Aprendendo a meditar – atenção plena e consciência.
A meditação é muito importante para o encontro com a alma,
principalmente para aquele que é dispersivo, impulsivo e sem concentração. No
início pode ser difícil, mas insista e aprenda a comandar a sua mente e a sua
vida.
Se você é muito agitado, hiperativo - a dança , a natação, a caminhada,
Shi Kung ou o canto de mantra, poderá ser muito útil. Cada um tem um caminho, um
ritmo.
Quando você controla e observa suas emoções, você controla sua mente e não é levado manipulado pelo outro, pelo ambiente.
Dharmadhannya
Aprendendo a meditar – atenção Plena
Você pode
começar agora, sozinho. Mas se o fizer, insisto fortemente para que em algum
momento você faça um retiro de forma a poder fazer a um professor qualificado
quaisquer perguntas que possa ter a respeito da prática da meditação.
Apresentarei
a seguir várias instruções básicas para as duas abordagens, a prática da
tranquilidade e a plena consciência, que irão ajudá-lo a começar sozinho.
No
início, você pode meditar apenas por poucos minutos. Mas como uma prática
cotidiana, faça uma sessão de pelo menos dez a 20 minutos. Se puder, procure
chegar a meia hora — ou mais.
Você
pode se sentar em uma cadeira ou, se estiver acostumado, em uma almofada no
chão. Procure manter as costas em uma postura que não seja rígida demais, mas
que também não seja excessivamente relaxada a ponto de deixá-lo sonolento.
Você
pode meditar de olhos fechados ou abertos; se os mantiver abertos, não olhe ao
redor; deixe apenas seu olhar descansar em um ponto não muito distante à sua
frente.
Para
iniciar cada um dos métodos, leia primeiro as instruções e depois tente fazer o
exercício sozinho.
Plena consciência da Respiração
Enquanto
vivemos, estamos sempre respirando. Meditar sobre a respiração significa
simplesmente manter a atenção no processo natural da respiração, sem tentar
modificá-lo de maneira alguma.
Focalize
a atenção no local do seu corpo onde você sente mais claramente a respiração.
Pode ser onde você nota o subir e descer do abdômen ou do peito a cada
respiração; pode ser nas narinas, onde você sente o movimento do ar enquanto
inspira e expira.
Sempre
que sua atenção divagar e se afastar da respiração, lembre- se de refazer a
conexão com o ritmo e a presença naturais da sua respiração.
Recomece
a cada nova respiração, permanecendo plenamente consciente enquanto a
respiração aparece e se torna conhecida.
Permaneça
consciente durante toda a sequência de inspirar, expirar e fazer uma pausa
entre as respirações. Depois da observação inicial, sustente a percepção... A
continuidade da atenção fortalece a plena consciência.
Permaneça
com a respiração no movimento natural dela, enquanto cada uma se revela de uma
maneira única, sentindo as sensações de cada respiração com rigor e precisão.
As
vezes a respiração pode ser mais longa, às vezes mais curta, às vezes rápida,
às vezes profunda.
Deixe
sua atenção permanecer com essas mudanças naturais, observando as nuanças das
sensações que se modificam enquanto surgem e desaparecem.
Relaxe
em cada respiração, estando com ela exatamente como ela é, sem tentar alterá-la
de nenhuma maneira, renovando sua percepção a cada respiração.
Focalize
a atenção no início da respiração, e sustente a atenção durante toda a
respiração, uma respiração de cada vez, conectando e sustentando sua atenção a
cada nova respiração, permanecendo consciente de como ela é de momento a
momento, conectando-se com o início da respiração quando ela surge na sua
percepção. Sustente essa percepção até o início da respiração seguinte.
Use
a respiração como um ponto de apoio para sua atenção, um lugar para onde voltar
sempre que sua mente divagar. Quando você notar que sua atenção divagou, apenas
traga-a de volta para a respiração.
Prática do insight ou Vipassana
Comece
este método mantendo a atenção na respiração, como no exercício anterior.
Expanda
depois gradualmente sua percepção e inclua seus outros sentidos; finalmente, concentre-se
no que aparecer na sua percepção.
Para
o aprendizado desta prática, é útil expandir primeiro uma percepção consciente
dirigindo-a para os sentidos, um a um.
Posteriormente,
você poderá se engajar na percepção espontânea, permanecendo consciente de
qualquer coisa que apareça naturalmente na abertura da percepção.
Comece
com os sons. Expanda seu campo de percepção e inclua os sons à medida que eles
espontaneamente chamam sua atenção para eles, afastando-a da respiração.
Deixe
a atenção se voltar para os sons — simplesmente ouça-os, sem pensar sobre a
origem deles. Tome consciência dos sons à medida que eles aparecem e
desaparecem nesse campo aberto de percepção.
Observe
os sons sutis em segundo plano, prestando mais atenção às sutilezas. Ou então permaneça
mais com os sons óbvios, os de primeiro plano, quando eles surgirem em seu
campo auditivo.
A
medida que você for tomando consciência dos sons, simplesmente tome
conhecimento deles de uma maneira espontânea.
Enquanto
você estiver percebendo os sons, fique consciente também das suas reações a
eles. Quer eles o impressionem como agradáveis ou desagradáveis, permaneça
consciente das suas reações sem julgá-las, agarrar-se a elas ou
resistir-lhes... simplesmente sem nenhuma preferência.
A
medida que os sons apareçam ou desapareçam, tome consciência da mente que
conhece, estando presente ao surgimento dos sons à medida que eles naturalmente
aparecem.
Quando
um som deixar de captar sua atenção, volte ao objeto básico da meditação, a
respiração.
Deixe
sua percepção se expandir de forma a incluir as sensações físicas à medida que
elas vão aparecendo naturalmente.
Quando
as sensações se tornarem predominantes e afastarem sua atenção da respiração,
concentre toda a atenção na sensação, observando quaisquer mudanças que possam
ocorrer nela ao mesmo tempo em que sustenta a percepção.
Expanda
a percepção da sensação de respirar de forma a incluir qualquer sensação que
você note em todo o corpo. Concentre toda a atenção na qualidade da sensação —
formigamento, tensão, vibração —, bem como no que acontece enquanto você
observa.
Verifique
quão precisamente você consegue perceber cada sensação à medida que ela
aparece no campo aberto da sua percepção. Permaneça consciente de quaisquer
reações às sensações, de qualquer apego ou resistência, de qualquer reação
agradável ou desagradável.
Permaneça
com as sensações efetivas que você estiver sentindo, notando precisamente a
qualidade das sensações enquanto elas surgem, mudam e desaparecem.
O
que acontece enquanto você sente a sensação? Ela se torna mais intensa? Fica
mais fraca? Desaparece?
Fique
simplesmente presente, sem tentar modificar a sensação, sem fazer avaliações ou
distinções, deixando que ela apareça e desapareça, acompanhando com a
percepção suas mudanças naturais.
Conserve
a mente que conhece sobre a parte do corpo onde estiver ocorrendo a sensação.
Se você tomar consciência de sensações
dolorosas, ajuste a percepção para sentir diretamente a qualidade da dor, quer
ela seja ardência, latejo ou formigamento. Seja qual for a sensação, fique
particularmente consciente das reações de aversão ou resistência quando as
tiver.
Quando
as sensações gradualmente desaparecerem ou deixarem de captar sua atenção,
volte a se conectar com a sensação da respiração.
Quando
pensamentos intensos afastarem sua atenção da respiração, tome consciência dos
pensamentos quando eles surgirem na sua mente.
Não
persiga os pensamentos, deixando-se arrastar pelo seu encadeamento de ideias,
nem resista a eles; permaneça simplesmente atento, à medida que eles forem
surgindo na esfera da sua percepção.
As
vezes, os pensamentos encerram padrões repetitivos e familiares.
E importante
apenas tomar consciência do surgimento dos pensamentos, sem pensar o pensamento
nem se envolver com o conteúdo dele.
Se
não tomamos consciência dos pensamentos, eles se tornam lentes sobre a nossa
percepção. Interpretamos nossa experiência através dos nossos pensamentos — dos
conceitos, avaliações e julgamentos deles — em vez de estarmos com a
experiência como ela realmente é, sem as cores dos nossos pensamentos.
Observar
cuidadosamente nossos pensamentos nos permite perceber onde somos apanhados por
eles. Se pudermos observar nossos pensamentos da maneira como um pastor vigia
um rebanho de ovelhas — atento, porém sem se envolver com o processo —, eles
não durarão muito e, com o tempo, surgirão menos pensamentos.
Através
da plena consciência, podemos perceber com mais clareza a natureza impessoal
deles, sem nos identificarmos com o pensador, deixando que nossos pensamentos
se dissolvam como ondas que retornam à consciência.
Deixe
a mente como ela é, em uma percepção aberta...
Os
pensamentos são como nuvens que se deslocam pelo vazio do céu, surgindo e
desaparecendo na vastidão aberta da mente. Deixe que eles venham e deixe que
eles partam...
Quando
você dirige para eles a percepção consciente, os pensamentos aparecem e se
dissolvem como bolhas na água. Os pensamentos não são sólidos; eles têm apenas
a aparência de solidez por causa do poder que lhes conferimos.
Se
você permanece consciente enquanto os pensamentos surgem na sua percepção, eles
revelam sua natureza vazia e finalmente se dissolvem. Deixe que desapareçam por
si mesmos, sem nada acrescentar a eles. Caso você se envolva demais em pensar
os pensamentos, pode religar-se a qualquer momento à sensação da respiração.
Faça
a mesma coisa com as imagens mentais — trate-as exatamente como você trata os
pensamentos, deixando que elas surjam na percepção e depois desapareçam por si
mesmas...
As emoções
Quando
as emoções surgirem na sua percepção, fique atento à qualidade delas,
claramente reconhecendo e aceitando as emoções exatamente como elas são, sem
resistência, julgamentos ou preferências...
Quando
você estiver consciente dos estados mentais, é importante permanecer em um modo
receptivo. Olhe abertamente, com interesse.
Veja
se consegue reparar com precisão que emoção está sentindo e quaisquer emoções
subjacentes, sem se perder no encadeamento de ideias dos pensamentos que
acompanham os sentimentos.
Permita
que exista uma abertura para você sentir as emoções exatamente como elas
aparecem, e uma aceitação da presença delas.
Permita
que exista equanimidade enquanto você vivência a emoção, para que ela não se
torne o filtro através do qual você percebe e sim uma plena percepção do
sentimento. Faça isso sem se deixar arrastar para a realidade da emoção.
As
emoções acrescentam as qualidades de prazer ou desprazer a que a mente percebe.
Elas podem condicionar a mente a se agarrar a experiências agradáveis, resistir
às desagradáveis ou ficar entediada a as neutras.
Independentemente da emoção,
simplesmente deixe que permaneça no seu campo de percepção, sem persegui-la.
No
caso das emoções mais persistentes, você pode se abrir a uma investigação
consciente, refletindo sabiamente sobre a natureza do próprio sentimento, sem
pensar ativamente nele nem se envolver na história, mantendo uma percepção
aberta e investigadora.
Você
experimenta a emoção com mais força ou clareza em algum lugar específico do corpo?
Tome consciência dos efeitos da emoção na mente.
Quando
conseguimos reconhecer clara e abertamente uma em emoção, nosso relacionamento
com ela se modifica, não somos dominados, manipulados pelo outro.
Não mais temos que resistir ou nos agarrarmos a ela. Em
vez disso, podemos aprender a aceitá-la com uma percepção clara e não-reativa.
Se
a emoção for desagradável, se houver uma reação ou aversão contra ela, fique
consciente desses estados mentais e relaxe em uma percepção aberta.
Primeira parte segue depois a 2
Este texto é resultado de uma pesquisa inspirado em vários autores mestres do assunto.
Postado por Dharmadhannya
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Agora
Coloque a mão no seu coração e sinta o fogo do amor
Divino da sua Alma no seu coração.
Que ela ascenda a liberação do dharma no seu coração.
Repassando à Chama Trina da Cura, Purificação e
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