físico na forma de doenças variadas.
Ocorre que a ciência despreza e desconhece a força dos pensamentos e os
sete corpos mediadores da manifestação. Os pensamentos são gerados pelo
espírito, que é a inteligência, a vontade, e os seus sentimentos e ideias se
transformam num fluxo pensante.
Oriundos do Eu mais profundo, a centelha
espiritual, fluem através dos sete corpos mediadores, átmico, búdhico, mental
superior, mental inferior, astral ou perispirítico, etérico e físico, como se
fossem sucessivas camadas.
Percorrem todos os níveis energéticos envolvidos, do
mais sutil e rápido ao mais denso e lento, até alcançar a matéria, pesada,
grosseira e de baixa vibração, interferindo na vida do espírito com o meio
que o cerca, pois ocasionam atitudes, comportamentos e, consequentemente, o
modo de ser.
Ramatís – Evolução
No Planeta Azul
1.
PERGUNTA: Qual é a diferença entre
o feitiço verbal e o feitiço mental?
RAMATÍS: Sem dúvida, quer seja feitiço verbal ou
mental, o pensamento é sempre o elemento fundamental dessa prática maléfica,
pois não existem palavras sem pensamentos e sem idéias. Quando o homem fala,
ele mobiliza energia mental sobre o sistema nervoso, para então acionar o
aparelho de fonação e expressar em palavras as idéias germinadas na mente.
E o
feitiço mental ainda pode ser mais daninho do que através da palavra, pois é
elaborado demorada e friamente sob o calculismo da consciência desperta, em vez
de produto emotivo do instinto incontrolável.
O enfeitiçamento verbal produzido
pela maldição ou pela praga pode gerar-se num arrebatamento de cólera,
contrariedade ou desforra de natureza mais emotiva ou explosiva, produzindo
mais fumaça do que ruínas! Faltando-lhe a premeditação, que confirma o impacto
ofensivo, também pode ser menos prejudicial.
PERGUNTA:
- Quais são os motivos que tornam o feitiço mental mais ofensivo do que o
enfeitiçamento verbal?
RAMATÍS: O feitiço mental, quase sempre, é fruto do
ciúme, do amor-próprio, da frustração, vingança e humilhação, pois germina e
cresce no silêncio enfermiço da alma e sob a consciência desperta do seu autor.
O feitiço mental pode ser mais grave do que o feitiço verbal, porque
fecunda-se na covardia silenciosa e ignorada do mundo profano. Quem amaldiçoa
ou roga pragas, assume em público a responsabilidade de sua desforra
intempestiva. Mas o que enfeitiça pela mente, resguarda-se no anonimato
hipócrita e ainda continua a gozar de bom conceito público.
PERGUNTA:
Qual é o processo ou mecanismo que faz o pensamento ferir à distância, movido
por um veemente desejo de vingança?
RAMATÍS: A mente humana, quando tomada de
raiva, ódio, cólera, inveja ou ciúme, produz energias agressivas que perpassam
pelo cérebro perispiritual e fazem baixar-lhe o padrão vibratório, alterando
também as demais energias astralinas e etéricas que ali se encontram em
circulação.
Então, produz-se um fenômeno que podia ser definido por
"coagulação" etéreoastral, lembrando o caso da onda de frio que, ao
atuar no seio da atmosfera do vapor de água, solidifica-o na forma de
gotículas.
Lembra, também, a corrente elétrica perpassando por uma solução
salina, quando produz a precipitação verificada em laboratórios de química e
física.
As ondas mentais também ficam alteradas e intoxicam a própria atmosfera
mental em torno do cérebro humano, produzindo substâncias que, baixando
vibratoriamente, tornam-se nocivas e devem ser eliminadas do campo psíquico e
áurico do homem.
Mas elas, em vez disso, penetram na circulação humana afetando
o sistema endocrínico, linfático, nervoso e sanguíneo, produzindo doenças de
origem ignorada.
Por isso, as criaturas
violentas, coléricas, irritáveis, pessimistas, ciumentas, invejosas e que se
injuriam facilmente, quase sempre são vítimas de depressão, indigestão, alergias inespecíficas,
urticárias, nefrites e eczemas neuro-hepáticos, surtos de disenteria ou
hemorróidas, consequentes do desequilíbrio mental e descontrole psíquico.
1 Os
hipocondríacos, por exemplo, são criaturas que vivem presas a infeliz círculo
vicioso; elas alteram-se perturbando o psiquismo; e quando este
desarmoniza, então adoece o fígado!
Da mesma forma, as ondas mentais, astralinas e etéricas viajam pelo
mundo oculto até à pessoa objetivada, no seu impacto enfeitiçante e
penetram-lhe na fisiologia do corpo provocando enfermidades.
PERGUNTA:
Qual é a definição mais clara do pensamento?
RAMATÍS: O pensamento é uma vibração da mente;
ainda é matéria, embora sutilíssima, que provoca a ruína daquele que emite, e de outrem, quando
lançado sob o impacto tóxico da mente vingativa. É um fenômeno análogo ao da
luz, pois se propaga em ondas, as quais vão-se enfraquecendo à medida que
aumenta a distância que percorrem.
Mas o pensamento é muitíssimo superior ao
fenômeno da luz, porque ele é uma vibração de matéria mais quintessenciada e a
sua produção exige múltiplos fenômenos fisiológicos do corpo humano.
Aliás, a concentração cerebral, exigida pela função de pensar, faz afluir para o cérebro maior volume de sangue. Os médicos provam isso, atualmente, com uma pessoa deitada numa balança, pois esta inclina-se :para baixo, assim que se processa a atividade da pessoa pensar.
E evidente que os pensamentos vão muito
além das palavras, principalmente quando são vitalizados por uma pessoa de
vontade forte e experimentada, que então pode guiá-los tão seguramente quanto o
operador à distância maneja o seu controle remoto.
O homem, ao pensar, imprime impulsos vibratórios no seu corpo mental, resultando, simultaneamente, a produção de "ondas" e de "formas-pensamentos".
Conforme a lei de repercussão vibratória, a
vibração do corpo mental se propaga pela matéria que a rodeia, assim como a vibração
da campainha se dissemina pelo ar atmosférico ou ambiente onde é acionada.
A
atmosfera e o éter, que interpenetram todas as coisas do macro e do microcosmo,
estão impregnados de substância mental proveniente da própria Mente Cósmica e
respondem prontamente a quaisquer impulsos vibratórios da mente humana.
Esses
impulsos mentais vibratórios produzem uma espécie de ondulação, à
semelhança das ondas produzidas pelas pedras lança das sobre a superfície da
água e que se propagam em todas as direções e muitas dimensões, assim como
acontece com a irradiação da luz do Sol ou de uma lâmpada.
As ondas mentais, que se formam e expandem-se em todas as direções, são
multicores e opalescentes, mas se debilitam à medida que se difundem a maior
distância, lembrando o fenômeno que acontece comumente com as bolhas ou bolas
de sabão, que vão se diluindo conforme o seu tempo de vida.
PERGUNTA: Qual é a
diferença na contextura dos bons e maus pensamentos?
RAMATÍS: Os pensamentos sublimes e altruístas são de
vibração muito rápida e sutil, alimentados por um combustível diáfano, que não
deixa resíduos no perispírito.
Quando atraídos por outras mentes afins, eles
também ativam os sentimentos e as emoções superiores. Mas tratando-se de
pensamentos mais raros, só influem em seres de boa estirpe sideral.
As idéias,
sugestões e criações mentais sobre o amor, a paz e o bem, em verdade, são
energias extraordinárias e de qualidade incomum, que adubam o crescimento sadio
do espírito humano.
Há pensamentos científicos, religiosos e teosóficos, que
influem preferencialmente em certo setor da atividade humana.
Os pensamentos malévolos, vingativos, coléricos e odiosos imantam-se de
magnetismo inferior e sobrecarregam-se de fluido mental, astralino e etéreo, de
baixa vibração, agindo tão eficaz e rapidamente na atmosfera terrena, que
justificam realmente o velho refrão: "O mal propaga-se mais fácil que o
bem"!
Enquanto a energia diáfana utilizada pelos bons pensamentos
volatiliza-se do perispírito absorvida pelo éter superior, a substância mental
e astralina necessária para sustentar e mover os pensamentos daninhos e
pecaminosos adere fortemente à vestimenta perispiritual, formando escórias que,
mais tarde, produzem sofrimento ao serem drenadas para a carne, ou
desintegradas nos charcos terapêuticos do astral inferior.
O homem é o que pensa; o seu espírito, quando escravo das manifestações
desregradas, faz da mente apenas o instrumento de sua relação egoísta com o
mundo inferior; e depois da morte submerge-se num mar de magnetismo viscoso e aderente.
Mas eleva-se aos níveis angélicos sob a lei de que "os humildes serão
exaltados", quem usa o poder mental para aniquilar as paixões do mundo
animal, em vez de hostilizar o próximo!
PERGUNTA: -
Poderíeis dar-nos um exemplo da diferença entre o pensamento elevado e o
malévolo, em que um deixa resíduos e outro volatiliza-se no períspirito?
RAMATÍS: Malgrado a exemplificação rudimentar,
poderíeis supor dois fogões; um alimentado a lenha e outro a eletricidade; o
primeiro deixa resíduos, como cinza e carvão, e o segundo permanece límpido,
porque só usa a eletricidade que se volatiliza.
PERGUNTA: Que
mais podeis dizer sobre as ondas mentais?
RAMATÍS: As ondas mentais, já o dissemos, lembram as
ondas geradas pela pedra jogada sobre a superfície da água.
Mas não são muito
precisas na sua ação porque logo se desfazem onde incidem, sem produzir uma
idéia completa na sua trajetória ou objetivo final.
Enquanto a onda mental
apenas desperta sensações semelhantes onde recai, já a forma-pensamento
transmite a idéia mais completa, porque, além de fortemente sobrecarrega da da
substância mental de quem a emite, agrega-se facilmente ao campo do pensamento
de outra pessoa e ali perdura a sua ação contagiante.
O corpo mental do homem ao ser tocado por uma forma-pensamento
diferente, tende a produzir na sua mente um pensamento semelhante ao que surge,
tanto quanto seja o grau de sua receptividade.
Sem dúvida, o poder e a ação
dominante das ondas mentais e formas pensamentos projetadas por alguém, variam
conforme a força de vontade de quem as emite, enquanto também se enfraquecem
tanto quanto mais longe estiverem de sua fonte original.
A onda de devoção, emitida por pessoa contrita em sua fé, também
desperta noutra pessoa, propícia a tal sentimento, um estimulo de devoção, o
qual será tão forte qual seja a força da onda mental e a sensibilidade do seu
receptor.
Da mesma forma, uma onda mental de natureza especulativa também
aviva, na pessoa receptora, impulso para transações comerciais.
PERGUNTA: Que
são formas-pensamentos?
RAMATÍS: Enquanto as ondas mentais transmitem mais
propriamente os sentimentos, as divagações e reminiscências de especulação
propriamente psíquica, as formas pensamentos recortam figuras nítidas ou
configuram símbolos de uma natureza mais objetiva e compreensível para os
clarividentes.
Através da onda mental, há casos em que o vidente bem
desenvolvido chega a ver a pessoa que a transmitiu, enquanto que a
forma-pensamento só se impõe por sua própria imagem.
O pensamento produz uma série de vibrações no corpo mental e este então
projeta uma porção de si mesmo, em perfeita conexão com a matéria mental
circunstante.
Desse fenômeno, gera-se uma forma-pensamento simples e pura, cuja
configuração, radiação, vitalidade, brilho e colorido perduram tanto quanto
seja a força ou a convicção de quem a emite.
A forma-pensamento, também conhecida por elemental ou
elemental-artificial, lembra uma entidade vivente, temporária, mas dotada de
intensa atividade e animada pela idéia-mater que a gerou.
É um produto da própria
alma, mas nutrida pela essência elemental vivificante e eletrônica do corpo.
Quando maligna, move-se implacavelmente para impor-se sobre a pessoa escolhida
para vítima e alimenta-se pela força do ódio, inveja, cólera, despeito, ciúme
ou vingança, que encontra em sua trajetória até arremessar-se no seu alento
vital selvático.
É tão obstinada como a semente lançada no seio da terra, que
germina, malgrado a sufocação do solo, e a ação destruidora dos vermes, que
tudo fazem para devorá-la!
A forma-pensamento constitui-se de matéria sutilíssima, embora para
alguns seja um produto fantasioso, pois, além de sobrecarregado de substância
mental-astralina fortemente vitalizada pelo éter-físico, que se escoa pelo
duplo etérico humano, também se impregna da eletricidade e do magnetismo
biológico da criatura.
Eletrizando-se no seu curso benéfico ou maléfico, ela
atinge o objetivo qual dardo criador ou destrutivo, valendo conforme a intenção
e o poder de quem a projeta.
Assim, entre os três bilhões de encarnados e o dobro de desencarnados
em intercâmbio incessante através do pensamento à superfície da Terra, a aura
do orbe parece o centro de imenso oceano etérico, vaporoso e cintilante,
alimentado pelas fabulosas energias que transmitem e refletem as
formas-pensamentos dos homens, lembrando verdadeiros cardumes de peixes
fantasiosos, coloridos ou pétreos!
As mais absurdas e inconcebíveis
configurações mentais atritam se e encorpam-se para projetar-se em várias
direções, arrastando inapelavelmente formas semelhantes.
É um turbilhão de
ondas mentais propagando-se em todos os sentidos e formas pensamentos
entrecruzando-se e buscando pouso incessante na multiplicidade das mentes que
compõem a consciência coletiva da humanidade! Há uma riqueza de cores formosas
e fascinantes, porém, que jamais se misturam ou se fundem à massa de tons
escuros, repulsivos, irascíveis e pegajosos do submundo mental!
PERGUNTA:
Quais os motivos que determinam essas cores do pensamento?
RAMATÍS: De conformidade com as leis
transcendentais, que regem o mundo mental, a qualidade do pensamento
determina-lhe a cor; a natureza do pensamento compõe-lhe a forma; e a precisão
do pensamento determina-lhe a configuração exata.
As cores do pensamento são
fundamentais e jamais desmentem a sua cromosofia peculiar, isto é, o pensamento
de amor ou de paz, de ódio ou de guerra, possui sempre a mesma tonalidade
colorida, quer seja produzido por um europeu, asiático, africano ou latino.
Isso acontece, porque a Mente Divina, em qualquer latitude cósmica do Espaço, fundamenta
a mesma cor do pensamento e interpenetra todos os interstícios da mente humana.
Os pensamentos, além de nutridos pela substância mental, também impregnam-se do
fluido astralino que no momento nutre sentimentos semelhantes.
Assim, em qualquer ponto do Universo, a cor clara e límpida sempre
decora os pensamentos de amor puro; o branco-prateado fundamenta os sentimentos
messiânicos; o azul-celeste identifica a elevada emoção religiosa, enquanto o
esforço mental para produzir raciocínios elevados e benfeitores à humanidade,
sempre ressalta um formoso matiz amarelo e de ouro chispante, que é a cor do
intelecto sublimado.
As formas-pensamentos sublimes e benfeitoras são sempre
límpidas, translúcidas e formosas, enquanto as formas-pensamentos produtos da mente
subvertida e alimentadas pelas energias inferiores mostram-se obscuras, pétreas
e oleosas.
Infelizmente, devido à graduação primária da humanidade terrena, em
geral, ainda predominam na aura humana as cotes escuras, viscosas e densas,
como resultantes de pensamentos nebulosos e próprios das mentes mal
desenvolvidas.
PERGUNTA: - Em face da complexidade do assunto,
poderíeis dizer-nos como se constituem as formas-pensamentos?
RAMATÍS: Quando um homem pensa num objeto concreto
como uma casa, um livro, um pássaro ou paisagem, ele constrói uma diminuta
imagem de tal objeto na substância de sua mente ou corpo mental. Assim, quando
o pintor, o cientista ou o escultor imaginam alguma criação para o futuro, eles
projetam, para além de si, a forma-pensamento do que pretendem criar no
mundo exterior da matéria.
Sob a lei de afinidade e correspondência vibratória,
essas formas pensamentos vagueiam até encontrar um campo mental semelhante e
então passam a atuar com insistência até incorporar outras formas-pensamentos
afins.
Daí, os acontecimentos desairosos, que por vezes acontecem na Terra,
quando certas descobertas ou invenções surgem simultaneamente em mais de um
cérebro humano, dando azo a mútuas censuras de plágios.
O novelista, o poeta e o escritor não só criam os seus personagens
quando eles os imaginam, como ainda os impregnam de sua força e vivência
mental; depois, os movimentam em suas obras como bonecos vivos, comandando-os
pela mente criadora a seu bel-prazer, daqui para ali.
Embora se trate de
imagens ou personagens criados mentalmente, de existência física fictícia e
podendo durar muito pouco tempo no campo espacial da mente do orbe, eles ficam
sob a dependência do potencial da matéria mental de quem os criou.
As imagens
ou formas-pensamentos criadas pelos homens, às vezes, são tão vigorosas e
perfeitas, que em certos trabalhos espiritistas, umbandistas ou esotéricos,
onde o ambiente mental e psíquico se torna hipersensível, os videntes mal
desenvolvidos chegam a confundi-los com espíritos desencarnados, o que não
passa de um fenômeno de ideoplastia mental.
O pensamento, a formular-se em ondas,
age
de cérebro a cérebro, quanto a
corrente de
elétrons, de transmissor a receptor,
em
televisão.
” André Luiz – Mecanismos da
Mediunidade
Em trabalhos de hipnotismo é possível conduzir-se o "sujet" a
ver numa folha de papelaneamente pelo hipnotizador, e que então, lhe parecem
objetos físicos e reais.
Há personagen, as formas-pensamentos criadas
simultens criados' pelos seus autores, sob tal vitalidade e incessante nutrição
mental, que permanecem na esfera da vida de todos os povos e destes ainda
recebem mais alimento mental, espantando certos espíritos recém desencarnados,
que ficam boquiabertos revendo vivos no Espaço os personagens de um mundo de
fadas!
PERGUNTA: Como
se explica que os pensamentos lançados para além do indivíduo que os produz
ainda possam causar-lhe influência pessoal?
RAMATÍS: Lembramos-vos que no estado presente
de evolução humana a maioria dos pensamentos dos homens ainda estão
centralizados neles mesmos, porque são fundamentalmente egoístas, e só circulam
em torno dos seus próprios autores ou pensadores, formando-lhes uma espécie de
couraça ao redor do seu corpo mental.
Quando tais pensamentos são mórbidos,
odiosos, tristes ou coléricos, eles criam preocupações aos seus próprios
autores, pois avivam-lhes os estados emotivos de melancolia, inquietação e
desespero, justificando-se a velha lenda de que o "feitiço sempre se volta
contra o próprio feiticeiro"!
Sem dúvida, os pensamentos heróicos, decididos, animosos e
confortantes, também incentivam as mentes sob tal vibração, pois influem
incessantemente na propagação de idéias semelhantes. No entanto, os produtos
mentais vigorosos, que depois geram vinganças, crimes ou suicídios, são
verdadeiros enfeitiçamentos mentais que chegam a impelir outras criaturas a
cometer iguais desatinos.
Ramatis
PERGUNTA: - Como
se explica isso?
RAMATÍS: Certos tipos de crimes, suicídios ou
acontecimentos trágicos criam formas-pensamentos tão vigorosas, nítidas e
duradouras, que chegam a induzir outras pessoas sintonizadas na mesma faixa vibratória,
a praticarem atos semelhantes. Eles seguem a mesma linha trágica de ondas e
pensamentos que deram origem e eclosão aos acontecimentos funestos ocorridos
anteriormente. À semelhança das ondas hertzianas, essas formas-pensamentos
vagueiam e convergem para o primeiro aparelho mental sintonizado na mesma gama
vibratória ou semelhança de pensar.
O homem vacilante, mas sob o impulso incontrolável do ódio, que pensa
em matar o desafeto, ou ainda num suicídio desesperado, mas falta-lhe a coragem
para cometer tal desatino, pode captar o mesmo impulso mental alucinatório de
outrem e fortalecer a sua idéia macabra pela sugestão e influência alheia.
As
formas-pensamentos que alimentaram os fatos trágicos terminam por preencher o
hiato de vacilação mental, impelindo o imprudente, que é ainda vítima de suas
próprias emoções, a praticar o crime ou a sua destruição.
Na verdade, esses
pensamentos mórbidos não matam, mas fortalecem e empurram outros pensamentos
semelhantes a acionarem a criatura que se deixou auto-hipnotizar por qualquer
intenção desesperada. 467
4 Em
Curitiba, além de outras observações pessoais, verificamos que no prazo de 49
dias, que os ocultistas consideram astrologicamente perigoso para a eclosão de
acontecimentos semelhantes e trágicos, ocorreram os seguintes fatos de
características extraordinariamente semelhantes:
três suicídios de pessoas que
se atiraram de sacadas, mas antes haviam tentado o suicídio e falhado; três
mortes de jovens vitimas da estúpida roleta-russa; três mortes a pauladas e
três esposas frustradas na tentativa de matarem os maridos.
No entanto, um dos
mais terríveis eczemas pegajosos provindo de um insulto injurioso, em pessoa
extremamente encolerizável, pudemos curá-lo com a homeopatia de Staphisagria,
acrescida de Chelidonium Maf, como drenador.
3 - Assim são as
histórias de Branca de Neve e os 7 Anões, Chapeuzinho Vermelho, O Gato de
Botas, Pinóquio, Cinderela e outras, que fizeram as delícias de nossa infância,
cujos personagens ainda permanecem em nossa mente como criações vivas e
indestrutíveis. Vide o capítulo "Vidência Ideoplástica", da obra
Mediunismo, de Ramatís.
Postado por Dharmadhannya
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