Quais são as causas do
Glaucoma
Na maioria das vezes, o
glaucoma é causado pelo aumento da pressão intraocular (PIO) do indivíduo. Mas
como isso acontece? A parte anterior de nossos olhos produz continuamente um
líquido chamado humor aquoso que preenche toda a parte da frente do órgão.
Após
isso, ele deixa o olho através de canais localizados na córnea e na íris.
Quando esses canais são bloqueados ou parcialmente destruídos, a PIO pode
aumentar. Com esse aumento, o nervo óptico pode ser danificado e como esses danos
podem ser progressivos, o campo de visão pode ser afetado gradativamente.
As causas desse aumento
na pressão do olho ainda não são conhecidas, porém especialistas acreditam que
um ou mais desses fatores listados abaixo podem influenciar:
Colírios dilatadores;
Drenagem restrita ou
bloqueada em seu olho;
Uso de corticóides;
Má circulação ou
redução sanguínea no nervo óptico;
Pressão arterial alta
ou elevada.
Fatores de risco
O glaucoma possui um
caráter hereditário, onde familiares de quem possui a doença tem mais chances
de desenvolvê-la também. Porém, além desse fator de risco, há ainda outros que
podem influenciar o seu aparecimento, conforme a lista a seguir:
Pressão intraocular
elevada;
Idade acima de 60 anos
ou acima de 40 anos (para casos de glaucoma agudo);
Afrodescendentes tem
mais tendência a desenvolver a doença, principalmente acima dos 40 anos;
Histórico familiar
apresenta risco de até 6 vezes mais do desenvolvimento da doença;
Doenças como diabetes,
problemas cardíacos, hipertensão e hipertireoidismo;
Doenças no olho, como
tumores, descolamento de retina e inflamações;
Uso prolongado de
medicamentos à base de corticosteroides.
Tipos existentes
São 4 os tipos principais
de glaucoma. Confira as características de cada uma:
Glaucoma primário de
ângulo aberto ou Glaucoma crônico
Tipo mais comum de
glaucoma, ele representa cerca de 90% de todos os casos. Normalmente é
assintomático e leva anos para causar alguma deficiência na visão da pessoa,
pois o desenvolvimento do dano no nervo óptico ocorre de forma lenta. Uma de
suas causas é a obstrução da drenagem do humor aquoso do olho.
Glaucoma de ângulo
fechado ou Glaucoma agudo
Ocorre quando a saída
do humor aquoso é subitamente bloqueada, causando um aumento súbito, doloroso e
grave da pressão intraocular. Casos desse tipo da doença são emergenciais, pois
pode causar perda visual irreversível em um curto espaço de tempo.
Glaucoma congênito
Doença genética rara
que atinge os bebês logo em seu nascimento ou nos primeiros anos de vida, o
glaucoma congênito é herdado da mãe durante o processo de gestação. É
caracterizado por globos oculares aumentados e córneas embaçadas.
Glaucoma secundário
O glaucoma secundário é
desenvolvido por alguma complicação de várias condições médicas – como
cirurgias, cataratas e uveítes – e também pelo uso excessivo de medicamentos à
base de corticóides.
Os sintomas da doença
são bem variáveis e isso acontece por conta do tipo da doença. Alguns casos são
completamente assintomáticos, já outros podem apresentar outros sintomas que
não a perda da visão.
Glaucoma de ângulo aberto
- Grande parte das pessoas não
apresentam sintomas até o início da perda da visão;
- Com o decorrer dos anos, a perda
gradual da visão periférica lateral acontece.
Glaucoma de ângulo fechado
- Dor grave e repentina no olho;
- Visão diminuída ou embaçada;
- Náuseas e vômitos;
- Olhos avermelhados;
- Olhos com aparência inchada.
Glaucoma congênito
A maioria desses
sintomas são notados quando a criança ainda tem poucos meses de vida:
- Nebulosidade na parte frontal do
olho;
- Aumento de um olho ou em ambos;
- Olhos vermelhos;
- Sensibilidade à luz;
- Lacrimação em excesso.
A ocorrência de
glaucoma só pode ser detectada após exames oftalmológicos realizados pelo
oftalmologista.
Por isso, é super importante que você vá ao menos uma vez no
ano no médico, para realizar os diversos exames que diagnosticam não só essa
doença, mas várias outras também. Quanto mais cedo diagnosticado o glaucoma,
melhores são as chances de seu tratamento.
Dentre os exames que o
médico poderá realizar estão:
- Acuidade
visual: detecta alterações na
visão.
- Exame
de pupila: detecta lesão nas vias
ópticas, incluindo o nervo óptico.
- Exame
com lâmpada de fenda: avalia o interior e o exterior
do olho.
- Tonometria: confere a pressão intraocular.
- Fotografia
do nervo óptico: documenta a aparência do nervo
óptico, além de ser muito útil em sua monitoração.
- Nervo
óptico: mede a escavação e a palidez.
- Gonioscopia: avalia o ângulo da câmara anterior do olho.
- Campo
visual: verifica a perda de campo visual
do paciente.
Por mais que o Glaucoma
não tenha cura, há diversas formas de tratamento para que a perda da visão seja
controlada e também para que a qualidade de vida do paciente seja a melhor
possível. Além disso, o tratamento deverá ser individualizado, considerando os
seguintes fatores:
Gravidade do glaucoma;
Idade do paciente;
Histórico familiar;
Espessura da córnea.
Medicamentos
De imediato, os especialistas
sempre indicam o uso de colírios, para que a pressão intraocular seja reduzida
e assim permanecida. Quando esses já não dão mais conta de realizar essa
função, o médico poderá indicar também o uso de comprimidos por via oral.
Atualmente, 4 classes
de fármacos são utilizadas no tratamento da doença. Veja abaixo o mecanismo de
ação de cada uma delas:
Medicamento
Mecanismo de ação
Beta-bloqueador
Diminui a produção do
humor aquoso
Inibidor da anidrase
carbônica
Diminui a produção do
humor aquoso
Alfa-agonista
Diminui a produção do
humor aquoso e aumenta o escoamento úveo-escleral do mesmo
Prostaglandina
Aumenta o escoamento do
humor aquoso via úveo-escleral
Os medicamentos mais
utilizados no tratamento do glaucoma são:
Bimatoprosta;
Brimonidina;
Cloridrato de
Dorzolamida + Maleato de Timolol;
Diamox;
Dolantina;
Meticorten.
Não se esqueça que a
prescrição de qualquer medicamento deverá ser realizada por um médico
especialista em doenças oculares e que o uso indevido pode ocasionar diversas
complicações.
Atenção!
NUNCA se automedique ou
interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele
poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais
indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm
apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as
orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo
de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem,
procure orientação médica ou farmacêutica.
Laser
Quando o tratamento
medicamentoso não surte resultados eficazes, os especialistas recorrem ao
recurso do laser. Essa técnica é aplicada para realizar pequenas queimaduras na
rede trabecular (o sistema de drenagem do humor aquoso), estimulando que a
mesma funcione. Dura cerca de 15 a 20 minutos e trata-se de um procedimento
indolor. É preciso saber que, mesmo com
a utilização da técnica, o paciente deverá continuar com o tratamento medicamentoso.
Cirurgias
Essa forma de tratamento
sempre é deixada para última instância, pois por mais que seja uma técnica de
alta sofisticação, tanto clínica quanto cirúrgica, é um tratamento mais
invasivo e que pode gerar algumas complicações. Porém, caso ela seja
estritamente necessária – como nos casos de glaucoma de ângulo fechado e
glaucoma congênito –, o retardamento não é aconselhável.
A cirurgia para o
glaucoma consiste na criação de um novo sistema de drenagem para o olho, sendo
a mais comum a trabeluctomia. Os resultados cirúrgicos são bastante positivos:
mais de 75% dos pacientes passam a ter a PIO devidamente controlada. A
indicação desse tratamento é mais recorrente em pacientes que, por problemas
sociais, culturais ou econômicos, não são fiéis aos outros tipos.
Há complicações?
Se não tratado o quanto
antes e da maneira correta, o glaucoma pode causar ao paciente alguns pontos
cegos na visão periférica, atingindo depois a visão de túnel (utilizada
normalmente para a leitura) e, por fim, transforma-se em cegueira total.
Prevenção
Não há maneiras
eficazes de se prevenir o glaucoma. Porém, como já dito, a ida frequente ao
oftalmologista pode te ajudar no diagnóstico precoce do glaucoma e de outras
doenças. Exercitar-se com segurança e usar regularmente colírios prescritos
pelo médico também podem auxiliar no controle da pressão intraocular e fazer
com que o glaucoma seja evitado.
Compartilhe essas
informações com seus amigos e conhecidos! Isso pode fazer com que pessoas
propensas a desenvolver a doença se informem mais e busquem ajuda médica
precocemente.
Referências
https://pt.wikipedia.org/wiki/Glaucoma
http://cuidadocomoglaucoma.com.br/
http://www.sbglaucoma.com.br/files/colecao_glaucoma_1/
http://www.sbglaucoma.com.br/files/colecao_glaucoma_3/
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/glaucoma
http://www.healthline.com/health/glaucoma
http://www.abrag.org.br/diagnostico.php
O que é Glaucoma, Causas,
Sintomas e Tratamento
O Glaucoma é uma doença
que atinge o nervo óptico e envolve a perda de células da retina responsáveis
por enviar os impulsos nervosos ao cérebro.
A pressão intra-ocular elevada é um fator de
risco significativo para o desenvolvimento do glaucoma, não existindo contudo
uma relação direta entre um determinado valor da pressão intraocular e o
aparecimento da doença, ou seja,
enquanto uma pessoa pode desenvolver dano no nervo
com pressões relativamente baixas, outra pode ter pressão intra-ocular elevada
durante anos sem apresentar lesões.
Se não for tratado, o glaucoma leva ao dano
permanente do disco óptico da retina, causando uma atrofia progressiva do campo
visual, que pode progredir para cegueira.
Sintomas de Glaucoma:
Um dos principais sintomas da doença é a perda da visão periférica no seu
início. No começo a perda é sutil, e pode não ser percebida pelo paciente.
Perdas moderadas a severas podem ser notadas
pelo paciente através de exames atentos da sua visão periférica.
Frequentemente o
paciente não nota a perda de visão até vivenciar a "visão tubular",
ou seja, apenas a visão central é percebida, o paciente começa a tropeçar,
esbarrar em objetos, porque a percepção periférica é ausente.
Se a patologia não for
tratada, o campo visual se estreita cada vez mais, obscurecendo a visão central
e finalmente progredindo para a cegueira do olho afetado. Esperar pelos
sintomas de perda visual não é o ideal.
A perda visual causada pelo glaucoma é
irreversível, mas pode ser prevenida, atrasada ou estabilizada por tratamento.
Um oftalmologista deve ser consultado pelas pessoas com risco de desenvolver
glaucoma e/ou que tenham histórico familiar.
Tratamento de Glaucoma:
Apesar da pressão intra-ocular elevada não ser a única causa do glaucoma, até o
momento diminuí-la é o principal tratamento. A pressão intra-ocular pode ser
diminuída com medicamentos, em geral, colírios.
Caso essa pressão não diminua com o uso de
medicamentos, um procedimento cirúrgico poderá ser indicado, tanto a cirurgia a
laser (trabeculoplastia) quanto a tradicional (trabeculectomia).
Postado por dharmadhannya
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