sexta-feira, 17 de agosto de 2012

OS MISTÉRIOS DO SONO - Nossas forças Mentais




OS MISTÉRIOS DO SONO - Nossas forças Mentais
Prentice Mulford
postado por dharmaDhannyaEL


Qualquer pensamento, ainda que não expresso, é alguma coisa que vai à pessoa, à coisa ou ao lugar para o qual é dirigido, O vosso espírito dirigiu-se, pois, no correr do dia, a mil ou talvez a dez mil direções diferentes. 

 E, ao pensar, agis. Todo pensamento representa emissão de forças. Projetando ou expandindo assim as nossas forças, durante dezesseis ou dezoito horas consecutivas, à noite já não nos resta no corpo o suficiente para alimentá-lo.  

E é por isso que ele cai no estado de insensibilidade a que se denomina sono. Em tal estado, o espírito recolhe as suas forças dispersas, os seus pensamentos projetados longe; torna a entrar no corpo com as forças assim concentradas e dele toma novamente posse. Suponde muitos regatos a correrem em diversas direções, reuni-os em um só e tereis a força que faz girar a roda do moinho. 
 Se pudésseis reconduzir imediatamente todo o vosso espírito ao seu centro e reunir as suas forças dispersas, tornar-vos-íeis tão bem dispostos, apenas em tantos minutos quantas as horas que gastaríeis para repousar.  

Este segredo conhecia-o Napoleão I, e era assim que se sustentava com pouquíssimo dormir, durante as suas campanhas, nas quais tinha necessidade de ter sempre à disposição o máximo das suas forças. 
É um poder este que todos podem adquirir com um certo exercício de descanso. 
Trata-se, antes de mais nada, de pôr o corpo em um estado de repouso tão perfeito quanto possível, evitando todos os movimentos físicos involuntários, como o balancear de ombros, o bater dos pés, o tamborilar dos dedos, etc. 
Todos esses movimentos involuntários malgastam-nos as forças e, o que é pior ainda, habituam o nosso inconsciente a destruí-las e desbaratá-las. 
 A ação involuntária da inteligência, o extravio do espírito em todas as direções, encaminhando-se para pessoas, coisas, planos ou projetos, o dispêndio do mesmo, seja grande ou pequeno, há de ser também cuidadosamente evitado, deixando a inteligência, durante alguns minutos, no mais completo repouso possível. 

 A concentração do pensamento na palavra recolhimento ou ainda o imaginar que o vosso espírito, posto, por meio de uma espécie de filamentos elétricos, em relação com pessoas, lugares ou coisas mais distantes, é atraído para vós e concentrado num só ponto, é útil para realizar isso; 

 porquanto, aquilo que assim imaginais é uma realidade espiritual. Isto é, sois realmente um espírito e, por ação do espírito, sois aquilo que imaginais.
QUANDO o nosso corpo se acha naquele estado a que chamamos sono, nós viajamos. O Eu verdadeiro não é o nosso corpo, mas sim uma organização invisível a que se denomina espírito. O espírito possui sentidos semelhantes aos do corpo, porém muito superiores, pois que podem ver formas e ouvir vozes muito distantes do corpo.
 O espírito não é o corpo. Sem estar nele inteiramente, age sobre ele e dele se serve como de um instrumento. É uma força que também pode fazer sentir-se muito longe do corpo. 
A metade de nossa existência é para nós uma lacuna, e é aquela em que o nosso espírito deixa o corpo, à noite. É então que ele vai às regiões longínquas e vê seres que nunca há de ver com os olhos do corpo. 
O sono é um processo de “automagnetização”, produzida inconscientemente. Assim como o magnetizador faz passar voluntàriamente um indivíduo ao estado inconsciente, assim também todas as noites vós pondes o vosso corpo no estado de insensibilidade. 
A operação do magnetizador consiste realmente em obrigar o espírito a sair do corpo da pessoa que ele magnetiza. Ele conduz o pensamento do seu paciente a um foco central, semelhante a uma moeda colocada na palma da mão. Assim concentrado, o espírito do paciente acha-se em condições tais que o magnetizador pode, com muita facilidade, impressioná-lo por meio da vontade.  
Ele ordena, então, ao espírito do paciente que saia do corpo. Feito isto, invade tal corpo com o seu pensamento, pois aquele se tornou uma como casa abandonada pelo seu proprietário. O magnetizador pode, então, assenhorear-se desse corpo com o poder do seu pensamento.  
Não é o paciente que vê, sente ou saboreia, segundo o querer do operador, mas é o espírito ou pensamento do magnetizador que atua em outro corpo, deixado temporàriamente livre pelo espírito que o ocupava. 
O pensamento é uma substância como o ar ou qualquer outro dos elementos sensíveis que a química nos faz conhecer.
A sua força tem graus numerosos e variados. Uma inteligência poderosa equivale a uma vontade firme. Algumas pessoas têm um espírito tão fraco, em confronto com o do magnetizador mais forte, que não lhe podem resistir. 
 Outras, de espírito mais forte, podem submeter-se-lhe voluntariamente. Ninguém poderá, porém, assenhorear-se de vós se lhe resistirdes com o pensamento e se, ao sentirdes que vos estão dominando, chamardes em vosso auxílio uma potência superior. 
Quando vamos dormir, o espírito, por causa da sua fadiga do dia, difunde-se pelo espaço, abandonando o corpo, e, por isso, resta a este tão pouca força, que cai no estado de transe chamado sono. 
 E assim como o magnetizador faz sair o espírito do corpo do paciente, assim também o nosso espírito se retira do nosso corpo, cansado dos numerosos esforços efetuados durante o dia. 
 O nosso corpo não é o Eu real. A força que move a nosso talante é o nosso espírito, que é um organismo invisível, totalmente distinto e separado do corpo. O nosso espírito (o Eu verdadeiro) serve-se do corpo, como o carpinteiro se serve do seu martelo ou de uma ferramenta qualquer, para executar um trabalho. 
E que o espírito está fatigado à noite. Acha-se exausto e, por consequência, já não pode servir-se do corpo com vigor. O corpo, em realidade, está sempre forte, como o martelo do carpinteiro, que tem a mesma força, ainda quando o braço esteja muito fraco para servir-se dele. 
De noite, o espírito é fraco, porque, no ocorrer do dia, as suas forças pensantes se irradiam em tantas direções diferentes que já não pode reuni-las. Todo pensamento é uma dessas forças, uma parte do vosso espírito. Todo pensamento, expresso ou não, apesar de ser invisível, é uma coisa, uma substância tão real, como a água ou o metal. 


 Qualquer pensamento, ainda que não expresso, é alguma coisa que vai à pessoa, à coisa ou ao lugar para o qual é dirigido, O vosso espírito dirigiu-se, pois, no correr do dia, a mil ou talvez a dez mil direções diferentes.

 E, ao pensar, agis. Todo pensamento representa emissão de forças. Projetando ou expandindo assim as nossas forças, durante dezesseis ou dezoito horas consecutivas, à noite já não nos resta no corpo o suficiente para alimentá-lo. 18

E é por isso que ele cai no estado de insensibilidade a que se denomina sono. Em tal estado, o espírito recolhe as suas forças dispersas, os seus pensamentos projetados longe; torna a entrar no corpo com as forças assim concentradas e dele toma novamente posse. Suponde muitos regatos a correrem em diversas direções, reuni-os em um só e tereis a força que faz girar a roda do moinho.

 Se pudésseis reconduzir imediatamente todo o vosso espírito ao seu centro e reunir as suas forças dispersas, tornar-vos-íeis tão bem dispostos, apenas em tantos minutos quantas as horas que gastaríeis para repousar.

Este segredo conhecia-o Napoleão I, e era assim que se sustentava com pouquíssimo dormir, durante as suas campanhas, nas quais tinha necessidade de ter sempre à disposição o máximo das suas forças.

É um poder este que todos podem adquirir com um certo exercício de descanso.

Trata-se, antes de mais nada, de pôr o corpo em um estado de repouso tão perfeito quanto possível, evitando todos os movimentos físicos involuntários, como o balancear de ombros, o bater dos pés, o tamborilar dos dedos, etc.

Todos esses movimentos involuntários malgastam-nos as forças e, o que é pior ainda, habituam o nosso inconsciente a destruí-las e desbaratá-las.

 A ação involuntária da inteligência, o extravio do espírito em todas as direções, encaminhando-se para pessoas, coisas, planos ou projetos, o dispêndio do mesmo, seja grande ou pequeno, há de ser também cuidadosamente evitado, deixando a inteligência, durante alguns minutos, no mais completo repouso possível.

 A concentração do pensamento na palavra recolhimento ou ainda o imaginar que o vosso espírito, posto, por meio de uma espécie de filamentos elétricos, em relação com pessoas, lugares ou coisas mais distantes, é atraído para vós e concentrado num só ponto, é útil para realizar isso;

 porquanto, aquilo que assim imaginais é uma realidade espiritual. Isto é, sois realmente um espírito e, por ação do espírito, sois aquilo que imaginais.

Toda imagem e toda invenção vista claramente pelo espírito é de substância espiritual, mas de tanta realidade como um objeto de madeira ou ferro, ou de qualquer matéria, na qual mais tarde poderá ser personalizada e fazer-se visível aos olhos corporais, e cuja ação constitui realmente a base física da existência.

Se um indivíduo pensa ou imagina matar, naquele mesmo ponto lança no espaço um elemento homicida e deita fora uma idéia de morte tão real como se a deixasse impressa sobre um papel.

O pensamento é absorvido pelos homens, e assim essa idéia ou intenção de morte, ainda que invisível, é absorvida por outras inteligências, que se sentem, desta maneira, inclinadas à violência e até mesmo ao assassínio.

 Se uma pessoa pensa continuamente na moléstia, lança fora de si os elementos de toda classe de doenças; se pensa na saúde, na força, na alegria, lança no espaço elementos de idéias de saúde e de força, que afetam aos outros como a si mesma.

Um homem deita fora de si, em idéias, precisamente aquilo que ele — ou por outra, o seu Espírito — contém em maiores proporções. “Um homem é tal qual ele pensa ser”.

 O nosso espírito não é mais do que um conjunto de idéias, de tal maneira que aquilo em que mais pensamos é o que constitui, em realidade, o nosso espírito.

O que imaginamos, pois, toma para nós aparências de realidade. As idéias e pensamentos que o nosso espírito lança no espaço num minuto apenas, com muita dificuldade as poderíamos escrever numa hora ou mais.

Se juntarmos todas as nossas forças espirituais, teremos reunido e concentrado todo o nosso poder, o qual podemos, desta maneira, dirigir sobre as coisas ou sobre o lugar que nos aprouver.

Quando os olhos e a inteligência são dirigidos a um mesmo objeto ou coisa, que excedem às nossas próprias energias, como, por exemplo, um ponto determinado na parede, as idéias positivas ou irradiações que nos ligam com o exterior são arrastadas para aquele centro comum.

 O fixarmos toda a nossa força espiritual numa só coisa nos aproxima dela, quer esteja perto, quer esteja longe o ponto de contato. Antes deste efetuar-se, o espírito é como que uma mão aberta e com todos os dedos estendidos; quando a idéia se fixa, tendo desenvolvido toda a sua ação, o espírito vem a ser como um punho, completa e fortemente fechado.

Quando dirigimos o nosso pensamento para qualquer coisa exterior, emitimos força; e quando o concentramos num só objeto e, deste modo, o retemos e evitamos a sua divagação em todo momento, aumentamos as nossas forças.

O faquir hindu, ainda que de inteligência muito pouco cultivada, chega facilmente a ser habilíssimo em enviar o seu espírito fora do corpo, com o qual fica, entretanto, ligado por meio da invisível e esplendorosa corrente de vida que, na Bíblia, se chama o fio de prata.

 Se este fio chega a romper-se, o corpo e o espírito ficam completamente separados, e o corpo morre. Muitas vezes tem consentido o faquir que;o enterrem vivo.

Semeiam-lhe arroz sobre o túmulo e o arroz germina; selam-lhe e precintam-lhe o ataúde e vigiam cuidadosamente a sua cova. Permanece assim durante muitas semanas e quando o desenterram... está vivo ainda! 

 É que o homem verdadeiro, o verdadeiro Eu, não baixou com o corpo à sepultura; este unicamente, auto-induzido ao estado de transe, é que enterram.

Entre o corpo e o espírito, que é possível estejam separados, o finíssimo fio do espírito mantém a vida do corpo; é como se disséssemos: empresta-lhe um suplemento de vida, enquanto para o corpo ainda não chegou a hora da sua verdadeira morte.

 E quando é desenterrado o corpo do faquir, o seu espírito volta a ele e toma de novo inteira posse do mesmo. Soube fazer com seu próprio corpo o que o magnetizador faz com o corpo de seu paciente.

Antes de expelir o seu espírito, o faquir hindu deixa na mais completa inatividade a sua inteligência, e antes também de expulsar o espírito de um homem, o magnetizador faz que a inteligência do seu paciente fique completamente inativa; por outras palavras, trata de evitar a resistência da segunda pessoa, da pessoa inteligente, para mais facilmente reunir num só centro todas as suas forças espirituais.

Pode o nosso espírito, e com muita frequência, usar deste poder, saindo do nosso corpo durante o sono para dirigir-se a lugares mui distantes, conservando a sua união com ele por meio desse sutilíssimo fio de que temos falado, o qual pode dilatar-se até as mais consideráveis distâncias, e vem a ser uma espécie de fio elétrico que se estende ou se contrai, mantendo unido o nosso espírito com o instrumento por meio do qual opera, que é o corpo.

Este poder que o espírito tem, dá ocasião e espaço à produção do singular fenômeno de pessoas terem sido vistas ao mesmo tempo em dois sítios diferentes e muito distantes um do outro; mas não é senão o espírito que, num desses dois lugares, pôde ser visto por uns olhos clarividentes.

 É o duplo — doppel ganger dos alemães; o fantasma dos escoceses; o corpo astral dos ocultistas; o corpo glorioso de que fala São Paulo.

 O espírito pode muito bem achar-se longe do corpo momentos antes da morte do mesmo. É unicamente a grande diminuição do fornecimento da vida, feito por meio do cordão que os liga, o que provoca as chamadas angústias da dissolução, ainda que, em realidade, o corpo não padeça tanto quanto parece.

 O verdadeiro Eu, o espírito, pode muito bem, algumas vezes, não ter pleno conhecimento ou consciência do ato da morte, e até pode suceder que se apresente, naquele instante, a alguma pessoa, ainda achando-se a considerável distância, para a qual se sinta atraído;

 é assim que se explica o mistério das aparições, vistas por amigos distantes, de pessoas cuja morte, ocorrida naquele momento, não foi por ela conhecida senão muitos meses depois.

Sucede às vezes que, achando-se doente uma pessoa, cai em estado tal de inconsciência que o espírito chega a abandonar o corpo, ainda que sem romper de todo o fio da vida que o liga a ele. Esse estado especial de transe em que caiu o corpo do doente tem sido tomado às vezes pela morte real e verdadeira, e o referido corpo é enterrado vivo. O espírito vê-se, então, obrigado a voltar ao corpo já encerrado no ataúde, em estado cataléptico, pois o fio só se parte definitivamente depois dessa volta.

Do nosso ser real emana, de contínuo, a cada pensamento, um raio sutil, à guisa de centelha elétrica, que representa, igualmente, a nossa vida, força e vitalidade, e que atinge o objeto, sítio ou pessoa a quem vai diretamente dirigido, ache-se muito perto ou muito longe de nós.

O nosso espírito é a nossa força real e positiva. Quando erguemos um peso, pomos toda a nossa força no músculo que o levanta. Ao fazermos um esforço qualquer, pomos nele a maior parte da nossa força espiritual ou talvez toda.

E se naquele momento uma parte apenas do nosso espírito toma outra direção, ou se, enquanto levantamos aquele peso, alguém nos fala ou qualquer coisa nos assusta e importuna, é certo que uma parte da nossa força nos abandonará. Qualquer dessas diversões nos terá subtraído uma parte da força que havíamos de pôr na elevação do aludido peso.

A inteligência, ou antes, o espírito, serve-se dos músculos para fazer um determinado esforço, como fazemos com uma corda para levantar um grande peso. Nada disso pode-se fazer sem a intervenção da inteligência.

Inteligência, força e espírito significam quase que a mesma coisa. Pouco importa que, para comunicar força, o espírito, uma vez concentrado, esteja perto ou longe do corpo sobre o qual opera; será forte, porém, enquanto dirigir juntas todas as suas forças espirituais a um só ponto, esteja perto ou longe do seu corpo.

 E quando outra vez o espírito toma posse dele e o corpo desperta, estará em condições de usá-lo exatamente com a mesma força anterior.

O espírito, porém, pode muito bem permanecer disperso durante toda a noite, como pode ser incapaz de ter sempre reunidas todas as suas forças. Pode estar também encerrado em si mesmo, como o estão muitos dentre nós, ainda que com a sua força espiritual sempre antecipada sobre o ato que realiza ou que está para realizar.

 Mas esses estados da inteligência, que são como atos do espírito, são gasto inútil das suas forças; se chegar a converter-se em habituais, acabam por fazer o espírito perder o seu poder de reunir e dirigir a um só centro todas as suas energias, e, nesta situação, já não poderá recuperar todas as suas forças, nem durante a noite nem durante o dia.

A insônia ou falta de sono vem da dificuldade que o espírito encontra, às vezes, de recolher-se ou de reunir todas as suas forças num foco somente. A loucura é proveniente de ser o espírito completamente incapaz de reunir todas as suas forças num só ponto determinado.

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