A Sabedoria Huna
AS
FIXAÇÕES SÃO TRAZIDAS DE VIDAS ANTERIORES?
EXISTEM
OBSESSÕES POR ESPÍRITOS NÃO DETECTADAS?
reencarnação
Em todas
as formas de psicanálise, conforme foi dito, os terapeutas dependem não somente
dos sonhos, mas também dos pensamentos que ocorrem aos pacientes (em uma
condição de relaxamento físico), permitindo que a mente possa vagar à vontade,
uma ideia levando a outra, por livre associação.
As coisas que vêm à mente dos pacientes nestas
condições são como sonhar acordado e são estudadas da mesma forma que os sonhos
tidos enquanto adormecidos, para descobrir neles símbolos ou outros indícios
que possam ajudar a identificar as lembranças de acontecimentos causadores de
complexos.
O
paciente muitas vezes imagina cenas, pessoas, lugares e experiências que são
quase tão reais para ele como seus sonhos e os descreve a seu analista, como faria
com os sonhos. Por causa da clareza destas impressões e porque frequentemente parecem
ser tão fiéis à vida, despertam uma perplexidade muito interessante.
Deveriam
os sonhos acordados serem considerados como invenção da imaginação ou alguns
deles como lembranças trazidas de acontecimentos e circunstâncias relacionadas
com vidas passadas do paciente?
Freud
inclinava-se à opinião de que tanto o sonho da noite como o do dia, da espécie
mencionada, eram baseados na imaginação e não eram experiências.
Como
tal, pôs-se a analisar ambos como “estruturas psicológicas” na suais podiam
estar ocultos símbolos que apontariam a origem do complexo ou fixação.
Mais
tarde, quando Jung separou-se dos princípios freudianos, parece que pensava que
esta teoria dificilmente seria suficientemente boa para explicar a questão.
Jung sugeriu que cada um de nós podia herdar,
através dos genes, uma porção da “memória racial”, e por causa disto parecemos
lembrar acontecimentos de nossa própria vida passada, que realmente aconteceram
nas vidas dos antepassados da raça.
Supunha
que estas lembranças eram comuns a todos da mesma raça e não experiências reais
e individuais de qualquer paciente. Esta teoria parece tê-lo interessado
enormemente, pois está dedicando seus derradeiros anos (1) à pesquisa, através
de lendas e escritos medievais, para tentar encontrar o significado dos símbolos
e arquétipos na história da raça.
Outros
analistas têm falado e escrito sobre a evidência que têm encontrado de que os
acontecimentos vividos através encarnações passadas do individuo estavam sendo
relembrados.
Os investigadores da Sociedade de Pesquisa
Psíquica já tinham aberto o caminho nesta direção e muitos deles tinham se
tornado convencidos de que a reencarnação é um fato e que as memórias de vidas
passadas às vezes são relembradas.
O Sr. Hubbard, em sua última pesquisa (chamada
de Cientologia) adota esta postura.
Vamos
tomar abreviadamente um dos relatos mais recentes e convincentes sobre testes
destinados a explorar a questão combinada de encarnações passadas e fixações,
transportadas delas.
Estes testes foram realizados por volta de
1945 por uma famosa médium e investigadora, Geraldine Cummins, trabalhando e
escrevendo com o Dr. R. Connell, na Inglaterra. (Veja seu livro “Cura pela
Percepção”) (2). A srta. Cummins descobriu, pelo uso dos sentidos psíquicos,
que muitas doenças estranhas e problemas mentais em vários membros de uma certa
família antiga da Inglaterra, pareciam surgir de lembranças trazidas de vidas
passadas.
Esta família era judia e os terrores da
perseguição tornaram as lembranças duradouras de uma vida para outra,
especialmente da vida imediatamente anterior.
Cito do livro: “Esta narrativa (contando uma
circunstância especial na vida de um paciente), subentende-se, justifica a
suposição de que, na avaliação das ações de outros, as lembranças legadas a
eles, provindas do passado, deviam ser investigadas e avaliadas, antes que
qualquer julgamento final possa ser declarado sobre elas.
Os
temores, as perseguições, as noites de horror, as câmaras de tortura, os
túmulos silenciosos de amigos e parentes injustamente abatidos — quaisquer de
tais experiências de acontecimentos na vida de antepassados indubitavelmente
pode estender sua influência do passado;
e afetar as ações dos descendentes no
presente, particularmente se tais descendentes sofrerem choques ou traumas
(mentais) menores de uma natureza análoga.
Portanto, um ato de covardia, como é concebido
popularmente, pode ter sido iniciado por algum terrível e insistente impulso do
passado esquecido que, desconhecido e inexplicado, condenou muitos homens ao opróbrio
de seus companheiros.
“Os
atributos psicológicos, assim como os físicos, são herdados, modificados ou
agravados, à medida que cada geração passa, conforme os genes que os
transportam sejam dominantes ou recessivos.
Terrores
quase incompreensíveis para alguns de nós, têm suas raízes nutridas por
horrores esquecidos. Mãos mortas se estendem do passado e moldam o presente. No
futuro, estendem seus dedos ávidos e torcem e distorcem nossas decisões e
destinos.
E nós, antropóides cegos, com demasiada frequência
pensamos que as decisões são nossas tão somente nossas que as conquistas bem sucedidas
de nossas vidas são inteiramente de nossa própria modelagem. Que os crimes e
falhas dos outros são assuntos para condenação desqualificada”.
A
transmissão de resultados terminais de relação causada por terríveis
experiências de pai para filho, é comentada pelos escritores na discussão de
outro caso:
“Não se
pode contemplar a agonia atual da raça humana sem nos esforçarmos para avaliar
algumas de suas conseqüências, em relação às gerações que ainda estão por vir”.
O Dr. Connell conta sobre a assistência a uma criança do sexo masculino que
veio ao mundo após a primeira Guerra Mundial.
O pai da
criança tinha passado nove meses de trabalho em uma mina de carvão alemã, como
um prisioneiro de guerra. Durante aquele período em que esteve na mina de carvão,
nunca viu a luz do dia; sofreu de forma inenarrável, física e emocionalmente,
sendo perseguido pelo medo.
Até que seu filho alcançasse a idade de 10
anos, tinha tal horror a todas as visitas que sempre se escondia sob uma cama
ou uma mesa, quando chegavam estranhos e sempre que o médico era chamado. Sua
doença era um pesadelo para ambos.
Nasceu com um complexo dominante de terrível
medo, e mesmo agora, vinte anos mais tarde e a despeito da criação mais
cuidadosa, tem um olhar apavorado. Uma filha, nascida quatro anos mais tarde,
puxou a mãe e não teve tal herança”.
Em
algumas escolas de psicanálise pensa-se que, a partir do momento da concepção,
há algum meio pelo qual o embrião sente e lembra-se de palavras pronunciadas
pelos pais, especialmente se houver muita emoção ou alguma dor sentida na
ocasião desta recordação. Os fatos parecem confirmá-los e a Huna pode dar uma
explicação.
Somente
o eu básico, em seu corpo aka ou etérico, está ligado ao embrião. Como o eu
médio só começa a desempenhar seu papel na infância algum tempo após o
nascimento, todas as palavras e outras impressões são lembradas pelo eu básico
e somente por ele — resultando que tais lembranças não são submetidas à luz
corretora da razão do eu médio.
Elas
assim permanecem na forma de lembranças cegas e ocultas que mais tarde causam
estranhos medos ou outras reações mentais. Em quase todos os casos, os impulsos
à ação, causados por estas fixações, tendem a causar doenças físicas, se os
impulsos forem frustrados e reprimidos.
No caso do
menino mencionado acima, podia ser explicado que, conquanto herdasse, através
dos genes, as características mentais que podiam responder a temores
semelhantes, a causa real da seus terrores podia bem ter sido os quadros
desenhados com muita emoção pelo pai, na presença da mãe grávida, ao recordar
suas experiências e terrores.
O eu básico, sendo ilógico, reagiria
literalmente às palavras como compulsões, não relacionadas a acontecimentos
reais ou a seu lugar no tempo.
Uma
possibilidade que nos atrai em nosso estudo dos métodos kahunas parece ter sido
esquecida por muitos dos estudantes destes assuntos. E a idéia de que os
espíritos dos mortos se ligam aos vivos e os forçam a lembranças de suas
próprias vidas no corpo.
Os psicólogos estudaram tais manifestações e
classificaram os espíritos ligados como “partes divididas” do espírito
residente ou personalidade. Sob a influência da sugestão hipnótica, as
“personalidades secundárias” (ou espíritos, conforme sejam) foram trazidas à
superfície e conversaram com eles.
Muitos têm suas próprias lembranças da vida no
corpo, e quase sempre tentam influenciar a pessoa que é sua vítima, impondo
pensamentos, emoções e impulsos nela, ou à noite levando o corpo em expedições
sonâmbulas.
Frequentemente lembram da angústia de sua
morte na vida terrena, suas doenças, dores e tristezas e fazem aparecer
sintomas e emoções correspondentes a elas naquele a quem se ligaram e de cujas
forças vitais se alimentam, para ter força de vontade suficiente para exercer
uma forma de comando hipnótico, em muitos casos.
Parece
natural que os espíritos de antepassados selecionem membros das gerações
seguintes como sua vítima ou hospedeiro.
Neste
caso, podemos contar com lembranças e reações compulsoras que são impostas aos
vivos e que — devido a que a fonte parece ser seu próprio ser interior— produz
a crença de que experiências de uma vida passada estão sendo transportadas de
suas próprias vidas ou vidas passadas, não da vida terrena de algum espírito
ancestral ligado a si.
Os
psiquiatras modernos estão plenamente cientes de todas as aparências exteriores
das influências dos espíritos, começando com as influências muito leves e intermitentes
e terminando em completa obsessão.
Contudo,
como é tabu ser tão pouco científico a ponto de admitir que poderia haver tal coisa
chamada de espírito, ou uma sobrevivência após a morte, ou um conjunto de
lembranças trazidas de uma vida passada, os sintomas que têm sido conhecidos
por muitos séculos e que são devidos a espíritos obsessores, têm sido simplesmente
recatalogados e recebem novos nomes.
Sob o nome de “Obsessão” no Dicionário
Freudiano de Psicanálise já citado, esta questão está bem ilustrada:
“Obsessão:
As obsessões são sempre censuras reemergindo em uma forma transmutada sob
repressão — censuras que são invariavelmente relacionadas com um ato sexual
realizado com prazer na infância ... Dois componentes são encontrados em toda
obsessão: (1) uma idéia que se impõe sobre o paciente: (2) um estado emocional
associado a ela”.
Deve-se
notar que Freud tomou nota cuidadosamente sobre a força compulsiva do
pensamento. Ele, naturalmente, relacionou-a a um pensamento sexual reprimido —
mas certamente, na obsessão, podia ter sido forçada sobre o paciente por um
espírito.
Também notou a mudança no estado emocional do
paciente, adequada ao pensamento compulsivo. Fica aberta a questão sobre se o
pensamento despertou a emoção ou, o que seria mais provável, se provindo de um
espírito — se a emoção também veio de um espírito e não foi gerada no paciente.
Atos e cerimoniais obsessivos foram atribuídos
por Freud à parte inconsciente da mente porque, a despeito da razão e lógica, o
paciente é incapaz de resistir ao impulso de fazer certas coisas.
Nos
hospitais mentais de hoje (tirando os pacientes cujos cérebros foram
prejudicados por doença ou venenos como o álcool), a esquizofrenia, ou
“personalidade dividida” é a responsável pela maioria dos casos.
Choques, “stress”, tensão, fixações — quase
tudo que enfraquece o indivíduo no nível mental e da “vontade” pelo consumo
demasiado de seu mana — pode abrir caminho para as “personalidades secundárias”
se manifestarem em maior ou menor grau.
O
tratamento por choque elétrico, insulina ou outras drogas é um remédio popular
e embora duro para o paciente, frequentemente
é eficaz. (Os 216 kahunas usavam um tratamento por choque de mana há
muitos tempos atrás, como já mencionado).
De todos
os psiquiatras com treino médico, somente um, que eu saiba, realmente
reconheceu a obsessão pelo que é. Ele se separou das tradições científicas
limitadoras de sua profissão, para abrir caminho, ao descobrir melhores meios
de expulsar estes “espíritos maléficos” ou “demônios”, que eram tão bem
conhecidos dos kahunas da Polinésia e que são tão freqüentemente mencionados na
Bíblia.
Este
homem era o Dr. CarI Wickland, um americano, que durante todos os últimos anos
de sua vida dedicou seu tempo e atenção aos ângulos obsessionadores e
negaram-lhe tanto reconhecimento quanto atenção.
Contudo,
realizou um trabalho pioneiro de uma ordem avançada, obteve excelente resultado
em muitos casos, e deixou um notável registro de suas descobertas, teorias e
métodos em seus livros, sendo o mais conhecido o seu “Trinta Anos entre os
Mortos” (*)
Seu
método era o de desalojar espíritos obsessores ou “encostos” de seus pacientes
por um choque de eletricidade estática.
O espírito era orientado para entrar no corpo
da Sra. Wickland, (que era uma paranormal) e lá falava-se com ele,
persuadindo-o a deixar o paciente em paz e entregue a bons espíritos “guias”,
para que cuidassem dele ou o forçassem a mudar seus caminhos.
Era um
método inteiramente não-científico, mas muitas curas foram feitas e muito
auxílio foi prestado aos sofredores.
Uma vez
que os kahunas das ordens de cura eram ou paranormais treinados ou usavam um
paranormal como assistente, constantemente estavam buscando espíritos que se
houvessem ligado a vivos e estivessem causando algum grau de doença ou
perturbação mental.
Estes espíritos, porque invariavelmente
retiravam mana dos vivos para fortalecê-los, eram chamados de “companheiros
devoradores” pelos kahunas e em todos esforços para curar um paciente,
procuravam-no e se encontrado, eram removidos, assim como eram complexos.
A técnica observada para a retirada de maus
“espíritos era, conforme relatado antes, o acúmulo de uma carga de choque de
mana muito grande e o uso dela, associado a um tipo de sugestão hipnótica para
desalojar o espírito obsessor.
O Eu Superior do kahuna também recebia
suficiente mana para sua ajuda na operação, quando era solicitado a cooperar.
Estava sempre disponível, também, a poderosa cooperação do Poe Aumakua.
Os
complexos e os maus espíritos, “coisas roendo-nos por dentro” eram colocados
juntos na mesma classificação de pecados, assim como os atos de ferimento
cometido aos outros ou erros na boa conduta.
E é importante declarar novamente, todos estes
elementos que entravam na composição do pecado eram basicamente maus, porque
faziam o eu básico da pessoa doente ou obsessionada recusar-se a realizar o contato
com o Eu Superior.
Uma vez que a recusa resultava em uma senda
bloqueada para o Eu Superior e a fim de obter a cura, era necessário abrir o
caminho, sendo a primeira etapa essencial a de corrigir as coisas que tornavam
o eu básico bloqueado.
Encontramos
no Novo Testamento muitas referências ao trabalho de expulsar maus espíritos,
como uma prática de cura. Pouco se sabe sobre o tratamento anterior de Jesus,
mas pelo que ele fez e ensinou, é evidente que era um membro da mais alta ordem
de cura, como dos kahunas.
Enquanto curava e ensinava seus discípulos a
curar, como parte de seu ministério, seus ensinamentos são do maior valor na
reconstrução da antiga tradição, nesta época tão distante. Ele e seus
discípulos enfatizaram o papel desempenhado nas doenças por maus espíritos e os
retiravam dos pacientes, a fim de trazer a cura. Algumas vezes os maus
espíritos eram chamados de “demônios”.
No Velho
Testamento, a palavra “diabo” aparece somente quatro vezes na versão King
James. No original hebraico, as palavras usadas eram sairim e shedim, ambas
usadas duas vezes e significando, respectivamente (conforme consta na versão
revisada) bodes ou sátiros e demônios.
O Diabo,
ao contrário, era um anjo caído, Satã, o “Príncipe das Trevas”, que se
acreditava ser apenas um pouco menos poderoso que Deus. Recebeu o título de “O
Adversário” e “O Tentador”. No Novo Testamento, é narrado que Jesus lutou com
Satã e foi tentado por ele em seu disfarce de “Príncipe das Trevas”.
Um pouco
dessa confusão pode ser esclarecida voltando à religião mais antiga, a Huna.
Nela, símbolos belos e muito eficazes eram usados para apresentar idéias
básicas que iam dos conceitos magnificentes e vagos, tais como os envolvidos na
teoria da Criação, até os conceitos básicos comuns, tais como os três eus do
homem, maus espíritos, pecado em geral etc.
A
Criação do universo era, na Huna, simbolizada como uma luta titânica entre a
Luz e a Treva. Ambas eram simbolizadas e personificadas. A Luz era a Suprema
Inteligência e Bem. A Treva era falta de inteligência, estupidez, inércia, a
geração e lugar de morada do mal — de tudo que fosse adversário da Bondade.
A Treva
personificada era vencida pela Luz personificada e o resultado era a Criação.
Contudo, a luta não terminava.
Através
de toda evolução ascendente das coisas criadas, incluindo o homem, a luta entre
a Treva e a Luz continuava, como o conflito de grandes poderes sombrios e
elementais e como fragmentos daqueles poderes existentes nos corações dos
homens, continuando a luta em uma escala menor.
A Treva era, simbolicamente, dividida em
partes menores, que eram capazes de penetrar em todos os homens e dirigir os
maus, assim como todos os espíritos de homens maus — permanecendo estes
maléficos e presos a níveis terrenos após a morte física.
Por outro lado, a Luz era representada como os
Eus Superiores, um para cada homem, para ser sua Luz e guiá-lo para fora dos
caminhos da escuridão.
Um dos
mais recompensadores esforços ao longo desta linha de procurar entender a
natureza composta do pecado, aconteceu no trabalho de traduzir para a língua
polinésia o desnorteante significado contido na estória do Jardim do Edem.
Muitas pessoas hoje pensam que isto é uma alegria, não uma declaração de um fato
histórico sobre pessoas específicas e um lugar geográfico. E a estória de todo
homem que “cai” do seu estado natural de contato com seu Eu Superior.
A
narrativa tem sido encontrada não somente nos escritos bíblicos, mas ao redor
do mundo, contada em muitas línguas e em muitas versões. Era propriedade comum
das civilizações, que se centralizavam no Oriente Próximo, há séculos atrás.
Parece haver pouca dúvida de que é originária dos kahunas dos velhos tempos,
pois qualquer dialeto da língua polinésia revela segredos Huna que são
estranhos a qualquer outra língua, povo ou filosofia.
No
Jardim do Eden, como a estória foi registrada no Velho Testamento, havia uma
árvore que foi separada e seu fruto proibido a Adão e Eva. A serpente tentou
Eva para comer do fruto, ela persuadiu Adão a compartilhar dele e foram
expulsos do Jardim.
Ora,
“fruto” é hua, e seu significado secreto é: (1) ser muito ligado ao mal e (2)
brigar, estar zangado, invejar. A “serpente” do Gênesis (como o Satã de Jó, o
HilIel de lsaías e o dragão, tanto de lsaías como do Apocalípse) entende-se
como símbolo da primeira causa do pecado, morte e maldade — e assim, a revolta
contra Deus, a Luz e o Bem. São todos símbolos de “pecado” em Huna e a palavra
moo os engloba a todos.
Esta
palavra significa qualquer tipo de reptil e tem o significado secundário Huna
de “secar”, que é o símbolo de tirar e desperdiçar a “água da vida”, ou mana.
A
serpente, então, era o espírito do tipo “companheiro devorador”: sabemos isso
porque roubava e desperdiçava mana do eu básico — secava-o, de acordo com a
simbologia Huna. Esta serpente tentou Eva. A palavra para “tentar” — walewale
—
significa não somente “tentar” mas também “apanhar na armadilha” e “cilada”.
Isto é importante no entendimento do significado Huna da estória porque a
cilada, a armadilha ou qualquer forma de rede, sempre que mencionada ao
descrever qualquer parte da Huna, é símbolo de um “companheiro devorador”,
espírito obsessor, ou de um complexo.
Conforme
os botânicos modernos nos asseguram, a maçã ainda não existia nos tempos
bíblicos. Ela foi usada por pintores de quadros imaginários representando o
Jardim do Eden, na Europa, muito mais
tarde.
Não foi
declarado no Gênesis que a árvore dava maçãs — era simplesmente “a fruta da
árvore do conhecimento”. Na versão polinésia, contudo, toda evidência aponta
para que a estória tenha sido originada em alguma terra tropical. A árvore era
descrita como a árvore da fruta-pão e perto dela crescia uma árvore ohia, ambas
tropicais.
Ulu é a
palavra para fruta-pão, mas ela tem um surpreendente número de significados
Huna que nos contam diretamente ou por meio de simbolos, sobre a natureza dos
“companheiros devoradores”, o que fazem para seus hospedeiros e o que forçam
seus hospedeiros a executar.
Estes significados mostram-nos aquilo que foi
considerado o mais grave dos pecados da humanidade:
(1) “Ser
influenciado em maior ou menor grau pelos espíritos dos mortos”.
(O pior
seria ser completamente obsessionado por eles).
(2)”Crescer,
em tamanho e força” (Isto mostra o aumento de força dos espíritos, quando retiram
mana de sua vítima — “secando-a”).
(3)”Crescer
em zanga ou em mais mal” (Os espíritos, uma vez tolerados pela vítima e podendo
alimentar-se de seu mana, tornam-se mais e mais poderosos e capazes de forçar
seus maus impulsos sobre a vítima.
Eles se tornam mais e mais capazes de
obsessioná-la e assumir o controle mais completo de seu corpo).
A árvore
ohia, que na versão da Polinésia ou Huna da estória ficava ao lado da árvore de
fruta-pão, nos dá mais significados que corroboram aqueles ocultos em ulu.
(1)”Forçar,
compelir, reprimir”. (Estes descrevem muito bem os métodos e habilidades dos
espíritos “companheiros devoradores”, em relação à sua influência sobre seus
hospedeiros).
(2)”Ser
enganador, mau, pecaminoso e maldâso” (Isto nos esclarece sobre a natureza dos
espíritos).
O
“pecado” de Adão o Eva era o de abrigar maus pensamentos, tão parecidos aos dos
maus espíritos que estavam em acordo com eles ou com mentes semelhantes.
Por esta razão, os eus básicos do homem e
mulher permitiam aos espíritos que se ligassem a eles. Logo começaram a aceitar
suas idéias e impulsos maléficos como sendo seus próprios. Assim foram expulsos
de sua posição alegórica de bondade sem pecado — ou, em outras palavras, da
condição do natural e pleno contato com seus próprios Eus Superiores.
Na
estória do Gênesis, a serpente foi expulsa e uma maldição colocada sobre ela. A
punição de Adão foi a de ser forçado a viver do suor de seu rosto e arar a
terra que Deus tinha amaldiçoado, de modo que nela cresciam cardos e espinhos.
Cardos,
espinhos e arbustos espinhosos, deve-se lembrar, são, em Huna, símbolos ou dos
“companheiros devoradores”, ou dos complexos. (Os kahunas parecem ter usado o
mesmo conjunto de símbolos para ambos, sem dúvida porque os dois produziam os
mesmos sintomas em seus pacientes).
O Jardim
é a condição ideal e normal de vida, quando a pessoa está livre de quaisquer
bloqueios na senda, que aparecem sob titulo de “pecados”, na Huna. A palavra
“jardim” é kihapai. Seus significados secretos devem ser encontrados nas palavras-raízes
das quais é composta. Estas são:
(1) Raiz
ki: “espirrar água”. (Símbolo do envio da sobrecarga acumulada de mana ao Eu
Superior, ao longo do cordão aka de conexão. isto pode ser feito somente quando
o indivíduo está na condição ideal ou normal, na qual seu caminho não está
bloqueado por uma das formas de “pecado”).
(2) Raiz
pai: “Estar atado. em maços, estar em cachos”.
(Símbolo
dos cachos de formas de pensamento ou quadros visualizados da coisa desejada.
Estes cachos são enviados com o fluxo de mana pelo cordão aka, ao Eu Superior,
na prece do tipo Huna).
(3) Raiz
ha: “Respirar profundamente”. (Símbolo de acumular uma sobrecarga de mana. Este
acúmulo geral- mente é acompanhado de respiração mais forte).
(4)
Raízes combinadas em hapai: “Elevar”. (Este é o símbolo do envio ou “elevação”
dos cachos de formas de pensamento para o Eu Superor).
A
narrativa do Gênesis nos conta que depois que Adão e Eva foram expulsos do
Jardim por causa de seus pecados — porque tinham permitido à serpente tentá-los
com sucesso — Deus colocou “Querubins” com “espadas flamejantes” no leste do
Jardim para guardar ou “preservar o caminho para a árvore da vida”.
A
palavra para “espada” é pahi, cujas raízes, pa e hi têm o significado de
“secar” e de “expurgar algo”. O segredo é que a condição ideal, simbolizada
pelo jardim, é protegida pelo Eu Superior contra a intromissão de maus
espíritos.
São
impedidos de tornar-se suficientemente fortes para controlar os vivos, sendo
eles mesmos “secados” ou impedidos de obter mana.
Expurgar
também é “fazer fluir para fora”e fornece uma confirmação do primeiro
significado de que o mana, simbolizado como um fluido, é tirado dos espíritos,
se tiveram algum em sua posse (como terão, se estiverem obsessionando uma
pessoa viva).
O trabalho
de afastá-los e torná-los fracos e inofensivos era realizado pelo Eu Superior.
O “caminho da árvore da vida” que devia ser guardado, simboliza o cordão aka. E
o que deve ser conservado desbloqueado e aberto. Os maus espíritos devem ser
impedidos de causar tal bloqueio.
Através
dos kahunas, aprendemos a grande verdade de que, se caminharmos até o fim da
vida e morrermos sem sermos purificados de nossas fixações, as levamos conosco.
Por
outro lado, pendem como pesadas cargas ao redor do pescoço e impedem o claro
entendimento que normalmente nos permitiria prosseguir e progredir, como se
deveria, nos estágios evolutivos em direção à perfeição.
As fixações e males não corrigidos em nossa
natureza prendem-nos ao nível terreno e tendem a fazer- nos tornar-nos um
“companheiro devorador”.
Há
muitos rituais na Igreja Católica que podem ser relacionados a origens Huna ou
ter sua fonte em idéias e crenças Huna, mesmo se o significado do ritual tenha
sido parcialmente perdido.
Um destes é o ritual da Extrema Unção e os
católicos fazem todo esforço para realizá-lo, com a intenção de obter uma
derradeira e final purificação naqueles que estão prestes a morrer.
O ritual da Confissão com o da Absolvição
deveriam, se adequadamente entendidos e administrados, afastar (e conservar
longe) as fixações, da senda do indivíduo durante a vida e ele prosseguiria
livre, são e desimpedido para a morte.
A Igreja
tem também o ritual do Exorcismo para remover os “companheiros devoradores” e
em cada caso os rituais são realizados com o uso de “água benta”;
mesmo se não se compreende mais que isto
simboliza o invocar do Eu Superior para finalidades de purificação e pressupõe
o auxílio do Eu Superior — que, antecipadamente, deve receber um fornecimento
suficiente de mana inferior para trabalhar com ele.
No Tibé
existiu, durante séculos, um ritual escrito que frequentemente foi chamado de “O Livro Tibetano dos Mortos”,
para compará-lo com o mais conhecido do antigo Egito. Ambos almejavam assistir
uma pessoa moribunda a progredir adequadamente da vida para o estado pós-morte.
No Tibé tem sido costume um sacerdote ler este
ritual de instruções aos moribundos — continuando a ser recitado por algum
tempo após a morte, sob a convicção de que o morto pode ouvir e seguir as
instruções dadas para sua entrada no “Bardo”, a vida futura.
Em ambos
os rituais é colocada muita ênfase no grande valor inerente à vida vivida
adequadamente enquanto se está na terra.
O estado pós-morte é visto como uma
continuidade da vida e das mesmas inclinações. Se estas inclinações não são
boas, rapidamente podem sobrevir perturbações no outro lado, acredita-se, pois
espíritos maléficos espreitam lá, que são inimigos daqueles apanhados nos
planos mais inferiores da vida futura. Se há alguma verdade em todas as
religiões, deve-se concluir que a condição pós-morte depende muito do progresso
moral durante a vida.
A crença
em obsessão, ou “companheiros devoradores”, não é mais fantástica; graças a um
século de trabalho na pesquisa psíquica e a muitas provas encontradas da sobrevivência
humana. O complexo ou fixação foi redescoberto na psicologia moderna.
A
alarmante incidência de insanidade em nossa época, aliada ao tratamento
mal-informado das vítimas em muitas instituições, parece compelir a um exame
das probabilidades de espíritos obsessores, pelo menos em alguns dos casos.
A
psiquiatria provou que é possível restaurar alguma pessoa à sanidade, removendo
os complexos. Por que não prosseguir com o estudo daqueles pacientes obviamente
muito obsessionados por um espírito exterior a eles?"
Freedom L.
Este texto está livre para divulgação desde que seja citada a fonte:
http://dharmadhannyael.blogspot.com.br/2013/10/obsessoes-por-espiritos-nao-detectadas.html
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