Motivação,
Inteligência e Criatividade
O impulso
interior -
Estrangeira em
nosso planeta, toda criança nasce curiosa. Ela interage livremente com aquilo
que descobre à sua volta, sem a influência de idéias preconcebidas. Manipula,
experimenta e explora. A criança, cuja curiosidade é aceita como válida, recebe
a luz verde para aprender.
Aos três ou
quatro anos a criança normal é praticamente uma caixa de perguntas ambulante.
“Por que a grama é verde’?”, “O que prende as nuvens?”, “Por que o fogo é
quente?”, “Você vê quando está morto?”, “Para onde vai o vento quando pára de
ventar?”, Deus é casado?”, “Por quê?” Aos cinco anos, a maioria das crianças já
adotou as atitudes básicas ditadas pelo aprendizado — atitudes condicionadas
pela reação dos pais para com as suas primeiras explorações.
As crianças
aprendem se é seguro aprender.
Infelizmente
algumas crianças aprendem muito cedo a não aprender.
Como isso
acontece?
Tommy vira seu
novo carrinho de cabeça para baixo e torce-lhe as rodas. Ouve: “Não, Tommy, os
carrinhos andam assim.” Ele se sente fascinado pelas embalagens coloridas e
vistosas dos produtos da mercearia. ‘Pare com isso, Tommy, tire as mãos daí!”
Estende a mão para uma estranha criatura do
jardim. “Não Tommy! Isso é uma lagarta, não ponha a mão nela!” Repetidamente
Tompï é desestimulado a investigar e/ou usar de maneira diferente as coisas que
encontra. As dúvidas lhe criam problemas; ele aprende que não é muito seguro
explorar.
Por uma
questão de segurança, as investigações de Tommy devem ser, em certos casos,
limitadas; mas a frequência excessiva
dessas limitações são desnecessárias. Sua necessidade de descobrir não encontra
apoio e ele elimina a curiosidade para evitar a desaprovação.
O que há de
errado se Tommy resolve experimentar o carrinho de cabeça pra baixo? Ele não
pode fazer o que quer na mercearia, mas será que seus pais não podem lhe dar
coisas para tocar e cheirar? Não poderão deixar que ele pegue a lagarta para
descobrir pessoalmente como é, e lavar as mãos depois?
As perguntas
de Tommy são muitas vezes respondidas com um aborrecido Vá lá para fora brincar
e não me amole.” Ele é, literalmente, estimulado a não perguntar. Recebe
aprovação quando é passivo, conformado e quieto. Aprende a colocar de lado as
suas indagações.
Pela manhã a
mãe lhe diz: Deixe-me amarrar o cordão do seu sapato, eu faço isso mais
depressa.” (Temos de correr todas as manhãs?) Se fizerem tudo para ele, Tommy
pode perder a confiança em si mesmo.
Sempre que é
forçado a escolher entre a autoconfiança e a aprovação, a criança pode preferir
abrir mão de seus recursos pessoais. O amor tem prioridade para os pequeninos.
Quando as
crianças entram para a escola, já têm atrás de si cinco ou seis anos de
aprendizado — aprendizado esse que influencia, fundamentalmente, toda a sua
atitude para com o estudo. Quando a curiosidade é tabu, o entusiasmo pelo
aprendizado morre.
A indagação e
a experimentação do desconhecido forma a base do progresso em todos os campos.
Se essas qualidades, que existem em todas as crianças recém-nascidas normais,
forem eliminadas, o progresso da raça humana literalmente cessará.
Cada pai e cada professor é responsável pela
manutenção da curiosidade na criança. Todas as crianças devem saber que
perguntar compensa. Ela não deve se sentir diminuída porque deseja saber.
O que estimula
o aprendizado
As crianças
não só precisam de uma atmosfera que estimule curiosidade e a exploração, como
também precisam de amplos contatos com uma grande variedade de experiências. Há
muitas evidências que um estímulo variado, nos primeiros anos dc vida, afeta o
desenvolvimento intelectual.
Toda criança precisa do máximo de experiência
direta possível. Só dessa maneira ela pode chegar a conhecer o seu ambiente
pessoalmente.
Nós, mulheres,
gostamos de ler ou de ouvir falar sobre um novo tecido no mercado, mas nada
equivale a ver, pegar e usar realmente o produto. A experiência direta nos diz
muito mais do que a informação de segunda mão. Quanto mais experiências diretas
a criança tiver, melhor conhecerá o seu mundo, o que lhe dará maior confiança e
segurança.
O progresso
escolar está relacionado com os contatos diretos. Quando Bobby, nascido e
criado na cidade, viu a palavra vaca” em seu livro de leitura, não tinha
associações anteriores para relacionar com os símbolos negros das letras na
página.
Disseram-lhe que era um animal que tinha
determinada aparência e mostraram-lhe uma foto da vaca. Seu cérebro recebeu a
impressão da vaca por meio da experiência de outras pessoas e olhando uma
ilustração numa página.
Quando Nelson,
nascido e criado numa fazenda, viu os símbolos que representavam vaca”,
associou-os a muitas coisas que já conhecia. Havia tocado, sentido o cheiro e
ouvido as vacas. Sabia como comiam e como sacudiam a cauda tinha visto vacas
dando leite e amamentando os bezerros. Seu cérebro havia recebido impressões
sobre as vacas diretamente através de seus próprios olhos, ouvidos, nariz e
mãos. Muitas conexões neurais haviam sido estabelecidas para dar ao menino
significado pessoal ao símbolo impresso.
Um ambiente
pobre na primeira infância resulta em diferentes graus de retardamento mental.
O estímulo exercido desde cedo cria uma rede mais ampla de associações que irão
ter relação com os símbolos abstratos utilizados nas escolas com tanta
intensidade.
Juntamente com
o contato direto e amplo, a criança precisa praticar a tradução de sua
experiência em palavras. O menino pode ter muito estímulo e ser incapaz de
verbalizar suas reações. As escolas dão, evidentemente, muita ênfase à palavra
falada e à escrita. Uma boa prática no lar desenvolve uma habilidade muito
valorizada na escola.
Um ambiente linguístico pobre prejudica o progresso escolar.
Podemos
estimular a criança a falar através dos nossos exemplos e do nosso respeito às
suas idéias e sentimentos. A comunicação realmente aberta só floresce num clima
de segurança.
Além disso, a
criança precisa praticar desde cedo a solução de problemas. As experiências com
animais demonstraram que os que estiveram desde os primeiros anos de vida, em
contato com ambientes que solucionavam adequadamente os problemas eram mais
capazes de enfrentar, e de resolver problemas, do que os que não tiveram a
mesma oportunidade.
........
Qual o significado que isso tem para você e seu
filho? Significa que você estimula o crescimento intelectual dele quando lhe
transmite ricas experiências em primeira mão no princípio da vida e quando o
incentivo a falar sobre o que viu e fez, e sobre o que sentiu.
Ajude-o a
encontrar respostas e significados para as perguntas que faz. Deixe-o enfrentar
os problemas sozinho, ficando ao seu lado, pronto para lhe dar apoio; e ainda
estimule-o a encontrar as suas próprias soluções.
A mãe de Buddy
estava preparando uma salada para o jantar enquanto o filho a observava.
“Que é isso?”,
perguntou o menino de três anos de idade.
“E um
abacate”, disse a mãe, lentamente. “Você consegue dizer abacate?”
Buddy tentou:
“A-ba-ca-do”.
“Olhe para
minha boca, Buddy. A-ba-ca-te”. e repetiram juntos a palavra, até que Buddy
aprendeu.
“Pra que
serve?”, perguntou ele novamente.
(A mãe poderia
ter pensado, “Que burro! Eu não colocaria na salada se não fosse para comer!”.
Mas a pergunta não é burra. Ele já tinha visto canudinhos em milkshakes e não
eram para ser comidos. Tinha visto salsa usada apenas como enfeite.)
A mãe apoia a curiosidade de Buddy, dizendo:
“Serve para comer. Não comemos este pedaço”, mostrou a casca, “nem este”,
mostrou o caroço. “Você sabe por que não comemos a casca nem o caroço?”
Buddy pegou um
pedaço da casca e mordeu; pegou o caroço e apalpou. “Muito duro”, disse.
“Sim. Agora,
experimente esta parte”, disse a mãe, dando-lhe um pedaço da polpa do abacate.
“Ah, é mole!”,
disse ele com desprezo.
“Quer provar?
Que tal cheirar um pouquinho? Experimente espremê-lo com os dedos.”
“Gosto do
macio, mas não do gosto”, disse Buddy. “Não tem cheiro.”
“Não, não tem
cheiro como o abacaxi ou o limão. Antes eu também não gostava, mas agora gosto.
As vezes colocamos abacate na salada, quando gostamos.
Da próxima vez
que formos à casa de Tia Mary eu vou te mostrar a árvore do abacate. Os
abacates nascem em árvores, assim como as laranjas do nosso quintal. Agora
vamos colocar o caroço num vaso com água para ver o que acontece.”
A mãe de Buddy
estimulou diretamente a atitude do filho em direção ao aprendizado. Sua reação
aceitou a curiosidade da criança; ela ajudou-a a conhecer diretamente um objeto
estranho através de todos os seus sentidos. Estimulou a conversa sobre esse objeto e
respeitou as reações pessoais do filho. Juntos, os dois partilharam de uma experiência
de aprendizado.
Certo dia
Warren deu um grito de frustração quando seu carro ficou preso numa pedra. Não
conseguia tirá-lo puxando para a frente. A mãe poderia ter levantado o carro e
removido a pedra, mas teria perdido uma excelente oportunidade de deixar o
filho provar a sua capacidade de resolver problemas. Mas não o abandonou.
Disse-lhe:
“Parece que o carro está preso e não sai ao ser empurrado. Como você poderia
tirá-lo daí?
O menino de
cinco anos examinou a situação, espiou por baixo do carro e saiu correndo em
busca de sua pá. Cavou em volta da pedra e puxou-a debaixo da roda. O carro foi
libertado.
“Foi
interessante”, disse a mãe mais tarde. “Eu teria levantado o carro ou puxado
para trás, mas ele pensou em cavar para tirar a pedra. Achei que a minha
solução era mais fácil, mas pareceu-me importante deixar que ele usasse sua
própria imaginação para resolver o problema.”
Ambas as mães
estimularam o aprendizado de seus filhos. Se for constante, o seu apoio se
refletirá no desenvolvimento intelectual.
Dentro dos
limites da segurança, as crianças precisam da interação com as coisas do seu
ambiente, sem interferência.
Os princípios
básicos são: respeite a curiosidade da criança e o seu desejo de explorar;
procure saídas aceitáveis para a sua vontade de conhecer. A auto-estima é
fortalecida quando a sua atitude e o seu comportamento dizem à criança: “A sua
curiosidade é importante. Eu ajudarei você a conhecer e a compreender.”
O que é a
inteligência?
“Meu Deus,
como Bill é inteligente!” Essas palavras soam como música para os ouvidos dos
pais orgulhosos. Geralmente quando dizemos isso, referimo-nos à facilidade que
a criança tem de aprender. E em geral pensamos em termos da capacidade de aprendizado
abstrato, exigida pela escola. Há, porém, muitas formas de inteligência.
Bill pode ser
rápido no uso de símbolos matemáticos, e ter apenas uma habilidade média na
leitura. Marta pode ter pouca capacidade de aprender nos livros, mas sua
sensibilidade em lidar com os outros torna-a socialmente capaz.
Ted pode sair-se mal na escola e ser
musicalmente bem dotado. Mesmo um QI (quociente de inteligência) tem diferentes
significados para diferentes crianças.
Libby, Jean,
Harry e Mack têm, todos, um QI de 126, e apesar disso suas capacidades são
diferentes. A boa memória de Libby aumenta o seu QI: ela se sai bem nas
matérias em que a memória é uma vantagem.
A sua capacidade de raciocínio, porém, não
passa da média, e ela precisa se empenhar mais nas matérias que exigem tal
capacidade. Ao contrário de Libby, o QI de Jean é influenciado pela sua grande
capacidade de raciocínio e compreensão.
Ela, no entanto, não tem muito talento para o
trabalho que exige memória. Harry, por sua vez, é excepcionalmente dotado e seu
potencial é muito superior ao das duas meninas. Seu QI é reduzido pelos seus
bloqueios emocionais. Mack, ao contrário dos outros três, vem de um ambiente
culturalmente deficiente. Seu QI tem, portanto, um significado diferente do QI
das outras crianças.
O QI, apenas,
não deve servir de base, pois o crescimento mental é mais rápido em
determinados períodos do que em outros. Muitos fatores como a saúde física, o
grau de amizade entre a criança e o examinador, os contatos culturais, influem
no desempenho do teste.
Richards
estudou o desenvolvimento de um menino durante um período de sete anos para ver
se havia uma relação entre seu QI e as suas experiências de vida. Sem dúvida,
quando o ambiente, tanto no lar do menino, como na escola era mais tranquilizador
(emitia reflexos positivos), seu QI aumentava para 140; quando era menos
estimulante, o QI baixava para 117. O clima psicológico que cerca qualquer
criança exerce uma forte influência sobre o seu funcionamento mental.
Um QI nada
mais é do que um índice da capacidade geral existente, naquele momento, para
enfrentar abstrações mentais (palavras, números, conceitos). Como as escolas se
concentram na manipulação de abstrações, o QI é necessariamente útil aos seus
objetivos.
Em si mesmo, porém, ele pouco revela sobre a
capacidade de lidar com abstrações. E necessário examinar cada subteste para se
saber onde estão os pontos fortes e os pontos fracos da pessoa. E preciso
examinar o desempenho como um todo para determinar se os pontos registrados
refletem a verdadeira capacidade ou se o potencial do examinado está sendo
subestimado.
Os pais,
particularmente os de alta classe média, mencionam quase sempre os QIs de seus
filhos como se tivessem algum significado inato. Infelizmente, em certas
comunidades, esses pontos são uma marca de status para os pais.
(Em termos da
adaptação e da felicidade de seus filhos, esses pais seriam muito mais
realistas se se preocupassem com os quocientes de auto-estima! Não se deve
desprezar a capacidade de lidar com abstrações, mas isso não assegura que a
criança funcionará plenamente como um ser humano completo.)
Um QI elevado
não significa, necessariamente, um desempenho ou uma motivação elevados. As
notas escolares são, com mais frequência, um reflexo da motivação, e não da
capacidade inata. Como disse um orientador escolar:
“ Não se trata tanto de uma questão de inteligência
da criança, mas daquilo que ela faz com a inteligência que tem.”
Com um QI de
120, Olga passa à frente de Perry, que tem 165 de QI. A grande curiosidade e o
desejo de aprender levam-na a usar sua capacidade, ao passo que Perry devaneia
e se preocupa com o que os outros pensam dele. A autoconfiança possibilita à
criança um bom desempenho; e crianças brilhantes têm, às vezes, problemas de
auto- estima insuficiente.
Os testes de
QI não medem a capacidade criativa, a liderança, a motivação, a imaginação, o
talento artístico ou musical. Isso não significa que sejam inúteis, mas apenas
que devem ser vistos pelo que realmente são.
A
inteligência é fixa?
Acreditava-se,
antigamente, que a inteligência era fixa e não podia ser modificada. Hoje
sabemos que não é assim.
O QI das
crianças adotadas está mais próximo do QI de seus pais adotivos do que de seus
pais naturais. Em bairros culturalmente adiantados, cerca de 25% a 30% das
crianças registram 125 ou mais em seus testes de QI. Em áreas onde as crianças
estão em desvantagem cultural, apenas 6% delas alcançam esse índice.
(Esses resultados devem-se em parte ao fato de
que os testes de QI refletem os contatos com livros, conversas, e certos tipos
de aparelhos.) quando as crianças que estavam em desvantagem passam a contar
com experiências enriquecedoras, seus índices de QI sobem acentuadamente.
Um estudo a
longo prazo, feito com 300 crianças pelo Fels Research Institute, do Antioch
College, mostrou que os Qis flutuavam consideravelmente. Muitos desses QIs
diminuíram de maneira constante durante os primeiros anos de vida das crianças,
quando estas ainda dependiam dos pais. E mais da metade das crianças começaram
a ter índices mais altos ao chegarem à escola e ao enfrentarem o desafio de
contar consigo mesmas.
Há muitas
evidências de que a inteligência, tal como é medida pelos testes de QI, não é
fixa. Os pais podem contribuir muito para aumentar a capacidade mental dos
filhos, uma vez que influem marcadamente sobre o desejo que eles têm de
aprender.
Obstáculos ao
aprendizado
Até mesmo
quando a curiosidade é estimulada num ambiente também estimulante, muitas
crianças não usam a capacidade que têm. As causas podem estar numa fonte, ou
numa combinação de fontes.
Deficiências
físicas podem dificultar o aprendizado: dificuldade de audição ou visão,
problemas neurológicos, desequilíbrios hormonais ou lento amadurecimento
físico, afetam a eficiência ou a rapidez do aprendizado da criança.
Sempre que
existe um problema com a capacidade de aprender, a possibilidade de defeitos
físicos deve ser a primeira coisa a ser verificada. Muitas vezes descobre-se
que uma criança, considerada como de aprendizado lento, sofre, na verdade, de
uma anormalidade física.
Muitos problemas
de aprendizado são conseqüência de problemas emocionais. O crescimento
intelectual não ocorre em separado do
crescimento
emocional; os dois estão interligados.
A criança,
cujas necessidades emocionais não são satisfeitas, tem menos probabilidade de
conseguir êxito na escola. O homem com fome não tem motivação para aprender nos
livros. Ele tem, primeiro, que matar sua fome para depois concentrar-se no
estudo.
Como já
dissemos, a criança que está convencida de ser um fracasso tem pouca motivação
para tentar. E a criança com um acúmulo de repressão não tem muita energia para
enfrentar os desafios da escola.
Os pais dizem,
frequentemente: “Gostaria de saber como motivar meu filho.” Lembre-se: uma
auto-estima elevada é a principal mola da motivação. A convicção da criança,
“Eu tenho capacidade! Eu posso fazer! Eu tenho alguma coisa a oferecer!”
depende de seu vigor.
Os desafios
são interessantes quando você acha que pode enfrentá-los. Quando não pode, o
interesse desaparece rapidamente. Como disse Emerson, “A autoconfiança é o
primeiro segredo do sucesso.”
Observe
constantemente as expectativas que você tem em relação ao seu filho. A causa
mais comum do bloqueio ao aprendizado, particularmente em crianças de famílias
da classe média, vem da pressão indevida que sofrem para atingir certas metas
que estão além de sua capacidade. Essas crianças aprendem a falhar.
“Por que você
tirou oito e não dez em estudos sociais?”, é uma acusação enfrentada por muitas
crianças de classe média. Um dos valores mais firmes dessa classe é o desejo de
progresso rápido. Desde o Sputnik, as pressões acadêmicas nos Estados Unidos
aumentaram, prolongando-se até os níveis iniciais de aprendizagem.
A ordem é melhorar, melhorar, melhorar!
Impensadamente e de forma não proposital, muitos pais bem intencionados
comunicam aos filhos que eles serão mais amados e mais dignos se forem os
primeiros da classe.
Lembre-se: o
excesso de ambição é recebido pela criança como uma falta de aceitação.
Expectativas muito altas significam decepções grandes. E as decepções
prejudicam a auto-estima. Elas acabam com a energia e a criança nem mesmo
procura ligar o seu interesse.
Outro
obstáculo ao crescimento intelectual é uma disciplina tolerante, protetora ou
rígida demais. Os pais dominadores aumentam a hostilidade, a dependência e a
inadequação — sentimentos que bloqueiam o funcionamento intelectual.
Pais excessivamente protetores, ou pais que se
recusam a estabelecer limitações, fazem com que as crianças se sintam
inadequadas e não amadas. Essas atitudes são negativas para a auto-estima, que
por sua vez afeta a motivação de aprender.
A disciplina
democrática desenvolve o crescimento intelectual, estimulando a participação, o
raciocínio, o pensamento criativo e a responsabilidade. A divisão do poder no
estabelecimento de regras tem um papel importante no estímulo à competência
mental.
O estudo de Coleman mostrou que o maior fator
para motivar a criança a aprender é o seu sentimento de que “Eu tenho um certo
controle do meu destino.” A disciplina democrática permite à criança fazer essa
afirmação.
A pesquisa do
Fels Research Institute mostrou que as crianças cujos QIs continuavam a
aumentar com o tempo, também intensificaram a sua autoconfiança. Elas tinham
confiança, e certeza de serem amadas, estavam à vontade com os outros, não
viviam assustadas com medo de serem punidas, eram menos excitáveis e pensavam
de maneira mais original. Em suma, apresentavam as características de uma
elevada auto-estima.
As crianças que eram dependentes, menos
seguras de serem amadas, menos capazes de participar de projetos próprios, e
que precisavam de muita atenção, apresentaram QIs mais baixos. Eram crianças
que fugiam da responsabilidade, cujas características descrevem a baixa
auto-estima.
Uma
auto-estima elevada afeta acentuadamente o modo pelo qual a criança utiliza as
habilidades de que dispõe.
Outro
obstáculo ao aprendizado surge quando as linhas de comunicação estão
obstruídas, ou fechadas. As pesquisas mostram que as crianças que se saem bem
em testes mentais e nos trabalhos escolares, vêm, em geral, de famílias onde há
muita comunicação.
Quando pais e
filhos interessam-se carinhosamente pelas atividades mútuas, e quando os filhos
se sentem seguros em partilhar suas idéias e seus sentimentos, o crescimento
intelectual é estimulado.
Nas famílias
onde a comunicação é reservada, tensa e codificada não há estímulo recíproco de
opinião e reflexão. A capacidade mental diminui, deforma-se ou não se
desenvolve nessa atmosfera.
Ao examinar os
obstáculos do aprendizado, não devemos desconhecer a importância das boas
escolas, dos professores influentes e dos currículos flexíveis, ligados aos
interesses das crianças.
As crianças
auto confiantes e motivadas podem perder o estímulo de aprender quando se vêem
em salas de aula muito cheias, com maus professores que usam técnicas
inadequadas.
Além disso, quando as crianças têm uma
participação ativa no planejamento do currículo, de acordo com seus interesses,
elas reagem de maneira muito diferente do que quando são tratadas como simples
recipientes vazios onde se despeja o conhecimento velho dos manuais.
Aula de
estudos sociais do sr. S. ocupava-se especialmente de uma questão específica da
comunidade. Os alunos planejaram pessoalmente a abordagem a ser adotada na
coleta de dados e entrevistaram as pessoas adequadas em sua cidade.
As sessões
para discutir os dados recolhidos resultaram numa série de recomendações que
foram apresentadas à câmara municipal. E muitas de suas sugestões foram colocadas
em prática. “A taxa de ausências em minha classe caiu para zero quando
experimentamos essa abordagem”, disse o sr. S.
“E os estudantes que antes não manifestavam
muita habilidade, passaram a ler como nunca. Toda a classe pareceu reviver.” Na
verdade, quando os professores examinam um material que tem importância pessoal
para os alunos é quase impossível afastá-los dele. A experiência direta e o
aprendizado participativo são muito mais eficientes do que o conhecimento
fornecido apenas pelos livros. ...
E o que é
muito mais importante: esse tipo de experiência educacional diz ao aluno: “Seus
interesses são importantes. Vamos examiná-los na sala de aula e trabalhar com
eles. Acreditamos que você está interessado em aprender e tem competência para
enfrentar os problemas verdadeiros.
Queremos que
você participe ativamente na solução desses problemas.” Que impulso nos
sentimentos de valor próprio!
Trabalho em
equipe, ensino em grupo, aulas abertas, aprendizado programado, projetos e
pesquisas independentes na área de interesse da criança, estão se impondo ao
ensino formal que predominou nas salas de aula durante gerações.
Apesar desse
progresso, ainda temos muito a avançar na educaçâo, até superarmos a abordagem
do tipo “Agora, ouçam” no qual os professores decidem o que, quando e como as
crianças aprenderão. Talvez não esteja longe o dia em que os professores terão
liberdade de ser pessoas de imaginação, que estimulem a curiosidade natural das
crianças". Briggs D.C
Pesquisado por Dharmadhannya
Este texto está livre para divulgação desde que seja
citada a fonte:
Repassando à Chama Violeta
Eu sou, Eu Sou, Eu sou, a Divina Presença
Vitoriosa de Deus,
que chameja o FOGO VIOLETA DA LIBERDADE(TRÊS VEZES)
através de cada particula de meu ser, e em meu mundo.
Selai-me num pilar de fogo Sagrado e transformai e
renovai minha energia, purificai-me com a pureza, liberdade e perfeição da
Graça da Chama Violeta
Haja luz para compartilhar para o bem de todos.
Pesquisado por Dharmadhannya.
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citada a fonte:
Meus blogs
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Estou neste momento me unindo com o Poder e a
Força da Unidade, com o poder de todos os anjos, querubins, Serafins,
Elohim.
Melchizedek, Sandalfon, Metraton,
Gabriel,
Rafael, Haniel, Miguel, Camael, Tsadkiel,
Raziel, Uriel, Samuel
Os anjos seguem na frente abrindo meus caminhos
e me protegendo Com a Justiça Divina. Amém!
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Vale a pena compartilhar.
ResponderExcluirbom dia Augusto Crowley, a criança é o futuro ... muito grata. seguimos na luz.
ResponderExcluirhaja luz para compartilhar para o bem de todos.