A
personalidade e o temperamento da criança.
Neste
Texto trata das minhas impressões de interação entre pais e filhos de acordo
com suas personalidades e temperamentos. A partir de agora, vamos analisar
algumas teorias sobre esse assunto.
Aristóteles e
Hipócrates
Aristóteles
foi um grande pensador e filósofo grego que viveu há cerca de dois mil anos.
Segundo ele, tudo no mundo poderia ser descrito como:
Quente
►
quente ou
frio;
►
molhado ou
seco.
Por
volta da mesma época, vivia na Grécia um grande médico chamado Hipócrates - o
mesmo que criou o juramento feito pelos médicos que se formam hoje em dia.
Fazendo dissecações, Hipócrates concluiu que
todas as pessoas são bastante parecidas fisicamente. Assim, sentiu-se intrigado
com o fato de existirem temperamentos tão distintos.
Elaborou, então, a teoria de que as diferenças
resultam da influência de diversos “humores” (fluidos) corporais e nomeou os
temperamentos de acordo:
Sanguíneo
Hipócrates
classificou como sanguíneo um grupo de indivíduos cujo temperamento considerou
largamente influenciado e caracterizado por seu sangue. São frívolos,
extrovertidos e persuasivos.
Imagem
Colérico
Segundo
Hipócrates, pessoas influenciadas pelas secreções do fígado são ligeiramente
irritáveis, impacientam-se e encolerizam-se rapidamente e sabem exatamente o
que querem. A língua registra o termo bilioso para descrever os indivíduos que
correspondem a tal descrição.
Melancólico
Melancolia
vem do grego e quer dizer bile negra. Hipócrates acreditava que os indivíduos
melancólicos eram influenciados pelo conteúdo de suas vesículas biliares. Eles
são exigentes, meticulosos e geralmente consideram o mundo decepcionante de
alguma forma.
Fleumático
Hipócrates
descreveu indivíduos fleumáticos em sua maneira de ser como um tanto lentos,
enfadonhos e avessos a mudanças.
A
versão moderna
Florence
Littauer transpôs as definições de Hipócrates para o século 21.
Indivíduos
de temperamento sanguíneo querem se divertir. Sua ideia de divertimento é fazer
tudo na companhia de muitas pessoas.
Os
sanguíneos possuem um forte encanto natural. Na verdade, costumo usar essa
informação como “definição específica” sempre que tento imaginar de que tipo de
criança os pais estão falando.
“Ela é encantadora?” ; os pais se iluminam ou
dão um amplo e irônico sorriso (“Ah, é!”), temos çrandes probabilidades de
estar lidando com uma criança sanguínea, movida pela necessidade de se
divertir.
A
criança colérica deseja ter o controle de todas as situações. A criança
sanguínea vai acordar dizendo:
-
O que vamos
fazer hoje?
Isso
significa: “Vamos nos divertir? Vamos fazer alguma coisa que envolva muitas
pessoas?”
Já
a criança colérica perguntará:
-
O que vamos
fazer hoje?
Isso
quer dizer: “Vamos seguir o plano que tenho em mente?”
A
essa altura, você talvez não tenha a mínima ideia do plano que ela tem em
mente, mas já sente certa ansiedade quanto às possíveis consequências de uma
resposta errada.
E, se for esse o caso, provavelmente vai
deparar com um “eu não vou fazer isso! ” em tom bastante enfático e, de certa
forma, desafiador.
Sábios
são os pais que saem de cena murmurando algo tranquilizador como “vamos ver”,
sem começar o dia entrando em conflito com uma criança colérica.
Eles
não somente desejam que o dia corra bem, querem saber a sequência exata dos
eventos e se assegurar de que tudo sairá de acordo com os planos.
Eu
costumava fazer parte de um rodízio para levar as crianças ao colégio, e havia
uma linda e melancólica menina que entrava no meu carro toda manhã dizendo
- Bom-dia, sra. Lena.
Isso
já é uma abordagem melancólica. Todas as outras pulavam para dentro do automóvel
com um “oi, ”, mascela precisava fazer as coisas direito. Então, todo dia,
perguntava:
-
Será que
vamos nos atrasar?
-
Não,
Elizabeth - eu dizia pacientemente, embora entredentes. - Temos muito tempo.
-
Ah, que bom!
- ela respondia contente.
E
continuava:
-
Quem vem me
buscar?
Se
eu não entendesse de temperamentos, poderia tê-la mandado calar a boca lá pela
vigésima ou centésima viagem. Felizmente, logo percebi sua necessidade de ordem
e sequência.
Assim que ficava sabendo para onde estava indo, a que horas
chegaria lá e quem a buscaria, sentia-se livre para relaxar e aproveitar a
companhia das outras crianças.
Frio
Em
Auckland, havia uma feira anual à qual levávamos as crianças. Quase sempre, eu
começava por colocar limites, como:
-
Cada um de
vocês pode ir a quatro brinquedos e escolher três coisas para comer.
Na
volta para casa, eu fazia uma pergunta tipicamente sanguínea:
-
E então,
crianças, aproveitaram o dia?
Hoje,
sei que as crianças de 10 anos não têm de corresponder às expectativas de sua
mãe sanguínea nem à sua necessidade de aprovação. Na época, porém, a resposta
de Tanya, minha filha sanguínea, pulando no
assento e dizendo “Foi o máximo!”, me parecia muito mais agradável do que a
afirmação melancólica de Robert:
-
Não consegui andar no trem fantasma.
Cerca
de dez anos depois, ao ouvir Florence Littauer, entendi finalmente o que
aquela resposta significava: provavelmente ele havia passado um dia
maravilhoso, mas sua natureza melancólica o levava a notar especialmente o que
não havia feito. Para pais exaustos, traduzir esse tipo de dialeto é um árduo
trabalho!
Crianças
melancólicas são razoavelmente entusiásticas, mas têm uma tendência natural a
enfocar mais o que saiu errado e menos o que deu certo. Assim, se alguém
perguntar a uma delas sobre o seu dia, pode esperar uma resposta que focalize
os elementos menos perfeitos.
Se o seu ritual de pegar as crianças na escola ou
o ritual da hora de deitar incluir “agora, todo mundo vai dizer três coisas
boas que aconteceram hoje”, saiba que estará convidando a criança
perfeccionista a responder com um “nada” e se arriscando a fazê-la se sentir
excluída, com suas necessidades insatisfeitas.
É
melhor fazer uma pergunta mais neutra (Como foi o seu dia?) e aceitar os
comentários negativos, sem sermões sobre gratidão ou sugestões para que ela
veja as coisas pelo lado bom. Assim, vai se sentir aceita como é.
Os
fleumáticos só querem PAZ
Pais
cujo primeiro filho tem um temperamento fleumático se espantam com a luta dos
outros pais. O bebê fleumático reclama baixinho quando está com fome, espera
que a mãe desabotoe a blusa, mama satisfatoriamente e não ensaia maiores
protestos quando colocado no berço.
Desde
que não haja excesso de estímulos, a criança pequena fleumá- tica aceita bem
quase tudo. Em geral, tê-la por perto é um sereno prazer. Uníâ vez ou outra,
apenas para provar ao mundo que é um bebê de verdade, pode se recusar a abrir
mão de alguma coisa que considera sua; mas na maior parte do tempo é agradável,
calma, participativa e encantadora.
É
a criança geralmente descrita pelos pais como “a nossa boazinha”. Sua motivação
é o desejo de uma vida pacífica. À medida que vai crescendo, esse desejo pode
atrapalhar um pouco a obediência, mas ela nunca chega a se mostrar desafiadora.
Na verdade, tendemos a perdoar sua desobediência, porque é sempre tão gentil...
Quando cobrada, diz:
-
Claro, mamãe. Desculpe, mamãe.
O
que não quer necessariamente dizer que pretenda fazer o que lhe foi pedido. No
entanto, ficamos com a impressão de que ela tinha a intenção e simplesmente
esqueceu.
Quando
nos aborrecemos com a criança pacífica, ela nos olha espantada e magoada e
procura corrigir o erro.
Que
personalidade interessante! Raramente, recebo pais com a queixa: “Temos uma
criança encantadora, gentil e calma. Pode dar um jeito nela?” Caso haja
problemas, provavelmente aparecerão na adolescência, quando o jovem levar a um
extremo inaceitável sua forma agradável e encantadora de não fazer coisa
alguma.
Influência sobre outros
A
maioria das pessoas apresenta, com certeza, uma combinação de temperamentos,
frequentemente com a predominância de um deles. Cada temperamento tem um estilo
diferente de influenciar os outros a agir.
As
crianças sanguíneas, levadas pela necessidade primeira de se divertir, procuram
influenciar pelo encanto. No todo, sua conduta para conosco diz: “Vou seduzir
você para que veja as coisas do meu jeito.”
As
crianças coléricas, movidas pela necessidade primeira de controlar, buscam
influenciar por meio da pressão. Seu comportamento sugere: “Faça como eu quero,
senão...”
Já as crianças
melancólicas, levadas pela necessidade primeira de ter as coisas certas, ou
seja, perfeitas, influencia os outros pelo humor do momento. Se não consegue
fazer do mundo um lugar perfeito, ela tende a ficar de péssimo humor. Como os
pais querem vê-la feliz, vão atrás dela e fazem de tudo para agradar.
A
criança fleumática, movida pela necessidade primeira de paz, nos influencia de
forma tão sutil que, frequentemente, custamos a nos dar conta da situação. Em
geral, ela “deixa para depois” com tanta graça e sutileza que nem percebemos
isso. Vamos ficando cada vez mais irritados, com raiva mesmo, sem razão específica.
Quando atingimos o máximo da frustração, a primeira pessoa que passa por perto
“paga o pato”. E é pouco provável que o alvo seja a criança pacífica, pois ela
é bastante sensível e sabe o momento certo de desaparecer.
Quais são as necessidades deles?
Se
a observação da forma de influência dos seus filhos não for suficiente para
definir o temperamento deles, é interessante ponderar sobre as necessidades
deles. Esta avaliação também é útil quando se está diante de uma criança
aborrecida, zangada ou não cooperativa.
Certamente, vale a pena pensar:
“Qual
das necessidades do meu filho não está sendo atendida?”
Necessidades dos sanguíneos
A
criança sanguínea, que sente necessidade de encontrar maneiras de tornar a vida
divertida, precisa de platéia para suas brincadeiras, seus feitos e até mesmo
seus erros.
Com
frequência, tenho a atitude tipicamente sanguínea de confessar todos os enganos
que cometi na criação dos filhos, para que outros possam sentir que não são os
únicos a errar.
Minhas duas filhas sanguíneas, Tanya e Deborah, compreendem
isso perfeitamente. Quando Deborah tinha cerca de 8 anos, eu escrevia uma
coluna quinzenal, Se ela me via ao computador, sua primeira pergunta, carregada
de imensa esperança, era:
-
Está escrevendo sobre mim?
Sanguineo
Necessidade de: Diversão
Influi pelo encanto.
Necessidade: Atenção, aprovação, aceitação e afeto.
Indivíduos
sanguíneos são motivados pela necessidade de aceitação.
Sentem-se
magoados se o grupo os deixa de fora. Ao conversar com uma criança sanguínea
sobre planos que não a envolvam, não se surpreenda ao ver em sua expressão a
pergunta:
“E com relação a mim?”
Certamente, são ternas e generosas e desejam
que todas as demais pessoas sejam igualmente felizes. Sua preocupação primeira,
porém, é com o próprio prazer e com a necessidade de fazer parte do grupo.
Ao
observar crianças em um playground, é fácil identificar as sanguíneas. São
aquelas que solicitam continuamente:
-
Olhe para
mim. Viu o que eu fiz?
Sabe o que eu vou fazer agora? Sabe o que eu vou fazer
depois disso?
Enquanto
isso, o acompanhante lamenta para si mesmo:
“E pensar que eu a trouxe ao playground
para que brincasse sozinha e me deixasse em paz...”
Lembro-me
da minha professora do 2o ano, a sra. Walsh, dizendo, no fim do ano
letivo:
-
Vou sentir
falta da minha tagarela.
Todos
os meus relatórios escolares mencionavam: “Diane poderia se sair melhor se
falasse menos e prestasse um pouco mais de atenção”.
A propósito, fiquei
encantada por ter sido convidada a discursar em um jantar para antigas alunas
da escola onde estudei, ocasião em que pude citar meus relatórios da época e
explicar que, agora, ganho a vida falando!
Primeira
parte...
Postado por Dharmadhannya
Psicoterapeuta Transpessoal
Este texto está livre para divulgação,
desde que seja mencionado a fonte:
Meu blog foi clonado inteiramente,
por isto estou em oração permanente contra ataques.
Os meus textos estão em vários blogs com o nome do impostor.
Agora
Repassando a chama Violeta
Eu sou, Eu Sou, Eu sou, a Divina Presença Vitoriosa de Deus,
que chameja o Fogo da Chama Violeta (TRÊS VEZES) através de
cada particula de meu ser, e em meu mundo.
Selai-me num pilar de fogo Sagrado e transformai e renovai
minha energia, purificai-me com a pureza, harmonia, amor,
liberdade e perfeição da Graça da Chama Violeta
Haja luz para compartilhar para o bem de todos.
Coloque a mão no seu coração
e sinta o fogo do amor Divino da sua Alma no seu coração.
Que ela ascenda a liberação do dharma no seu coração.
Eu mereço ser feliz.
Eu mereço amar e ser amada.
Eu mereço ter milhões amigos.
Eu mereço a prosperidade da vida.
Eu mereço o trabalho que me dá sucesso e riqueza.
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