"Tenha um objetivo"
Rahman e KEalcque
Sem um objetivo, tudo perde o sentido. Você pode
trabalhar quarenta horas por semana, arrumar a casa, brincar com os filhos,
divertir-se, tomar resoluções para o novo ano.
Entretanto, se você não tiver urna razão para estar
fazendo tudo isso, nenhuma dessas coisas terá qualquer sentido.
Digamos que você é um estudante. Para que estudar para
urna prova? Para sair-se bem no curso. E que importância tem sair-se bem no
curso? É importante para conseguir um diploma.
Mas para que serve
um diploma? Para ajudar a obter um bom emprego. É verdade que o emprego só virá
daqui a vários anos, mas é ele que alicerça todo o seu esforço. Sem o objetivo
Final, todos os passos intermediários viram passatempos e perdem o sentido.
Para que se dar ao
trabalho de fazer todas essas coisas se elas não conduzirem você até algo que
deseja? Se não houver um objetivo, é preferível Ficar à toa do que estudar para
a prova.
É muito mais fácil dedicar-se a qualquer atividade, seja
ela para a família ou para o sucesso pessoal, se tornarmos consciência do que
queremos.
Caso contrário,
viramos autômatos que repetem comportamentos sem conhecer a razão. Saber qual é
o objetivo que queremos alcançar com determinada atividade nos permite avaliar
se estamos avançando em sua direção e nos possibilita mudar de rumo se for
necessário.
Em uma pesquisa realizada com estudantes universitários
fez- se uma comparação entre os estudantes que gostavam da vida que levavam e
de seus estudos e os estudantes que se sentiam insatisfeitos. Constatou-se uma
diferença significativa: os estudantes do primeiro grupo tinham consciência do
que desejavam da vida, enquanto os outros simplesmente iam tocando.(1)
Você ainda não terminou a melhor
parte de sua vida
parte de sua vida
Diz-se que os jovens desperdiçam a juventude. As pessoas que
afirmam isto estão aceitando o mito de que só os jovens podem aproveitar a vida
plenamente.
A verdade é que as pessoas mais velhas não consideram
que a juventude tenha sido a melhor época de suas vidas. A maioria aprecia mais
a maturidade do que qualquer outra fase da vida.
Um grupo de colegas de universidade, que se encontram todos os anos, está reunido quarenta anos depois da formatura.
Em determinado momento, uma delas resolve perguntar às
outras quais foram os mitos que mais atrapalharam suas vidas.
Algumas dizem que foi o mito do casamento perfeito, como nos filmes e contos que terminavam com “e foram felizes para sempre”.
Outras insistem que o mito da maternidade como uma
experiência maravilhosa as fez sofrer quando se depararam com cólicas do bebê
no fim da tarde e a sensação de que nunca mais teriam uma noite bem dormida.
Mas todas são unânimes em afirmar que o mito da
juventude como uma fase privilegiada gerou perplexidade e frustração.
Falam de tocts as inseguranças e dúvidas, do tempo que
levaram para tornar psse de si mesmas e deixar de responder às expectativas
exteriores.
Lembram dos chásde-cadeira
nas festas em que nenhum rapaz as tirava para dançar, da tortura do telefone
que não tocava, da incerteza ante o futuro.
E se dão conta, extremamente satisfeitas, dos ganhos da
maturidade. Há algumas rugas, os cabelos embranqueceram — e foram pintados —, o
corpo não tem os mesmos contornos da juventude e alguns limites começam a se
manifestar.
Mas são pequenas
perdas compensadas por extraordinários ganhos. Aprenderam a administrar as
crises do casamento e construíram com o marido urna cumplicidade que garantiu
urna feliz convivência.
Os filhos estão
criados, e descobriram a maravilha que são os netos. Constataram que ninguém “é
feliz para sempre”, mas que a vida é cheia de pequenas e grandes alegrias.
Momentos de sofrimento são inevitáveis, mas aprenderam e
sabem que a capacidade de superação do ser humano é extraordinária. Sentem-se
mais livres, mais capazes de fazer suas próprias escolhas e de usufruir o que
está a seu alcance.
Nenhuma delas lamenta
a juventude perdida, e algumas chegam a afirmar: “Eu não queria voltar de
maneira nenhuma aos meus dezoito anos!”
Um grupo de pesquisadores realizou um estudo de longo
prazo com habitantes do norte da Califórnia, entrevistando-os diversas vezes ao
longo de três décadas. Quando lhes perguntavam qual a época mais feliz de suas
vidas, oito em cada dez pessoas respondiam “agora”.
Field, 1997
(1) Rahman e KEalcque, 1 996
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