As doze hierarquias
criadoras e o zodíaco
É complexo tema das hierarquias. Nós o faremos tecnicamente e principalmente
através do ensinamento oculto e sagrado revelado pela Teosofia. A primeira
fonte reside na Doutrina Secreta escrita por H. P. Blavatsky, a segunda no
ensinamento do Tibetano transcrito por Alice Bailey.
O conhecimento revelado é muito técnico, mas,
se estudado seriamente, propiciará ao leitor condições de compreender o que
ainda permanece como um dos maiores mistérios tanto para os cientistas, quanto
para a maioria dos estudantes dos mistérios sagrados.
Integradas ao estudo das
doze hierarquias, encontramos um sem-número de referências aos sete Raios e aos
sete planetas. Desde já alertamos, porém, que não se deve fazer confusão entre
as sete principais (cinco já obtiveram liberação) hierarquias criadoras e os
sete Raios, pois, embora haja entre eles uma estreita relação, o Tibetano
explica que os Raios não são outra coisa senão as formas primordiais de algumas
vidas que trazem em seu âmago todas as sementes da forma.
As hierarquias são os múltiplos grupos de
vida, em todos os estágios de desenvolvimento e crescimento, que utilizarão as
formas.
Os Raios são veículos, e veículos negativos;
as hierarquias os utilizam. É a natureza dessas vidas — a qualidade de suas
vibrações — que, segundo a grande lei de atração, adquire para elas as formas
desejadas.
Essas hierarquias criadoras,
que são os construtores ou os agentes de atração, constituem (de acordo com o
seu grau) os intermediários; todas encarnam um dos tipos de força que emanam
das sete constelações.
Elas são as mediadoras entre
o Espirito e a matéria e transmitem a força provinda de fontes exteriores ao
sistema solar às formas que se encontram no interior desse mesmo sistema.
Sem entrar por enquanto em
detalhes, a grande hierarquia dos Poderes Criadores está dividida em sete
ordens esotéricas (quatro e três), contidas nas doze grandes ordens
simbolizadas pelos doze signos do zodíaco.
Além disso, essas sete
ordens estão ligadas aos sete planetas, e todas se acham subdivididas em grupos
inumeráveis de seres divinos, espirituais, semi-espirituais ou etéreos.
O ocultismo ensina-nos que o
nosso sistema solar é vitalizado por três grandes constelações: a Ursa Maior,
as Plêiades e Sirius (1). Todas as três agem por intermédio dos sete raios, e
estes por sua vez expressam-se através das doze constelações (2) que formam o
grande círculo zodiacal.
O Tibetano lembra também que
as doze constelações estão fundidas com a energia dos doze planetas, dos quais
sete são sagrados. Entretanto, cada planeta assimila mais ou menos bem o
impacto, de acordo com a sua faixa vibratória e o seu grau de evolução.
A consciência de um ser humano depende dos
veículos de que dispõe e da capacidade de identificar-se com as energias que
chegam até ele. Algumas constelações estão mais estreitamente ligadas aos
planetas sagrados, como Aires, Touro, Gêmeos, Câncer, Libra, Aquário e Peixes,
embora uma delas esteja também associada a um dos planetas não-sagrados.
O reconhecimento do zodíaco
foi uma revelação progressiva que se desenvolveu conjuntamente com a
consciência da humanidade. Durante o período lemuriano, época em que a terra
era ainda habitada por homens-animais não-pensantes, somente oito signos
influenciavam o planeta, pois não existiam respostas às vibrações de Leão e de
Virgem.
Ao sobreviverem a individualização e a
implantação na consciência do homem do germe do estado crítico (ou búdico),
esses dois signos começaram a influenciar a humanidade. Durante a época dos
atlantes que se seguiu, o homem tomou-se receptivo à vibração planetária e
solar, abrindo dessa forma a porta estreita da iniciação. E assim dois signos
suplementares foram acrescentados, completando a série dos doze signos.
Tratava-se de Aquário e Peixes, pólos superiores e opostos de Leão e Virgem.
Os signos do zodíaco
relacionam-se sobretudo com a vida do homem celeste. As vidas que animam essas
grandes constelações, cuja radiação magnética alcança o nosso orbe, provocam um
impacto sobre o próprio Logos planetário.
Depois, como um efeito secundário, o impacto
toca o centro de Shambala, evocando uma resposta maior por parte das mônadas,
que se manifestam por intermédio das almas e das personalidades humanas.
Essas influências produzem dois efeitos:
• Elas galvanizam os centros
superiores do homem espiritualmente evoluído, colocando-os em atividades e
permitindo a esse homem harmonizar-se com a vibração da hierarquia planetária.
• Elas produzem um efeito
sobre o homem comum, instando-o a funcionar de maneira comum e sem
livre-arbítrio (ou instintivamente). Para tal homem, o tema astrológico da
personalidade coincide realmente com os acontecimentos de sua vida.
Para o homem evoluído, os astros
são apenas oportunidades com as quais ele ajusta a sua vida aos imperativos de
sua alma.
Esta a razão porque o tema astral de um homem
evoluído se mostre com muita frequência completamente diferente dos acontecimentos que
pontuam o seu dia-a-dia. Seria interessante reproduzir aqui um trecho do
Tibetano:
“A história inteira do
zodíaco pode ser resumida de forma imagística mas exata pela seguinte
afirmação: há três livros que os três tipos de seres humanos estudam para ali
colher o conhecimento:
1. O Livro da Vida — os
Iniciados — as doze constelações.
2. O Livro da Sabedoria — os
Discípulos — os doze planetas.
3. O Livro da Forma ou da
Manifestação — a Humanidade — as doze Hierarquias Criadoras.”3
Isso equivale a dizer, como
afirmamos acima, que os signos zodiacais influenciam principalmente o homem
médio comum.
O grupo interior dos
sistemas solares, operando conjuntamente com os signos zodiacais, influenciam
sobretudo os que buscam a elevação espiritual.
Em resumo, três energias
agem através do canal do centro da cabeça (entretanto, somente depois da
terceira iniciação). Somos todos influenciados
a) pelos sete Raios e os
doze signos do zodíaco, (4)
b) pelos sete Raios e as
doze hierarquias criadoras,
c) pelos sete Raios e os
planetas, quando estes governam as doze casas de expressão.
As doze constelações
zodiacais podem ser consideradas como encarnando o aspecto alma ou mediano da
divindade, o segundo aspecto da Trimúrti. É em essência a vontade de amar, e
isso deveria ser estudado na astrologia em termos de consciência.
O primeiro aspecto da
divindade encarna a Vontade de poder e se manifesta através de algumas grandes
constelações que são ativadas relativamente ao nosso sistema solar. Essas
vastas constelações exteriores, mas dominantes assemelham-se ao que no homem
chamamos de mônadas.
O terceiro aspecto da
Trimúrti expressa a Vontade de conhecer, manifesta-se através dos doze planetas
e só diz respeito à personalidade do homem.
Antes de continuar o estudo
das doze grandes hierarquias criadoras, observemos que, no ciclo médio das
numerosas reencarnações do homem, este percorre o círculo zodiacal de Peixes a
Áries, realizando assim uma marcha retrógrada através dos signos, segundo a
marcha retrógrada do próprio sol.
Entretanto, o Tibetano explica
que essa retrogradação aparente, fundada na precessão dos equinócios, é parte
integrante da grande ilusão. Desde o instante em que o homem começa a
liberar-se dessa aparência, e aqui reside o seu principal objetivo, o movimento
da grande roda da vida inverte-se, e o homem começa lenta e laboriosamente a
progredir na direção oposta.
Ele vai doravante percorrer
o zodíaco de Áries a Peixes, ao fim de cujo caminho, vitorioso, ele se toma um
salvador do mundo.
“Estas cinco declarações de
princípio são fundamentais:
1. Cada um dos Sete
Primordiais, os primeiros sete raios que formam o Logos em manifestação, é por
sua vez sétuplo.
2. Cada uma das sete cores
do espectro solar corresponde aos sete raios ou Hierarquias, de tal modo que
cada uma destas é subdividida em sete cores secundárias.
3. Cada uma dessas
Hierarquias fornece a essência (a alma) e é o construtor de um dos sete reinos
da natureza — os três reinos elementares, o reino mineral, o reino vegetal, o
reino animal e o reino do homem espiritual.
4. Cada Hierarquia fornece a
aura de um dos sete princípios do homem com sua cor específica.
5. Cada uma dessas
Hierarquias é o regente de um dos planetas sagrados.
É dessa forma que a
astrologia se relaciona com a existência, numa base estritamente científica.”5
As cinco hierarquias
liberadas
Existem doze hierarquias
criadoras em ação no nosso sistema evolutivo, mas, segundo a lei da evolução,
algumas alcançam o objetivo, liberam-se e começam a agir em outras esferas de
consciência, a fim de conseguir uma integração ainda mais profunda no seio da
divindade desconhecida.
Outras estão prestes a ser liberadas, tendo
por ora a oportunidade de se constituírem em hierarquias medianas e
transmissoras.
Elas formam um verdadeiro Antakahrana entre o
interior e o exterior de um sistema. Enfim, e sempre com o desígnio de
progredir cada vez mais, algumas hierarquias estão em ação, criando formas e
estimulando consciências.
Assim, no primeiro grande
período de nossa evolução, ou kalpa, eram os homens divinos, os criadores ou
progenitores, que estavam em ação.
Eles constituem atualmente
sete categorias de devas (anjos), sete classes em ação, desde a mais elevada
até a mais baixa, já que cinco dessas hierarquias já obtiveram a liberação.
Ignora-se quase tudo sobre as cinco primeiras
(ver quadro). Mesmo assim, o Tibetano comunica os símbolos a elas pertinentes,
lembrando que as cinco são classificadas junto e encaradas como se formassem
uma única hierarquia.
Em linguagem esotérica, são referidas como “as
vidas daquilo que apareceu, realizou suas revoluções e se apropriou do quinto
aspecto de Mahat”. Aqui estão esses cinco símbolos:
Essas hierarquias de 1 a 4 inclusive alcançaram a
liberação. São, portanto consideradas como puras abstrações....
Primeira Hierarquia (a 62)
“O grupo superior é
constituído pelas Chamas Divinas, também chamadas de ‘Leões do Fogo’ e ‘Leões
de Vida’; o esoterismo está guardado em segurança no signo zodiacal de Leão. Éo
nucléolo do Mundo divino superior.
Comentário: ‘Os nucléolos
são eternos e imperecíveis; os nuclei, periódicos e perecíveis. Os nucléolos
fazem parte do Absoluto. Constituem as seteiras desta sombria e impenetrável
fortaleza que está para sempre oculta aos olhos dos humanos e até mesmo dos
Anjos. Os nuclei são a luz da eternidade que dali se escapa.’
É essa luz que se condensa
para revestir as formas dos ‘Senhores do Ser’, cujos primeiros e mais elevados
são coletivamente o Logos. Do seio destes, e em movimento descendente, formadas
pelas ondas dessa Luz, que se condensam e tornam-se matéria grosseira no plano
objetivo, jorram as numerosas Hierarquias das Forças Criadoras; umas não
apresentam formas, outras possuem suas próprias formas distintas, outras ainda,
as mais baixas (os Elementais), não têm nenhuma forma particular mas revestem
todas as formas, segundo o meio em que se encontrem.”6
Nesta Hierarquia, essas
unidades dévicas são a vida e o coração do universo, o Atma e a Vontade
cósmica, e é através deles que desce o raio divino Paratma que desperta Atma na
mônada humana....
“A primeira grande
Hierarquia emana do Coração do Sol Espiritual central.7 Éo próprio Filho de
Deus, o Primeiro Nascido em um sentido cósmico, da mesma forma que o Cnsto era
‘o Primogênito de uma imensa fami’lia de innãos’ e a ‘primeira flor da planta
humana’. O símbolo dessa Hierarquia é o Lótus de Ouro com suas doze pétalas
dobradas.
É preciso ter sempre
presente no espfrito que essa Hierarquia é na realidade a sexta; cinco
Hierarquias anteriores já se liberaram e foram o produto de um sistema passado
em que a Inteligência ou Manas era o objetivo. As cinco hierarquias liberadas
formam em sua totalidade o conjunto de manas. A quinta Hierarquia na ordem, da
qual se diz que está em vias de liberação definitiva ou prestes a receber a
quarta Iniciação, é a responsável por alguns fenômenos em nosso planeta que lhe
valeram a denominação de ‘a Estrela do Sofrimento’. Existe entre o reino animal
e a quinta Hierarquia Criadora do sistema precedente um laço kármico que se
traduz, no homem, pela crucificação necessária da natureza física animal,
especialmente no domínio do sexo. Devemos recordar-nos de que as Hierarquias
trabalham de acordo com a Lei de Atração; é a lei des Construtores.
A primeira (sexta)
Hierarquia tem como tipo de energia o primeiro aspecto do sexto tipo de
eletricidade cósmica e maneja portanto um poder especial, em conjunção com o
fogo mais baixo ou ‘fogo por fricção’, tal como ele é experimentado no sexto
plano. Essas vidas são chamadas de ‘Os Filhos do Desejo ardente’ e eram Filhos
de Necessidade. Diz o antigo Comentário: ‘Eles ardiam de saber e
precipitaram-se nas esferas. Eles são o desejo do Pai pela Mãe. Em conseqüência
disso, sofrem, ardem e desejam na sexta esfera da sensação.”8
Essa hierarquia esforça-se
por expressar a vibração mental do Logos solar. Corresponde-lhe o signo de
Leão, seu planeta é o sol, e a cor, o laranja. Ela se manifesta pela suprema
energia (Parashakti) e diz respeito ao plano logóico. Tem como veículo de
manifestação a força do primeiro raio da vontade e do poder". Michel Coquet
2. “É preciso ter presente
no espírito igualmente a ação da energia que emana de cada uma das doze
constelações ou signos do zodíaco, objeto de estudo da astrologia. Esse tipo de
força diz respeito principalmente à estimulação planetária, os Logos
planetários, e se acha culto em seu Karma cíclico — Karma que incidentemente
implica as mônadas e os devas que formam seus corpos e seus centros.”
(Astrologie Esotérique,
Alice Ann Bailey, p. 566.)
3.Astrologie Esotérique,
Alice Ann Bailey, p. 33.
4.“o zodíaco não é outra
coisa senão a passagem imaginária do sol através dos céus, e isso tal como
aparece do ponto de vista de nosso insignificante planeta. O sol não se
encontra, como se costuma dizer, nesse ou naquele signo do zodíaco. De qualquer
modo, dá essa impressão, quando ele passa entre nossa pequena esfera, a terra,
e as constelações, num momento dado ou numa estação particular.”
(AstrologieEsOtériqUe, p. 16.) 4
5. Astrologie Esotérique,
Alice Ann Bailey, p. 563
6. Doctrine Secrète,
1,233-250. D.S., 111,565-566.
7.Trairé sur leFeu Cosmique, p.
1010-1011.
8Abrégé de la Doctrine
Secrère, H. P. Blavatsky, p. 110.
Este texto está livre para divulgação
desde que seja citada a fonte:
http://dharmadhannyael.blogspot.com.br/
Meus blogs
http://dharmadhannyael.blogspot.com.br/
http://astrologiadevenusemercurio.blogspot.com.br/
https://www.facebook.com/dharmadhannyael
Haja luz para compartilhar para o bem de
todos.
Eu estou no G+ :
Este espaço está protegido pelos anjos e
por Hermes
Estou neste momento me unindo com o Poder e a
Força da Unidade, com o poder de todos os anjos, querubins, Serafins, Elohim.
Melchizedek, Sandalfon, Metraton,
Gabriel,
Rafael,
Haniel, Miguel, Camael, Tsadkiel,
Raziel, Uriel, Samuel
Os anjos seguem na frente abrindo meus
caminhos
e
me protegendo Com a Justiça Divina.
Amém!
Nenhum comentário:
Postar um comentário