O ESPELHO DO
EU - Glândulas
Embora
tenhamos examinado cada glândula como se fosse distinta das demais, é
importante termos em mente que, na realidade, as glândulas funcionam juntas,
como um todo integrado. Deixar de parte esta integralidade do sistema glandular
nos deixa propensos a crer que uma ou outra glândula é mais importante que as
demais.
A realidade é
que nenhuma glândula é mais importante que outra no processo da autopercepção,
sendo isto claramente indicado pelo fato de que cada uma tem seu papel próprio
a desempenhar. Além disto, qualquer influência que seja exercida sobre qualquer
uma das glândulas logo se faz sentir em todo o sistema.
Sem dúvida, o
sistema glandular pode ser afetado por fenômenos que ocorrem no interior e no
exterior do indivíduo.
Do ponto de
vista Rosacruz, a mais importante influência capaz de afetar o sistema
glandular está associada a atividades que ocorrem no interior do Eu psíquico. É por isto que nos referimos ao sistema das glândulas como “O Espelho do Eu”. Mas
o que significa exatamente o termo Eu?
Comumente,
quando falamos em Eu estamos nos referindo a uma compreensão ou percepção de
nossa natureza interna. Em outras palavras, não falamos do Eu em sua atualidade
(natureza verdadeira ou intrínseca, na terminologia Rosacruz).
Em vez disto, falamos de um reflexo, e a
partir deste reflexo pensamos sobre qual seria a verdadeira natureza do Eu. Em
nossas reflexões, frequentemente chegamos à conclusão de que o reflexo do Eu
deve ser determinado pela qualidade do espelho.
Assim, devido
à nossa compreensão da lei de causa e efeito, presumimos que, se pudéssemos
aperfeiçoar a qualidade do espelho, também tornaríamos mais perfeita a
qualidade do reflexo. Entretanto, isto é apenas parcialmente verdadeiro.
Ao tentarmos
explicar muitas injustiças da existência humana, deixamo-nos seduzir, com
bastante frequência, por respostas simplistas que sustentam, por exemplo, que
existe uma relação causal direta entre a qualidade do “espelho”, por um lado, e
a qualidade do Eu nele refletido, por outro.
Embora tais explanações sejam lógicas, do
limitado ponto de vista do intelecto objetivo, temos ainda que confrontar o
espinhoso problema levantado por aqueles notáveis seres humanos que, embora as
mais sofisticadas análises químicas e fisiológicas demonstrem ter seus
“espelhos” um nível apenas médio de qualidade, brilham como faróis de coragem e
virtude nos anais da História.
Parece, então, que além das qualidades físicas
do espelho, deve existir algum outro fator que determina a qualidade do reflexo
do Eu. Este outro fator é a radiância da Luz que permitimos alcançar o espelho.
De onde vem essa Luz? Como influenciamos a incidência da mesma sobre o espelho?
Após os nove
meses de gestação, quando o corpo infantil está devidamente preparado pela
orientação da inteligência inerente ao ser da mãe, nasce uma criança.
Do ponto de vista Rosacruz, este fenômeno do
nascimento é caracterizado pela entrada de uma personalidade-alma no corpo do
bebê. Uma personalidade-alma tem em si a Divina Inteligência do Cósmico, mais a
memória completa, no que se refere a todas as experiências humanas e pessoais.
A medida que a criança cresce e a
personalidade desabrocha de acordo com as limitações impostas pelas
características físicas e fisiológicas, começam a emergir os padrões de
comportamento. Estes padrões são reflexos de experiências passadas — hábitos do
passado, desenvolvidos por aquele indivíduo em reação a determinadas situações
particulares.
Esses padrões comportamentais são regenerados
e perpetuados até o momento em que o indivíduo decida modificá-los. Assim, se o
indivíduo desenvolveu o hábito de virar as costas para a sabedoria, para a Luz
que reside no mais íntimo de sua personalidade, este hábito será transmitido de
uma encarnação a outra, do mesmo modo que um gene mutante é regenerado e
perpetuado de uma geração a outra, através das células sexuais.
Da mesma
forma, “bons” hábitos são trazidos pela personalidade, transmitidos que são de
uma encarnação para outra. Vemos, portanto, que o princípio da regeneração se
manifesta no interior do Eu psíquico da personalidade-alma, tal como ocorre no
Eu físico.
O caráter é
constituído por padrões de comportamento adquirido pela pessoa. Por sua vez, o
caráter influencia o fluxo da energia-espírito no interior do Eu psíquico.
Quando os padrões de comportamento estão em harmonia com o fluxo Cósmico no
íntimo da personalidade-alma, a intensidade da Luz que flui pelo Eu psíquico é
imensa.
E, como o Eu
psíquico utiliza o sistema glandular como seu “espelho”, o grau de harmonia que
existe no caráter é refletido no corpo. Como cultivar a harmonia no interior do
Eu psíquico?
Como
Rosacruzes, começamos pelo coração — o Deus de Nosso Coração. Assim como o
coração físico representa a força-agente na distribuição dos elementos
nutritiva por todo o Eu físico, assim também o Deus de Nosso Coração representa
a força que faz a distribuição da nutrição espiritual por todo o Eu psíquico.
E assim como a glândula timo é o “centro do
coração” pelo qual a integridade da compreensão de que o corpo existe é
mantida, assim também o “centro do coração” mantém a integridade da compreensão
de si mesmo pelo Eu psíquico.
Como símbolo de nossos mais elevados ideais e
aspirações, o Deus de Nosso Coração traz a Luz para o Eu psíquico, de forma
análoga à ação do coração físico que atrai certos aspectos da força vitalizante
de NOUS para o Eu físico.
Podemos deduzir daí que a intensidade da Luz
que flui através do Eu psíquico é um reflexo da qualidade e intensidade das
aspirações idealísticas que trazemos no mais íntimo de nosso coração.
A intensidade
do desejo logo encontra expressão naquele movimento de energia psíquica,
dirigido de dentro para fora, que chamamos de emoção.
Este movimento se reflete nas atividades das
glândulas supra-renais que, no corpo físico, estão associadas à mobilização da
energia física. Portanto, assim como os hormônios das glândulas supra-renais
mobilizam as células da glândula timo para a defesa do Eu físico, assim também
o desejo mobiliza as emoções em defesa do Eu psíquico.
Por causa desta correspondência entre as
emoções e o desejo, torna-se possível determinar a natureza de nossos ideais,
pela análise. Assim, podemos dizer que as emoções mais elevadas refletem a
natureza verdadeira do Deus de Nosso Coração”, enquanto que as emoções mais
“baixas” podem ser interpretadas como reflexos da natureza inferior.
Nos círculos
científicos de hoje, as glândulas supra-renais são frequentemente chamadas de
“glândulas da luta ou da fuga”. O termo implica em que lutar e fugir são os
principais, senão os únicos usos das enormes quantidades de energia que são
colocados à disposição do indivíduo pelas atividades das supra-renais.
Alguns minutos
de reflexão logo revelam que esta implicação só tem validade se o ideal de uma limitada
autopreservação está no fundo de cada pensamento ou ação nossa.
O fato é que as atividades das supra-renais
também estão associadas com o amor, o êxtase e até mesmo com a inspiração
divina da alma, que os Rosacruzes chamam de Paz Profunda. Assim, a natureza de
uma experiência emocional está relacionada com a natureza do ideal ao qual
estamos nos dedicando no momento da experiência.
Embora a
natureza do ideal possa ser a mesma para vários indivíduos, a intensidade da
experiência emocional correspondente pode variar muito de uma pessoa para
outra.
Mesmo no indivíduo a intensidade de uma
determinada experiência emocional varia de uma ocasião para outra mesmo que a
intensidade do desejo seja igual. Por que é assim?
De início,
devemos levar em conta que a intensidade de uma emoção está relacionada com o
grau de energia psíquica que permitimos que se manifeste na consciência
exterior.
Assim, uma
liberação rápida leva a uma compreensão breve porém intensa, enquanto que uma
liberação mais lenta leva a uma compreensão mais demorada porém mais branda. No
corpo físico, as atividades da glândula tireóide estão associadas ao grau em
que a energia é liberada no sistema.
De modo análogo, as atividades de uma função
psíquica correspondente controla o grau em que a energia psíquica se move para
fora, para a consciência objetiva.
O nível da
atividade tireoidiana, em suas manifestações físicas e psíquicas, não é o mesmo
em todos os seres humanos. Assim, da mesma forma que o grau de liberação de
energia no corpo é acelerado nos indivíduos que tem tireóides hiperativas, uma
situação análoga pode existir no Eu psíquico. Da mesma forma, pode haver uma
lentidão psíquica nas pessoas cuja função tireoidiana for subnormal.
Os exercícios Rosacruzes têm por objetivo
harmonizar ambas as funções (psíquicas e físicas) no sistema glandular.
Os ideais que
escolhemos para governar nossa vida têm profundas repercussões sobre o tipo de
idéias e conceitos e até mesmo experiências que escolheremos no curso de nosso
desenvolvimento espiritual.
Do mesmo modo
como acontece com os nutrientes físicos, essas idéias, conceitos e experiências
são decompostos em seus elementos mais simples, que são então estocados ou
reunidos em componentes maiores, conforme as necessidades do Eu psíquico.
Vemos, pois,
que a formação de hábitos encontra seu reflexo no processo dual de
digestão-assimilação, dominado em grande parte pelo pâncreas.
E assim como os tipos de alimentos que
ingerimos determinam a variedade e sutileza das energias físicas do corpo,
assim também os hábitos que formamos com base em experiências escolhidas
determinam a variedade e sutileza das energias que fluem pelo Eu psíquico. Maus
hábitos alimentares costumam levar à má saúde física e psíquica.
No entanto, a
mobilização, disponibilidade e grau de liberação de energia não se refere
necessariamente à sua utilização inteligente. Para um sistema integrado poder
ser auto-suficiente, ele deve ser autocontrolador e auto-regulador.
O aspecto
auto controlador encontra expressão nas atividades do eixo hipotálamo-pituitária
do cérebro. Como podemos lembrar, esta parte do cérebro é apuradamente sensível
às influências das outras glândulas.
Por causa desta sensibilidade, o hipotálamo e
a pituitária liberam hormônios reguladores apropriados, em respostas ao nível
de atividade de cada glândula. Entretanto, a menos que adotemos a conclusão de
que o conjunto hipotálamo-pituitária é mais importante que outras glândulas,
temos que lembrar que, ao harmonizar e regular as atividades de outras
glândulas, as atividades da pituitária e do hipotálamo são por sua vez
reguladas e harmonizadas.
Este sistema
de regulação recíproca é um reflexo da infinita sabedoria do Cósmico. Uma
inteligência harmonizadora semelhante se manifesta no Eu psíquico e abrange o
princípio da autoconsciência.
É interessante
notar, porém, que não foi estabelecida uma regulação do timo pelo conjunto
hipotálamo-pituitária. Esta falta relativa de influência reguladora direta
assume particular importância se lembrarmos que alguns hormônios do timo
exercem profundas influências sobre as atividades da glândula pituitária.
De fato, sendo o centro da compreensão do
corpo de que existe, o timo parece ter mais afinidade com a glândula pineal do
que com o hipotálamo e a pituitária. Isto pode muito bem ser um reflexo da
relação complementar que existe entre a “sabedoria da cabeça” e a “sabedoria do
coração”.
Tudo na vida
tende à autopreservação. Entretanto, tudo na existência está eternamente se
transformando, sempre se tornando alguma outra coisa. Entre estas duas
tendências desenrola-se o drama da vida. Juntas, estas duas tendências
representam a cabeça e a cauda, o início e o fim do círculo — a totalidade do
SER.
Como já
indicamos, a tendência à autopreservação ou auto perpetuação se manifesta ao
nível das gônadas. Entretanto, pouco foi dito sobre a tendência ao tornar-se
alguma outra coisa.
Em sua função
endócrina, a glândula pineal serve como o instrumento que sincroniza os ciclos
do nascimento também dos ciclos de desenvolvimento físico e mental. Além disto,
as atividades da pineal estão associadas com a sincronização da atividade
rítmica de cada glândula e com o ritmo integrado de todo o sistema glandular.
Mais ainda, através de sua sensibilidade à
luz, a pineal sincroniza o ritmo do sistema glandular com os ritmos e ciclos de
todo o cosmos. De forma semelhante, por sua sensibilidade à luz psíquica, a
pineal psíquica une e sincroniza os ritmos do Eu psíquico com os sublimes
ritmos que caracterizam a lei e ordem do Cósmico.
Mas, como é de
se esperar, o grau de harmonia que existe entre a ação rítmica do Eu psíquico e
o Cósmico é determinado pela qualidade dos ideais que decidimos servir. Assim,
se no íntimo de nossa percepção do Eu mantemos pensamentos de totalidade,
unidade e comunhão com tudo o que existe, ou poderia existir, porque o Cósmico
é o TODO, então estamos em harmonia com o Cósmico, que não faz distinções entre
uma pessoa e outra.
Como é somente
pela harmonia e ressonância que a energia é transmitida de um estado a outro,
quando estamos em harmonia com o Cósmico tornamo-nos divinamente conscientes.
O trabalho do
estudante, portanto, está em descobrir uma Senda pessoal que leve ao objetivo
do pensamento harmonioso, da ação harmoniosa, da vida harmoniosa. Esta Senda é
dual em natureza, possuindo atributos que são internos e externos.
Os atributos
externos incluem um espelho adequado que, por meio de suas qualidades
refletoras, serve muitas vezes como um indicador confiável para o estudante na
Senda, quanto ao sucesso ou deficiência do esforço empreendido.
Entretanto, não devemos perder de vista o fato
de que frequentes vezes o aspecto espiritual do Eu escolhe “espelhos
defeituosos” para que o Eu psíquico experimente certos aspectos bem definidos
de sua própria percepção.
Estas escolhas desafiam o engodo das
explicações fáceis e nos levam a pensar, a questionar. “Por que nasci nestas
circunstâncias? Não estaria eu melhor se tivesse nascido rico e feio em vez de
pobre e bonito?”
A resposta
correta a este tipo de pergunta só pode ser: “É possível, mas por que você não
descobre a forma de utilizar do melhor modo possível as circunstâncias de seu
nascimento para alcançar uma harmonia maior com o Deus de Seu Coração”? Onslow W.
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Estou neste momento me unindo com o Poder e a
Força da Unidade, com o poder de todos os anjos, querubins, Serafins, Elohim.
Melchizedek, Sandalfon, Metraton,
Gabriel,
Rafael,
Haniel, Miguel, Camael, Tsadkiel,
Raziel, Uriel, Samuel
Os anjos seguem na frente abrindo meus
caminhos
e
me protegendo Com a Justiça Divina.
Amém!
( Dharmadhannya)
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