Treinando com atenção
sua memória.
4 dicas infalíveis para
melhorar sua memória
Escrito por Liliane
Prata
mdemulher.abril.com.br/claudia
Sedentarismo, dieta
errada, depressão e pouco treino intelectual influenciam no (mau) funcionamento
do cérebro. Veja como reverter esses efeitos e turbinar sua capacidade de
gravar informações
O vencimento da fatura
do cartão de crédito, o nome daquela atriz (aquela, daquele filme), o título do
último livro que você leu... Às vezes parece que as informações são deletadas
da sua cabeça sem aviso prévio? As falhas da memória são consequência do passar
do tempo, sim, mas não só.
“Diabetes, hipertensão e problemas da
tireoide, assim como déficit de vitaminas e depressão, se não controlados,
comprometem o desempenho cerebral”, explica a neurologista Sonia Brucki,
professora da Universidade de São Paulo.
Quem quer melhorar a memória precisa manter a
saúde em dia e se empenhar em treinar o cérebro – e esse é um dos principais
ensinamentos de Nelson Dellis, quatro vezes campeão da memória nos Estados
Unidos (onde existe uma competição que mede o potencial de recordação dos
participantes). A seguir, quatro dicas para turbinar a memória.
1. Treine seu cérebro
Nelson Dellis, campeão
da memória, dá sua receita: “Quando quero memorizar algo, o primeiro passo é
prestar atenção”, afirma ele, que leva a sério as recomendações quanto a
alimentação, exercícios e bem-estar já mencionadas. Em seguida, ele indica
algumas de suas estratégias.
Suponhamos que você precise decorar o nome de
alguém e suas feições.
Crie uma história entre elas – Isabel,
digamos, que se parece com sua tia, detesta o próprio nome. Então visualize-as
discutindo sobre isso.
Ela grita, brava: “Detesto me chamar Isabel!”
Use suas
sensações: você fica assustada com os gritos. Inverossímil? “É útil criar cenas
exageradas. Como aquela imagem se destaca das outras, é mais facilmente
armazenada pelo cérebro”, ele diz.
Também ajuda situar a cena imaginária em um
cômodo da sua casa ou outro ambiente familiar. Outra estratégia: aproveite
momentos livres (como o trânsito) para “repassar” dados que precisa guardar –
como a apresentação de um projeto.
2. Desafie o raciocínio sempre
Leitura, palavras
cruzadas, quebra-cabeças e mesmo discussões sobre política e atualidades
exercitam nossa capacidade de guardar dados.
“Se alguém trabalhou como advogado a vida
inteira e, depois da aposentadoria, deixa de ter atividades intelectuais, a memória
e a concentração são prejudicadas”, alerta Sonia Brucki.
Quer dizer, para manter o cérebro em pleno
funcionamento é preciso desafiar o raciocínio constantemente. E, para
desenvolvê-lo, essas atividades são essenciais também, como notou o engenheiro
Antônio Carlos Guarini Perpétuo, fundador da Supera, rede de escolas baseadas
na “ginástica cerebral”.
O conceito por trás dessa rede é estimular o
cérebro po
r meio de exercícios que permitem restabelecer e turbinar suas
conexões. Perpétuo decidiu apostar nisso depois que notou a diferença que o
treino com o ábaco, calculadora manual da Antiguidade, tinha feito pela
capacidade de concentração e aprendizado de seu filho, então com 9 anos.
3. Leve uma vida saudável
Quem faz atividade
física tem 35% menos risco de declínio cognitivo do que os sedentários, aponta
estudo publicado no Journal of Internal Medicine. O prato também conta – e
muito.
Alimentos como nozes, azeite e tomate (típicos da dieta mediterrânea)
são ricos em ômega 3, gordura monoinsaturada e licopeno, respectivamente, que
retardam a oxidação das células como um todo, inclusive os neurônios.
“Vinho tinto de qualidade e sem exageros e
alimentos integrais também fazem diferença”, complementa o nutrólogo Durval
Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia.
Outro componente
especialmente benéfico para a memória, descobriu-se recentemente, é o DHA,
presente no ômega 3. Ele pode ser encontrado em peixes de água fria, como
salmão e atum, ou em suplementos – com orientação médica.
“A suplementação é
contraindicada para quem tem problemas de coagulação”, avisa Ribas Filho.
4. Mantenha o astral alto
“A depressão causa um
rebaixamento da capacidade neuronal”, alerta o psiquiatra Luís Gustavo Buzian
Brasil. Com isso, atividades cerebrais, como memória e atenção, ficam
comprometidas e a pessoa tem maior dificuldade de se lembrar de fatos antigos e
(por causa da atenção menor) recentes.
“Períodos de tristeza
não patológica também prejudicam a concentração”, avisa o especialista. “A
pessoa sente um desânimo que acaba diminuindo sua capacidade de focar.” Segundo
ele, se a sensação se prolonga por mais de três semanas, já é motivo para
procurar um médico – remédios e psicoterapia podem ajudar.
Mas nem só os casos extremos influenciam no
funcionamento do cérebro. “Seguir a vida com bom humor e leveza, assim como ver
amigos com frequência e participar de atividades em grupo, é importante para o
bem-estar”, aponta Sonia. Quanto melhor a pessoa estiver se sentindo, maiores
as chances de ter suas funções mentais a pleno vapor.
Postado por Dharmadhannya
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