terça-feira, 14 de abril de 2015

Transtorno Bipolar



Eu realizei esta pesquisa pensando nos curadores de todas as áreas, e acredito que é muito importante identificar os sintomas psicopatológicos do cliente.
Pesquisado por DharmaDhannya_EL
Transtorno Bipolar.  

"SEU FILHO É BIPOLAR?"
Drauzio varela e  Valentim Gentil filho

Não existem testes padronizados para transtorno bipolar, mas esta lista, adaptada do livro “The Bipolar Child”, pode ajudá-lo a reconhecer alguns sinais de alerta. Assinale os comportamentos que seu filho atualmente apresenta ou apresentou no passado. Se você assinalar mais de 20 itens, ele deveria ser examinado por um profissional da área.

Seu filho:
1- Fica aflito demais quando separado da família;
2- Demonstra ansiedade ou preocupação excessiva;
3- Tem dificuldade para levantar-se pela manhã;
4- Fica hiperativo e excitável à tarde;
5- Tem sono agitado ou dificuldade para conciliar o sono;
6- Tem terror noturno ou acorda muitas vezes no meio da noite;
7- Não consegue concentrar-se na escola;
8- Tem caligrafia pobre;
9- Tem dificuldade em organizar tarefas;
10- Tem dificuldade em fazer transições;
11- Reclama de sentir-se aborrecido;
12- Tem muitas ideias ao mesmo tempo;
13- É muito intuitivo ou muito criativo;
14- Distrai-se facilmente com estímulos externos;
15- Tem períodos em que fala excessiva e muito rapidamente;
16- É voluntarioso e recusa-se a ser subordinado;
17- Manifesta períodos de extrema hiperatividade;
18- Tem mudanças de humor bruscas e rápidas;
19- Tem estados de humor irritável;
20- Tem estados de humor vertiginosamente alegres ou tolos;
21- Tem ideias exageradas sobre si mesmo ou suas habilidades;
22- Exibe um comportamento sexual inapropriado;
23- Sente-se facilmente criticado ou rejeitado;
24- Tem pouca iniciativa;
25- Tem períodos de pouca energia, ou alheamento, ou se isola;
26- Tem períodos de dúvida sobre si mesmo ou de baixa estima;
27- Não tolera demoras ou atrasos;
28- Persegue obstinadamente suas próprias necessidades;
29- Discute com adultos ou é mandão;
30- Desafia ou se recusa a cumprir regras;
31- Culpa os outros por seus erros;
32- Enerva-se facilmente quando as pessoas impõem limites;
33- Mente para evitar as consequências de seus atos;
34- Tem acessos de raiva ou fúria explosivos e prolongados;
35- Tem destruído bens intencionalmente;
36- Insulta cruelmente com raiva;
37- Calmamente faz ameaças contra outros ou contra si mesmo;
38- Já fez claras ameaças de suicídio;
39- É fascinado por sangue ou coágulos;
40- Já viu ou ouviu alucinações.




POSSIBILIDADES DE TRATAMENTO NA INFÂNCIA
Tratar crianças com transtorno bipolar não é fácil, mas, atualmente, pelo menos é possível. O primeiro passo, em geral, é prescrever medicamentos. Depois vem a psicoterapia individual, a terapia familiar e as mudanças no estilo de vida.
RECURSOS TERAPÊUTICOS

Lítio – O tradicional esteio, atenua os sintomas através da regulação dos neurotransmissores, mas não funciona para todas as pessoas.
Medicamentos anticonvulsivantes – Inicialmente usados no tratamento da epilepsia, esses medicamentos ajudam a controlar as crises de mania.
Antipsicóticos atípicos – Medicamentos utilizados para ajudar os esquizofrênicos a vencerem os delírios podem fazer o mesmo pelos bipolares.

Antidepressivos – Apresentam o risco de aumentar os ciclos do transtorno bipolar, mas seu uso pode ser necessário como parte da associação de medicamentos.

Estilo de vida – Rotinas como, por exemplo, a fixação dos horários de dormir e acordar, são fundamentais; o uso de cafeína deve ser restringido e os adolescentes devem evitar o uso de drogas e álcool.

“Dra Mara diz que “Transtorno bipolar (TB) é um tipo de transtorno de humor. O transtorno bipolar foi chamado psicose maníaco-depressiva no passado, e que o termo ainda é usado por algumas pessoas. É uma doença psiquiatra  que causa grandes transtornos no estilo de vida e saúde.

Todo mundo tem altos e baixos ocasionais no seu humor. Mas as pessoas com transtorno bipolar têm oscilações extremas de humor. Eles podem ir do sentimento muito triste, desesperado, impotente, inútil e sem esperança (depressão), para sentir como se eles estão no topo do mundo, hiperativo, criativa e grandiosa ( mania ).

 Esta doença é chamada de transtorno bipolar, pois o humor de uma pessoa com transtorno bipolar pode alternar entre dois pólos completamente opostos, felicidade e euforia extrema tristeza.

Os sintomas de mania e depressão, por vezes ocorrem juntos no que é chamado de "estado misto".

Os extremos de humor geralmente ocorrem em ciclos. No meio dessas mudanças de humor, as pessoas com transtorno bipolar são capazes de funcionar normalmente, manter um emprego e ter uma vida familiar normal. Os episódios de humor tendem a se tornar mais juntos com a idade.

Quando uma pessoa está nas garras da doença, o caos pode ocorrer. O transtorno bipolar pode causar grandes perturbações da família e finanças, perda de emprego, problemas conjugais.

Depressão grave pode ser fatal. Pode estar associada com pensamentos suicidas, atos reais de suicídio, e até mesmo atos de homicídio  em alguns casos.

Mania extremo pode levar a um comportamento agressivo, potencialmente perigoso, com comportamentos de risco, e os atos homicidas.

Um número de pessoas com transtorno bipolar pode voltar para as drogas e álcool para "auto-tratamento", pode manifestar desordem seu emocional, resultando em abuso e dependência de substâncias.

A maioria das pessoas começam a mostrar sinais de transtorno bipolar no final da adolescência (a idade média de início é 21 anos). Estes sinais podem ser admitidos como " dores do crescimento "ou o comportamento adolescente normal. Na ocasião, algumas pessoas têm seus primeiros sintomas durante a infância, mas a condição muitas vezes pode ser confundida com esta idade e impropriamente rotulado como um problema comportamental. O transtorno bipolar pode não ser corretamente diagnosticada até a idade de  25-40 anos, nesta fase o o padrão de sintomas pode tornar-se mais claro.

O transtorno bipolar ocorre em homens e mulheres. Cerca de 5,7 milhões de pessoas nos Estados Unidos têm o distúrbio. Não existe nenhum grupo racial que é mais afetados por esta doença.

Devido ao comportamento extremo e arriscado que se passa com a doença bipolar, é muito importante que o distúrbio ser identificado. Com o diagnóstico correto e precoce, esta condição mental pode ser tratada. O transtorno bipolar é uma doença de longa duração que exigem uma gestão adequada para a duração da vida de uma pessoa”. Dr. Mara Aloi

“A Pesquisa Nacional de Comorbidade (National Comorbidity Survey Replication), o mais abrangente estudo já realizado sobre a saúde mental nos Estados Unidos, indicou que 46% dos americanos sofrem de algum tipo de distúrbio mental ao longo da vida. No total, mais de 15 mil pessoas foram entrevistadas durante dez anos.

Coordenada por Ronald C. Kessler, da Universidade Harvard, a pesquisa revelou que 18% dos pesquisados já haviam sofrido de transtorno de ansiedade grave, 10% de depressão ou transtorno bipolar, 9% de transtorno obsessivo-compulsivo e 4% de dependência ao álcool ou a drogas. Apenas 40% dos portadores de distúrbios de saúde mental afirmaram ter recorrido a algum tipo de tratamento, e em geral não com especialistas.

A prevalência de distúrbios é muito maior que a registrada há 20 anos. Os resultados levaram a uma revisão do Manual de Diagnóstico e Estatística, que reúne os critérios usados por psiquiatras para determinar se os sintomas de um indivíduo podem ser diagnosticados como transtorno. A quarta edição atualizada, conhecida como DSM-IV, tem sido a grande referência, mas talvez precise de revisão à luz dos novos dados.

Uma boa notícia é que a maioria dos casos clínicos é de gravidade moderada. Mas grande parte das pessoas disse que os primeiros sinais de suas doenças apareceram antes dos 18 anos, o que sugere atenção especial aos jovens. Os pesquisadores analisam agora 10 mil adolescentes e conduzem estudos sobre americanos de origem africana, hispânica e asiática a fim de observar tendências mais específicas.

'Quando o Transtorno  bipolar e a esquizofrenia se aproximam".
Richard Bental – Revista Mente e cérebro.

Por muito tempo pesquisadores buscavam compreender as causas desses novos distúrbios. Novos estudos reforçam o consenso emergente de que essas psicoses são doenças sobrepostas, com raízes genéticas semelhantes.

Esta em curso uma revolução que envolve mais de 150 milhões de pessoas em todas as partes do mundo. Se você não percebeu, não é nenhuma surpresa, porque esse movimento é silencioso. Esses são os milhões que sofrem de duas doenças devastadoras: esquizofrenia ou transtorno bipolar.

 Ou, pelo menos, essas pessoas se enquadram nos critérios diagnósticos da classificação Internacional de Doenças (CID-10). Por muitos anos surgiram apenas algumas poucas vozes dissidentes: pacientes que estavam bem o suficiente para discutir, suas famílias, grupos de apoio, psicólogos e um punhado de médicos.

Em países pobres
como a Zâmbia, onde os serviços psiquiátricos são subdsepvo1vidos, a recuperação de aproximadamente 50%, enquanto no Ocidente é de cerca de 30%

Para a maioria dos psiquiatras, esquizofrenia e transtorno bipolar são as doenças mentais mais sérias que existem. São classificadas como psicoses ou transtornos psicóticos, e parecem envolver uma acentuada quebra com a realidade.

 Durante episódios agudos, os pacientes experimentam delírios (‘o governo está tentando me matar”, no caso dos esquizofrênicos) ou mania de grandeza (“eu inventei sozinho o helicóptero e a torradeira”, poderia dizer uma pessoa no polo maníaco da bipolaridade).

Alguns também sofrem alucinações. Em geral, ouvem vozes criticando-os ou dizendo o que fazer. A principal diferença entre as duas condições é a aparente falta de emoções na esquizofrenia e os sentimentos extremos dos pacientes bipolares, que alternam entre a depressão e a euforia.

Por mais de um século, investigadores lutaram para apontar a causa dessas doenças. Novas ideias são frequentemente estimuladas pela descoberta acidental de drogas que pareceram ajudar, como a cloropromazina para esquizofrenia e os estabilizadores de humor, como o carbonato de lítio, para o transtorno bipolar.

O progresso tem sido lento e poucas teorias permaneceram incontestes por muito tempo. A recuperação também continua problemática, se tornando um tipo perverso de loteria geográfica.

Um dos maiores obstáculos no caminho do progresso é a ideia de que essas doenças são condições “separadas” e muito específicas. Essa forma de pensar data do século XIX, principalmente graças ao trabalho do psiquiatra alemão Emil Kraepelin, que acreditava que os pacientes com esquizofrenia (ou “demência prematura”, como ele chamou, significando a senilidade em jovens) estavam sofrendo de uma condição que, depois de desencadeada, nunca poderia melhorar.

 Os pacientes com transtorno bipolar (os maníaco- depressivos de Kraepelin), em geral, tinham um prognóstico muito melhor. Entretanto, análises estatísticas dos sintomas mostram que esses não se agrupam de acordo com o que Kraepelin imaginou. Na verdade, pouco depois que a esquizofrenia e o transtorno bipolar se tomaram amplamente aceitos como diagnósticos, ficou aparente que muitos dos pacientes apresentam ambos os tipos de sintoma.

Estudos recentes em biologia molecular têm reforçado o consenso emergente de que a esquizofrenia e o transtorno bipolar são transtornos  sobrepostos. Nenhum gene ou grupo de genes responsável por qualquer uma das doenças foi encontrado. No máximo, defeitos na ação de alguns genes— como a neuregulina1 e  a disbindina — que parecem aumentar levemente o risco de sofrer os sintomas associados a ambas as condições.

ALUCINAÇÕES AUDITIVAS
Outro desafio é que a linha divisória entre a psicose e o funcionamento considerado saudável tem se tornado cada vez mais vaga. E uma descoberta surpreendente; sintomas psicóticos são muito mais comuns do que se pensava.

 Esses sintomas são, na maior parte, alucinações auditivas que, com os delírios, levam ao diagnóstico de esquizofrenia ou transtorno bipolar em cerca de 1 % da população. Mas estudos no Ocidente mostram que cerca de 10% da população sofre de alucinações auditivas em algum instante da vida.
Isso faz sentido se existe um espectro que vai da psicose ao estado considerado normal, sem uma linha divisória entre o saudável e o patológico.

Em uma visão otimista, isso sugere que muitas pessoas conseguem lidar com sintomas psicóticos sem procurar ajuda médica. Para enfrentarem essas dificuldades, muitos psicólogos que trabalham com essa patologia estão concentrados em sintomas específicos. Muitas pesquisas, por exemplo, ligam alucinações auditivas com a fala interior, ou pensamento verbal.

As crianças aprendem a pensar em palavras ao falar em voz alta consigo mesmas. Quando adultos, um eco neuromuscular velado, chamado subvocalização, persiste durante o pensamento.

 O pesquisado Philip McGuire, do Instituto de Psiquiatria de Londres (lOP), usou exames de imagem para mostrar que os pacientes subvocalizam ou falam baixo, consigo mesmos, quando alucinam ouvindo vozes, o que sugere que eles não conseguem diferenciar seus pensamentos de estímulos externo. 

 Embora ninguém entenda a causa, existe alguma evidência controversa de que traumas estejam presentes na história de vida dessa pessoa.

 Um estudo feito, em 2005, por Tony Morrison, da Universidade de Manchester, e um trabalho que eu publiquei, em 2003, mostram altas taxas de abuso sexual em pacientes que ouvem vozes. Quando o assunto são os delírios, psicólogos cognitivos tentaram identificar processos de raciocínio anormais que podem levar a deduções falsas sobre o mundo.

 Delírios paranóicos (de perseguição) receberam muita atenção e existem evidências de que essas manifestações seguem experiências reais de perseguição e vitimização em longo prazo, talvez levando a hipersensibilidade a estímulos ameaçadores.

Também existem evidências de que dificuldades cognitivas mais básicas estejam envolvidas. Philippa Garety, no IOP, realizou um experimento no qual ela mostrou aos pacientes duas jarras:
uma contendo contas brancas misturadas a algumas vermelhas e outra com contas vermelhas misturadas a algumas brancas. Em seguida, ela mostrava a eles uma sequência de contas, sem dizer de que jarra elas vinham.

Os pacientes que tinham delírios de perseguição apontando a jarra de origem, em geral, erravam mais rápido do que as pessoas que não apresentavam delírios.

Do mesmo modo que tiram conclusões precipitadas, pessoas com delírios de perseguição têm dificuldade para entender pensamentos, sentimentos e crenças dos outros.

Parece provável que alguma combinação dessas dificuldades leve à paranóia completa. Toda essa pesquisa é muito promissora: estamos começando a separar sintomas que antes pareciam um bolo só.

Como resultado, tratamentos psicológicos para alguns dos que sofrem com psicose é uma possibilidade real. Entretanto, algumas visões antigas precisam mudar.

FILME UMA MENTE BRILHANTE, do diretor Ron Howard, conta a história do físico americano J. Nash, que a prendeu a conviver com a psicopatologia

CONCEITOS-CHAVE
• A maioria dos psiquiatras concorda que a esquizofrenia e o transtorno bipolar são doenças mentais sérias, classificadas como psicoses, e parecem envolver uma acentuada quebra com a realidade. Um relatório recente revelou 9ue, de 1994 a 2003, nos Estados Unidos houve um aumento de 40 vezes no numero de doenças mentais — embora muitas pessoas suspeitem que isso se deva ao excesso de diagnósticos.
• Esquizofrenia e transtorno bipolar podem ter raízes genéticas similares.
A afirmação está em um estudo publicado no início de julho pela revista Nature. A publicação científica apresenta três artigos sobre esquizofrenia com resultados de pesquisas que, somadas, abrangem um universo de mais de 10 mil casos de pessoas com diagnósticos de esquizofrenia.

Este texto é resultado de uma pesquisa, inspirado em vários mestres do assunto
DrauzioVarela, revista  Mente e Cerebro , por Richar Bental, e Dra. Mara Aloi


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Raziel, Uriel,  Samuel
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 e me protegendo Com a Justiça Divina.
Amém!




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