OS MISTÉRIOS
DO SONO - Nossas forças Mentais
Prentice
Mulford
postado por dharmaDhannyaEL
Qualquer pensamento, ainda que não expresso, é alguma coisa que vai à pessoa, à coisa ou ao lugar para o qual é dirigido, O vosso espírito dirigiu-se, pois, no correr do dia, a mil ou talvez a dez mil direções diferentes.
Qualquer pensamento, ainda que não expresso, é alguma coisa que vai à pessoa, à
coisa ou ao lugar para o qual é dirigido, O vosso espírito dirigiu-se, pois, no
correr do dia, a mil ou talvez a dez mil direções
diferentes.
E, ao pensar, agis. Todo pensamento representa
emissão de forças. Projetando ou expandindo assim as nossas forças, durante
dezesseis ou dezoito horas consecutivas, à noite já não nos resta no corpo o
suficiente para alimentá-lo.
E é por isso que ele cai no estado de insensibilidade a
que se denomina sono. Em tal estado, o espírito recolhe as suas forças
dispersas, os seus pensamentos projetados longe; torna a entrar no corpo com as
forças assim concentradas e dele toma novamente posse. Suponde muitos regatos a
correrem em diversas direções, reuni-os em um só e tereis a força que faz girar
a roda do moinho.
Se pudésseis
reconduzir imediatamente todo o vosso espírito ao seu centro e reunir as suas
forças dispersas, tornar-vos-íeis tão bem dispostos, apenas em tantos minutos
quantas as horas que gastaríeis para repousar.
Este segredo conhecia-o Napoleão I, e era assim que se
sustentava com pouquíssimo dormir, durante as suas campanhas, nas quais tinha
necessidade de ter sempre à disposição o máximo das suas
forças.
É um poder este que todos podem adquirir com um certo
exercício de descanso.
Trata-se, antes de mais nada, de pôr o corpo em um estado
de repouso tão perfeito quanto possível, evitando todos os movimentos físicos
involuntários, como o balancear de ombros, o bater dos pés, o tamborilar dos
dedos, etc.
Todos esses movimentos involuntários malgastam-nos as
forças e, o que é pior ainda, habituam o nosso inconsciente a destruí-las e
desbaratá-las.
A ação
involuntária da inteligência, o extravio do espírito em todas as direções,
encaminhando-se para pessoas, coisas, planos ou projetos, o dispêndio do mesmo,
seja grande ou pequeno, há de ser também cuidadosamente evitado, deixando a
inteligência, durante alguns minutos, no mais completo repouso
possível.
A concentração do
pensamento na palavra recolhimento ou
ainda o imaginar que o vosso espírito, posto, por meio de uma espécie de
filamentos elétricos, em relação com pessoas, lugares ou coisas mais distantes,
é atraído para vós e concentrado num só ponto, é útil para realizar
isso;
porquanto, aquilo
que assim imaginais é uma realidade espiritual. Isto é, sois realmente um
espírito e, por ação do espírito, sois aquilo que imaginais.
QUANDO o nosso corpo se acha naquele estado a que
chamamos sono, nós viajamos. O Eu verdadeiro não é o nosso corpo, mas sim uma
organização invisível a que se denomina espírito. O espírito possui sentidos
semelhantes aos do corpo, porém muito superiores, pois que podem ver formas e
ouvir vozes muito distantes do corpo.
O espírito não é
o corpo. Sem estar nele inteiramente, age sobre ele e dele se serve como de um
instrumento. É uma força que também pode fazer sentir-se muito longe do
corpo.
A metade de nossa existência é para nós uma lacuna, e é
aquela em que o nosso espírito deixa o corpo, à noite. É então que ele vai às
regiões longínquas e vê seres que nunca há de ver com os olhos do
corpo.
O sono é um processo de “automagnetização”, produzida
inconscientemente. Assim como o magnetizador faz passar voluntàriamente um
indivíduo ao estado inconsciente, assim também todas as noites vós pondes o
vosso corpo no estado de insensibilidade.
A operação do magnetizador consiste realmente em obrigar
o espírito a sair do corpo da pessoa que ele magnetiza. Ele conduz o pensamento
do seu paciente a um foco central, semelhante a uma moeda colocada na palma da
mão. Assim concentrado, o espírito do paciente acha-se em condições tais que o
magnetizador pode, com muita facilidade, impressioná-lo por meio da
vontade.
Ele ordena, então, ao espírito do paciente que saia do
corpo. Feito isto, invade tal corpo com o seu pensamento, pois aquele se tornou
uma como casa abandonada pelo seu proprietário. O magnetizador pode, então,
assenhorear-se desse corpo com o poder do seu pensamento.
Não é o paciente que vê, sente ou saboreia, segundo o
querer do operador, mas é o espírito ou pensamento do magnetizador que atua em
outro corpo, deixado temporàriamente livre pelo espírito que o
ocupava.
O pensamento é uma substância como o ar ou qualquer outro
dos elementos sensíveis que a química nos faz
conhecer.
A sua força tem graus numerosos e variados. Uma
inteligência poderosa equivale a uma vontade firme. Algumas pessoas têm um
espírito tão fraco, em confronto com o do magnetizador mais forte, que não lhe
podem resistir.
Outras, de
espírito mais forte, podem submeter-se-lhe voluntariamente. Ninguém poderá,
porém, assenhorear-se de vós se lhe resistirdes com o pensamento e se, ao
sentirdes que vos estão dominando, chamardes em vosso auxílio uma potência
superior.
Quando vamos dormir, o espírito, por causa da sua fadiga
do dia, difunde-se pelo espaço, abandonando o corpo, e, por isso, resta a este
tão pouca força, que cai no estado de transe chamado sono.
E assim como o
magnetizador faz sair o espírito do corpo do paciente, assim também o nosso
espírito se retira do nosso corpo, cansado dos numerosos esforços efetuados
durante o dia.
O nosso corpo não
é o Eu real. A força que move a nosso talante é o nosso espírito, que é um
organismo invisível, totalmente distinto e separado do corpo. O nosso espírito
(o Eu verdadeiro) serve-se do corpo, como o carpinteiro se serve do seu martelo
ou de uma ferramenta qualquer, para executar um trabalho.
E que o espírito está fatigado à noite. Acha-se exausto
e, por consequência, já não pode servir-se do corpo com vigor. O corpo, em
realidade, está sempre forte, como o martelo do carpinteiro, que tem a mesma
força, ainda quando o braço esteja muito fraco para servir-se
dele.
De noite, o espírito é fraco, porque, no ocorrer do dia,
as suas forças pensantes se irradiam em tantas direções diferentes que já não
pode reuni-las. Todo pensamento é uma dessas forças, uma parte do vosso
espírito. Todo pensamento, expresso ou não, apesar de ser invisível, é uma
coisa, uma substância tão real, como a água ou o metal.
Qualquer pensamento, ainda que não expresso, é alguma coisa que vai à pessoa, à coisa ou ao lugar para o qual é dirigido, O vosso espírito dirigiu-se, pois, no correr do dia, a mil ou talvez a dez mil direções diferentes.
E, ao pensar,
agis. Todo pensamento representa emissão de forças. Projetando ou expandindo
assim as nossas forças, durante dezesseis ou dezoito horas consecutivas, à
noite já não nos resta no corpo o suficiente para alimentá-lo. 18
E é por isso
que ele cai no estado de insensibilidade a que se denomina sono. Em tal estado,
o espírito recolhe as suas forças dispersas, os seus pensamentos projetados
longe; torna a entrar no corpo com as forças assim concentradas e dele toma
novamente posse. Suponde muitos regatos a correrem em diversas direções,
reuni-os em um só e tereis a força que faz girar a roda do moinho.
Se pudésseis reconduzir imediatamente todo o
vosso espírito ao seu centro e reunir as suas forças dispersas, tornar-vos-íeis
tão bem dispostos, apenas em tantos minutos quantas as horas que gastaríeis
para repousar.
Este segredo
conhecia-o Napoleão I, e era assim que se sustentava com pouquíssimo dormir,
durante as suas campanhas, nas quais tinha necessidade de ter sempre à
disposição o máximo das suas forças.
É um poder este
que todos podem adquirir com um certo exercício de descanso.
Trata-se,
antes de mais nada, de pôr o corpo em um estado de repouso tão perfeito quanto
possível, evitando todos os movimentos físicos involuntários, como o balancear
de ombros, o bater dos pés, o tamborilar dos dedos, etc.
Todos esses
movimentos involuntários malgastam-nos as forças e, o que é pior ainda,
habituam o nosso inconsciente a destruí-las e desbaratá-las.
A ação involuntária da inteligência, o
extravio do espírito em todas as direções, encaminhando-se para pessoas,
coisas, planos ou projetos, o dispêndio do mesmo, seja grande ou pequeno, há de
ser também cuidadosamente evitado, deixando a inteligência, durante alguns
minutos, no mais completo repouso possível.
A concentração do pensamento na palavra recolhimento ou ainda o imaginar que o
vosso espírito, posto, por meio de uma espécie de filamentos elétricos, em
relação com pessoas, lugares ou coisas mais distantes, é atraído para vós e
concentrado num só ponto, é útil para realizar isso;
porquanto, aquilo que assim imaginais é uma
realidade espiritual. Isto é, sois realmente um espírito e, por ação do
espírito, sois aquilo que imaginais.
Toda imagem e
toda invenção vista claramente pelo espírito é de substância espiritual, mas de
tanta realidade como um objeto de madeira ou ferro, ou de qualquer matéria, na
qual mais tarde poderá ser personalizada e fazer-se visível aos olhos
corporais, e cuja ação constitui realmente a base física da existência.
Se um
indivíduo pensa ou imagina matar, naquele mesmo ponto lança no espaço um
elemento homicida e deita fora uma idéia de morte tão real como se a deixasse
impressa sobre um papel.
O pensamento é
absorvido pelos homens, e assim essa idéia ou intenção de morte, ainda que
invisível, é absorvida por outras inteligências, que se sentem, desta maneira,
inclinadas à violência e até mesmo ao assassínio.
Se uma pessoa pensa continuamente na moléstia,
lança fora de si os elementos de toda classe de doenças; se pensa na saúde, na
força, na alegria, lança no espaço elementos de idéias de saúde e de força, que
afetam aos outros como a si mesma.
Um homem deita
fora de si, em idéias, precisamente aquilo que ele — ou por outra, o seu Espírito
— contém em maiores proporções. “Um homem é tal qual ele pensa ser”.
O nosso espírito não é mais do que um conjunto
de idéias, de tal maneira que aquilo em que mais pensamos é o que constitui, em
realidade, o nosso espírito.
O que
imaginamos, pois, toma para nós aparências de realidade. As idéias e
pensamentos que o nosso espírito lança no espaço num minuto apenas, com muita
dificuldade as poderíamos escrever numa hora ou mais.
Se juntarmos
todas as nossas forças espirituais, teremos reunido e concentrado todo o nosso
poder, o qual podemos, desta maneira, dirigir sobre as coisas ou sobre o lugar
que nos aprouver.
Quando os
olhos e a inteligência são dirigidos a um mesmo objeto ou coisa, que excedem às
nossas próprias energias, como, por exemplo, um ponto determinado na parede, as
idéias positivas ou irradiações que nos ligam com o exterior são arrastadas
para aquele centro comum.
O fixarmos toda a nossa força espiritual numa
só coisa nos aproxima dela, quer esteja perto, quer esteja longe o ponto de
contato. Antes deste efetuar-se, o espírito é como que uma mão aberta e com
todos os dedos estendidos; quando a idéia se fixa, tendo desenvolvido toda a
sua ação, o espírito vem a ser como um punho, completa e fortemente fechado.
Quando
dirigimos o nosso pensamento para qualquer coisa exterior, emitimos força; e
quando o concentramos num só objeto e, deste modo, o retemos e evitamos a sua
divagação em todo momento, aumentamos as nossas forças.
O faquir hindu,
ainda que de inteligência muito pouco cultivada, chega facilmente a ser
habilíssimo em enviar o seu espírito fora do corpo, com o qual fica,
entretanto, ligado por meio da invisível e esplendorosa corrente de vida que,
na Bíblia, se chama o fio de prata.
Se este fio chega a romper-se, o corpo e o
espírito ficam completamente separados, e o corpo morre. Muitas vezes tem
consentido o faquir que;o enterrem vivo.
Semeiam-lhe
arroz sobre o túmulo e o arroz germina; selam-lhe e precintam-lhe o ataúde e
vigiam cuidadosamente a sua cova. Permanece assim durante muitas semanas e
quando o desenterram... está vivo ainda!
É que o homem verdadeiro, o
verdadeiro Eu, não baixou com o corpo à sepultura; este unicamente, auto-induzido
ao estado de transe, é que enterram.
Entre o corpo
e o espírito, que é possível estejam separados, o finíssimo fio do espírito
mantém a vida do corpo; é como se disséssemos: empresta-lhe um suplemento de
vida, enquanto para o corpo ainda não chegou a hora da sua verdadeira morte.
E quando é desenterrado o corpo do faquir, o
seu espírito volta a ele e toma de novo inteira posse do mesmo. Soube fazer com
seu próprio corpo o que o magnetizador faz com o corpo de seu paciente.
Antes de
expelir o seu espírito, o faquir hindu deixa na mais completa inatividade a sua
inteligência, e antes também de expulsar o espírito de um homem, o magnetizador
faz que a inteligência do seu paciente fique completamente inativa; por outras
palavras, trata de evitar a resistência da segunda pessoa, da pessoa
inteligente, para mais facilmente reunir num só centro todas as suas forças
espirituais.
Pode o nosso
espírito, e com muita frequência, usar deste poder, saindo do nosso corpo
durante o sono para dirigir-se a lugares mui distantes, conservando a sua união
com ele por meio desse sutilíssimo fio de que temos falado, o qual pode
dilatar-se até as mais consideráveis distâncias, e vem a ser uma espécie de fio
elétrico que se estende ou se contrai, mantendo unido o nosso espírito com o
instrumento por meio do qual opera, que é o corpo.
Este poder que
o espírito tem, dá ocasião e espaço à produção do singular fenômeno de pessoas
terem sido vistas ao mesmo tempo em dois sítios diferentes e muito distantes um
do outro; mas não é senão o espírito que, num desses dois lugares, pôde ser
visto por uns olhos clarividentes.
É o duplo — doppel ganger dos alemães; o
fantasma dos escoceses; o corpo astral dos ocultistas; o corpo glorioso de que
fala São Paulo.
O espírito pode muito bem achar-se longe do
corpo momentos antes da morte do mesmo. É unicamente a grande diminuição do
fornecimento da vida, feito por meio do cordão que os liga, o que provoca as
chamadas angústias da dissolução, ainda que, em realidade, o corpo não padeça
tanto quanto parece.
O verdadeiro Eu, o espírito, pode muito bem,
algumas vezes, não ter pleno conhecimento ou consciência do ato da morte, e até
pode suceder que se apresente, naquele instante, a alguma pessoa, ainda
achando-se a considerável distância, para a qual se sinta atraído;
é assim que se explica o mistério das
aparições, vistas por amigos distantes, de pessoas cuja morte, ocorrida naquele
momento, não foi por ela conhecida senão muitos meses depois.
Sucede às vezes
que, achando-se doente uma pessoa, cai em estado tal de inconsciência que o
espírito chega a abandonar o corpo, ainda que sem romper de todo o fio da vida
que o liga a ele. Esse estado especial de transe em que caiu o corpo do doente
tem sido tomado às vezes pela morte real e verdadeira, e o referido corpo é
enterrado vivo. O espírito vê-se, então, obrigado a voltar ao corpo já
encerrado no ataúde, em estado cataléptico, pois o fio só se parte
definitivamente depois dessa volta.
Do nosso ser
real emana, de contínuo, a cada pensamento, um raio sutil, à guisa de centelha
elétrica, que representa, igualmente, a nossa vida, força e vitalidade, e que
atinge o objeto, sítio ou pessoa a quem vai diretamente dirigido, ache-se muito
perto ou muito longe de nós.
O nosso
espírito é a nossa força real e positiva. Quando erguemos um peso, pomos toda a
nossa força no músculo que o levanta. Ao fazermos um esforço qualquer, pomos nele
a maior parte da nossa força espiritual ou talvez toda.
E se naquele
momento uma parte apenas do nosso espírito toma outra direção, ou se, enquanto
levantamos aquele peso, alguém nos fala ou qualquer coisa nos assusta e
importuna, é certo que uma parte da nossa força nos abandonará. Qualquer dessas
diversões nos terá subtraído uma parte da força que havíamos de pôr na elevação
do aludido peso.
A
inteligência, ou antes, o espírito, serve-se dos músculos para fazer um
determinado esforço, como fazemos com uma corda para levantar um grande peso.
Nada disso pode-se fazer sem a intervenção da inteligência.
Inteligência, força e espírito significam quase que
a mesma coisa. Pouco importa que, para
comunicar força, o espírito, uma vez concentrado, esteja perto ou longe do
corpo sobre o qual opera; será forte, porém, enquanto dirigir juntas todas as
suas forças espirituais a um só ponto, esteja perto ou longe do seu corpo.
E quando outra vez o espírito toma posse dele
e o corpo desperta, estará em condições de usá-lo exatamente com a mesma força
anterior.
O espírito,
porém, pode muito bem permanecer disperso durante toda a noite, como pode ser
incapaz de ter sempre reunidas todas as suas forças. Pode estar também
encerrado em si mesmo, como o estão muitos dentre nós, ainda que com a sua força
espiritual sempre antecipada sobre o ato que realiza ou que está para realizar.
Mas esses estados da inteligência, que são
como atos do espírito, são gasto inútil das suas forças; se chegar a
converter-se em habituais, acabam por fazer o espírito perder o seu poder de
reunir e dirigir a um só centro todas as suas energias, e, nesta situação, já
não poderá recuperar todas as suas forças, nem durante a noite nem durante o
dia.
A insônia ou
falta de sono vem da dificuldade que o espírito encontra, às vezes, de
recolher-se ou de reunir todas as suas forças num foco somente. A loucura é proveniente
de ser o espírito completamente incapaz de reunir todas as suas forças num só
ponto determinado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário