As seis perfeições do
budismo -
Praticar a
generosidade, a disciplina ética, a paciência, a sabedoria, o esforço
entusiástico e a concentração levam a um estado de bem-estar e felicidade
plenos. Saiba como trazê-las para seu dia a dia e ter mais qualidade de vida.
Imagine como seria se
cada um de nós, ao nascer, recebesse um roteiro para encontrar a tão sonhada
felicidade. Nesse tal código de conduta não estaria o nome de seu par perfeito
nem a profissão que você deveria seguir para ter sucesso, mas algumas atitudes
capazes de afastá-la da tristeza e da dor, levando-a a um estágio de bem-estar
pleno.
Pois, para os
praticantes do budismo, esse roteiro existe e está expresso nas seis perfeições
descritas por Buda e seus discípulos.
A palavra perfeição, ou
paramita (em tibetano), tem como tradução literal a expressão “ir além”, ou
“atravessar para a outra margem”. Segundo os preceitos do budismo, essa
“travessia” é o caminho mais eficiente para quem busca se libertar de emoções
perturbadoras – como a raiva, o medo e a depressão – e quer viver com mais
alegria, paz e prosperidade.
Na realidade, o termo
perfeição, nesse contexto, é usado para simbolizar seis virtudes: generosidade,
disciplina ética, paciência, esforço entusiástico, concentração e sabedoria,
que juntas configuram um estilo de vida baseado na compaixão.
Isso porque, no
budismo, o outro vem sempre em primeiro lugar e seu contentamento funciona como
uma espécie de termômetro para sabermos se estamos na trilha certa para obter
nossa própria satisfação.
Para divulgar essa
profunda filosofia, diversos representantes e divulgadores do budismo no Brasil
se reuniram na Livraria da Vila, em São Paulo, por ocasião do lançamento do
livro As Seis Perfeições – Como Atingir o Bem-Estar Supremo (WMF Martins Fontes),
do mestre Geshe Sonam Rinchen.
Na obra, o autor – que
é professor de filosofia budista em Dharamsala, cidade indiana onde vivem o
dalai-lama e as principais autoridades tibetanas condenadas ao exílio – comenta
as vantagens de incorporarmos essas virtudes ao nosso dia a dia.
“Ao
respeitarmos o outro, por meio da prática das seis perfeições, somos capazes de
alcançar o que mais desejamos”, diz. Ao que acrescenta a monja Coen, fundadora
da Comunidade Zen Budista de São Paulo: “Quem pega só para si não percebe que
faz parte de um todo e que beneficiando os outros também será beneficiado”.
Aplicação e disciplina
De acordo com Rinchen, enquanto a prática da generosidade, da disciplina ética
e da paciência é direcionada ao benefício dos outros, a concentração e a
sabedoria são importantes para o desenvolvimento pessoal.
Já o esforço
entusiástico é necessário em ambos os casos. Mesmo com o roteiro de Buda em
mãos, alcançar o bemestar pleno exige dedicação. Rinchen afirma que somente com
a prática constante e diária, mesmo nas situações mais simples da vida, é
possível desenvolver essas virtudes.
Essa é também a opinião da lama Tsering
Everest, coordenadora do centro de budismo tibetano Odsal Ling, em São Paulo:
“A mudança de hábitos somente é alcançada com a prática.
Você pode usar as seis
perfeições no ato de ouvir, ao arrumar a cama ou ao servir uma xícara de chá,
mas o principal é saber que tudo o que fazemos deve ter como base não o eu, mas
o todo”. Dadas as explicações, está na hora de saber como as seis perfeições
podem ajudá-la a ser plena e equilibrada. Conheça um pouco mais sobre cada uma
delas a seguir.
1. Generosidade
Uma das principais
práticas da filosofia budista, é também sinônimo de doação. Mais do que abrir
mão dos bens materiais e de consumo, ela implica disposição para dar algo ao
outro de maneira espontânea e de boa vontade. O primeiro passo para você
alcançá-la em plenitude é superar o apego. “Pensar na transitoriedade das
coisas, inclusive do corpo, diminui nossa ligação excessiva a tudo que nos
rodeia.
Dê o possível agora e deseje intensamente ser capaz de se desapegar
daquilo de que é mais difícil renunciar”, aconselha Geshe Sonam Rinchen. O
exercício de tal atitude e a compreensão da transitoriedade das coisas evitam
que soframos exageradamente na ausência de objetos, pessoas ou posses que
consideramos importantes.
Ele recomenda: “Não
adie uma ação generosa. Aproveite cada oportunidade que surgir na vida, pois
possuir muito é inútil e, quanto maior a doação, mais recursos virão em nossa
direção”.
Do ponto de vista do budismo, o excesso de bens materiais, além de
não trazer a real felicidade para a vida, gera concentração de riqueza de um
lado e miséria do outro. Já a divisão dos recursos é capaz de criar
prosperidade para todos. Vale lembrar mais uma vez que a generosidade só tem
valor quando é sincera, feita com alegria e sem esperar nada em troca.
2. Disciplina ética
Formado pela junção de
duas qualidades igualmente importantes e profundas, esse preceito se manifesta
de três maneiras diferentes: a coibição do mal, a criação da virtude e o
trabalho voluntário pelo próximo. Para o budismo, o mal se expressa por meio de
toda atitude física e verbal que possa prejudicar os outros e a nós mesmas.
Por isso, um dos papéis
da disciplina ética é justamente evitar a impulsividade, o arrependimento e
levar à consciência plena das palavras e dos atos diários.
“O primeiro passo para ter essa virtude é reconhecer e admitir os pensamentos e ações faltosos como tais”, diz Rinchen. Depois vem a necessidade de transformar suas atitudes: “Você está fazendo o que sempre fez, não é de surpreender que as coisas estejam na mesma. Se quiser que elas sejam diferentes, terá de mudar de hábitos”, orienta.
“O primeiro passo para ter essa virtude é reconhecer e admitir os pensamentos e ações faltosos como tais”, diz Rinchen. Depois vem a necessidade de transformar suas atitudes: “Você está fazendo o que sempre fez, não é de surpreender que as coisas estejam na mesma. Se quiser que elas sejam diferentes, terá de mudar de hábitos”, orienta.
3. Paciência
Mais do que a simples
calma, a paciência representa a capacidade de permanecer com a mente serena em
qualquer situação, aceitando voluntariamente as adversidades e confiando que,
aconteça o que acontecer, será para seu bem. Ela seria, em linhas gerais, uma
compilação da tolerância, da resignação e da fé.
Mas é preciso,
entretanto, diferenciar a paciência da supressão da raiva, alerta Rinchen.
“Quando a raiva simplesmente submerge, persiste como ressentimento, e a paz e a
harmonia não são possíveis enquanto houver mágoa”, diz. A paciência seria então
o contrário da raiva, a possibilidade de perceber as dificuldades e defeitos
dos outros e de compreendê- los, sem julgar, criticar ou condenar.
Algo que não é fácil, é claro, mas que pode ser conquistado pouco a pouco. Outro alicerce dessa virtude é a esperança. “Assim como o dia é seguido pela noite e a noite pelo dia, bons e maus períodos se sucedem. Quando houver maus períodos, tome coragem e pense que o sofrimento não durará para sempre”, sugere.
Algo que não é fácil, é claro, mas que pode ser conquistado pouco a pouco. Outro alicerce dessa virtude é a esperança. “Assim como o dia é seguido pela noite e a noite pelo dia, bons e maus períodos se sucedem. Quando houver maus períodos, tome coragem e pense que o sofrimento não durará para sempre”, sugere.
4. Sabedoria
Raiz de todas as
qualidades, essa é uma virtude importante para a prática de todas as outras.
Sem ela, a generosidade, a disciplina ética, a paciência, o esforço
entusiástico e a concentração se tornam cegos. Para Rinchen, é ela que faz com
que cada virtude se torne mais forte.
Até mesmo para ser generoso, é preciso ser sábio, dizem os especialistas. “O inferno está cheio de boas intenções, por isso é importante sabermos quem e como ajudar para não acabarmos prejudicando quem recebe”, explica Enio Burgos, fundador da Associação Meditar, em São Paulo.
Até mesmo para ser generoso, é preciso ser sábio, dizem os especialistas. “O inferno está cheio de boas intenções, por isso é importante sabermos quem e como ajudar para não acabarmos prejudicando quem recebe”, explica Enio Burgos, fundador da Associação Meditar, em São Paulo.
O simples ato de dar
dinheiro a uma criança de rua, por exemplo, pode parecer uma boa ação, mas
corre o risco de contribuir para o mal, caso ele seja usado para a compra de
drogas. Essa visão mais abrangente das causas e consequências de nossos atos é
a sabedoria, virtude que pode ser adquirida com estudo, observação da realidade
e fortalecimento de um olhar mais profundo sobre a existência humana.
Buda disse: “Muitos
problemas do mundo têm raiz na ignorância”. Na visão budista, negar que não
fazer o bem aos outros nos prejudica explica, em parte, o caos que vivemos. O
inverso também é verdadeiro: o bem que fazemos volta para nós. “Se
percebêssemos a vida como uma oportunidade de nos tornarmos pessoas melhores e
enxergássemos no outro um igual, não haveria tanto sofrimento”, diz Burgos.
5. Concentração
Você tem o hábito de
fazer mil coisas ao mesmo tempo e de estar sempre preocupada com problemas que
ainda não aconteceram? Para o budismo, esse comportamento demonstra que sua
mente não está tranquila, pois foi dominada pelo medo e pela ansiedade, emoções
contrárias à felicidade.
A melhor maneira de combater esses sentimentos, diz Rinchen, é se esforçar para manter a atenção no aqui e agora, vivenciando cada momento por vez, com total concentração, sem perder o foco, haja o que houver.
A melhor maneira de combater esses sentimentos, diz Rinchen, é se esforçar para manter a atenção no aqui e agora, vivenciando cada momento por vez, com total concentração, sem perder o foco, haja o que houver.
“Precisamos estar mais
presentes em cada ato de nossa vida”, afirma o escritor Enio Burgos. “Vejo pais
tão apressados ao buscarem os filhos na escola que mal esperam a criança entrar
no carro para acelerar. Sabemos que todos têm uma vida corrida, mas, se não
temos tempo em quantidade, que possamos dar pelo menos qualidade às pessoas que
convivem conosco.” Para aprimorar a concentração, os budistas usam a meditação,
que acalma os pensamentos e evita que possíveis problemas, reais ou
imaginários, desviem nossa atenção do que realmente importa: o agora.
6. Esforço entusiástico
Todas as conquistas
ganham sabor especial quando alcançadas com esforço. Para o budismo, não é
somente o bom resultado que nos alegra, mas o caminho que percorremos para
consegui-lo. Na visão do autor, ainda que uma pessoa não alcance o que deseja,
se tiver se dedicado a isso, ficará feliz no final, pois sabe que fez o seu
melhor.Essa junção de prazer e dedicação é o esforço entusiástico, virtude
capaz de tornar menos espinhosas até mesmo as tarefas mais difíceis.
Ela pode se manifestar
na forma de determinação para enfrentar um obstáculo, caso de um atleta que não
poupa esforços para superar seus limites, na satisfação em fazer o que é certo
e no trabalho em favor do próximo. Para entender isso, basta lembrarmos de
pessoas que, em casos de desastres, largam tudo para socorrer os amigos e
vizinhos e sentem-se muito felizes com isso.
“Todos nós enfrentamos na vida
adversidades as quais não podemos controlar, mas os grandes mestres nos
mostraram outra dimensão de felicidade, relacionada ao fato de sermos íntegros
o tempo todo, dando nosso melhor em todas as tarefas que fazemos, sejam elas
para nós ou para os que convivem conosco”, afirma a lama Tsering.
Melissa Diniz
Melissa Diniz
Postado por Dharmadhannya
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http://dharmadhannyael.blogspot.com.br/
Meu blog foi clonado inteiramente,
por isto estou em oração permanente contra ataques.
Os meus textos estão em vários blogs com o nome do impostor
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Estou neste momento me unindo com o Poder e a Força da Unidade, com o poder de todos os anjos, querubins, Serafins, Elohim.
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Os anjos seguem na frente abrindo meus caminhos
e me protegendo Com a Justiça Divina.
Amém!
LI E PROCUREI ENTENDER AO MAXIMO TODO O TEXTO. A MANEIRA COMO FEZ COM TODO O CONTEUDO SEJA FACIL DE LER E INTERPETA-LO.GOSTEI MUITO OBRIGADA,FATIMA G M ...
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