quinta-feira, 30 de março de 2017

A imaginação cria o nosso futuro


      

"O poder mágico da imaginação – 

"Sou a que tece a teia dos sonhos
com fios dourados da felicidade

A partir de mim fios se entrelaçam
Gotas de puro amor me envolvem
E tornam meu fiar ainda mais sutil.

Sou que tece a teia da vida
A que desenha as linhas que nutrem;

A alma viajante das estrelas
O coração que transborda Paz!

Sou a que torna real as conexões
A que mostra o caminho a seguir
com linhas retas e pontes curvilíneas;

Que me mostram como setas
O que vibro e o que atraio
Sou a que inspira a visão

A que alimenta coragem
A que traz a imaginação
A que desconstrói mentiras.

Sou a que cria novas realidades
A que tece certezas

A que move montanhas
A que suspira com o vento

A que sabe....sem saber
A que tece o vazio

e Sendo Sábia, nada sabe
Apenas segue...tecendo...
Sou a Sagrada Senhora
Da teia da vida!"

Rose Kareemi Ponce

A magia da Imaginação
fiz algumas considerações no texto com a letra azul.

Um dos instrumentos mais poderosos do paranormal é a imaginação. A “fantasia prática” é o uso direcionado e focalizado da imaginação, e há neste textos vários exercícios paranormais baseados nisso.

A imaginação é varinha do Mago. Seu poder é criativo e infinito. Ele é o Pensador , o Criador.

1)    A fantasia prática é tanto uma operação física como psíquica. A medida que você a pratica, está mudando sua aura, sua energia, sua vibração,  o filme da sua vida, seu cérebro, seu ritmo e seu corpo.
Chamamos a isto de a sua biologia psíquica. Mudar sua biologia psíquica e espiritual significa mudar sua atmosfera psíquica, e assim também a sua realidade.

Quando falamos que não vamos conseguir, que é impossível... estamos preso na fantasia do fracasso e assim, estamos mudando a nossa realidade do aqui e do agora, estamos bloqueando o “eu profundo” de iluminar nosso caminho para uma realidade feliz, próspera e vitoriosa.

Nesse momento estamos lutando para levar o cavalo (nossa “boa sorte”, em direção a felicidade) porque nossas crenças e fantasias nos levam para viver a realidade que construímos com nossas palavras, pensamentos, ambiente que frequentamos.

O negativismo “veste” nosso personagem para entrar no filme da vida como um perdedor, e assim ele entra no cenário da vida do fracasso.

As palavras tecem nosso destino, nossa esperança e entusiasmo é a luz que nos guia em direção a felicidade.
aquele que fala do passado com pessimismo, com raiva... está neste lugar da imaginação, sem esperança e não ascende o fogo da vitoria , do futuro.

O próximo exercício usa a metáfora do cavaleiro e do cavalo para aumentar a sua compreensão da natureza (instinto espiritual) co-igual do consciente (intuitivo) e do eu profundo (Alma, Espírito, Mônada, Eu superior,...).



 Isso tem dois objetivos, O primeiro ajudá-lo a compreender e a confiar no cavalo, o eu profundo; e segundo é ajudá-lo a aceitar o papel da sua mente (Alma)consciente como o cavaleiro (Personalidade), aquele com a responsabilidade de decidir, escolher a direção que você deve seguir.

Mas este exercício não está concentrado em nenhum objetivo físico em particular. Ele aumentará a sua harmonia e equilíbrio, que por sua vez aumentará o nível de cooperação e comunicação entre o seu eu consciente e o eu profundo ou Espiritual

Para começar, sente-se numa cadeira confortável, respire profundamente por algumas vezes, relaxe e entregue-se a um estado delicado de devaneio. Dois a cinco minutos bastam para cada exercício

EXERCÍCIO 2
A cavalgada paranormal
Para começar, com os olhos da mente monte o seu cavalo e ajeite se confortavelmente na sela. Examine acena do ponto de vista um cavaleiro e lembre-se do cheiro do cavalo. A medida que o cavalo começa a andar lentamente, sinta-o mover-se e seguir...

 Ouça o rangido do couro dos arreios e os cascos movendo-se pesadamente. Agarre as rédeas e, apertando os joelhos, note a comunicação entre você o animal. Vocês são iguais. Entenda que o eu profundo carrega você para onde você o guiar.

O exercício que você acabou de fazer é a base para uma série de fantasias. Este é um bom ponto para discutirmos alguns conceitos básicos.

Fantasiando 1

2) Não é preciso se preocupar. O simples fato de você fantasiar está bom: Você pode querer se sentar numa cadeira confortável ou pode preferir se deitar (embora você possa frustrar seus propósitos adormecendo).

 Algumas pessoas conseguem vivenciar claramente a sensação, o cheiro e a visão de um cavalo. Mas também é suficiente pensar simplesmente nessa idéia. Não há limites ou leis regendo os estilos de “fantasiar”. Você pode se fixar numa imagem estática ou imaginar eventos se desenrolando no tempo. Faça como lhe agradar.

3) Dê tempo para as mudanças acontecerem. Muitas pessoas sentirão as alterações quase que imediatamente, mas algumas levarão alguns meses. Finalmente, você descobrirá que as mudanças benéficas podem resultar até mesmo de pequenas alterações.

4) O objetivo fundamental da fantasia prática é tornar a vida melhor, melhorando a cooperação entre a mente consciente e o eu profundo. Porém, um subproduto comum é que muitos descobrirão que estão se desenvolvendo como paranormais (sensitivos, ocultistas, místicos, “iluminados”) convencionais. Isso pode ser divertido e útil.

 Há diversos estilos de “fantasiar”, baseados nos diferentes tipos de sentidos — visão, audição, tato, paladar e olfato. Alguns deles serão naturalmente mais agradáveis que outros. Mas é uma boa idéia tentar todos eles.

6) No momento em que você descobrir que tem estilos favoritos de fantasiar, descobrirá também que alguns dos exercícios são mais úteis para você que outros. De qualquer forma, concentre-se ti exercícios que são mais úteis para você, mas faça uma tentativa c cada um deles, no mínimo, por três dias.

Para aproveitar ao máximo a sua “fantasia”, procure um lugar confortável onde você não seja perturbado. Avise os outros membros da família de que esse é um tempo só para você. Desligue o telefone e elimine qualquer outra distração nas proximidades.

 Sente-se numa cadeira confortável. Relaxe com algumas respirações profundas e comece o exercício que você escolheu. Faça-o lentamente, com alegria. Sorrir para você mesmo de tempos em tempos para ajudar. Deixe que o exercício se expanda na sua mente.

Gaste de dois a cinco minutos com qualquer exercício que você Faça. de uma a quatro vezes por dia. Em determinado dia, limite-se a apenas um ou dois exercícios diferentes, porque isso dá ao corpo e à sua mente tempo de aproveitar ao máximo os benefícios.

 Porém, exercícios em série, como os exercícios do cavalo e cavaleiro, dados ao longo deste capítulo, podem ser feitos junto quando você se tomar um fantasiador (“Mago”) experiente.

Finalmente, ainda que os exercícios pudessem ser chamados visualização, usamos o termo “fantasias” porque seu objetivo principal é o prazer de realizá-los. Também queremos enfatizar que imaginação é o seu instrumento psíquico mais importante. Com prática, você vai se tomar tão hábil no uso da sua imaginação que às vezes, vai acabar querendo saber o que é “apenas imaginação si e o que é habilidade paranormal.

 Três aspectos do “fantasiar”

No exercício da cavalgada paranormal, pedimos a você para ver, ouvir e sentir os elementos da fantasia na sua imaginação. Usar vários tipos de sentidos o ajudará a aproveitar melhor todas as fantasias que serão dadas neste texto.

Aqui está uma descrição dos três estilos principais de fantasia sensorial, com sugestões de como usar cada um deles:

• Para fantasiar VISUALMENTE, você se concentra em imagens nos olhos da sua mente. (Para muitas pessoas, o exemplo mais fácil é uma fantasia infantil.) Uma técnica visual é imaginar que você vê uma fotografia. Com seus olhos mentais, você pode olhá-la bem de perto ou mantê-la a distância.

 Pode tomar a imagem obscura ou clara, estática ou móvel. Pode tirar características ou adicionar coisas que não estavam lá, para começar. Pode queimar, dissolver ou então destruir uma figura; também pode ampliá-la, encená-la ou adaptá-la. Como diz o ditado: “Ver é crer.”

• A fantasia AURICULAR pode implicar ouvir a voz do outro ou a sua própria voz, falada ou na sua mente. Você pode simplesmente contar uma história, recontá-la para si mesmo ou num diálogo com outras pessoas, verbalizando o papel de cada parte.

A verbalização também não tem que ser oral. Ao descrever uma fantasia, usamos diferentes porções do cérebro, e essa é uma vantagem que em geral tem mais valor que a possível perda de espontaneidade. Em todos os casos, você pode selecionar características dentro ou fora, ou mudar completamente seu conteúdo.

• A fantasia Física não é verbal. Com ela você se concentra em sensações táteis como calor ou aspereza. Por exemplo, se alguém quer superar o medo de voar, pode usar a técnica sensorial de imaginar uma situação paralela que seja agradável, como andar num carro conversível esporte num dia bonito.

 Relembrando os prazeres físicos do passeio, o viajante pode transferir essas sensações através da imaginação para uma viagem de avião. O importante é produzir algumas sensações e sentimentos positivos enquanto deixa que os negativos diminuam.

Muitas pessoas tendem naturalmente a um desses três estilo O olfato e o paladar também podem ser usados, mas, em geral, não como estilos sensoriais principais. Quando você começar a aprender  um exercício, concentre-se no estilo que vier mais facilmente.

 Muitos exercícios serão, no entanto, aperfeiçoados, se você os  incrementar com tantos tipos de detalhes sensoriais quantos puder conseguir. Junte elementos imaginativos de outros sentidos à medida que ficar mais familiarizado com cada exercício.

 Enfim, se tiver problemas envolvendo algum dos tipos, você pode concentrar sentidos preparando e representando um roteiro imaginário que v compondo à medida que prossegue como se fosse uma criança brincando.

Cheque os seus sentimentos
Um dos objetivos mais importantes da fantasia prática é consegui o contato com seus sentimentos em torno do exercício. Por exemplo, suponha que você comece com o exercício do cavalo e cavaleiro e descobre que tem medo do cavalo. Se for este o caso tente um outro animal — um boi, um boto ou uma águia, talvez e veja se funciona.

 Se não funcionar, então você provavelmente tem medo de algum aspecto do seu eu profundo. Pergunte-se o que de errado. Dc um modo geral você vai compreender o problema. Por ser que você ache que o eu profundo seja rebelde demais; nesse caso você poderia tomar o cavalo mais gentil e dócil. Poderia dar-lhe açúcar ou ganhar-lhe a confiança caminhando com ele preso por um guia.

 A fantasia é sua; seja criativo! Agora, se o medo persistir, paciência. Verdade, tenha paciência porque à medida que você trabalha dia após dia resolvendo o seu medo, transformação profundas ocorrerão no seu corpo e na sua mente. Você está mudando para melhor.

Pode ser que você passou toda a sua vida sendo guiado, dirigido por alguém, por um familiar, e agora confiar na sua própria energia, força e luz está difícil.

Não saia procurando na sua fantasia medos e hesitações que não existem, mas preste atenção nas suas emoções à medida que elas si girem. Desenvolva suas emoções agradáveis e mude as desagradáveis.

Lembre-se de que a fantasia funciona melhor no sistema bem- humorado da mente. Por isso, enquanto está começando, não se sinta compelido a escolher os problemas mais importantes da sua vida. Você pode começar com problemas simples, menos importantes. Lembre-se de se divertir com os próximos três exercícios.

Exercício 3

O diálogo do cavalo e do cavaleiro

Neste exercício, você seleciona um problema sobre o qual gostaria de ter uma conversa com o seu eu profundo.

 Pode ser especifico (“Como posso pedir aumento ao meu patrão?”) ou geral (“Como posso ser mais agressivo?”). Você pode imaginar que o seu cavalo fala com você diretamente, ou que ele o leva a uma pessoa que lhe diz alguma coisa, ou o leva a um quadro de informações que o ajudará.

Não faça tudo o que o seu cavalo sugerir. Faça apenas o que fizer sentido. Por outro lado, não pare de ouvir seu cavalo cedo demais. Se ele lhe der um conselho que pareça inexplicável ou até mesmo estranho, pode ser um sinal de que você não entende exatamente os problemas que estão envolvidos.

 Por isso, antes de deixar de lado o conselho do seu eu profundo, tenha uma conversa com ele. Diga-lhe por que esse conselho parece não servir. Pergunte se há algum ponto que você não tenha percebido. Cultive um relacionamento com o seu eu profundo que encoraje o diálogo, a pesquisa e a comunicação.

EXERCÍCIO 4
A junção do cavalo e do cavaleiro
Desloque a sua atenção de um lado para o outro, do cavalo para o cavaleiro. Imagine alternadamente você mesmo como o cavalo e como o cavaleiro. Este exercício paradoxal tende a desenvolver a  compreensão de que “Não há fronteiras para o eu”.

 Este exercício tem o poder de levar você diretamente a uma experiência mística transcendental, mas em nenhum caso irá aumentar sua sensação ligação com o eu profundo.

EXERCÍCIO 5
A manifestação do cavalo e do cavaleiro
Imagine algo que você quer que aconteça e então faça com que seu cavalo o leve a isso. Você pode até imaginar que o seu cavalo voará com você até lá, se você tiver o cuidado de trazer sua imagem para a terra depois. (Você não vai querer deixá-la nas nuvens, onde não pode se manifestar.) Uma vez que tenha chegado, use sua imaginação para entrar no acontecimento.

Pratique todos os estilos sensoriais para ver, ouvir e sentir o evento. Este exercício transmite plenamente seus desejos para o eu profundo, enquanto deixa que sua personalidade faça os ajustes que darão a chance para que evento aconteça.

Experiências comuns com os exercícios do cavalo e do cavaleiro

Há duas dificuldades comuns que os estudantes têm com este exercício. Primeiro, alguns estudantes abordam o exercício tentando imaginar para onde o cavalo quer ir. Já que é importante estar atento ao cavalo/eu profundo, você precisa reconhecer o seu trabalho como cavaleiro. Você e o eu profundo são co-iguais.

Então, o valo tem de levá-lo para onde você quer ir. E claro que se o cavalo empacar, o eu profundo pode estar tentando dar-lhe uma boa informação. Questione-se por que ele está emperrando. Pergunte ao cavalo aonde ele quer ir, por que e como a sua rota não o satisfaz. Leve alguns dias ou semanas para explorar as hesitações se for necessário.

Seu eu profundo pode ter informações maravilhosas para você, mas você é quem decide. Tente caminhos diferentes para chegar aonde quer que você vá. Enquanto você for aberto e alegre, mais cedo ou mais tarde obterá o conhecimento de que precisa.
Em segundo lugar, os estudantes às vezes se surpreendem caindo do cavalo. Lembre-se: você pode usar suas dificuldades para aprender quais são as suas resistências. Em geral, as pessoas que caem do cavalo estão expressando sua resistência à idéia de serem carregadas e socorridas pelo cavalo, sentindo que devem enfrentar um desafio sozinhas.
 Nos exercícios do cavalo e do cavaleiro, é importante ter a sensação de que se é carregado e amparado. Isto abrirá os canais para a ajuda e o amparo proveniente do eu profundo sem nenhum outro exercício. Você pode não estar plenamente consciente do aumento de ajuda e apoio durante todo o tempo, mas eles estarão sempre presentes.

Finalmente, com estes e todos os outros exercícios, será necessário adquirir prática antes de poder continuá-los confortavelmente. A decisão de voltar a montar após ter caído do cavalo cabe tanto na fantasia como na realidade, e é válida para qualquer obstáculo encontrado no fantasiar. Use o seu tempo e entenda que você está transformando a sua aura, o seu corpo e o seu cérebro.

Ψ Imaginação Ativa - JUNG

Bil Mack - Imagination 
 Ψ IMAGINAÇÃO ATIVA -  É um método de interação com o inconsciente há muito tempo conhecido dos antigos alquimistas e presente com algumas variações na meditação oriental, recriada por Carl Gustav Jung.

- Trata-se de uma Técnica Terapêutica que consiste em usar o potencial imaginativo para integrar conteúdos internos ainda não conscientes.

- Antes de chegar ao termo definitivo, Jung utilizou diversos nomes como: função transcendente, fantasia ativa, técnica de diferenciação, exercício de introspecção.

- Técnica de imaginação ativa que preenche o hiato entre consciente e inconsciente, como um processo criativo numa linguagem idêntica à usada pelos artistas e inventores.

 -  "(...) é um diálogo que travamos com as diferentes partes de nós mesmos que vivem no inconsciente". (Johnson, Robert  -  A Chave do Reino Interior").

- Segundo Jung, a IMAGINAÇÃO ATIVA é a melhor maneira de se ativar a função transcendente, que envolve uma espécie de síntese das funções da consciência, um encontro e grande interação com a totalidade da psique (SELF) e tudo o que ela representa. 

- Jung em autoanálise, desenhara e pintara suas próprias visões e sonhos. Ele encorajou os seus pacientes a  escreverem poemas, produzirem modelagens ou esculturas, ou mesmo a dançar suas fantasias.

-  Além dos seus pacientes neuróticos usuais também mantinha um grupo especial, para esses desenvolveu a técnica conhecida como "imaginação ativa".

-  A técnica de IMAGINAÇÃO ATIVA destina-se a mobilizar,  deliberadamente  a criatividade do paciente.

- Como referiu o próprio Jung: " (...) assim, o que o médico faz é menos uma questão de tratamento do que de desenvolvimento das possibilidades criadoras latentes no próprio paciente". 

- Embora um paciente possa tratar um sonho dessa forma e fosse estimulado a fazê-lo, Jung estava mais particularmente interessado na espécie de fantasia que acode à mente das pessoas quando elas não estão despertas nem adormecidas, mas num estado de divagação ('rêverie') em que o raciocínio está suspenso, mas não se perdeu a consciência.

- Aqueles que estão familiarizados com as descrições feitas por pessoas criativas sobre o modo como suas descobertas lhes aconteceram, e conhecerão ser justamente nesse estado de "divagação" que mais comumente se considera que elas ocorrem. 

- Em anos recentes, o uso de pintura, música e modelagem como instrumento terapêutico, em hospitais psiquiátricos e clínicas mentais aumentou consideravelmente e o efeito terapêutico do empenho criador, por muito inábil que seja, do ponto de vista técnico, passou a ser geralmente reconhecido.

- Jung apresenta a Imaginação Ativa como uma maneira dialética particular de lidar com o inconsciente,  consiste em 4 fases:
1) Libertar-se do fluxo de pensamento do ego  -  O processo é mais fácil no caso da pintura e atividade com areia. As técnicas de meditação oriental, como o zen, certos exercícios de ioga, bem como a meditação taoísta, zen,  põem-nos diante dessa primeira fase, temos que eliminar não apenas todos os pensamentos do ego, como também quaisquer fantasias que possam ascender do inconsciente. 
2) Deixar que uma imagem de fantasia do inconsciente flua para o campo da percepção interior  -  Nesse ponto, temos que deixar que uma imagem de fantasia oriunda do inconsciente flua para o campo da percepção interior. Ao contrário das técnicas orientais acima mencionadas, neste caso nós acolhemos a imagem em vez de enxotá-la ou desconsiderá-la, passando a nos concentrar nela.  Depois de atingirmos esse ponto, temos que ficar atentos a dois tipos de erro: o primeiro é quando nos concentramos demais na imagem que surgiu e literalmente a “fixamos”, congelando-a, por assim dizer; o segundo é quando não nos concentramos o suficiente, o que faz com que as imagens internas comecem a se modificar rápido demais e um “filme interno” acelerado comece a passar. 
3) Conferir uma forma à imagem  -  Relatando-a por escrito, pintando-a, esculpindo-a, escrevendo-a como uma música ou dançando-a (movimentos da dança devem ser anotados). Na dança, o corpo vem a participar, (certas emoções e a função interior são tão inconscientes que é como se estivessem enterradas no corpo). 
4) Confrontar-se moralmente com o material produzido/ imaginado -  É  a fase decisiva,  a confrontação moral com o material  já produzido. Nesse ponto, Jung nos adverte com relação a um erro frequentemente cometido que compromete todo o processo 
o erro de entrarmos nos eventos internos com um ego fictício em vez de com o verdadeiro ego. Jung comentou certa vez que a psiquiatria de hoje descobriu as três primeiras etapas do processo, mas não consegue compreender a quarta. 
- A maioria das técnicas criativas ou imagéticas atuais permite certa participação do analista ou até mesmo exige que ele intervenha.  Ou ele propõe o tema (como na técnica de Happich ou no treinamento autógeno avançado de Schultz) ou intervém, fazendo sugestões, quando o analisando “empaca”.
- Jung, por outro lado, costumava deixar seus pacientes “empacados” onde quer que estivessem até que encontrassem por si mesmos uma saída. 
- Ele nos contou que teve certa vez uma paciente que estava sempre caindo em certas “armadilhas” na vida real. Recomendou a ela que fizesse uma imaginação ativa.
 Imediatamente ela se viu, na imaginação, atravessando um campo e encontrando um muro. Ela sabia que tinha que passar para o outro lado, mas como? Jung apenas disse: “O que você faria na vida real?” Ela simplesmente não conseguiu pensar  em nada. Finalmente, depois de muito tempo, pensou em caminhar ao longo do muro para ver se ele terminava em algum ponto. Não terminava. Então, ela procurou uma porta ou uma abertura.  Novamente, não chegou a lugar nenhum, e Jung não ofereceu nenhuma ajuda. Finalmente, ela pensou em ir buscar um martelo e uma talhadeira para abrir um buraco no muro. Essa foi a solução. 
A Imaginação Ativa consiste em abordar pensamentos, atitudes e emoções através dos vários personagens que aparecem em nossos sonhos e interagir ativamente com eles, isto é, discordando, opinando, questionando e até tomando providências com relação ao que é tratado, isso tudo pela IMAGINAÇÃO. 
- Quando não se compreende porque uma figura onírica agiu de forma agressiva no sonho, podemos ir para a IMAGINAÇÃO ATIVA, recordar o sonho até esta parte em particular e a partir aí questionar o personagem das razões do seu comportamento.
- Nesse momento devemos ter o cuidado de deixarmos que a figura "diga" o que vier à sua cabeça. 
- Você terá a sensação de que está inventando tudo, mas isso não importa e nem altera o efeito real da prática da IMAGINAÇÃO ATIVA, o que você poderá verificar após a conclusão de qualquer trabalho interior.
-  A técnica de imaginação ativa destina-se a mobilizar, deliberadamente, a criatividade do paciente. A imaginação ao ser ativada a alma é curada!
- Difere da fantasia passiva porque nesta não atuamos no quadro mental, de forma a participarmos do drama vivenciado, mas apenas nos contentamos em assistir o desenrolar do roteiro desconhecido, muitas vezes sofrendo involuntariamente, sem proveito algum, e o que é pior, sem que venhamos a conhecer o que há por trás. 
- A imaginação ativa não suporta metas que obrigatoriamente devam ser atingidas, nenhum modelo, imagem ou texto a ser usado, nenhuma postura ou controle da respiração são recomendados.
- A pessoa simplesmente começa com o que vem de dentro dela, com uma situação de sonho relativamente inconclusiva ou uma momentânea modificação do estado de espírito.  Se surge um obstáculo, a pessoa que medita é livre para considerá-lo ou não como tal; é ela que resolve como deve ou não reagir diante dele (FRANZ, 1999). 
- O Método das Quatro Etapas para a  Imaginação Ativa, segundo Robert Johnson: 
1 - Convidar o inconsciente 
2 - Dialogar e vivenciar 
3 - Acrescentar o elemento ético dos valores
4 - Concretizar pelo ritual físico.
- Muitas pessoas desistem da Imaginação Ativa antes de começarem, porque não conseguem achar um meio conveniente de anotar a imaginação à medida que ela flui. É vital deixar bem resolvido os detalhes físicos do método. Permite registrar o que é dito e o que é feito de maneira que você poderá lembrar e assimilar a experiência mais tarde.
- O registro destas imagens interiores podem ser expressos  através da dança ou tocando música, desenhando, escrevendo, pintando, esculpindo ou recitando o diálogo em voz alta.
- Ambiente físico: é necessário um ambiente  silencioso e privado por uns momentos.
- A fronteira entre a imaginação ativa e a magia é extremamente sutil. 

Referência Bibliográfica:
*JOHNSON, Robert A. "Innerwork - A chave do reino interior". 1ª edição, Ed. Mercuryo, 1989, São Paulo.
*FRANZ, Marie-Louise von. Psicoterapia. São Paulo : Paulus,1999.
*HILLMAN, James - ENCARANDO  OS DEUSES - São Paulo: Cultrix/ Pensamento, 1992. (James Hillman  oferece nessa obra estudos independentes sobre alguns deuses e deusas para facilitar a compreensão dinâmica da mitologia, segundo o autor o conhecimento dos deuses presentes na mitologia é um requisito para o autoconhecimento).
*JUNG, C. G. Memórias, Sonhos, Reflexões. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, s.d.
                     . O Homem e seus Símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, s.d.
*MIDDELKOOP, Pieter - O Velho Sábio - Cura  através de imagens internas, São Paulo: Paulus, 1996. 
 http://www.rubedo.psc.br/dicjung/verbetes/..%5C..%5Cdicjung%5Cverbetes%5Cimgativa.htm
 http://www.voadores.com.br/site/geral.php?txt_funcao=ajuda&id=11
*Introdução ao Estudo das Técnicas Expressivas pela Psicologia Simbólica Junguiana - Carlos Amadeu Botelho Byington
*Graham Jackson - TRADIÇÃO SECRETA DA JARDINAGEM - Padrões de relacionamentos masculinos - São Paulo: Paulus, 1994.
*A Velha Sábia - Estudo sobre a imaginação ativa Rix Weaver São Paulo: Paulus, 1996.
Ψ Fatima Vieira - Psicóloga Clínica)
http://blog-psique.blogspot.com.br/2012/08/imaginacao-ativa-jung.html

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