quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Tenha um objetivo




"Tenha um objetivo"
 Rahman e KEalcque
Sem um objetivo, tudo perde o sentido. Você pode trabalhar quarenta horas por semana, arrumar a casa, brincar com os filhos, divertir-se, tomar resoluções para o novo ano.

Entretanto, se você não tiver urna razão para estar fazendo tudo isso, nenhuma dessas coisas terá qualquer sentido.

Digamos que você é um estudante. Para que estudar para urna prova? Para sair-se bem no curso. E que importância tem sair-se bem no curso? É importante para conseguir um diploma.

 Mas para que serve um diploma? Para ajudar a obter um bom emprego. É verdade que o emprego só virá daqui a vários anos, mas é ele que alicerça todo o seu esforço. Sem o objetivo Final, todos os passos intermediários viram passatempos e perdem o sentido.

 Para que se dar ao trabalho de fazer todas essas coisas se elas não conduzirem você até algo que deseja? Se não houver um objetivo, é preferível Ficar à toa do que estudar para a prova.

É muito mais fácil dedicar-se a qualquer atividade, seja ela para a família ou para o sucesso pessoal, se tornarmos consciência do que queremos.
 Caso contrário, viramos autômatos que repetem comportamentos sem conhecer a razão. Saber qual é o objetivo que queremos alcançar com determinada atividade nos permite avaliar se estamos avançando em sua direção e nos possibilita mudar de rumo se for necessário.

Em uma pesquisa realizada com estudantes universitários fez- se uma comparação entre os estudantes que gostavam da vida que levavam e de seus estudos e os estudantes que se sentiam insatisfeitos. Constatou-se uma diferença significativa: os estudantes do primeiro grupo tinham consciência do que desejavam da vida, enquanto os outros simplesmente iam tocando.(1)

Você ainda não terminou a melhor
parte de sua vida

Diz-se que os jovens desperdiçam a juventude. As pessoas que afirmam isto estão aceitando o mito de que só os jovens podem aproveitar a vida plenamente.
 A verdade é que as pessoas mais velhas não consideram que a juventude tenha sido a melhor época de suas vidas. A maioria aprecia mais a maturidade do que qualquer outra fase da vida.

Um grupo de colegas de universidade, que se encontram todos os anos, está reunido quarenta anos depois da formatura.
Em determinado momento, uma delas resolve perguntar às outras quais foram os mitos que mais atrapalharam suas vidas.

Algumas dizem que foi o mito do casamento perfeito, como nos filmes e contos que terminavam com “e foram felizes para sempre”.
Outras insistem que o mito da maternidade como uma experiência maravilhosa as fez sofrer quando se depararam com cólicas do bebê no fim da tarde e a sensação de que nunca mais teriam uma noite bem dormida.

 Mas todas são unânimes em afirmar que o mito da juventude como uma fase privilegiada gerou perplexidade e frustração.
Falam de tocts as inseguranças e dúvidas, do tempo que levaram para tornar psse de si mesmas e deixar de responder às expectativas exteriores.
Lembram dos chásde-cadeira nas festas em que nenhum rapaz as tirava para dançar, da tortura do telefone que não tocava, da incerteza ante o futuro.

E se dão conta, extremamente satisfeitas, dos ganhos da maturidade. Há algumas rugas, os cabelos embranqueceram — e foram pintados —, o corpo não tem os mesmos contornos da juventude e alguns limites começam a se manifestar.

 Mas são pequenas perdas compensadas por extraordinários ganhos. Aprenderam a administrar as crises do casamento e construíram com o marido urna cumplicidade que garantiu urna feliz convivência.

 Os filhos estão criados, e descobriram a maravilha que são os netos. Constataram que ninguém “é feliz para sempre”, mas que a vida é cheia de pequenas e grandes alegrias.

Momentos de sofrimento são inevitáveis, mas aprenderam e sabem que a capacidade de superação do ser humano é extraordinária. Sentem-se mais livres, mais capazes de fazer suas próprias escolhas e de usufruir o que está a seu alcance.

 Nenhuma delas lamenta a juventude perdida, e algumas chegam a afirmar: “Eu não queria voltar de maneira nenhuma aos meus dezoito anos!”

Um grupo de pesquisadores realizou um estudo de longo prazo com habitantes do norte da Califórnia, entrevistando-os diversas vezes ao longo de três décadas. Quando lhes perguntavam qual a época mais feliz de suas vidas, oito em cada dez pessoas respondiam “agora”.
Field, 1997


(1) Rahman e KEalcque, 1 996



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