Quando
a nossa consciência se volta para o exterior, a mente e o mundo passam a
existir. Quando se dirige para o interior, ela percebe a sua própria Fonte e
regressa ao Não-Manifesto.
QUANDO
VOCÊ OUVE o pensamento, sente uma presença consciente, que é o seu interior
mais profundo, por trás ou por baixo do pensamento.
Com
a prática, a sensação de paz e serenidade vai se intensificar. Na verdade, essa
intensidade não tem fim. Você também vai sentir brotar lá de dentro uma sutil
emanação de alegria, serenidade, intuição, inspiração que é a alegria do Ser.
Nesse
estado de conexão interior, ficamos muito mais alertas e muito mais despertos
do que no estado de identificação com a mente.
Estamos presentes por inteiro. Isso também
eleva a frequência vibracional do campo energético, que dá vida ao corpo físico.
Ao
penetrarmos mais profundamente nessa área de mente vazia, como ela às vezes é
chamada no Oriente, começamos a perceber o estado de pura consciência.
Nesse estado, sentimos a nossa própria
presença com tal intensidade e alegria que os pensamentos, as emoções, nosso
corpo, o mundo exterior - tudo se torna insignificante comparado a ele.
No entanto, não é um estado egoísta, e sim
generoso. Ele nos transporta para um ponto além do que antes julgávamos ser o
nosso "eu interior". Essa presença é essencialmente você e, ao mesmo
tempo, muito maior do que você.
EM
VEZ DE "observar o pensador", podemos também criar um espaço no fluxo
da mente, direcionando o foco da nossa atenção para o Agora. Torne-se bastante
consciente do momento.
Isso
é profundamente gratificante de se fazer. Agindo assim, desviamos a consciência
para longe da atividade da mente e criamos um espaço de mente vazia, em que
ficamos extremamente alertas e conscientes, mas não sem pensar. Essa é a
essência da meditação.
O
pensamento, então, perde o poder que exerce sobre você e se afasta rapidamente,
porque a mente e a Presença consciente do Observador , não está mais recebendo
a energia gerada pela sua identificação com ela.
Esse é o começo do fim do
pensamento involuntário e compulsivo.
Quando
um pensamento se afasta, percebemos uma interrupção no fluxo mental, um espaço
de "mente vazia". No início, esses espaços são curtos, talvez apenas
alguns segundos, mas, aos poucos, se tornam mais longos.
Quando esses espaços acontecem, sentimos uma
certa serenidade e paz interior. Esse é o começo do estado natural de nos
sentirmos em unidade com o Ser, que normalmente é encoberto pela mente.
NA
VIDA DIÁRIA é possível pôr isso em prática dando total atenção a qualquer
atividade rotineira, normalmente considerada como apenas um meio para atingir
um objetivo, de modo a transformá-la em um fim em si mesma.
Por exemplo, todas as vezes que você subir ou
descer as escadas em casa ou no trabalho, preste muita atenção a cada passo, a
cada movimento, até mesmo a sua respiração. Esteja totalmente presente.
Ou,
quando lavar as mãos, preste atenção a todas as sensações provocadas por essa
atividade, como o som e o contato da água, o movimento das suas mãos, o cheiro
do sabonete, e assim por diante.
Ou então, quando entrar em seu carro, pare por
alguns segundos depois que fechar a porta e observe o fluxo da sua respiração.
Tome consciência de um silencioso, mas poderoso, sentido de presença.
Para
medir, sem errar, o seu sucesso nessa prática,
verifique o grau de paz dentro
de você.
O
passo mais importante na caminhada em direção à iluminação é aprendermos a nos
dissociar de nossas mentes.
Todas as vezes
que criamos um espaço no fluxo do pensamento,
a luz da nossa consciência fica
mais forte.
Um
dia você pode se surpreender sorrindo para a voz dentro da cabeça, como
sorriria para as travessuras de uma criança.
Isso
significa que você não está mais levando tão a sério o que vai pela mente, pois
o seu eu interior não depende dela.
SER
E ILUMINAÇÃO
Existe
uma Vida Única, eterna e sempre presente, além das inúmeras formas de vida sujeitas
ao nascimento e à morte. Muitas pessoas empregam a palavra Deus para
descrevê-la, mas eu costumo chamá-la de Ser.
Tanto "Deus" quanto "Ser"
são palavras que não explicam nada. "Ser", entretanto, tem a vantagem
de sugerir um conceito aberto. Não reduz o invisível infinito a uma entidade
finita.
É impossível formar uma imagem mental a esse
respeito. Ninguém pode reivindicar a posse exclusiva do Ser. É a sua essência,
tão acessível como sentir a sua própria presença. Portanto, a distância é muito
curta entre a palavra "Ser" e a vivência do Ser.
O
SER NÃO ESTÁ apenas além, mas também dentro de todas as formas, como a mais
profunda, invisível e indestrutível essência interior.
Isso
significa que ele está ao seu alcance agora, sob a forma de um eu interior mais
profundo, que é a verdadeira natureza dentro de você. Mas não procure
apreendê-lo com a mente. Não tente entendê-lo.
Só
é possível conhecê-lo quando a mente está serena. Se estiver alerta, com toda a
sua atenção voltada para o Agora, você até poderá sentir o Ser, mas jamais
conseguirá compreendê-lo mentalmente.
Recuperar
a consciência do Ser e submeter-se a esse estado de "percepção dos
sentidos" é o que se chama iluminação.
A
palavra iluminação
transmite a ideia de uma conquista sobre-humana - e isso agrada ao ego -, mas é
simplesmente o estado natural de sentir-se em unidade com o Ser.
E
um estado de conexão com algo imensurável e indestrutível. Pode parecer um
paradoxo, mas esse "algo" é essencialmente você e, ao mesmo tempo, é
muito maior do que você. A iluminação consiste em encontrar a verdadeira
natureza por trás do nome e da forma.
A
incapacidade de sentir essa conexão dá origem a uma ilusão de separação, tanto
de você mesmo quanto do mundo ao redor. Quando você se percebe, consciente ou
inconscientemente, como um fragmento isolado, o medo e os conflitos internos e
externos tomam conta da sua vida.
O
maior obstáculo para vivenciar essa realidade é a identificação com a mente, o
que faz com que estejamos sempre pensando em alguma coisa.
Ser incapaz de parar de pensar é uma aflição
terrível, mas ninguém percebe porque quase todos nós sofremos disso e, então,
consideramos uma coisa normal.
O ruído mental incessante nos impede de
encontrar a área de serenidade interior, que é inseparável do Ser. Isso faz com
que a mente crie um falso eu interior que projeta uma sombra de medo e
sofrimento sobre nós.
A
identificação com a mente cria uma tela opaca de conceitos, rótulos, imagens,
palavras, julgamentos e definições, que bloqueia todas as relações verdadeiras.
Essa tela se situa entre você e o seu eu interior, entre você e o próximo,
entre você e a natureza, entre você e Deus.
É essa tela de pensamentos que cria uma ilusão
de separação, uma ilusão de que existem você e um "outro" totalmente
à parte.
Esquecemos o fato essencial de que, debaixo do nível das aparências
físicas, formamos uma unidade com tudo aquilo que é.
Se
for usada corretamente, a mente é um instrumento magnífico. Entretanto, quando
a usamos de forma errada (dominado pela emoção), ela se torna destrutiva.
Para ser ainda mais preciso, não é você que
usa a sua mente de forma errada. Em geral, você simplesmente não usa a mente. É
ela que usa você. Essa é a doença. Você acredita que é a sua mente. Eis aí o
delírio. O instrumento se apossou de você.
É
quase como se algo nos dominasse sem termos consciência disso e passássemos a
viver como se fôssemos a entidade dominadora.
A
LIBERDADE COMEÇA quando você percebe que não é a entidade dominadora, o
pensador. Saber disso permite observar a entidade. No momento em que você
começa a observar o pensador, ativa um nível mais alto de consciência.
Começa
a perceber, então, que existe uma vasta área de inteligência além do pensamento
e que este é apenas um aspecto diminuto da inteligência. Percebe também que
todas as coisas realmente importantes, como a beleza, o amor, a criatividade, a
alegria e a paz interior, surgem de um ponto além da mente.
Você
começa a acordar.
LIBERTANDO-SE
DA SUA MENTE
A
boa notícia é que podemos nos libertar de nossas mentes. Essa é a única
libertação verdadeira. Dê o primeiro passo neste exato momento.
COMECE
A OUVIR a voz na sua cabeça, tanto quanto puder. Preste atenção principalmente
a padrões repetitivos de pensamento, aquelas velhas trilhas sonoras que você
escuta dentro da sua cabeça há anos.
E
isso o que quero dizer com "observar do pensador". E um outro modo de
dizer o seguinte: ouça a voz dentro da sua cabeça, esteja lá presente, como uma
testemunha (Presença Divina).
Seja
imparcial ao ouvir a voz, não julgue nada. Não julgue ou condene o que você
ouve, porque fazer isso significaria que a mesma voz acabou de voltar pela
porta dos fundos.
Você logo perceberá: lá está a voz o pequeno eu
ou ego, ou personalidade e aqui estou eu
verdadeiro, ouvindo-a e observando-a.
Sentir
a própria presença não é um pensamento, é algo que surge de um ponto além da
mente.
Assim,
ouvir um pensamento significa que você está consciente não só do pensamento,
mas também de você mesmo, como uma testemunha daquele pensamento. Uma nova
dimensão da consciência acabou de surgir.
ILUMINAÇÃO:
ELEVANDO-SE ACIMA DO PENSAMENTO
No
processo de crescimento, construímos uma imagem mental de nós mesmos, baseada
em nosso condicionamento pessoal e cultural. Podemos chamar isso de "o
fantasma pessoal do ego".
Consiste em uma atividade mental e só pode ser
mantido através do pensar constante. A palavra "ego" tem sentidos
diferentes para pessoas diferentes, mas aqui significa um falso eu interior,
criado por uma identificação inconsciente com a mente.
Para
o ego, o momento presente dificilmente existe. Só o passado e o futuro são
considerados importantes. Essa total inversão da verdade explica por que, para
o ego, a mente não tem função.
O
ego está sempre preocupado em manter o passado vivo, porque pensa que sem ele
não seríamos ninguém.
E se projeta no futuro para assegurar a
continuação da sua sobrevivência e buscar algum tipo de escape ou satisfação lá
adiante.
Ele
diz assim: "Um dia, quando isso ou aquilo acontecer, vou ficar bem, feliz,
em paz."
Mesmo
quando o ego parece estar preocupado com o presente, não é o presente que ele
vê, porque constrói uma imagem completamente distorcida, a partir do passado.
Ou
então reduz o presente a um meio para obter o fim desejado, um fim que sempre
consiste em um futuro projetado pela mente. Observe sua mente e verá que é
assim que ela funciona.
O
momento presente tem a chave para a libertação. Mas você não conseguirá
percebê-lo enquanto você for a sua mente.
A
iluminação significa chegar a um nível acima do pensamento. No estado
iluminado, continuamos a usar nossas mentes quando necessário, mas de um modo
mais focalizado e eficiente.
Assim, utilizando nossas mentes com objetivos
práticos, não ouvimos mais o diálogo interno involuntário e sentimos uma
serenidade interior.
Quando
usamos de fato nossas mentes e, em especial, quando necessitamos de uma solução
criativa, há uma oscilação, de segundos, entre o pensamento e a serenidade,
entre a mente e a mente vazia.
O estado de mente vazia é a consciência sem o
pensamento. Só assim é possível pensar criativamente, porque somente desse modo
o pensamento tem alguma força real.
O pensamento sozinho, quando não mais
conectado com a área da consciência, que é muito mais ampla, rapidamente se
torna árido, doentio e destrutivo.
EMOÇÃO:
A REAÇÃO DO CORPO À MENTE
A
mente, no sentido em que emprego o termo, não é apenas pensamento. Ela inclui
nossas emoções, assim como todos os padrões de reações mentais e emocionais
inconscientes.
A emoção nasce no lugar onde a mente e o corpo se encontram. É a
reação do corpo à nossa mente ou, podemos dizer, um reflexo da mente no corpo.
Quanto
mais identificados estivermos com nosso pensamento, com as coisas que nos
agradam ou não, com nossos julgamentos e interpretações, ou seja, quanto menos
presentes estivermos como consciência observadora, mais forte será a carga de
energia emocional, tenhamos ou não consciência disso.
Se você não consegue
sentir as suas emoções, se as mantém a distância, terminará por senti-las em um
nível puramente físico, como um sintoma ou um problema físico.
SE
VOCÊ TEM dificuldade de sentir suas emoções, comece concentrando a atenção na
área de energia interior do seu corpo. Sinta o seu corpo lá no fundo. Essa
prática colocará você em contato com as suas emoções.
Se
quisermos conhecer mesmo a nossa mente, o corpo sempre nos dará um reflexo
confiável. Portanto, observe a sua emoção, ou melhor, sinta-a em seu corpo.
Se
houver um aparente conflito entre os dois, a verdade estará na emoção e não no
pensamento. Não a verdade definitiva sobre quem você é, mas a verdade relativa
ao estado da sua mente naquele momento.
Mesmo
que você ainda não seja capaz de trazer a sua atividade mental inconsciente
para um estado de consciência sob a forma de pensamento, ela estará sempre
refletida no seu corpo como uma emoção, e isso você pode passar a perceber.
Observar
uma emoção assim é o mesmo que ouvir ou observar um pensamento. A diferença é
que o pensamento está na sua cabeça, enquanto a emoção, por conter um forte
componente físico, se manifesta em primeiro lugar no corpo.
Você
pode permitir que a emoção esteja ali, sem deixar que ela assuma o controle.
Você não é mais a emoção. Você é o observador, a presença que observa.
Ao
praticar isso, tudo o que está inconsciente será trazido à luz da sua
consciência.
HABITUE-SE
A PERGUNTAR o que está acontecendo com você neste exato momento. Essa questão
lhe indicará a direção certa. Mas não analise, apenas observe. Concentre sua
atenção dentro de você. Sinta a energia da emoção.
Se
não há emoção presente, concentre sua atenção mais fundo no campo da energia
interna do seu corpo. Essa é a porta de entrada para o Ser. Eckhart Tolle
Postado por
Dharmadhannya
Psicoterapeuta Transpessoal
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desde que seja mencionado a fonte:
Agora
Coloque a mão no seu coração
e sinta o fogo do amor Divino
da sua Alma no seu coração.
Que ela ascenda a liberação do dharma
no seu coração.
Envie este amor para o seu lar, para
a sua vida,
para tudo e para todos.
Eu sou a Fonte.
Passe para frente com o seu
amor à Chama Trina da Cura,
Purificação e da
Liberação.
Repassando à Chama Violeta da Liberdade, da
Purificação e da Liberação
se puder repasse...
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