Programação Neurolinguística
Tanto a sua linha do tempo quanto a minha têm a qualidade de serem
flexíveis, podendo ser mudadas de posição quando assim o desejarmos. Vamos
utilizar essa qualidade para facilitar a reimpressão. Acompanhe-me agora no
seguinte exercício de mudança de posição da linha do tempo:
Se estiver lendo este livro perto de um aparelho de som, faça alguns
preparativos antes do exercício.
Vá até o seu som e coloque uma música relaxante e inspiradora do tipo do
Sonho Angelical, de Rubinstein, (a qual eu estou escutando agora),
respire fundo, preenchendo toda a base de seu pulmão.
Imagine-se sobrevoando o local onde você está agora e coloque o seu
passado à esquerda, um pouco à sua frente.
Imagine o duto luminoso chegando até você e partindo para a direita,
formando, assim, o seu futuro.
Vamos, agora, você e eu, fazer um exercício de reimpressão com a
utilização da linha do tempo. Suponhamos que você tenha alguma crença
limitadora do tipo “é preciso batalhar para ganhar dinheiro”, “as coisas são
difíceis para mim”, “eu não mereço ser feliz”, etc.
Escreva nas linhas a seguir, três crenças que você possui agora e que
gostaria de transformar:
2.
Quais são as emoções que essas crenças geram em você quando pensa sobre
elas?
1. ------------------------------------------------
2.-------------------------------------------------
3.
------------------------------------------------
O leitor iluminado, na verdade, é o próprio poema.
H. M. Tomlinson
Vamos agora fazer o exercício completo para a crença número 1.
Faremos o exercício usando uma crença como exemplo. Suponhamos que sua
crença seja “é preciso batalhar para ganhar dinheiro”. É uma crença comumente
expressa pelas pessoas. Muitas vezes quando você pergunta a alguém: “Como
vai?”. A pessoa responde: “Tô batalhando!”
• Apesar de ter-se tornado uma expressão bastante popular, expressa uma
crença limitadora, pois, ao associar dinheiro com batalha, a pessoa liga sua
prosperidade a conflito e luta. O homem ou a mulher que tem esse tipo de crença
talvez não consiga encontrar satisfação no que faz para ganhar dinheiro.
Pode até faturar bem, mas é por
meio de um esforço exagerado, ou de muita briga.
O que fazer então?
preocupada com uma situação que ainda não ocorreu. Ao sentir a emoção
associada à primeira crença limitadora, toque o seu braço direito com sua mão
esquerda e segure bem.
Ao sentir esse toque, seu braço ficará temporariamente ligado a uma
emoção negativa, seja tristeza, ansiedade, medo, raiva, predisposição para a
luta ou uma outra qualquer.
Pronto, achou. Um dia, aos oito anos de idade, você chegou em casa e
contou aos pais que tinha perdido seu relógio no clube.
A criança, sem saber como reagir, apenas grava a mensagem do pai: “E
preciso batalhar para ganhar dinheiro”.
Continuando com a mão esquerda no braço direito, você volta para o presente. Respira
fundo e se pergunta o que você sabe agora sobre uma situação como aquela.
Quais os ensinamentos, conhecimentos, experiências, enfim, quais os
recursos que você gostaria de levar, tanto para a criança quanto para o pai
enfurecido?
Independente daquela perda, o pai
continua a amá-la do mesmo jeito. Para o pai, diga: “abrace seu filho e
console-o, pois ele está muito triste com a perda do relógio. A coisa que ele
mais quer agora é um abraço.
Com apenas algumas horas de trabalho, poderá comprar um outro relógio,
igual ou melhor que aquele”.
Agora pegue o seu braço esquerdo com sua mão direita e viaje novamente
para a cena que criou sua primeira crença.
Seu braço esquerdo fica assim ancorado nos recursos, portanto você
viaja, agora, cheio de recursos. Vai conversar com a criança e com o pai e sabe
exatamente o que vai dizer.
Ainda segurando o braço esquerdo com a mão direita, você percebe todas
as modificações que ocorrem no sistema de crenças da criança.
Imagine que toda a luminosidade de sua linha do tempo se altera com esse
tratamento. Seu brilho aumenta, e você se sente com mais vigor.
Para testar, coloque sua mão esquerda sobre o braço direito e veja se
ainda sente alguma emoção negativa (no caso, tristeza).
Se a emoção não voltar, a crença foi modificada. Se ainda houver algum
sentimento negativo, repita o processo, levando mais recursos na sua viagem de
volta e intensificando as emoções positivas da solução.
Coloque seu passado atrás de você e imagine que tem em sua mão um
daqueles interruptores que controla a intensidade de luz, o dimmer.
O evento fica inteiramente à sua escolha.
Escute nitidamente o que você falava para você naquela época. Coloque
sua música favorita para tocar dentro de sua cabeça e sinta as emoções que
sentiu quando o evento estava ocorrendo.
Para ancorar-se na situação, descreva o evento com uma palavra ou frase.
Pode ser uma palavra poderosa como amor, sabedoria, alegria, felicidade,
paixão, inteligência, audácia, coragem, rapidez, eficácia, dedicação,
contribuição, genialidade, brilho, coerência, etc.
Ou uma combinação de palavras
como paixão pela excelência, dedicação incondicional, sabedoria infinita,
coerência total, brilho e genialidade, felicidade infinita, rapidez e coragem,
vitória decisiva, etc.
Quando você repetir a palavra com convicção, as emoções positivas voltam. E para ancorar ainda mais o evento, toque em alguma
parte do seu corpo enquanto estiver pensando nele. Você pode apertar firmemente
o lóbulo de sua orelha direita com a mão direita, ou massagear uma das falanges
de seu dedo mínimo esquerdo com a mão direita, etc.
Escolha um toque, ou
movimento. Essa ação deve ser repetida enquanto você estiver pensando no
evento, pois, ao repetir a ação, a lembrança do evento surge automaticamente e,
por consequência, as emoções ligadas a ele.
Mesmo antes de fazer esse exercício, você já estava ancorado em alguma
coisa. Já aconteceu de você sentir um perfume e reviver de imediato alguma
situação passada? Ou de escutar uma certa música e se lembrar de algo que
ocorreu com você enquanto essa mesma música estava tocando? Pois bem, tanto o
perfume quanto a música são âncoras que disparam lembranças agradáveis, ou não.
No caso da âncora positiva, estamos nos programando para nos lembrarmos de
eventos
agradáveis que, por sua vez, provocam estados mentais ricos de recursos.
Em suma, tanto a linha do tempo, quanto a ancoragem, podem
facilitar muito o nosso passeio pela vida. Utilizando essas técnicas còm
freqtiência, você nota que a experiência de viver torna-se cada vez mais
refrescante, cada vez mais parecida com um banho num riacho de águas
cristalinas. Aos poucos você cria a poderosa crença de que a vida realmente é
gostosa de se viver e que o sucesso faz parte dela.
Há uma coisa mais poderosa que todos os exércitos do mundo; é a noção de
que chegou a hora.
Vitor Hugo
Ao revisitarmos o nosso passado através da linha do tempo e da ancoragem,
é sempre conveniente, e altamente salutar, nos concentrarmos nas intenções que
as pessoas tinham com relação a nós.
Mesmo que tenhamos interpretado alguma
ação de parente ou de amigo como agressiva, no fundo, a intenção deles era
benéfica. Buscando a intenção, fica mais fácil lidar com a situação e de chegar
ao perdão total.
Para que uma mudança de crença surta efeito, é necessário que venha
acompanhada de um profundo sentimento de perdão. Somente o perdão poderá nos
libertar completamente de sentimentos negativos com relação ao passado.
No filme A Missão, o personagem representado por Robert De Niro
carrega um pesado saco onde leva a espada e a armadura que vestia quando matou
seu irmão. Mesmo tendo que enfrentar tremendos desafios durante sua jornada
pela floresta, ele não se desliga de seu fardo. Depois de muito sofrimento, ele
se encontra com uma tribo de índios que andavam nus e livres.
Sempre pela floresta. Um dos índios nota o
desatino daquele homem, pega uma faca, corta a corda que o ligava ao fardo, e
ambos presenciam a destruição da inútil carga, quando essa se destroça
ribanceira abaixo. O homem chora e ri ao mesmo tempo.
A carga que o personagem de De Niro carrega no filme representa a sua
falta de perdão para consigo mesmo. Essa falta de perdão conosco ou para com
outros nos liga ao passado.
Além de eliminar crenças negativas, é fundamental
que nos perdoemos e que perdoemos às demais pessoas.
O não perdoar é o mesmo que carregar pesados fardos vida afora. Além
disso, através do rancor estaremos colocando o controle de nossas vidas nas
mãos de outras pessoas.
Todo aquele que odeia, ou pensa em se vingar de alguém,
liga sua mente a algo externo. De uma forma ou de outra, a pessoa que não
perdoa está culpando alguma situação externa ou alguém pela sua situação atual.
Isso é colocar fora algo que esteve, está e sempre estará dentro, e não fora. O
controle de nossas vidas é responsabilidade nossa, exclusivamente nossa.
O ato de perdoar reforça em nós a poderosa crença de que somos nós, e
ninguém mais no universo, os artífices de nosso sucesso.
Essa talvez seja a
crença mais importante a cultivar em nossas vidas. De posse dela adquirimos
mais convicção para nos transformar e conseguir obter tudo aquilo que queremos,
com o nosso próprio empenho, com nossas próprias forças.
O perdão é o perfume que as violetas exalam no calcanhar que as esmagou.
Mark Twain
É maravilhoso observar como as nossas crenças acabam determinando o que
a vida nos oferece. Salim Mattar, dono da Localiza Rent a Car, conta como seu
pai contribuiu para o seu sucesso.
Salim passou sua infância na simpática cidade de Oliveira, no interior
de Minas Gerais. Ao completar dez anos, pediu uma bicicleta ao seu pai. O pai
levou-o a uma loja no centro da cidade e reservou a melhor bicicleta para
Salim. Escreveu um cartaz e colou-o na bicicleta: “Reservada para Salim”.
Toda
vez que passava em frente à loja, os olhos de Salim só faltavam saltar para
fora, e sua boca se enchia de água, mas o tempo passava e nada do pai comprar a
linda bicicleta.
Um belo dia, seu pai convidou-o para colher laranjas no sítio. Passaram
por uma loja e compraram dois sacos e um canivete e depois seguiram para o
sítio, onde trabalharam por boa parte do dia. Encheram os dois sacos de
laranjas e no outro dia levaram para a porta do estádio de futebol, onde se
realizaria um importante jogo.
Ao chegarem perto da entrada do estádio, o pai de Salim começou a
gritar, “Olha a laranja docinha! Olha a laranja fresquinha”. E Salim começou a
chorar de vergonha.
Não queria que seus amigos o vissem ali vendendo laranjas,
afinal ele pertencia a uma família que não precisava daquilo. O pai ignorou
suas lágrimas e, em vez de consolá-lo, lhe entregava o dinheiroda venda para contar. A medida que se aproximava o início do jogo,
também aumentavam as vendas, e com elas o dinheiro que Salim contava.
Salim e seu pai voltaram felizes para a casa. O pai pediu o dinheiro de
volta, contou, e disse: “Esta parte é para pagar as laranjas, esta para pagar
os sacos, esta para o canivete e o resto é para pagar o meu trabalho”. Salim, a
princípio, não compreendeu como seu pai, que tinha dinheiro, podia agir de
forma tão mesquinha”.
Aí então o pai concluiu (com uma crença que se instalou em sua jovem
mente): “Daqui para frente, com o seu próprio trabalho, você comprará
não só sua bicicleta, mas tudo o que quiser na vida.
Eu não vou lhe dar
dinheiro, porque dinheiro não foi feito para ser dado, mas para ser
conquistado, com o seu trabalho”.
Uma crença uma vez instalada, busca se perpetuar e se materializar. De
fato, hoje a Localiza Rent a Car possui mais de 25.000 veículos para locação. E
a maior locadora de carros da América Latina, onde está presente em 6 países, e
Salim Mattar com o seu trabalho pode comprar praticamente tudo o que
quiser.
Assim como essa crença fez uma diferença na vida de Salim, crie para
você crenças que contribuam para o seu sucesso. E tenha coragem para
implementar suas crenças na vida prática. Sim, para manifestar no mundo o que
acreditamos precisamos coragem, muita coragem. Coragem para a ação. No próximo
capítulo vamos criar coragem, eliminando nossos medos.
Quando Deus criou o mundo, perguntou aos anjos o que achavam dele. (Falta-lhe
uma única coisa, disseram: o canto de louvor ao Criador Assim, Deus criou a
música, o gorjeio dos pássaros, o sussurro do vento, o murmúrio do oceano e
plantou a melodia no coração do ser humano.
Lenda judaica
Dr. ômar Souki
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