“(...) as imperfeições morais e mentais dão azo
à ação
dos Espíritos obsessores.” (0 Livro dos Médiuns, AIlan Kardec,
item 252.)
Tal como acontece quando nos apresentamos com
predisposição para um mal físico qualquer, assim também
ocorre no campo espiritual.
Pensamentos e estados emocionais negativos criam zonas
Pensamentos e estados emocionais negativos criam zonas
mórbidas em nosso campo mental, facultando a inoculação de
pensamento alheio, que, virulento - por ser de teor inferior, age em nós como
se fora uma afecção mental, instalando-se em
decorrência o processo obsessivo.
Somente existe a obsessão porque há
endividados,
criaturas que se procuram através dos tempos para acertar os
débitos do passado.
Companhias Espirituais
“(.,.) criando imagens fluídicas, o
pensa-
mento se reflete no envoltório perispirítico,
como num espelho; toma nele corpo e aí de
certo modo se fotografa. (...) Desse modo é que
os mais secretos movimentos de alma
repercutem no envoltório fluídico; que uma
alma pode ler noutra alma como num livro e
, ver o que não é perceptível aos olhos do
corpo.”
(.A Gênese, Allan Kardec, cap. XIV, item
15.)
A uma
simples vibração do nosso ser, a um pensamento
emitido, por mais secreto nos pareça, evidenciamos de
imediato a faixa vibratória em que nos situamos, que terá pronta
repercussão naqueles que estão na mesma frequência vibracional.
Assim, atrairemos aqueles que comungam conosco e que se
identificam com a qualidade de nossa emissão mental.
Através desse processo, captando as nossas
intenções,
sentindo as emoções que exteriorizamos e “lendo” os nossos
pensamentos é que os Espíritos se aproximam de nós e, não raro,
passam a nos dirigir, comandando nossos atos. Isso se dá
imperceptivelmente.
Afinizados conosco, querendo e pensando
como nós, fácil se torna a identificação, ocorrendo então que
passamos a agir de comum acordo com eles, certos de que a sua
é a nossa vontade - tal a reciprocidade de sintonia existente.
Não entraremos na questão do livre-arbítrio,
sobejamente conhecida dos espíritas. Sabemos que a nossa vontade é livre
de aceitar ou não estas influenciações. Que a decisão é sempre de nossa
responsabilidade individual.
O importante é meditarmos a respeito de quanto
somos
influenciáveis, e quão fracos e vacilantes somos. O Espiritismo,
levantando o véu dos mistérios, nos traz a explicação clara
demonstrando-nos a verdade e, através desse conhecimento, nos
dá condições de vencer os erros e sobretudo de nos preservarmos
de novas quedas.
Fácil é pois, aos Espíritos, nos dirigirem.
Isto acontece
com os homens em geral, sejam eles médiuns ostensivos ou não.
E que, como médiuns, todos somos sensíveis a
essas
aproximações e ninguém há que esteja absolutamente livre de
influenciações espirituais.
Escolher
a nossa companhia espiritual
é de nossa exclusiva responsabilidade. Somos livres para a opção.
No passado, sabemo-lo hoje, escolhemos o lado
das
sombras, trilhando caminhos tortuosos, tentadores, e que nos
pareciam belos. Optamos pelo gozo material, escolhendo a
estrada do crime, onde nos chafurdamos com a nossa loucura,
enquanto fazíamos sofrer os seres que de nós se aproximavam.
Eis a opção que a vida nos faculta agora.
Escolha
consciente, amadurecida. Escolha feita por quem já sabe e
conhece. Por isto mesmo muito mais responsável.
O jugo dos obsessores só é possível em razão da
desarmonia vibratória de suas presas, que só alcançarão a
liberdade quando modificarem a própria direção mental.
Certamente recebem, tanto quanto os obsessores,
vibrações
amorosas e equilibradas dos Benfeitores Espirituais, que lhes
aguardam a renovação.
Se a antena do nosso rádio,
estiver conectada com a gratidão, com o amor, as energias magnéticas negativas
não serão compatíveis com o nosso campo áurico e ficam na periferia esperando
nossos deslizes para a escuridão. A depressão abre a porta dos nossos
adversários, porque perdemos contato com a vida da alegria e entramos no mundo
dos obsessores infelizes e vingativos.
Espíritos endividados e compromissados
entre si mesmos, através de associações tenebrosas, de idêntico
padrão vibratório, se aglomeram em certas regiões do Espaço, obedecendo à
sintonia e à lei de atração, formando hordas que
erram sem destino ou se fixam temporariamente, em cidades, colônias, núcleos,
enfim, de sombras e trevas.
As drogas, a bebida alimentam com
o nosso ectoplasma a ligação com os obsessores - fique alerta contra o vício, ele nos arrasta
para a decadência moral, mental e física.
Tais núcleos têm
dirigentes, que se proclamam juízes, julgadores, chamando a si a
tarefa de distribuir “justiça” aos Espíritos igualmente culpados e
também devotados ao mal, ou endurecidos pela revolta e pela
descrença.
As várias expressões de um
mesmo problema “(...) existem problemas obsessivos em
várias expressões, como os de um encarnado
sobre outro; de um desencarnado sobre outro;
de um encarnado sobre um desencarnado e,
genericamente, deste sobre aquele.” — Manoel
Philomeno de Miranda.
O que é a obsessão
“A obsessão é a ação persistente que um
Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos,
desde a simples
influência moral*, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação
completa do organismo e das faculdades mentais.”
(O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan
Kardec, cap. XXVIII, item 81.)
Obsessão - do latim obsessione. Impertinência,
perseguição,
vexação. Preocupação com determinada idéia, que domina
doentiamente o espírito, e resultante ou não de sentimentos
recalcados; idéia fixa; mania.[1]
Vulgarmente a palavra obsessão é usada para significar
ideia fixa em alguma coisa, gerando
um estado mental doentio,
daí podendo advir manias, cacoetes, atitudes estranhas.
Entre nós, espíritas, o termo tem acepção mais
profunda, tal como foi colocado pelo Codificador. Confrontando a significação
vulgar do vocábulo e a definição de Kardec, verificaremos
que a “preocupação com determinada ideia, que domina doentiamente o espírito”,
pode também resultar da certeza da culpa existente nos recessos da mente,
denotando realmente
“perseguição” a traduzir-se na presença do obsessor que vem
desforrar-se do antigo algoz ou comparsa.
Esclarece ainda o mestre lionês: (...) “a
obsessão decorre
sempre de uma imperfeição moral, que dá ascendência a um
Espírito mau.” (...)
“Quase sempre a obsessão exprime vingança
tomada por
um Espírito e cuja origem frequentemente se encontra nas
relações que o obsidiado manteve com o obsessor, em precedente existência.”
Obsessão - cobrança que bate às portas da alma
— é um
processo bilateral. Faz-se presente porque existe de um lado o
cobrador, sequioso de vingança, sentindo-se ferido e injustiçado, e de outro o
devedor, trazendo impresso no seu perispírito as
matrizes da culpa, do remorso ou do ódio que não se extinguiu.
A obsessão, tanto vista do ângulo do obsidiado
quanto
do prisma do obsessor, somente ocorre porque os seres humanos
ainda carregam em suas almas mais elevada taxa de sombras que de luz. Enquanto
isso ocorrer, haverá obsessores e obsidiados:
o domínio negativo de quem é mentalmente mais forte, sobre o mais fraco; do
credor sobre o devedor. E haverá algozes e vítimas.
Tal estado de coisas unicamente se harmonizará
quando
existirem apenas irmãos que se amem.
Resumindo, diremos: configura-se a obsessão toda vez
que alguém, encarnado ou desencarnado, exercer sobre outrem constrição mental
negativa - por um motivo qualquer - através
de simples sugestão, indução ou coação, com o objetivo de
domínio — processo esse que se repete continuamente, na Terra ou no Plano
Espiritual inferior. E, por conseguinte, teremos o
obsessor e o obsidiado.
Você pode perceber traços da obsessão em sonhos
repetitivos, de perseguição, de ódio, de brigas com um adversário ou com
muitos.
Gradação das obsessões
“E assim que somos, por vezes, loucos temporários, grandes obsidiados de
alguns minutos,
alienados mentais em marcadas circunstâncias
de lugar ou de tempo, ou, ainda, doentes do raciocínio em crises periódicas,
médiuns lastimá-
veis da desarmonia, pela nossa permanência lon-
ga em reflexos condicionados viciosos, adquirin-
do compromissos de grave teor nos atos menos
felizes que praticamos, semi-inconscientemen-
te, sugestionados uns pelos outros, porquanto,
perante a Lei, a nossa vontade é responsável em
todos os nossos problemas de sintonia.”
(.Mecanismos da Mediunidade, André Luiz,
psicografia de Francisco Cândido Xavier e
Waldo Vieira, cap. XVI.) í
O problema da obsessão reside, principalmente, no estado de sutileza em
que possa apresentar-se, de tal forma que não é detectada com facilidade,
passando muitas vezes inteiramente despercebida.
São influenciações espirituais sutis que levam
a pessoa
visada a procedimentos dos quais se arrependerá, provavelmente, quando
conseguir refletir com algum equilíbrio.
Não se julgue que, debaixo de tais influências,
as
criaturas ajam como verdadeiras marionetes, completamente
destituídas de vontade própria. Ocorre que os obsessores valem--se de processos
com os quais acionam intenções recônditas, desejos imanifestos, ocultos nos
refolbos do ser, mas que eles
captam, açulando-os.
O mais
corriqueiro é que a pessoa se deixe
levar pelo seu lado negativo, já que as sombras ainda têm maior o campo de
domínio nos seres humanos.
Não damos, na maioria das vezes, importância
alguma
aos nossos estados emocionais, que oscilam bastante. Se
ponderarmos, iremos constatar que, para o desequilíbrio de
nossas emoções, pequeninos nadas tornam-se agentes poderosos e fazem vacilar a
nossa aparente serenidade interior, levando-nos a estados de visível turvação
mental.
E, sobretudo, no cotidiano, que se patenteiam
tais
possibilidades, mascaradas, comumente, com o nome de “gênio
forte”.
E com
essa desculpa - aceita e generalizada por outros
tantos seres humanos com igual “fortaleza de gênio” — que
procuramos justificar nossos desvios de caráter, quando
assomamos a esta porta com a nossa má-formação íntima a
expressar-se na irritação, no mau humor, na ira, na maledicência, e tantos
outros procedimentos negativos.
Dependendo da intensidade desses estados é que
nos
iremos mostrar aos olhos de todos como doentes da alma, cuja insanidade
temporária deixa entrever a nossa indigência espiritual.
Alienados por breves ou longos momentos, somos
tal qual
um vulcão em erupção a vomitar lavas e estilhaços da matéria que constitui o
nosso mundo interior, vinculados a outros seres
cm análoga situação, medianeiros todos nós da desarmonia, do desequilíbrio e da
loucura.
O que se depreende da advertência de André Luiz
é que
somos os únicos responsáveis pelas sintonias infelizes do nosso
hoje, graças sempre ao longo caminho de vícios que
palmilhamos ontem.
Ação e reação. Causa e efeito. Hoje, choramos
ao peso
das aflições que nós mesmos semeamos. Agora, reclamamos pelos padecimentos
obsessivos que nos atormentam a alma.
Somos os atormentadores, agora atormentados, como nos fala. Manoel Philomeno de
Miranda.
Invigilância: a porta
para a obsessão
“Estai de sobreaviso, vigiai e orai; porque
não sabeis quando será o tempo” — Jesus.
(Marcos, 13:33.)
A existência
dos fatores predisponentes — causas cármicos — facilitam a aproximação dos
obsessores, que, entretanto,
necessitam descobrir o momento propício para a efetivação da sintonia completa
que almejam.
Este momento tem o nome de invigilância. E a porta que
se abre para o mundo íntimo, facilitando a incursão de
pensamentos estranhos, cuja finalidade é sempre o conúbio
degradante entre mentes desequilibradas, o inevitável encontro entre credor e
devedor, os quais não conseguiram resolver suas
divergências pelos caminhos do perdão e do amor.
É o instante em que o cobrador, finalmente,
bate às portas da alma de quem lhe deve. E, sempre o faz, nessas circunstâncias,
pela agressão, que poderá vir vestida de sutilezas, obedecendo a um plano
habilmente traçado ou de maneira frontal para atordoar e desequilibrar de vez a
vítima de hoje.
Momentos de invigilância existem muitos. Todos
os
temos em incontáveis ocasiões.
Citaremos alguns dos estados emocionais que
representam invigilância em nossa vida: revolta, ódio, ideias negativas de
qualquer espécie, depressão, tristeza, desânimo, pessimismo, medo, ciúme,
avareza, egoísmo, ociosidade, irritação, impaciência, maledicência, calúnia, fúria,
inveja, desregramentos sexuais, vícios -
fumo, álcool, tóxicos, etc.
Adverte-nos Scheilla: “Toda vez que um destes sinais
venha a surgir no trânsito de nossas ideias, a Lei Divina está
presente, recomendando-nos a prudência de parar no socorro da
prece ou na luz do discernimento.”
Um momento de invigilância pode ocasionar
sérios pro-
blemas, se este for o instante em que o obsessor tentar conseguir a sintonia de
que necessita para levar avante os seus planos de
vingança.
Convém ressaltar que um minuto ou um instante
de
medo, revolta, impaciência, etc., não significa necessariamente que a pessoa
esteja obsidiada. Mas, sim, que uma ocasião destas
poderá ser utilizada pelo obsessor como ensejo que ele aguarda para insuflar na
vítima as suas ideias conturbadas.
Desde que estes estados de invigilância passem
a ser constantes, repetindo-se e
tornando-se uma atitude habitual, aí obviamente
estará configurada a predisposição
para o processo obsessivo.
Recordemo-nos de que qualquer ideia fixa
negativa que
venha a nos perturbar emocionalmente, é sempre sinal de alarme, ante o
qual deveremos fazer valer em nossa vida o sábio ensinamento do Mestre: “Estai
de sobreaviso, vigiai e orai; porque não
sabeis quando será o tempo.” Suely Caldas
Schubert
Eu fiz um resumo do texto.
Pesquisado por Dharmadhannya
Haja luz para compartilhar para o bem de todos.
Agradeço se ao compartilhar você cite a fonte. Vamos nos unir no Centro para
compartilhar para o bem de todos.
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