sábado, 27 de janeiro de 2018

Glaucoma - Informação é prevenção




Quais são as causas do Glaucoma

Na maioria das vezes, o glaucoma é causado pelo aumento da pressão intraocular (PIO) do indivíduo. Mas como isso acontece? A parte anterior de nossos olhos produz continuamente um líquido chamado humor aquoso que preenche toda a parte da frente do órgão. 

Após isso, ele deixa o olho através de canais localizados na córnea e na íris. Quando esses canais são bloqueados ou parcialmente destruídos, a PIO pode aumentar. Com esse aumento, o nervo óptico pode ser danificado e como esses danos podem ser progressivos, o campo de visão pode ser afetado gradativamente.

As causas desse aumento na pressão do olho ainda não são conhecidas, porém especialistas acreditam que um ou mais desses fatores listados abaixo podem influenciar:

Colírios dilatadores;
Drenagem restrita ou bloqueada em seu olho;
Uso de corticóides;
Má circulação ou redução sanguínea no nervo óptico;
Pressão arterial alta ou elevada.

Fatores de risco
O glaucoma possui um caráter hereditário, onde familiares de quem possui a doença tem mais chances de desenvolvê-la também. Porém, além desse fator de risco, há ainda outros que podem influenciar o seu aparecimento, conforme a lista a seguir:

Pressão intraocular elevada;
Idade acima de 60 anos ou acima de 40 anos (para casos de glaucoma agudo);
Afrodescendentes tem mais tendência a desenvolver a doença, principalmente acima dos 40 anos;
Histórico familiar apresenta risco de até 6 vezes mais do desenvolvimento da doença;

Doenças como diabetes, problemas cardíacos, hipertensão e hipertireoidismo;
Doenças no olho, como tumores, descolamento de retina e inflamações;
Uso prolongado de medicamentos à base de corticosteroides.

Tipos existentes
São 4 os tipos principais de glaucoma. Confira as características de cada uma:

Glaucoma primário de ângulo aberto ou Glaucoma crônico
Tipo mais comum de glaucoma, ele representa cerca de 90% de todos os casos. Normalmente é assintomático e leva anos para causar alguma deficiência na visão da pessoa, pois o desenvolvimento do dano no nervo óptico ocorre de forma lenta. Uma de suas causas é a obstrução da drenagem do humor aquoso do olho.

Glaucoma de ângulo fechado ou Glaucoma agudo
Ocorre quando a saída do humor aquoso é subitamente bloqueada, causando um aumento súbito, doloroso e grave da pressão intraocular. Casos desse tipo da doença são emergenciais, pois pode causar perda visual irreversível em um curto espaço de tempo.

Glaucoma congênito
Doença genética rara que atinge os bebês logo em seu nascimento ou nos primeiros anos de vida, o glaucoma congênito é herdado da mãe durante o processo de gestação. É caracterizado por globos oculares aumentados e córneas embaçadas.

Glaucoma secundário
O glaucoma secundário é desenvolvido por alguma complicação de várias condições médicas – como cirurgias, cataratas e uveítes – e também pelo uso excessivo de medicamentos à base de corticóides.

Sintomas do Glaucoma
Os sintomas da doença são bem variáveis e isso acontece por conta do tipo da doença. Alguns casos são completamente assintomáticos, já outros podem apresentar outros sintomas que não a perda da visão.

Glaucoma de ângulo aberto
  • Grande parte das pessoas não apresentam sintomas até o início da perda da visão;
  • Com o decorrer dos anos, a perda gradual da visão periférica lateral acontece.

Glaucoma de ângulo fechado
  • Dor grave e repentina no olho;
  • Visão diminuída ou embaçada;
  • Náuseas e vômitos;
  • Olhos avermelhados;
  • Olhos com aparência inchada.
Glaucoma congênito
A maioria desses sintomas são notados quando a criança ainda tem poucos meses de vida:
  • Nebulosidade na parte frontal do olho;

  • Aumento de um olho ou em ambos;
  • Olhos vermelhos;
  • Sensibilidade à luz;
  • Lacrimação em excesso.
Diagnóstico

A ocorrência de glaucoma só pode ser detectada após exames oftalmológicos realizados pelo oftalmologista. 

Por isso, é super importante que você vá ao menos uma vez no ano no médico, para realizar os diversos exames que diagnosticam não só essa doença, mas várias outras também. Quanto mais cedo diagnosticado o glaucoma, melhores são as chances de seu tratamento.

Dentre os exames que o médico poderá realizar estão:
  • Acuidade visual: detecta alterações na visão.
  • Exame de pupila: detecta lesão nas vias ópticas, incluindo o nervo óptico.

  • Exame com lâmpada de fenda: avalia o interior e o exterior do olho.
  • Tonometria: confere a pressão intraocular.
  • Fotografia do nervo óptico: documenta a aparência do nervo óptico, além de ser muito útil em sua monitoração.

  • Nervo óptico: mede a escavação e a palidez.
  • Gonioscopia: avalia o ângulo da câmara anterior do olho.
  • Campo visual: verifica a perda de campo visual do paciente.
Tratamento para o Glaucoma

Por mais que o Glaucoma não tenha cura, há diversas formas de tratamento para que a perda da visão seja controlada e também para que a qualidade de vida do paciente seja a melhor possível. Além disso, o tratamento deverá ser individualizado, considerando os seguintes fatores:

Gravidade do glaucoma;
Idade do paciente;
Histórico familiar;
Espessura da córnea.

Medicamentos
De imediato, os especialistas sempre indicam o uso de colírios, para que a pressão intraocular seja reduzida e assim permanecida. Quando esses já não dão mais conta de realizar essa função, o médico poderá indicar também o uso de comprimidos por via oral.

Atualmente, 4 classes de fármacos são utilizadas no tratamento da doença. Veja abaixo o mecanismo de ação de cada uma delas:

Medicamento

Mecanismo de ação

Beta-bloqueador

Diminui a produção do humor aquoso

Inibidor da anidrase carbônica

Diminui a produção do humor aquoso

Alfa-agonista

Diminui a produção do humor aquoso e aumenta o escoamento úveo-escleral do mesmo

Prostaglandina

Aumenta o escoamento do humor aquoso via úveo-escleral

Os medicamentos mais utilizados no tratamento do glaucoma são:

Bimatoprosta;
Brimonidina;
Cloridrato de Dorzolamida + Maleato de Timolol;
Diamox;
Dolantina;
Meticorten.
Não se esqueça que a prescrição de qualquer medicamento deverá ser realizada por um médico especialista em doenças oculares e que o uso indevido pode ocasionar diversas complicações.

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Laser
Quando o tratamento medicamentoso não surte resultados eficazes, os especialistas recorrem ao recurso do laser. Essa técnica é aplicada para realizar pequenas queimaduras na rede trabecular (o sistema de drenagem do humor aquoso), estimulando que a mesma funcione. Dura cerca de 15 a 20 minutos e trata-se de um procedimento indolor.  É preciso saber que, mesmo com a utilização da técnica, o paciente deverá continuar com o tratamento medicamentoso.

Cirurgias
Essa forma de tratamento sempre é deixada para última instância, pois por mais que seja uma técnica de alta sofisticação, tanto clínica quanto cirúrgica, é um tratamento mais invasivo e que pode gerar algumas complicações. Porém, caso ela seja estritamente necessária – como nos casos de glaucoma de ângulo fechado e glaucoma congênito –, o retardamento não é aconselhável.

A cirurgia para o glaucoma consiste na criação de um novo sistema de drenagem para o olho, sendo a mais comum a trabeluctomia. Os resultados cirúrgicos são bastante positivos: mais de 75% dos pacientes passam a ter a PIO devidamente controlada. A indicação desse tratamento é mais recorrente em pacientes que, por problemas sociais, culturais ou econômicos, não são fiéis aos outros tipos.

Há complicações?
Se não tratado o quanto antes e da maneira correta, o glaucoma pode causar ao paciente alguns pontos cegos na visão periférica, atingindo depois a visão de túnel (utilizada normalmente para a leitura) e, por fim, transforma-se em cegueira total.

Prevenção
Não há maneiras eficazes de se prevenir o glaucoma. Porém, como já dito, a ida frequente ao oftalmologista pode te ajudar no diagnóstico precoce do glaucoma e de outras doenças. Exercitar-se com segurança e usar regularmente colírios prescritos pelo médico também podem auxiliar no controle da pressão intraocular e fazer com que o glaucoma seja evitado.

Compartilhe essas informações com seus amigos e conhecidos! Isso pode fazer com que pessoas propensas a desenvolver a doença se informem mais e busquem ajuda médica precocemente.

Referências
https://pt.wikipedia.org/wiki/Glaucoma
http://cuidadocomoglaucoma.com.br/
http://www.sbglaucoma.com.br/files/colecao_glaucoma_1/

http://www.sbglaucoma.com.br/files/colecao_glaucoma_3/
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/glaucoma
http://www.healthline.com/health/glaucoma

http://www.abrag.org.br/diagnostico.php

O que é Glaucoma, Causas, Sintomas e Tratamento
O Glaucoma é uma doença que atinge o nervo óptico e envolve a perda de células da retina responsáveis por enviar os impulsos nervosos ao cérebro.

 A pressão intra-ocular elevada é um fator de risco significativo para o desenvolvimento do glaucoma, não existindo contudo uma relação direta entre um determinado valor da pressão intraocular e o aparecimento da doença, ou seja,
 enquanto uma pessoa pode desenvolver dano no nervo com pressões relativamente baixas, outra pode ter pressão intra-ocular elevada durante anos sem apresentar lesões.

 Se não for tratado, o glaucoma leva ao dano permanente do disco óptico da retina, causando uma atrofia progressiva do campo visual, que pode progredir para cegueira.

Sintomas de Glaucoma: Um dos principais sintomas da doença é a perda da visão periférica no seu início. No começo a perda é sutil, e pode não ser percebida pelo paciente.
 Perdas moderadas a severas podem ser notadas pelo paciente através de exames atentos da sua visão periférica.
Frequentemente o paciente não nota a perda de visão até vivenciar a "visão tubular", ou seja, apenas a visão central é percebida, o paciente começa a tropeçar, esbarrar em objetos, porque a percepção periférica é ausente.

Se a patologia não for tratada, o campo visual se estreita cada vez mais, obscurecendo a visão central e finalmente progredindo para a cegueira do olho afetado. Esperar pelos sintomas de perda visual não é o ideal.

 A perda visual causada pelo glaucoma é irreversível, mas pode ser prevenida, atrasada ou estabilizada por tratamento. Um oftalmologista deve ser consultado pelas pessoas com risco de desenvolver glaucoma e/ou que tenham histórico familiar.

Tratamento de Glaucoma: Apesar da pressão intra-ocular elevada não ser a única causa do glaucoma, até o momento diminuí-la é o principal tratamento. A pressão intra-ocular pode ser diminuída com medicamentos, em geral, colírios.

 Caso essa pressão não diminua com o uso de medicamentos, um procedimento cirúrgico poderá ser indicado, tanto a cirurgia a laser (trabeculoplastia) quanto a tradicional (trabeculectomia).


Postado por  dharmadhannya

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