Como identificar a psicopatia infantil.
Há uma frase que diz: “Não
são todos os que estão, nem estão todos os que são”. Quer dizer que, nem todos
os que estão em um hospital psiquiátrico são loucos e nem todos os loucos estão
em um hospital psiquiátrico.
Há psicopatas em todas as
partes: dirigindo um transporte público, administrando uma empresa ou
governando um país. Onde menos se espera pode haver alguém com uma psicopatia:
um transtorno de personalidade antissocial .
Claro que isso não significa necessariamente
que essas pessoas sejam más, apenas não sentem empatia pelos outros nem remorso
pelos seus atos. Eles vivem pelas suas próprias regras e só sentem culpa quando
rompem com o seu código de conduta.
Para os psicopatas as
pessoas são coisas, objetos que servem para satisfazer seus interesses. Se na
sua programação não estiver machucar o outro, não o farão. E poderão viver em
comunidade porque entendem os códigos sociais. Eles se adaptam. O terrível
acontece quando eles não conseguem evitar de fazer o mal.
Mas a maioria não comete
crimes, ainda que não tenham vergonha de mentir, manipular ou machucar para
conseguir o que têm em mente.
Quando cometem crimes, de um ponto de vista penal, como estão conscientes dos
seus atos, são responsáveis.
Mas, ao contrário de um réu normal, não existe
a possibilidade de correção de sua conduta, assim a reabilitação é baseada em
uma forma de vida que possa lhes trazer benefícios e evitar outros danos.
Seres humanos normais
aprendem muito cedo na vida a evitar comportamentos antissociais, porque eles
são punidos por isso e também porque eles possuem circuitos cerebrais para
associar o medo da punição (sentimento da emoção) à supressão do comportamento.
Este parece ser um elemento chave no desenvolvimento da personalidade.
20 MANEIRAS DE DETECTAR UM
PSICOPATA
Faceta interpessoal:
1. Eles têm uma boa
oratória e charme. São simpáticos e conquistadores num primeiro momento.
2. Têm uma autoestima
exagerada. Se acham melhores que os outros.
3. São mentirosos
patológicos. Mentem principalmente para conseguir benefícios ou justificar suas
condutas.
4. Têm comportamento
manipulador. E, se forem inteligentes o bastante, os outros não perceberão esse
comportamento psicopata.
Faceta afetiva:
5. Não sentem remorso ou
culpa. Nunca ficam em dúvida.
6. Quanto à afetividade,
são frios e calculistas. Não aceitam as emoções, mas conseguem simular
sentimentos se for necessário.
7. Não sentem empatia. São
indiferentes. E até podem manifestar crueldade.
8. Têm uma incapacidade
patológica para assumir responsabilidade pelos seus atos. Não aceitam os seus
erros. Eles raramente procuram ajuda psicológica, porque acham que o problema é
sempre dos outros.
Faceta estilo de vida:
9. Necessitam de estímulo
constante. Ficam aborrecidos facilmente.
10. Gostam de um estilo de
vida parasitário.
11. Agem
descontroladamente.
12. Não têm metas a longo
prazo. Vivem como nômades, sem direção.
13. Eles se comportam
impulsivamente. Com ações recorrentes que não são premeditadas. Junto com a
falta de compreensão das consequências de suas ações.
14. São irresponsáveis.
Faceta antissocial:
15. Tendem a ser delinquentes
na juventude.
16. Demonstram problemas
de conduta desde a infância.
17. Tiveram a revogação de
sua liberdade condicional.
18. Eles têm versatilidade
para a ação criminal. Eles preferem golpes e delitos que requerem a manipulação
de outros.
Outros não incluídos em
nenhuma das facetas:
19. Têm tendência a uma
vida sexual promíscua, com vários relacionamentos breves e ao mesmo tempo.
Gostam de falar sobre suas conquistas e proezas sexuais.
20. Acumulam muitos
casamentos de curta duração. Não se comprometem por muito tempo por ter que
manter um vínculo.
Estes itens formam o
método popular chamado de PCL (Psychopathy Checklist) desenvolvido por Robert
Hare, PhD em Psicologia e professor da Universidade de British Columbia no
Canadá.
Cada atributo recebe uma pontuação de zero a
dois, e para o diagnóstico correto se adiciona uma entrevista semiestruturada e
a análise do histórico do paciente. Segundo Hare, um por cento da população é
psicopata.
Pode acontecer mesmo em
uma idade precoce. Segundo o psiquiatra forense John MacDonald há uma tríade
que poderia indicar uma futura personalidade psicopática: crueldade com
animais, piromania e a incontinência urinária persistente depois dos quatro ou
cinco anos de idade.
Crianças também podem ser psicopatas: mentiras são
sinais da doença
Primeiros alvos dos
portadores da doença são a mãe, irmãos e animais de estimação (3)
Maria tem seis anos e
adora se divertir. Entre suas brincadeiras preferidas, estão enfiar agulhas nos
animais de estimação da família, e também chutar os genitais do irmão menor.
Maria poderia ser apenas uma complexa personagem de um filme ou romance, mas é
uma menina de verdade, e que recebeu um diagnóstico de seu psiquiatra: a
maldade que permeia os atos que pratica não é algo inerente à infância, mas,
sim, uma doença sem cura. Maria é uma pequena psicopata.
Embora as formalidades
médicas impeçam que a menina seja chamada desta maneira oficialmente — antes
dos 18 anos, denomina-se “transtorno de conduta”, de acordo com a Associação
Americana de Psiquiatria —, o fato é que Maria se enquadra na grande maioria
dos fatores usados para identificar a doença, sendo o mais marcante deles a
ausência de empatia — psicopatas não conseguem se colocar no lugar dos outros e
sentir o que eles sentem.
Ao longo de muito tempo,
se questionou se é possível mesmo que meninos e meninas nasçam malvados, ou se
a crueldade seria invariavelmente fruto do ambiente ou da criação. O
neurologista Ricardo de Oliveira Souza é categórico na resposta.
— É claro que é possível.
Existem crianças que nascem más, que serão más, e não há nada que possamos
fazer para modificar este comportamento. A sociedade é romântica e tem
dificuldade em aceitar esta possibilidade. Mas, sinto muito, é assim que
funciona.
Para a psicanalista Júlia
Bárány, a psicopatia surge desde que o bebê vem ao mundo, como foi o caso de
Maria, a garota que desde muito cedo torturava animais e o próprio irmão.
No
geral, explica a especialista, os primeiros sinais se manifestam junto com o
desenvolvimento da interação com as pessoas, e o alvo elementar de uma criança
psicopata é quase sempre a própria mãe.
— Ela faz de tudo para
irritar a mãe porque tem prazer com isso. Se a criança descobriu que a mãe fica
perturbada com alguma coisa específica, ela vai fazer justamente aquilo para
provocar. Ela tem todas as reações de uma criança birrenta, mas, neste caso,
não é birra, e sim indício de que não há nenhuma conexão com o outro.
Estima-se que haja 69
milhões de psicopatas no mundo, e que as taxas do transtorno variem entre
0,5% a 3%. De acordo com dados do estudo americano The epidemiology of
antisocial behavior in childhood and adolescence (A epidemia do comportamento
antissocial na infância e na adolescência, em tradução livre), de 1991, a
psicopatia é mais comum em crianças do sexo masculino, independentemente da
idade.
Seja em meninos ou
meninas, o transtorno é diagnosticada por meio de critérios de uma lista com 15
possibilidades de comportamento, utilizada pelos psiquiatras.
Mas, de acordo
com Ricardo de Oliveira, mesmo antes do teste definitivo os médicos já acendem
o sinal de alerta ao se deparar com dois sintomas muito característicos da
psicopatia: a desconsideração por regras e hierarquia, e a agressão física
contra os pares.
Sintomas
Crianças psicopatas não
reagem a castigos, por exemplo. Cometem os erros, e, mesmo depois de receber
uma punição por eles, acabam reincidindo ao repetir a mesma falta, como explica
a psicanalista Júlia.
— Ela não aprende o que é
certo ou errado.
Pode até parar de fazer aquilo, mas só porque não quer o
castigo de novo, e não porque entendeu a lição. São crianças que agridem os
irmãos. Não têm compaixão, e podem machucar animais de maneira extrema,
estraçalhando-os. A criança psicopática mente mesmo quando não precisa. Todas
as crianças mentem para escapar da bronca, para não magoar os pais, mas as
psicopáticas mentem porque isso faz elas se sentirem dominando o ambiente.
Elas
não têm nenhum problema em fazer alguma coisa errada, elas não se arrependem,
isso não as afeta.
Além do comportamento
dentro de casa, Júlia alerta que é preciso que os pais também fiquem atentos à
conduta dos filhos na escola.
— Uma criança psicopata
pode causar muitos danos. Já ouvi casos extremos como o de uma que colocou uma
bomba na secretaria para explodir os documentos, porque não queria que suas notas
ruins fossem conhecidas pelos pais.
Claro que nem toda criança
levada, seja no ambiente escolar ou em casa, é necessariamente uma criança
psicopata, mas o inverso é certo: adultos psicopáticos foram, com toda certeza,
garotas ou garotos complicados.
A única situação em que o
diagnóstico da psicopatia infantil pode ser duvidoso é em casos de abuso ou
maus tratos. Indícios da doença podem, na verdade, ser uma reprodução de
experiências vividas previamente pela criança, conforme explica Júlia.
— A criança pode imitar o
que fizeram com ela. O psiquiatra tem que ter uma atitude quase como de um
detetive, vendo com cuidado o histórico da criança na família, se há casos de
maldade camuflada gerando uma criança traumatizada e não psicótica. No entanto,
quando os traços psicopáticos aparecem em um ambiente familiar saudável, é
preciso ficar de olho.
Maria, a menininha que
abre este texto, hoje em dia já é adulta e apresenta uma psicopatia controlada,
aproveitando sua rotina estável em casa, nos Estados Unidos. Mas, ainda durante
a infância, levou uma vida complicada, com limitações impostas pela doença.
À noite, era obrigada a
dormir trancada dentro do próprio quarto. A atitude drástica dos pais foi
tomada quando o casal percebeu que todos na casa, do irmão a eles mesmos,
corriam risco de morte com a menina solta pela casa na madrugada.
O medo
aumentou ainda mais depois que pai e mãe descobriram que as facas de cozinha
que haviam desaparecido de uma gaveta tinham sido, na verdade, furtadas por
Maria em um momento de distração da família.
— A pessoa já nasce
psicopata, ela não se torna um psicopata. Há um único caso na literatura médica
de um paciente com as mesmas reações de psicopata, mas apenas após ter seu
cérebro perfurado por um objeto afiado que atingiu uma região responsável pela
conexão das emoções. No psicopata, esta área é inoperante porque o cérebro
deles não processa as emoções.
Estudos em gêmeos
idênticos e não idênticos criados separadamente desde cedo apontam uma herança
maior que 50%, o que significa que o trasntorno pode ser transmitido entre
parentes, de acordo com o que explica o neurologista Oliveira Souza.
Se
vasculhadas suas gerações anteriores, famílias com crianças psicopatas muito
provavelmente apresentarão outros membros também afetados pela psicopatia, de
pais e mães a até tios, avós e bisavós.
Oliveira Souza define o
diagnóstico da psicopatia infantil como “maldito”.
— Não vejo como esta
notícia não ser preocupante e mesmo desesperadora para a família.
A agonia de ouvir as
palavras de um médico em casos como este se deve, principalmente, ao fato de
que a psicopatia é uma doença sem cura. A psicanalista Júlia Bárány explica
que, embora até hoje não se tenha encontrado um tratamento, existem
medicamentos que ajudam no controle do transtorno.
— Dá para dar remédios que
acalmam um pouco a excitabilidade do psicopata, porque ele é uma pessoa que
está sempre em busca de emoções fortes que machuquem o outro. Como ele morre de
tédio, tem uma vida muito maçante porque é um ser sem emoções, ele busca tê-las
ao ver o outro sofrer.
Os especialistas avaliam
que, além da ação farmacológica, a disciplina rígida também é de suma
importância no controle do comportamento de crianças psicopatas, já que,
segundo eles, são indivíduos incapazes de ser ensinados a se portar dentro do
que é aceito pela sociedade, como reforça Júlia.
— Os pais têm que ficar
alertas 24 horas por dia. Se perceberem que há algum perigo, têm que proteger
todo mundo, inclusive eles mesmos. Infelizmente é uma vida que sai do curso
normal de uma família.
Na sociedade já ficou
instituído, graças a Hollywood, a ideia de que todos os psicopatas são como
Hannibal Lecter ou Dexter, encantadores, com certeza. Mas é claro que não é
preciso esquartejar alguém para ser louco. Assim, é melhor estar ciente das
pessoas ao seu redor. Que não esteja sendo vítima de uma manipulação
enlouquecida e ainda não ter se dado conta. (1)
Por que os sociopatas têm estas características? Os
seus cérebros são diferentes daqueles das pessoas normais? Eles exibem
alterações patológicas?
Muitos estudos têm mostrado nos últimos 20 anos que
assassinos e criminosos ultraviolentos têm evidências precoces de doença
cerebral.
Por exemplo, em um estudo, 20 de 31 assassinos
confessos e sentenciados possuiam diagnósticos neurológicos específicos. Alguns
dos presos tinham mais que um distúrbio, e nenhum sujeito era normal em todas
as esferas.
Entre os diagnósticos, estavam a esquizofrenia,
depressão, epilepsia, alcoolismo, drogadicto, demência alcoólica, retardamento
mental, paralisia cerebral, injúria cerebral, distúrbios dissociativos e
outros. Mais de 64% dos criminosos pareciam ter anormalidades no lobo frontal.
Quase 84% dos sujeitos tinham sido vítimas de severo
abuso físico e/ou sexual. O grupo de assassinos incluiu membros de gangues,
sequestradores, ladrões, assassinos seriais, um sentenciado que tinha matado
seu filho pequeno, e outro que assassinara seus três irmãos.
Em outro estudo realizado no Canadá em 1994, no grupo
mais violento de 372 homens presos em um hospital mental de segurança máxima,
20 % tinham anormalidades focais temporais do EEG, e 41% tinham alterações
patológicas da estrutura do cérebro no lobo temporal.
As taxas
correspondentes para o resto do grupo violento foram de 2.4 % e 6.7 %,
respectivamente, sugerindo assim um papel importante para os danos neurológicos
na gênese das personalidades violentas, em uma proporção de 21:1 para
agressivos habituais, e de até 4:1 (quatro vezes mais que na população normal),
no caso de agressivos incidentais (uma única vez).
O estudo
conclui: "nós propomos que, embora tais discrepâncias não sejam
suficientes para confirmar a neuropatologia como uma causa univariada da
agressão criminosa, também não é razoável supor que sejam meram artefatos do
acaso."
De acordo com os autores Nathaniel J. Pollone e James
J. Hennessy, "Vários estudos em um período de mais de 40 anos sugeriram
uma incidência relativamente alta de neuropatologia entre os criminosos
violentos, muitas vezes acima daquele encontrado na população em geral, em
taxas que excedem de 31:1 no caso de homicidas acidentais." (35 Annual
Meeting of the Academy of Criminal Justice Sciences, Albuquerque, NM, 14 março,
1998).
Ainda que este tenha sido sempre um assunto muito
controvertido, muitos pesquisadores acham que existem fortes argumentos à favor
de um substrato da doença cerebral presente em criminosos violentos; e que isto
tem consequências importantes para muitas coisas, desde do ponto de vista da
lei, até a perspectiva de uma prevenção efetiva e do tratamento da sociopatia.
1. http://id.discoverybrasil.uol.com.br/
2.http://www.mortesubita.org/
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