domingo, 4 de outubro de 2015

Há 50% de chance da criança se tornar um adulto obeso.






 GABRIELA KAPIM responde

Há 50% de chance de se tornar um adulto obeso. Essa
é a realidade das crianças que estão acima do peso. Após
os 12 anos, o risco sobe pra 6Q%!É bom ficar muito atenta
a essa questão, pois já sabemos que a obesidade está relacionada
ao surgimento de diabetes, hipertensão, doenças do
coração...

Tenho um enteado de 5 anos e meu marido usa a comida como recompensa ou castigo: se ele se comporta, ganha chocolate; se escova os dentes sem birra, tem sobremesa. Se não come todo o jantar, fica sem TV. Não acho isso muito certo. Como convencê-lo?

Os valores da alimentação saudável e os motivos pelos quais deve-se comer bem precisam ser construídos a partir de questões coerentes. Quando se oferece um chocolate - ou qualquer outra besteira - em troca de um bom comportamento, o motivo real que leva as crianças a agirem dessa forma perde totalmente o sentido e o chocolate acaba ganhando uma importância que não deveria ter.

 Por outro lado, quando usamos a comida como uma forma de castigar a criança, como no caso "se não comer todo o jantar, fica sem TV", ela passa a criar uma relação bastante ruim com o alimento.

 Na cabecinha dela, é culpa da comida ela ficar sem ver TV. E não é! Mais uma vez, criam-se valores deturpados envolvendo a alimentação. E as consequências a longo prazo não são nada boas. Podemos relacionar alguns transtornos alimentares, como anorexia e obesidade, com esse mecanismo de usar sempre a comida como castigo ou recompensa.


Na estrutura de recompensa, a criança acaba aprendendo que toda vez que quiser alguma coisa, é só comer tudo para ter o que quer. Assim, todas as atitudes dela passam a ser motivadas e/ou estimuladas pelo ato de comer, podendo levar à obesidade.

 Já quando se usa a alimentação como castigo, o resultado é o oposto: a criança pode criar uma relação de aversão à comida, já que ela lhe traz situações bem ruins e desagradáveis. Uma das consequências pode ser a perda do apetite, podendo chegar até a uma anorexia.

Uma criança deve comer bem porque é fundamental para a manutenção da saúde dela. Uma criança precisa se comportar ao ir a um consultório médico porque é isso que se espera de uma criança educada. Esses, sim, são os valores que devem ser entendidos pelos pais e passados para seus filhos.

PARTICIPAÇÃO
É TUDO!
Se seu filho disser que não gosta de salada de espinafre, por exemplo, pegue um livro de receitas e, juntos, escolham um prato que leve
esse ingrediente, mas de uma outra forma, como num suflê, numa torta ou numa sopa. E mais: leve o pequeno com você para a cozinha.

Assim, ele se sentirá muito mais motivado a experimentar!
Gabriela Kapim é nutricionista infantil e trabalha há 16 anos ajudando a criançada a se alimentar melhor. Há dois anos apresenta o programa Socorro!

Meu Filho Come Mal, do canal pago GNT.
É também coautora do livro que leva o mesmo nome da atração (Editora Leya, R$ 25,90).
Envie suas perguntas para Gabriela Kapim  AnaMaria 25 de setembro de 2015



Postado por Dharmadhannya
Psicoterapeuta Transpessoal

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