Há uma semente do Buda interior dentro do nosso coração.
Medite com esta imagem e veja um Buda iluminado na rede divina do Uno da amizade que nos une com toda a humanidade, em uma rede de amor, paz e harmonia. Dharmadhannya
Podemos melhorar essa nossa conexão
Há um sutra (como são denominados os registros dos ensinamentos orais de Buda) que descreve o mundo como uma rede de inter-relacionamentos. Algo como uma imensa teia de raios luminosos em que cada intersecção é uma joia, capaz de receber e emitir luz em todas as direções. O agente de união é como essa joia.
Cada indivíduo que compreende as necessidades do meio em que vive e age em benefício da paz e da harmonia funciona como um núcleo capaz de receber e emitir os mesmos raios de luz que impactam a iluminação do coletivo.
Criar vínculos torna a vida
enriquecedora e nos faz sentir mais seguros ao sedimentar a percepção de que
fazemos parte de algo. Veja como ser um agente de união e dar uma mãozinha para
a consciência coletiva – por meio dela podemos fazer do mundo um lugar melhor
Texto: Lígia Maciel
(Associação Palas Athena)
Você já parou para
pensar no que podemos fazer para transformar o ambiente em que vivemos? Já
imaginou o que aconteceria se, em vez de engordar a fatia dos desanimados,
agíssemos um pouco mais no sentido de promover alianças, tolerância, paz?
Lembrar que estamos todos conectados e que nossas escolhas e ações estão
carregadas de poder de transformação talvez ajude a fazer diferente e
substituir o descaso pela sensação de envolvimento. Algo do tipo “espera um
pouco, isso é comigo também”
Foi Mahatma Gandhi quem
disse: “Temos de ser a transformação que queremos no mundo”. E tanto
individualmente quanto no ambiente coletivo podemos colaborar para isso. É
assim que atua um agente de união.
Instrutora de ioga,
atenção e e concentração nas práticas meditativas, com doutorado e mestrado
pela Yokohama National University, no Japão, Helena Kobayashi acredita que para
que nossa contribuição em prol do coletivo flua de maneira natural é preciso um
exercício constante.
“Quando deixamos de lado a nossa pressa e percebemos a
pressa do outro, quando saímos por um momento do nosso sofrimento e olhamos
para a pessoa que está ao nosso lado, nesse momento começamos a nos
sensibilizar para o coletivo.
E a fazer pontes”, diz a professora. “Podemos ser
pequenas células, mas, se nos juntarmos, podemos ser elos fundamentais para a
construção de um espaço melhor.”
É sabido que grandes
movimentos começam com pequenas atitudes, na maioria das vezes silenciosas. E
um agente de união trabalha dessa forma. Seja no ambiente social, profissional
ou familiar. O fundamental é que está presente.
Treinando a observação “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.” É logo na epígrafe de
Ensaio sobre a Cegueira que José Saramago mostra sua real interpretação para a
visão turva da humanidade. Para o escritor português, a maior dificuldade é
enxergar além do superficial. Para além das nossas convicções e da nossa
individualidade.
O exercício diário do
agente de união começa por aí. No ato de observar o próximo e de se colocar no
lugar dele. No gesto de reparar aquilo que existe ao nosso redor e, mesmo que
por um instante, deixar de lado certas paredes de individualidade que
construímos diariamente.
Às vezes, quando parece que a Terra está girando um
pouquinho mais rápido e todos vivendo em um ritmo mais acelerado, a
impressão que fica é que, não importa o que aconteça, o tempo é o único senhor.
Errado. Não podemos esquecer que o amor sobrevive em cada instante. Em cada
encontro, em cada ato de respeito ou ternura.
A harmonia entre as pessoas de um
grupo é construída a cada momento de nossa vida através de gestos, ações,
frases, palavras, ideias e pensamentos.
Atuar como um agente de
união requer prestar atenção nessas coisas, cotidianamente. “É o cuidado que
devemos ter com as palavras. É saber escutar abrindo mão dos nossos
pressupostos – a certeza absoluta de que apenas o nosso jeito de pensar é o
certo”, explica Helena.
Sejamos um pouco mais
como Pangloss, personagem de Cândido, ou o Otimismo, de Voltaire, e cuja
doutrina pode ser resumida na frase: “Tudo é para o melhor neste melhor
de todos os mundos possíveis”.
“Em um momento em que
aparentemente as coisas estão tão desencantadas, existem forças, energias e
pessoas que estão se esforçando para construir um mundo mais bonito. Com boa
vontade e unidas pelo bem comum”, destaca Helena, que inicia este mês o
treinamento Pontes sem Palavras – Como Ser um Agente de União, na Associação
Palas Athena, de São Paulo.
O treinamento visa exercitar a percepção individual
sobre práticas que contribuem para a harmonia do conjunto. Em outras palavras,
ensina que cada um de nós pode ser aquela joia budista que recebe e transmite
luz.
5 maneiras de ser um agente de união
no dia a dia
1: ESTABELEÇA CONTATO
VISUAL: o olho no olho ativa o
centro do nosso sistema nervoso social, o que ajuda a aliviar o estresse
e criar um senso mais profundo de comunhão. Pode ser um pouco
desconfortável a princípio, mas com o tempo você vai perceber que
olhar diretamente nos olhos de alguém traz algo suave para o seu
coração também.
2: OUÇA COM TODOS OS SEUS SENTIDOS: é bem diferente ouvir alguém e ouvir atenta e ativamente
alguém. Experimente prestar atenção à sua linguagem corporal (se está
balançando as pernas, demonstrando impaciência, ou se está completamente
voltado para a pessoa à sua frente, por exemplo). Além disso, o contato
físico muitas vezes comunica mais do que qualquer palavra. Abraçar
pode ser o melhor sinal de que você está interessado no que o outro
acabou de dizer.
3: SE COMBINOU ALGO, CUMPRA: não há maneira mais eficaz de perder a confiança de alguém do que
quebrar uma promessa. Ainda que existam motivos para você não seguir os planos,
aprenda com a lição. Às vezes, é melhor dizer não do que assumir
responsabilidades que não terá condições de honrar.
4: PENSE ANTES DE FALAR: quem nunca se sentiu culpado por falar algo ruim? Acontece. Mas
podemos ser mais cuidadosos com nossas palavras. Considere o seguinte antes de
falar algo duro a alguém: "É verdade o que vou dizer?", "Vou
ajudar alguém falando isso?", "É necessário dizer?", "Sou
realmente a melhor pessoa para afirmar isso?", "Esse é o jeito mais
gentil de dizê-lo?"
5: UM POUCO DE OTIMISMO SEMPRE FAZ
BEM: algumas vezes, a alegria pela
felicidade de alguém naturalmente faz crescer a felicidade de
outros. É um poderoso amplificador. Vale experimentar.
Postado por Dharmadhannya
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Raziel, Uriel, Samuel
Os anjos seguem na frente abrindo meus caminhos
e me protegendo Com a Justiça Divina.
Amém!
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