Meditação...
Afinal: O Que É?
Vamos tentar compreender...
Com essas palavras iniciais já se pode
vislumbrar o
que - meditação é?
Sim e não...
Vejamos por quê:
Sim!
... Pois podemos extrair daí algumas indicações que
deíl nem a meditação e sua função:
• A
meditação é um meio, uma “ferramenta” que parece facili tar a conexão do
pequeno ser com o Grande Ser — do ego com o Self, do indivíduo com o
“divino” — dentro e fora dele mesmo.
• A
meditação desperta para a percepção da Essência, aquele Centro de Paz a que nos
referimos, e “flexibiliza” o ego, tornando-o mais maleável, mais compassivo,
alterando a visão de mundo, alinhando e
harmonizando corpo, mente e espírito, reorganizando energeticamente todo o campo.
Não...
... Porque... o que é mesmo a meditação?
Qual é
mesmo i • gosto do açúcar?
Há que se provar o doce na própria boca para
senti-lo. É algo assim o que ocorre na meditação.
Meditação não é uma teoria, uma doutrina, um
exercício in-telectual ou uma fórmula abstrata. E uma vivência que precisa ser
provada, “saboreada” para ser conhecida e “sabida” (“sabor” e “saber” têm a
mesma raiz). E algo que se faz fazendo, que só tem realidade quando é vivido.
Já é possível teorizar sobre a meditação.
Atualmente seus efeitos têm merecido estudos científicos, que têm contribuído
para trazer a sabedoria antiga das tradições espirituais para o saber
comunitário.
Porém, a proposta é outra: mergulhar
no próprio oceano da meditação e vasculhar até encontrar aí as “Pérolas do
Eterno”.
Nosso objetivo é praticar a meditação de diferentes
formas, incluindo temas que possuem uma força simbólica bastante mo-
bilizadora. E, além disso, despertar para o Eterno Sagrado do e no cotidiano,
abrindo espaço para a sintonia com os temas da vida pessoal para alcançar,
afinal, os objetivos da meditação.
E aí, somente aí e então, meditação é nada fazer: é
o Vazio da Totalidade, e a Totalidade percebida como Vazio prenhe de Sagrado —
a Consciência Cósmica.
Estes
exercícios formam as cinco primeiras categorias dos exercícios de
Reorganização
Energética:
I.
Base
II.
Energização
III.
Respiração
IV.
Relaxamento
V.
Interiorização
Recomendamos
que você pratique regularmente os Exercícios Preliminares antes de
incluir a prática das Meditações Temáticas.
É
fundamental preparar o corpo e a mente para mergulhar no oceano da meditação
em busca de pérolas...
Os
Exercícios Preliminares devem continuar a ser praticados sempre
antes da meditação.
Estes
exercícios visam intensificar o contato com o ambiente e com a realidade
corpórea.
Recomendação:
selecione de 3 a 6 exercícios desta categoria para praticar.
1. Integrando-se
Fique
de pé, coluna ereta, pélvis e ombros na posição correta, olhos abertos, olhar
dirigido para um ponto do chão, num ângulo confortável para você (mais ou menos
45°). Recolha sua consciência para dentro do corpo, mantendo contato com o
ambiente, buscando ampliar a consciência de si mesmo como ser vivente.
Permaneça
imóvel nessa posição por alguns minutos (2 a 4 minutos), respirando
normalmente.
2.
Ancorando
Na
mesma posição do exercício n 1, comece a sentir o peso do seu corpo. Mantendo a
coluna ereta, os ombros relaxados e a cabeça imóvel, realize alguns movimentos
com as pernas dobrando os dois joelhos, indo para baixo lentamente e depois
voltando à posição inicial.
Faça os movimentos bem devagar para sentir
bem o peso do corpo. Depois de alguns minutos (2 a 4), volte à posição inicial
e tente perceber a energia circulando em seu corpo.
3.
Cedendo
Fique
de pé, com a coluna ereta. Comece a ter consciência do peso do seu corpo desde
os pés até a cabeça. Abaixe-se devagar, cedendo a este peso, até o chão,
ficando de cócoras, apoiando-se com as mãos.
Respire, permanecendo sempre com os olhos
abertos. Ceda às tensões que o peso impõe a você. Devagar, volte à posição
inicial e observe suas sensações. Registre-as mentalmente.
Repita
o exercício mais duas vezes.
Fique
de pé. Comece a andar, onde quer que você se encontre, prestando atenção aos
objetos e ao ambiente que o circunda. Direcione o foco da sua atenção para os
seus pés. Comece a tornar-se consciente dos movimentos que você realiza
enquanto caminha.
Diminua a marcha, de modo que você perceba
detalhes de seus movimentos, até andar em marcha lenta. Pare. Caminhe novamente
devagar. Pare. Sinta o contato dos seus pés com o chão. Intensifique esse
contato colocando sua atenção nas solas dos pés. Permaneça alguns minutos
assim.
5. A Criação de Raízes
Fique
de pé, olhos abertos, pernas afastadas no alinhamento dos ombros, pés
paralelos. Sinta as solas dos pés tocando o chão. Afaste os artelhos e
conecte-os com o solo. Visualize-os como raízes penetrando na terra, aumentando
seu senso de pertinência às coisas da Terra. Através de suas raízes, você
também recebe nutrição e proteção.
Relaxe
e desfaça mentalmente a imagem.
6. Entregando-se ao Campo Magnético
Caminhe
pelo lugar onde você se encontra. Depois de alguns minutos, diminua a marcha e
perceba a força de gravidade da Terra. Permita que esta força atue sobre seus
movimentos, dificultando-os. Comece a arrastar os pés pelo chão enquanto você
caminha devagar. Sinta a força do magnetismo atraindo e mantendo tudo conectado
fortemente com a Terra. Relaxe e desfaça a imagem.
Sente-se
numa cadeira com a coluna ereta (sem se encostar). Coloque os pés em contato
com o chão e as mãos sobre as coxas. Fique de olhos abertos, descansando o
olhar num ponto confortável no solo.
Tome
consciência da superfície abaixo dos pés e da superfície sobre a qual você está
sentado. Coligue-se com a realidade espacial em que você está inserido neste momento.
8. Conectando-se com a Base
Sente-se
no chão com as pernas cruzadas, coluna bem ereta e relaxada, mãos descansando
sobre os joelhos. Apoie o olhar no solo, olhos entreabertos. Relaxe. Sinta a
superfície onde você está sentado. Permaneça nesta posição por alguns minutos
.
II.
ENERGIZAÇÃO
Estes
exercícios energéticos visam elevar o nível da energia vital, que normalmente
se encontra semiadormecida devido ao estilo sedentário de vida que levamos hoje
em dia.
Estes
exercícios são muito úteis para afastar o cansaço depois de um dia de
trabalho, servindo ao propósito de liberar as tensões e a energia nelas
bloqueada, colocando-a disponível para a concentração que precede a meditação.
Ao
selecionar estes exercícios, pensei em facilitar o mais possível a etapa do
“aquecimento” para a prática da meditação. Devo mencionar, entretanto, que
alguns exercícios da bioenergética e da core energetics — em especial os
que mantêm correlação mais evidente com os “chakras” —, assim como os
exercícios de hatha yoga e kum nye são, em geral, desenvolvidos para este fim
(além, obviamente, de se destinarem a outros propósitos mais amplos, tais como
a interiorização, a harmonização e a cura).
Recomendação:
selecione de 2 a 4 exercícios desta
categoria para praticar.
1.
Caminhando
Caminhe
onde você estiver: em sua sala, seu jardim, pela calçada em sua rua, no campo
ou na praia.
Coloque
intensidade nos seus movimentos. Isso não significa esforço físico, mas
consciência e presença nos movimentos que você está fazendo.
Conecte-se com a força vital que proporciona
a alegria de estar vivo, de estar saudável, através do seu caminhar. Respire a
plenos pulmões, desfrutando do ambiente a seu redor, de cada elemento nele
presente. Caminhe por alguns minutos (3 a 5).
Este
exercício é um exercício de gratidão à criação.
2.
Correndo
Acelere
sua marcha. Corra sem pressa, num ritmo tranquilo. Permita que as sacudidelas
suaves do seu corpo façam a energia se mover como ondas. Se não for possível
correr num ambiente externo, corra sem sair do lugar, num local arejado, para
que você possa respirar bastante. Pratique este exercício por alguns minutos (1
a 3).
3.
Saltitando
Dê
pequenos saltos procurando liberar a
alegria que certamente reside em você.
Os
saltos podem ser variados: com ambas as pernas, alternando as pernas, fazendo
pequenas evoluções para os lados, para frente ou para trás. Use sua criatividade,
colocando os braços no movimento para intensificar o ritmo.
O
tempo do exercício depende da sua vontade e da sua disposição.
Lembre-se
de que não estamos propondo um condicionamento físico (embora isto possa
ocorrer devido à constância nos exercícios, ajudada pela consciência da energia
aplicada aos movimentos).
Não
se esqueça de respirar enquanto pula.
Este
é o exercício da alegria.
4.
Balançando
De
pé, sem sair do lugar, solte o quadril, o peito, os ombros, os braços, as
mãos, as pernas e os joelhos, balançando-os em ritmo acelerado, em movimentos
curtos e rápidos, como se você estivesse sendo sacudido pelo balanço de um
trem.
Balance
o seu corpo por um minuto aproximadamente, Descanse e repita.
5.
Contraindo e
Expandindo
Fique
de pé, com a coluna ereta. Feche os olhos. Inspire profundamente enquanto
contrai todo o corpo, vibrando com a energia. Mantenha a contração contando de
1 a 5. Agora, solte todas as partes do corpo. Permaneça de olhos fechados,
observando a expansão da energia liberada no relaxamento.
Repita
o exercício mais duas vezes.
6.
Desbloqueando
Cada Parte do Corpo
De
pé, com a coluna ereta, dobre várias vezes os dedos do pé esquerdo, mentalizando
o fluxo de energia como uma pequena luz que se acende nesta região enquanto
você faz o movimento.
Depois faça a mesma coisa com os dedos do pé
direito. Imagine essa “luz” da energia acendendo-se em cada parte do seu corpo
enquanto você realiza os movimentos seguintes.
Faça
rotações com os tornozelos esquerdo e direito no sentido horário e
anti-horário. Junte os pés e os joelhos, e faça rotações com os joelhos
ligeiramente dobrados, apoiando as mãos sobre eles (3 vezes para a direita e 3
vezes para a esquerda).
Solte
a pélvis, com as mãos na cintura, balançando-a para a frente e para trás, para
a direita e para a esquerda. Faça rotações com a pélvis, sempre consciente do
movimento energético, imaginando a luz acesa nessa região.
Encaixe
agora a pélvis e gire o tórax (3 vezes para a direita e 3 vezes para a
esquerda) numa rotação lenta. Com os braços soltos ao lado do corpo, gire os
ombros para trás (3 vezes) e para a frente (3 vezes).
Gire as mãos e os punhos no sentido horário e
anti-horário várias vezes. Sacuda os dedos das mãos. Dobre-os várias vezes, lembrando-se
de estar presente nos movimentos. Incline vagarosamente a cabeça para a
frente, mantendo a coluna ereta e os ombros relaxados, e depois para trás, por
3 vezes.
Faça 3 rotações lentas do pescoço para a
esquerda e depois para a direita. Fique imóvel por alguns instantes, observando
as sensações depois do exercício completo.
7.
Enrolando a
Coluna
Fique
de pé e afaste os pés um do outro numa distância equivalente à largura dos seus
ombros. Solte a cabeça para a frente, deixando o queixo tocar o peito. Vá
descendo a coluna, procurando sentir que, vértebra por vértebra, partindo da
cervical (na altura do pescoço), ela vai se encurvando, enrolando-se como um
tapete, até as mãos tocarem o chão. Agache-se devagar, relaxando sobre o solo,
de cócoras.
Comece
a se levantar, muito devagar, esticando as pernas e desenrolando cada parte da
coluna, vértebra por vértebra e, por último, encaixe o pescoço, endireitando a
cabeça.
Repita
o movimento completo mais 2 vezes.
8.
Balançando
De
pé, abaixe-se devagar, dobrando o corpo para a frente até que as mãos se apoiem
no chão. Permaneça nesta posição com os joelhos dobrados e com a cabeça solta,
inclinada para baixo.
Apoie-se bem no chão, com as mãos e os pés bem
enraizados, e balance o quadril para cima e para baixo, como uma alavanca.
Mexa o quadril para um lado e para o outro, certificando-se da maleabilidade
das articulações do corpo todo.
Faça
vários movimentos nessa posição e volte bem devagar para a posição inicial,
esticando primeiro as pernas, desenrolando a coluna vértebra por vértebra até
o pescoço, colocando, por fim, a cabeça alinhada com o pescoço e todo o tronco.
9.
Vibrando
Coloque-se
de pé, afastando os pés na distância equivalente à largura dos seus ombros,
mantendo-os paralelos. Eleve os braços esticados sobre a cabeça e mantenha os
olhos abertos.
Incline-se
um pouco para trás, bem devagar e sem forçar, com os joelhos um pouco dobrados.
Procure um ponto nessa inclinação em que seu corpo começa a vibrar a partir da
barriga, como se o epicentro desse terremoto energético fosse o umbigo.
Mantenha-se nesta vibração revigorante por alguns instantes e volte devagar à
posição inicial. Relaxe os braços e tente perceber o fluxo ativado de energia.
Repita todo o exercício por mais 2 vezes.
10. Despertando Cada Parte e o Todo
Este
exercício de automassagem pode ser
feito de pé, sentado ou deitado.
Comece
este exercício esfregando uma mão contra a outra até aquecê-las bem, aguçando
sua percepção pelo tato, o que o ajudará a colocar a consciência nas palmas das
mãos.
Toque
cada parte do seu corpo, massageando-a bem devagar e suavemente, começando
pelos dedos dos pés e subindo até a cabeça e o couro cabeludo. Ao fazer a
massagem, permita que o toque de suas mãos curativas desfaça cada bloqueio e cada
tensão que estiver oculta na memória do corpo.
Além
do toque sutil, você pode alternar pancadinhas leves para despertar as células
adormecidas, ou esfregar rápida e lentamente, etc. Use sua criatividade,
guiada pela intuição, procurando perceber que tipo de toque seu corpo está
pedindo.
Lilia Costa
Mensagem enviada por Maria do Carmo
Gratidão.
Postado por Dharmadhannya
Nenhum comentário:
Postar um comentário