Epidemia de hepatite A em Saõ Paulo e a saúde do fígado.
Home ig saúde.
Secretaria Municipal da
Saúde afirmou que só este ano 517 casos foram registrados na capital paulista;
doença pode ser transmitida por contato com fezes de pessoas doentes, relação
sexual ou alimentos e água contaminados
Quantidade de casos de
pessoas com hepatite A na cidade de São Paulo é nove vezes maior do que no ano
passado
Quantidade de casos de
pessoas com hepatite A na cidade de São Paulo é nove vezes maior do que no ano
passado
Um surte de hepatite A
está afetando a cidade de São Paulo neste ano. Segundo dados da Secretaria Municipal
da Saúde, até 16 de setembro, 517 casos da doença haviam sido registrados.
Comparado ao mesmo período do ano passado, apenas 54 casos tinham sido
notificados.
Por em quanto, a
epidemia de hepatite A está concentrada na capital paulista, que é responsável
de mais de 90% dos casos de pessoas infectadas no Estado, em 2016 a
participação era menor, com apenas 40% dos registros.
Apesar de ser
considerada menos grave do que as demais hepatites, a do tipo A causa
inflamação no fígado e é uma virose de fácil contagio, basta o contato com as
fezes de alguém com a doença ou alimentos e água contaminados.
Conforme divulgado pela
secretaria, de todas as notificações neste ano, apenas dois pacientes foram a
óbito e quatro casos tiveram o comprometimento do órgão, necessitando de um
transplante de fígado.
Transmissão por relação
sexual
Outro meio que pode
fazer com que a doença seja transmitida são as relações sexuais orais e anais
sem o uso de preservativos. Descuidos com a higiene podem aumentar ainda mais a
contaminação.
Segundo a médica Geraldine
Madalosso, da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, o
aumento dos casos pode ser relacionado aos relacionamentos homossexuais, já que
a incidência da doença é maior entre jovens de 20 a 39 anos que tenham relações
sexuais com outros homens.
Prevenção
A vacina contra a
condição está disponível pelo Sistema Único de Saúde para crianças entre 1 e 2
anos e pessoas com vírus HIV. Porém, qualquer pessoa pode ter acesso ao
imunizante na rede particular.
Lavar as mãos antes de
comer e preparar as refeições podem ser algumas das medidas de prevenção da
hepatite A.
Além disso, evitar o consumo de alimentos
crus, beber apenas água potável, e praticar sexo anal e oral sempre com o uso
de preservativos são outras dicas que ajudam a evitar a doença.
"à medida que se
reduz a endemicidade da doença, aumenta o número de crianças mais velhas,
adolescentes e adultos susceptíveis que, geralmente, apresentam sintomas quando
adquirem a doença", o que faz com que, "paradoxalmente, o número de casos
notificados" possa aumentar, explica ainda a DGS.
A infecção pode ser
assintomática, ou provocar uma doença aguda associada a sintomas como febre,
mal-estar, icterícia, anorexia, náuseas, vómitos e dor abdominal.
Chá Verde e a hepatite
Ig.saude.
Ig.saude.
Ela havia comprado duas
caixas de chá e estava tomando três xícaras por dia há alguns meses. Os médicos
pediram, então, que ela parasse de tomar imediatamente e fizeram o tratamento
para restabelecer a sua saúde. Os especialistas, então, descobriram que um
ingrediente contido no chá estava causando todo o problema na garota.
Depois de dois meses de
tratamento, os médicos conseguiram recuperar as funções do seu fígado, órgão
responsável por eliminar as toxinas do corpo.
O chá verde já havia
sido ligado à danos ao fígado no passado, e há dúzias de casos documentados na
literatura médica de pessoas que ficaram doentes depois de tomar chá verde nas
mais diversas formas, seja em pó, em infusões, extratos ou pílulas.
Em entrevista ao iG , o hepatologista membro da
Sociedade Brasileira de Hepatologia, Raymundo Paraná, explicou que o chá verde,
em excesso, é tóxico e pode causar hepatite grave.
Segundo ele, a lesão no
fígado costuma acontecer quando ingerido em grande quantidade por dois a três
meses. "Precisa de um tempo para acumular e depende do uso por mais de 30
dias”, informa.
A catequina que está
presente no chá verde é tóxica ao fígado. “Em uma ou duas xícaras, a quantidade
de catequina é pequena, mas em quantidades maiores causa mal ao fígado. O chá
verde não é antioxidante coisa nenhuma. É só um chá”, alerta o médico.
“O fígado sofre muito com crendices
populares”, diz médico; chás como o verde, espinheira santa, cáscara-sagrada,
além de álcool, obesidade e automedicação lesionam o órgão
Silencioso, o fígado trabalha
arduamente para garantir a boa saúde do corpo. No entanto, quando é agredido
por qualquer que seja o agente, como vírus, álcool ou alimentação ruim, começa
a se desgastar.
No início, sofre quietinho. Quando
resolve botar a boca no trombone, a situação já fugiu do controle. Vem daí a
importância de entender o que faz mal para o fígado para aprender a cuidar
desse órgão vital.
Aquele chazinho recomendado pela
vizinha? Pode ser um veneno que leva até mesmo a um transplante.
Automedicação? O risco é alto. Beber
demais para esquecer os problemas? Saiba que o fígado guardará mágoas.
É essencial entender que sem o fígado
não se vive, já que é um dos órgãos mais complexos do organismo. Segundo o
hepatologista Raymundo Paraná, da Sociedade Brasileira de Hepatologia e
professor da Universidade Federal da Bahia (UFB), o fígado tem uma função
imunológica,:
ele retira as impurezas de todo o
sangue que vem do intestino, permitindo que ele vá limpo para o coração. Além
disso, tem células que barram a passagem de bactérias que eventualmente venham
por meio do sangue. “Elas são capturadas e destruídas”, explica o médico
Mas não para por aí: o fígado também
excreta a bile, que carrega substâncias importantes para a digestão de
vitaminas lipossolúveis. Não obstante, é um órgão endocrinológico, pois produz
substâncias do tipo hormônios.
“Essas substâncias também controlam
algumas funções, como a renal. Além disso, produz fatores de crescimento
celular. O fígado é uma grande usina do organismo, produz uma série de
proteínas fundamentais, incluindo a albumina, que circula no corpo e mantém os
líquidos dentro dos vasos”, detalha Paraná.
Diante de um órgão tão nobre, muitos
não se dão conta que atitudes corriqueiras podem lesioná-lo. O médico
hepatologista explica que quando o fígado é agredido de forma severa, seja por
uma substância tóxica ou por vírus e bactérias, acontece a hepatite aguda.
“Nesse caso, há sofrimento agudo do órgão. A
pessoa pode ficar com olhos amarelos, fadiga, cansaço, náuseas e ter vômitos”,
diz. É o único caso em que o fígado manifesta sua insatisfação em um curto
período de tempo entre a agressão e a lesão.
Ao contrário do que muitos pensam,
boca amarga, azia, má digestão e manchas na pele não são sinais de problemas no
fígado.
“Quem reage à má ingestão de alimentos são o
esôfago, estômago e duodeno”, explica a hepatologista do Hospital Samaritano de
São Paulo, Cátia Rejania de Melo.
A obesidade também é uma vilã para o
bem-estar do órgão. “Uma forma de proteger o fígado é não engordar. As causas
principais da gordura no fígado (esteatose hepática não alcoólica) são a
obesidade e o colesterol alto.
É apenas um sinal de que o órgão está sob
estresse metabólico. A cada 100 obesos ou pessoas com sobrepeso, 80 terão
esteatose”, diz Paraná.
No dia a dia, além da obesidade, o
consumo de álcool, os vírus da hepatite B e C, chás, remédios fitoterápicos,
alopáticos, suplementos alimentares inadequados e as populares e ilegais
“bombas” que muitos tomam para crescimento muscular podem arruinar esse órgão.
“Normalmente, a agressão é bem
tolerada e não apresenta sintomas específicos, mas o órgão continua sendo
agredido e vai respondendo com cicatrizes dentro dele, as fibroses.
No intervalo de duas a quatro
décadas, elas aparecem e formam a cirrose hepática”, alerta o médico. A
hepatologista Cátia Rejania de Melo complementa: o tratamento para quando o
fígado falha é o transplante.
“O fígado sofre muito muito também
com crendices populares”, diz Paraná. O médico se refere principalmente aos
chás que, popularmente são recomendados para curar mil males, mas que na
verdade machucam o órgão.
“Essa história de que há medicamentos
que protegem o fígado, sejam alopáticos ou naturais, não é verdade. Não existe
nada comprovado do ponto de vista científico”, enfatiza o hepatologista.
“No chá de boldo, por exemplo, só há
possibilidade de malefício. O chá verde, em excesso, é tóxico e pode causar hepatite
grave. A erva-cavalinha também agride o fígado.
A cáscara-sagrada e uma série de
outros que passam a ideia de protetores podem causar muito mal”, alerta Paraná.
Além disso, ele coloca na lista negra
a espinheira-santa, mãe-boa, sacada, aloe vera, fedegoso e picão preto. O
médico explica que não há níveis seguros de consumo para que possam ser
recomendados.
No caso do popular chá verde, a lesão
costuma acontecer quando ingerido em grande quantidade por dois a três meses.
“Precisa de um tempo para acumular e
depende do uso por mais de 30 dias”, diz ele. A catequina presente no chá verde
é nociva ao fígado. “Em uma ou duas xícaras, a quantidade de catequina é
pequena, mas em quantidades maiores causa mal ao fígado. O chá verde não é
antioxidante coisa nenhuma. É só um chá”, alerta o médico.
O único alimento que, segundo o
médico, comprovadamente faz bem ao fígado é o café. “É recomendado para quem
tem doença no fígado e não tem contraindicações para o consumo, como a arritmia
cardíaca. O consumo diário de café bloqueia uma proteína que produz as
cicatrizes no fígado. Não é tratamento, mas um coadjuvante importante”,
detalha.
Vitaminas
Paraná se preocupa com a
suplementação vitamínica sem precedentes. Segundo ele, o excesso de vitaminas
pode causar grandes males ao órgão.
“Há tratamentos absurdos com
superdosagem de vitaminas. Nenhum organismo precisa de vitamina se a
alimentação é saudável”, diz o hepatologista. “Suplementação também não é
antioxidante, isso não é uma verdade científica. O que se sustenta cientificamente
é que a alta dose pode causar danos ao organismo, inclusive ao fígado”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário