Anima. A
mulher Interior, a Alma da vida.
A mulher
interior é aquela que o homem escolheu
para amar ou para odiar, ela é aquela que ele sonha todas as noites e revela muitos rostos - a menina, a anciã, a bruxa, a amada, a santa,
a devassa..., e entra no cenário do filme da sua vida , como a sua amante
interior, e revela seu mundo interno, suas emoções , e seus sonhos. Ela é o seu guia interior, sua
intuição, e se o homem odeia as mulheres, possivelmente não tem intuição
nos momentos de suas escolhas e segue sem destino , porque ela é o seu
destino, o seu caminho.DharmadhannyaEL
“ANIMA é a
energia feminina encontrada no inconsciente de todo homem, enquanto ANIMUS é a
energia masculina influenciadora do inconsciente de toda mulher.
O Animus é
representado por Força-vontade/força dirigida, Ato-ação/palavra,
sentido-sensual e logos-conhecimento/espiritualidade. Já a Anima é
exemplificado na figura da Eva - relacionamento instintivo e biológico, Helena-
romântico e estético com base sexual, Virgem Maria- amor espiritual e Sofia-
sabedoria.
Essas impressões básicas destes arquétipos
irão influenciar a atitude das pessoas que os possui, e estarão expressos nas
variedades que envolvem tais características tanto no sentido direto quanto
indireto ou tanto na visão positiva quanto negativa.
. Anima está
direcionada a relação com o passado histórico, ancestral, cultural. Animus está
voltado para o futuro e suas questões tecnológicas, planejadora e visão geral
do presente.
Esta distinção
trás reflexos intensos no relacionamento. Porém, diante disto Hillman afirma que “ Anima e
Animus precisam um do outro; pois o Animus pode tornar o passado relevante para
o presente e o futuro, enquanto anima dá profundidade cultura às previsões e
opiniões vigentes.”(HILLMAN, 1985 – P. 35)
A anima em um
homem “tentará” influenciá-lo com atitudes mais semelhantes ao universo
feminino, tais como vaidade, fraternidade, afetuosidade, intuição, etc...
Quando o homem passa a dar vazão a tal influencia de maneira comedida, ele
passará a ser um homem muito enriquecido nas relações com as pessoas visto que
a Anima dá ênfase às relações pessoais.
Desta forma, diferente do poder tão forte da
tendência masculina de ser tão racional ou objetivo nas suas relações com as
pessoas, o homem poderá vir a ser um ser mais cuidadoso, generoso, paciente,
gentil, atencioso, zeloso com sua aparência e higienização, atento a sua saúde,
harmonioso com seu corpo, intuitivo... a utilizar-se de atitudes mais comuns ao
gênero feminino de forma a manter-se ainda influenciado pela sua natureza
masculina de forma predominante, ou seja, no seu ego”.(5)
“A figura
interior de mulher contida num homem e a figura de homem atuando na psique de
uma mulher. Embora desiguais nos modos como se
manifestam, anima e animus têm certas características em
comum. Ambos são imagens psíquicas. Atuam como psicopompo ou guias da
alma e podem se tornar elos necessários como possibilidades criativas e
instrumentos da Individuação.
Entre suas
definições (CW 6), Jung resumiu anima / animus como “imagens da
alma”. Posteriormente elucidou esta afirmação chamando a cada uma delas de
não-eu. Ser não-eu para um homem corresponde, com muita probabilidade, a algo
feminino e, porque é não-eu, está fora de si próprio, pertencendo à sua alma ou
ao seu espírito.
A possessão
pela anima ou pelo animus transforma a personalidade de
modo a dar proeminência àqueles traços que são
considerados psicologicamente característicos do sexo oposto. Em um
ou outro caso, uma pessoa perde a individualidade, antes de tudo, e, consequentemente,
tanto o encanto como os valores. Em um homem, ele fica dominado
pela anima e pelo princípio de EROS com
conotações de inquietação, promiscuidade, mau humor, sentimentalidade – o que
quer se possa definir como uma emocionalidade irreprimida.
Uma mulher sujeita à autoridade
do animus e do Logos é controladora, obstinada, cruel,
dominadora. Ambos tornam-se unilaterais. Ele é seduzido por pessoas inferiores
e forma ligações pouco significativas; ela, sendo absorvida por um pensamento
de segunda classe, marcha à frente sob a égide de convicções que não levam em
conta os relacionamentos.
Falando em
termos não-profissionais, Jung dizia que os homens aceitavam a anima prontamente
quando ela aparecia em um romance ou como uma estrela de cinema. Porém, era
diferente quando se tratava de observar o papel que ela desempenhava em suas
próprias vidas.
Caso houvesse
feito uma alegação correspondente sobre o animus, poderia ter dito que até
recentemente as mulheres estiveram por demasiado prontas e propensas a permitir
que os homens lutassem por elas, esperando secretamente pela libertação por um
cavaleiro em um corcel branco.
Mas agora que
passaram a aceitar seus lugares não como homens mas lado a
lado com homens, o assunto é diferente. Querendo gozar de
um status de igualdade, mas ao mesmo tempo desejando permanecer fiéis
à sua identidade como mulheres, tiveram de harmonizar-se com quem realmente é o
padrão em suas vidas e revelar suas fontes íntimas de autoridade.(4)
“Anima e
Animus, na Psicologia analítica de Carl Gustav Jung são aspectos
inconscientes de um indivíduo, opostos à persona ou aspecto consciente
da Personalidade. O inconsciente do homem encontra expressão como uma
personalidade interior feminina: a Anima; No inconsciente da mulher, esse
aspecto é expresso como uma personalidade interna masculina: o Animus.
É importante
destacar que autores(as) influenciados pelo pensamento de Jung já discutem os
pólos energéticos "Anima e Animus" sob uma perspectiva universal,
levando-se em conta que o desenvolvimento da personalidade interior está regida
pelo Inconsciente Coletivo. Neste sentido, podemos citar Roberto Gambini,
Ginette Paris e James Hillman enquanto pós-junguianos ampliando o conceito.
Podemos pensá-las numa dimensão cósmica, ou seja, pólos que abrangem variados
fenômenos da cultura manifestados sob a forma destas imagens arquetípicas.(3)
Anima: Guia da
Alma – James Hilman
A primeira
noção da anima como o lado contrassexual do homem é concebida numa fantasia de
opostos. Homens e mulheres são opostos, consciente e inconsciente são opostos,
masculinidade consciente e feminilidade inconsciente são opostos.
Essas oposições são mais especificamente
caracterizadas por outras: uma consciência jovial tem uma figura de anima mais
idosa; um adulto forma o par com uma imagem de soror semelhante a si na idade;
a consciência senil encontra correspondência numa menina.
Assim, também um fator social entra na definição
contrassexual. Em diversas passagens, “anima” refere-se à personalidade
contrassocial, inferior. Há uma oposição entre o papel exterior que se
representa na vida social e a vida interior e menos consciente da alma. Esse
aspecto menos consciente, que está voltado para dentro e que é vivido com a sua
interioridade pessoal, é a anima como “imagem da alma”.
Quanto mais um
homem se identifica com o seu papel social e biológico de homem (persona),
maior será a dominação interna da anima. Assim como a persona dirige a
adaptação à consciência coletiva, a anima governa o mundo interno do
inconsciente coletivo.
Da mesma forma
que a psicologia do homem, de acordo com Jung, depois da meia-idade se desloca
em direção ao seu oposto feminino, também há uma suavização e um
enfraquecimento fisiológico e social em direção ao “feminino”, tudo isso
ocasionado pela anima.
Não há dúvida
de que a experiência realmente confirma essa primeira noção de anima que a
considera como a linhagem feminina inferior do homem. De fato, ela primeiro
aparece através de figuras de sonho, emoções, queixas sintomáticas, fantasias
obsessivas e projeções do homem ocidental. Anima é “a sedutora glamurosa,
possessiva, temperamental e sentimental que existe no homem’‘2
Hoje em dia as
noções de “masculino” e “feminino” estão em disputa.
Essa disputa
ajudou a diferenciar os papéis sexuais dos papéis sociais, e mesmo a
diferenciar tipos de identidade sexual, isto é, se baseada em características
sexuais primárias ou secundárias, manifestas ou genéticas, físicas ou
psíquicas.
Ficou difícil
falar de anima como feminilidade inferior, já que não estamos mais seguros do
que seja “feminilidade”, que dirá feminilidade “inferior”. Mais que isso, a
psicologia arquetípica colocou em dúvida a própria noção de ego.
A identidade egóica não é uma coisa mica, mas
numa psicologia politeísta, o “ego” reflete qualquer um dos vários arquétipos e
representa diversos mitologemas. Ele tanto pode ser influenciado por uma Deusa
como por um Deus ou Herói, e também pode apresentar estilos “femininos” no
comportamento, sem que isso seja um indicador de fraqueza egóica ou de uma
incipiente perda do ego.
Porque a
fantasia dos opostos mantém a anima num tandem social com a persona ou com a
sombra e num tandem sexual com a masculinidade, negligenciamos sua
fenomenologia própria e assim encontramos dificuldade em compreendê-la, exceto
em contraste com estas outras noções (masculinidade, sombra, animus, persona).
Estamos sempre
encarando a fenomenologia da anima de dentro de uma armadura ou do prato oposto
de uma balança. Nossas noções de anima são desenhadas compensando alguma outra
coisa a que sempre ela está ligada.
Entender a
anima em tandens já está implícito em sua fenomenologia. Assim, pensamos nela
em noções tais como a ligação com o corpo ou com o espírito, ou no mistério
mãe-filha, no par masculino-feminino, com compensação da persona, no conluio
com a sombra, ou como um guia para o Self.
Nestes pares,
como no imaginário mitológico, anima é o parceiro reflexivo; é o que oferece o
momento de reflexão naquilo que está naturalmente dado.
Ela é o fator
psíquico na natureza, uma idéia formulada no século passado como “animismo”.
Sentimos esse momento de reflexão nas emoções contrárias que os fenômenos da
anima constelam: fascinação mais perigo; pavor mais desejo; submissão a ela
como destino mais suspeita; a profunda consciência de que este caminho guarda a
minha vida e a minha morte.
Sem essas emoções que agitam a alma, não
haveria significado nos lugares naturais e nas questões humanas aos quais ela
está ligada. Mas vida, destino e morte não podem se tornar “conscientes”, de
forma que com ela constela-se a consciência de nossa inconsciência fundamental.
Em outras
palavras, a consciência dessa estrutura arquetípica nunca está distante da
inconsciência. Seu vinculo primário é com o estado da natureza, com as coisas
que simplesmente são — vida, destino, morte — e que podem apenas ser refletidas
mas nunca separadas de sua impenetrável opacidade. Anima fica perto deste terreno
da mente inconsciente natural. (1)
Anima: A
Mulher Interior - Edward C. Whitmont
Como imagem
numinosa, isto é, como imagem afetiva espontaneamente produzida pela psique
objetiva, a anima representa o eterno feminino, em qualquer um e em todos os
seus quatro aspectos possíveis e suas variantes e combinações como Mãe,
Hetaira, Amazona e Medium.
Ela aparece
como a deusa da natureza, Dea Natura, e a Grande Deusa da Lua e da Terra, que é
mãe, irmã, amada, destruidora, bela feiticeira, bruxa feia, vida e morte, tudo
em uma só pessoa ou em aspectos diferentes da pessoa;
portanto, ela surge em inumeráveis imagens de
figuras femininas encantadoras, assustadoras, amigáveis, úteis ou perigosas, ou
até mesmo em figuras de animais, como já vimos — principalmente como gato,
cobra, cavalo, vaca, pomba, coruja — que a mitologia, atribui a certas
divindades femininas.
Aparece como sedutora, prostituta, ninfa,
musa, santa, mártir, donzela, aflita, cigana, camponesa, a vizinha do
lado, ou como a Rainha do Paraíso, a Virgem
Santa, para mencionar apenas alguns exemplos.
Estas são algumas das muitas facetas nas quais
a natureza feminina, o elemento Yin, sempre foi vivenciado pelo homem.
Como padrão de
comportamento, o arquétipo da anima representa os
elementos
impulsivos relacionados com a vida como vida, como um fenômeno natural, não
premeditado, espontâneo, com a vida da carne, com a vida da concretude, da
Terra, da emotividade, dirigida para as pessoas e para as coisas.
É o impulso
para o envolvimento, para a conexão instintiva com outras pessoas e com a
comunidade ou grupo que as contém. Enquanto a individualidade separada é
personificada como elemento masculino, a conexão (o inconsciente “continente”,
o grupo e a comunidade) é vivenciada e personificada como uma entidade
feminina.
Como padrão de
emoção, a anima consiste nos anseios inconscientes do homem, em seus estados de
espírito, aspirações emocionais, ansiedades, medos, inflações e depressões,
assim como em seu potencial para a emoção e o relacionar-se. Quando um homem
age em identidade com a sua anima — mulher de segunda categoria.
Sob essa forma, a anima representa o mundo da
natureza e do envolvimento emocional, dos amores e rancores, o mundo
relativamente inadaptado e portanto inferior do homem.
Consequentemente,
a psique objetiva apresenta-se ao homem em primeiro lugar como uma tentação
caótica inteiramente irracional, perigosamente primitiva, como uma sedução
encantadora.
Isso de que
estamos falando constitui um nível de operatividade que ainda não esteve
presente na consciência e, em grande parte, não pode sequer ser inteiramente
percebido de modo consciente, mas exige, ao mesmo tempo, que o percebamos e o
confrontemos.
Em consequência,
o processo de conscientização da anima, ainda que parcial, constitui um meio
indispensável de abordagem da dimensão não-pessoal da psique objetiva.
Enquanto a
anima permanecer em estado inconsciente, como todos os
elementos
inconscientes, seus meios de expressão são compulsivamente primitivos, através
de complexos, identidade, inflação e projeção.
A identidade
com a anima manifesta-se em todos os tipos compulsivos de melancolia, de
autopiedade, sentimentalismo, depressão, retraimento ruminativo, acessos de
paixão, hipersensibilidade mórbida ou efeminação, isto é, em padrões emocionais
e comportamentais que fazem o homem agir como uma mulher inferior.
A inflação
pela anima é um estado no qual ambições, esperanças e desejos são confundidos
com fatos e realidades acontecidos. Um pastor que ficou fanaticamente
impressionado com a premência de sua missão teve o seguinte sonho: “Ouvi uma
voz como se viesse das profundezas do espaço. Ela dizia que, se Suzy não
abandonasse o presbitério, eu é que teria que deixá-lo.”
Sobre essa voz
do além, com tamanho senso de autoridade, poderíamos dizer que era como a voz
do Self. Suas associações com “Suzy” eram a de que ela não era nenhuma amiga em
particular. De fato, ele até desconfiava de que ela não se importava muito com
ele como pessoa. Admirava-o e até mesmo imaginava-se apaixonada por ele, não
por causa dele mesmo mas porque era um “homem de Deus”.
Seu sonho,
então, diz mais ou menos o seguinte: há em você um aspecto emocional da
personalidade que está apaixonado pelo halo, pelo fato de ser o grande “homem
de Deus”. Mas, a menos que essa atitude cesse, a menos que você consiga
estabelecer alguma distância dela, você falará como pastor e terá que abandonar
o presbitério.
Devido à
inflação, o fato de estarmos apaixonados por nossa própria grandeza nos priva
do nosso senso das limitações humanas. Então, tomamo-nos irrealisticamente
exigentes em relação a nós mesmos e intolerantes em relação aos outros.
É dificílimo
lidar com o aspecto inflacionário da anima porque ele tende a ser
agradavelmente convincente. Sua ilusão aparece como verdade óbvia, a pessoa se
sente bem e convencida a respeito dessa verdade. Mas, como vimos até agora, é
exatamente quando estamos mais convencidos de uma certeza que somos mais
passíveis de estar nas garras de um poder inconsciente, por isso mais passíveis
de sermos enganados.
A anima em
projeção é responsável pelo fato de um homem estar amando ou estar odiando. Ele
encontrou a imagem de sua alma, a mulher ideal e única ou, ao contrário, uma
megera absolutamente insuportável. Ambas as reações são fascinantes e
irresistíveis.
Em tais situações, tende a haver um
envolvimento compulsório com o qual não conseguimos lidar e que também não
podemos deixar de lado. Se fosse apenas o fato de que a mulher é maravilhosa ou
horrível, poderíamos amá-la ou abandoná-la. Mas, se não podemos fazer nenhum
dos dois, então estamos sob o encantamento arrebatador do arquétipo.
Os
relacionamentos com o outro sexo estão sujeitos a ser iniciados pelas projeções
da anima ou do animus. Mas o vínculo verdadeiro requer que ultrapassemos as
projeções e alcancemos a realidade da outra pessoa.
A verdadeira
realidade da outra pessoa provavelmente estará em desacordo com as expectativas
projetadas; por isso, enquanto as projeções continuarem a prevalecer, a pessoa
ficará desapontada e será humilhada pelo parceiro quando ele ou ela não se
amoldar à imagem.
O verdadeiro relacionamento entre uma pessoa e
outra, isto é, um encontro do “eu” com o “tu” é, portanto, impossível, a não
ser que as projeções mais irrealistas da anima ou do animus tenham sido
dissolvidas, e isso não é fácil de se conseguir.
Enquanto apenas a projeção da anima determinar
o relacionamento, ela tenderá a produzir um pseudo-relacionamento — entre a
ilusão e a ilusão — sob a forma de mútuas fascinações e/ou ressentimentos
explosivos, e reações de fuga quando surgirem as projeções negativas (o
fantasma puritano, o vampiro, etc.).
Mas é bom
lembrar que as projeções e as relações ou pseudo-relações que elas engendram
são estados nos quais nos encontramos; eles ocorrem por si sós e não podem ser
evitados pela vontade ou por boas intenções. Nossa única oportunidade consiste
em desenvolver uma consciência de quando eles acontecem e das características
projetadas envolvidas.
A projeção da
anima masculina sempre oferece uma grande tentação para a mulher. Ela terá a
tendência para se identificar com a expectativa do homem e, portanto,
representá-la, fingir que incorpora o ideal dele ou suas necessidades reais ou
imaginárias.
Como
“mulher-anima”, ela pode tomar-se todas as coisas para todos os homens, desde
um flerte até uma esposa sábia ou a mulher inspiradora, antecipando todas as
necessidades e aspirações do marido ou enamorado, tomando-o portanto tão
dependente dela que, por sua vez, ele acaba concordando com todos os planos
dela, e faz aquilo que ela espera dele.
A mulher sábia, por exemplo, controla
habilmente o marido e toda a situação entre eles. Mas, nas palavras de Harding,
essa mulher sempre se refere ao seu marido, ao seu casamento com ênfase no
pronome possessivo.
São o seu impulso de poder e sua
possessividade instintivas, ou sua necessidade de buscar segurança ao se
identificar com uma persona convencional ou um ideal angélico e inspirador, que
podem induzir a mulher a representar esse papel, e podem fazê-la perder sua
própria alma, sua própria identidade real, no processo.
Para tornar-se
uma pessoa completa – e não um mero
número num contexto social, ou um animal macho — ou às vezes a fim de
agarrar-se à sua masculinidade, o homem deve confrontar sua anima e tentar
estabelecer com ela um relacionamento vivo e crescente.
Sem dúvida, isso também é essencial nos seus
relacionamentos com outras pessoas. Quando a consciência é mantida como escrava
pela força do arquétipo, o complexo, formado em torno do núcleo do arquétipo, e
sua projeção tornam quase que impossível que essa consciência se aproxime da
realidade da outra pessoa.
Jung descreve
o que acontece quando não há confronto entre o ego do homem e o “outro”
interior”:
“Muitas vezes,
o ego vivencia um vago sentimento de derrota moral e então se comporta de modo
mais defensivo, desafiador e arrogante, construindo assim um círculo vicioso
que só aumenta seu sentimento de inferioridade. Então, o âmago do
relacionamento é destruído, pois como na megalomania, um sentimento de
inferioridade torna impossível o reconhecimento mútuo e, sem isso, não há
relacionamento.2
O confronto
com a anima, ou com qualquer complexo ou impulso autônomo, inconsciente, requer
a percepção da natureza de suas expectativas autônomas e dos padrões de
resposta pessoais.
Ele exige que se estabeleça um relacionamento
com o complexo como entidade autônoma, uma espécie de “tu” interior, que
reconheça seus anseios e necessidades e se adapte a eles, canalizando seus
impulsos quando e onde for possível para expressões compatíveis com a realidade
exterior e com os preceitos éticos da consciência íntima da pessoa;
portanto, que
não apenas leve em conta os próprios hábitos usuais e as exigências das
responsabilidades comunitárias e familiares da pessoa, mas que também atenda às
necessidades daquilo que está pedindo para nascer.
Entretanto, o
encontro com a anima nunca é uma coisa simples; ela tende a aparecer com a
velocidade de um reflexo, como uma reação emocional, antes que se possa prestar
atenção e, no momento em que termina a inspeção interior, ela já se foi e o
sentimento desapareceu.
Uma
dificuldade adicional reside no fato de que os arquétipos como tais — as fontes
de todas essas reações — nunca podem ser integrados com alguma finalidade, mas
continuam a exprimir-se em formas sempre novas. Apenas as suas manifestações
podem ser integradas, na medida em que a pessoa chegar a conhecê-las, pois os
arquétipos são em si mesmos as pedras fundamentais da estrutura psíquica, que
na sua totalidade excede os limites da consciência e, portanto, nunca se pode
tornar o objeto da cognição direta.
Embora os
efeitos da anima e do animus possam tornar-se conscientes, eles próprios são
fatores que transcendem a consciência para além do alcance da percepção e da
volição. Portanto, permanecem autônomos apesar da integração de seus conteúdos
e, por essa razão, devem ser constantemente guardados na memória.
Um fato fundamental que facilmente perdemos de
vista é que a anima e o animus não estão sujeitos à vontade e ao controle
consciente. Nunca podemos domesticá-los ou eliminá-los; temos de estar sempre
preparados para novos truques e surpresas.
Todo afeto
intenso indica que a anima ou o animus está em atividade. A menos que
compreendamos isso, sempre seremos vítimas da ilusão de que os dominamos e
assim que nos sentimos seguros desse domínio, já caímos na inflação que prepara
a próxima armadilha.
Este texto é
resultado de uma pesquisa, é uma compilação ...
*1. Excertos
compilados pela autora a partir dos capítulos 1 (Anima e Contrassexualidade) e
2 (Anima e Eros) de Anima, Anatomia de Uma Noção Personificada, James Hilman,
Editora Cultrix, SP, 1990 (NT).
2. Marie
Louise Von Franz
3.
Wikipédia.
5. http://www.symbolon.com.br/index2.htm
Este texto está livre para divulgação
desde que seja citada a fonte:
http://dharmadhannyael.blogspot.com.br/
Meus blogs
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Haja luz para compartilhar para o bem de
todos.
Eu estou no G+ :
Este espaço está protegido pelos anjos e
por Hermes
Estou neste momento me unindo com o Poder e a
Força da Unidade, com o poder de todos os anjos, querubins, Serafins, Elohim.
Melchizedek, Sandalfon, Metraton,
Gabriel,
Rafael,
Haniel, Miguel, Camael, Tsadkiel,
Raziel, Uriel, Samuel
Os anjos seguem na frente abrindo meus
caminhos
e
me protegendo Com a Justiça Divina.
Amém!
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