Meditação
Olhe para imagem e cante o A UM - OM e sinta na sua voz a Graça de Deus, purificando abrindo caminhos, iluminando a consciência com a harmonia, paz e amor.
Seja feita a vontade de Deus.
“A palavra OM, discípulo, é o Deus transcendente e imanente, o Supremo Espírito. Com a ajuda desta palavra sagrada, o sábio alcança um ou outro. OM ou A UM tem três sons.
"Om ou Aum, o Mantra
Supremo"
Earlyne chaney e Willam Messcik
Aum, o principal mantra, o rei de
todos os mantras, é tão universal que pode ser cantado por qualquer pessoa,
independentemente de sua filiação religiosa ou compreensão espiritual.
Tem sido o rei dos mantras desde os
dias dos antigos santos e sábios das Escolas de Mistérios no Egito, India, Peru
e Tibete. O seu poder inerente está além da percepção humana.
A medida que nos aproximamos da
virada do século XX, a Palavra mística Aum — Om — torna-se cada vez mais
familiar, especialmente entre devotos da sabedoria mística da antiguidade, que
compreendem a potência de um mantra ou canto.
Mesmo entre esses aspirantes,
contudo, poucos percebem realmente o poder desse reverente símbolo — um símbolo
que assumiu muitas formas enquanto fluía com a torrente de vida da humanidade
através das idades, sempre simbolizando a Deidade. Nunca na Terra foi dada
tanta preeminência e importância ao significado de uma Palavra.
Os grandes magos e iniciados das
Escolas de Mistérios do antigo Egito executavam seus rituais mágicos e
cerimônias através do uso de Palavras de Poder.
Aqueles que podiam manipular
apropriadamente as Palavras e gerar o poder com discernimento eram os Filhos da
Luz, os grandes Ptahs e Hierofantes que levavam outros para as câmaras secretas
de iniciação e os traziam para fora inteiros, curados e santos.
O símbolo e a Palavra Aum ou Om
estavam muito em evidência, simbolizando o poder onífico — uma palavra contendo
um depósito concentrado de força, ao mesmo tempo dinâmico e inteligente.
Com certeza, o instrutor que com
entendimento a proferiu com sua plena potência conseguiu obter o controle
absoluto sobre o poder dos elementos.
Esta Palavra foi reconhecida
como simbolizando a Verdade divina. E Aum com seu misterioso simbolismo que se
tornou a Palavra Perdida que os iniciados e os místicos procuraram por
milênios, desde que o seu verdadeiro significado se desvaneceu nas brumas do
tempo.
No antigo Egito, as letras A-U-M
vieram a representar os três poderes combinados na Trindade da Deidade.
Os antigos Hierofantes e Ptahs
esconderam e preservaram seus Ensinamentos de conhecimento através de uma
terminologia sagrada, a qual apenas aqueles treinados na peculiaridade dos
símbolos e da linguagem podiam decifrar.
O treinamento para a iniciação
envolvia instruções especiais que capacitavam o postulante (neófito procurando
acesso aos Mistérios) decifrar a terminologia sagrada, as Palavras de Poder.
Letras e sinais silábicos possuíam
simultaneamente os poderes e significados de formas geométricas, desenhos ou
ideogramas e símbolos — um desenhoscópio que seria apresentado na forma de parábolas
e às vezes drama.
Os egípcios com frequência
apresentavam a terminologia sagrada em pedras entalhadas, guardando a chave aos
Mistérios da astronomia, iniciação e o sistema de medidas sagradas.
Os Mistérios egípcio-caldeus empregavam o uso
do som verdadeiro para designar chama, espírito, a essência do Fogo Divino, e a
Luz, os quais ao final deram origem à Filosofia do Fogo de Zoroastro.
Os hebreus, mais tarde, envolveram o
Som Divino em seu misterioso
Tetragrammaton Jod Heh Vau Heh. O mantra e mandala
Jod Heh Vau Heh tornou-se mais tarde o nome de seu Senhor Supremo, Jeová.
Mas há uma conexão distintiva mais próxima
entre Aum e o Tetragrammaton, cada qual contendo a filosofia da doutrina
secreta que é a síntese de todo o conhecimento. O som Aum continha em sua
composição o Nome Divino secreto.
O épico indiano Ramayana descreve a
palavra Aum como representando o Ser dos Seres, uma substância em três formas,
sem modo, sem qualidade, sem paixão — Imensa, Incompreensível, Infinita,
Indivisível, Imutável, Incorpórea, Irresistível.
O Purana hindu diz:
Todos os direitos ordenados nos
Vedas, os sacrifícios ao fogo, e todas as outras purificações solenes passarão,
mas o que nunca passará é a palavra A UM, pois é o símbolo do Senhor
de todas as coisas.
O Upanishad (o Livro Sagrado dos
hindus) declara: A UM é a palavra imperecível, AUM é o Universo — o passado, o
presente e o futuro.
Tudo o que foi, o que é e o que será
é A UM. Então, Arjuna, o discípulo, perguntou:
“Mestre, o homem que até o final da
sua vida descansar sua meditação sobre OM, onde irá esse homem após a morte?”
O sábio replicou:
Aquele que descansa sua meditação
sobre o primeiro som é assim iluminado e, após a morte, retorna rapidamente a
este mundo dos homens, guiado pelas harmonias das Escrituras Sagradas.
Permanecendo aqui em serenidade,
pureza e fé, ele atinge a grandeza. E se descansa a sua mente em meditação
sobre os dois primeiros sons, é guiado depois da morte pelas harmonias das
Escrituras Sagradas para as regiões da Lua.
Após desfrutar as alegrias
celestiais, volta para a Terra novamente.
Mas se, com os três sons do A UM eterno, ele
colocar sua mente em meditação sobre o Espírito Supremo, chega, após a morte,
às regiões da Luz do Sol. Ali, torna-se livre de todo o mal, assim como a
serpente abandona a sua pele velha.
E com as harmonias das Escrituras
Sagradas, vai para o céu de Brama de onde pode observar o Espírito que reside
na cidade do corpo humano e que está acima da vida mais elevada.”
Há um outro texto que diz: Os três
sons não unidos levam novamente à vida que morre; mas os sábios que os fundem
em uma harmonia de união em ações externas, internas ou intermediárias
tornam-se firmes: não tremem mais.
Com as harmonias das Escrituras
Sagradas, ele retorna depois da morte para este mundo do homem; e com as
harmonias das Escrituras Sagradas, ele se eleva às regiões celestiais
intermediárias;
mas com a ajuda de OM, o sábio vai
pós a morte para aquelas regiões que os videntes conhecem nas harmonias das
Escrituras Sagradas. Lá, ele encontra a paz do Espírito Supremo, onde não há
dissolução ou morte e onde não há medo.
O Mandukya Upanishad diz: A sílaba
AUM é o universo. É Brahman, o absoluto. É o tempo — passado, presente e
futuro. É também aquilo que transcende o tempo.
Considere por um momento o termo
“Palavra”
como é empregado em nosso uso presente.
O sentido interior é o de que o termo é o
corpo da sabedoria divina condensado em uma expressão capaz de provocar uma
impressão na mente finita, contendo em abstrato a misteriosa essência que
preenche o universo.
Logos significa o mesmo que Verbo ou
Palavra, implicando poder misterioso e supremo, bem conhecido ao escritor do
Evangelho Segundo São João: No começo era o Logos (Verbo), e o Logos estava com
Deus e o Logos era Deus.
O Aum Om revela o poder interior de Deus que reverbera no Poder infinito de Deus.
Tal poder deve ser expressado para a
nossa compreensão através de uma palavra escrita ou enunciada. Todas as
religiões afirmam que o desenvolvimento da criação deu-se através de uma
Manifestação Divina — “Que haja luz” — e o homem nunca foi capaz de escrever
inteligivelmente tal manifestação em forma de palavra.
Parte de seu aspecto é apresentada no Logos
Solar simbólico, que é sempre representado por uma face humana rodeada de raios
e exibindo uma língua protuberante, como símbolo ou hieróglifo de fala.
A raça chinesa representava
simbolicamente a criação com o glifo da fusão da Luz e da Obscuridade no ato da
criação do universo material, o símbolo do Yin e do Yang, o espírito de Deus
movendo-se sobre a face das águas — ordem evoluindo do caos. O Yin e o Yang
surgem de uma “massa” Primitiva, matéria ou energia, e combinam os divinos positivos
e negativas.
Ao pronunciar AUM, como fazemos em
nossos cantos místicos diários, estamos simplesmente pronunciando a Palavra
como esta nos aparece em sua forma moderna. Mas é impossível pronunciá-la com
seu verdadeiro significado. Estamos apenas pronunciando as letras da Palavra,
não o “espírito”.
O iniciado de hoje,
emitindo o canto místico como três sílabas, Aum (aaa-uuummm), está expressando
o homem integrado como um ser divino trino. Quando medita e o emite dessa
forma, todos os seus poderes são ativados.
A (aaa), emitido com os lábios
abertos, significa o homem ativado para o mais elevado serviço a seus
semelhantes; U (uuu), emitido com os lábios em bico significa a ativação da
mais elevada mentalidade; M (mmm), emitido quando os lábios se fecham, emprega
os lábios, a língua e a garganta, e o ativa como unidade trina às alturas
espirituais.
Assim os antigos ensinavam este mistério contido na Palavra
Suprema.
Aum pode ser pode ser cantado devagar
ou rapidamente, produzindo excelentes resultados em ambos os Cada aspirante
precisa experimentar para selecionar sua própria preferência.
A rápida repetição do canto frequentemente se
sincroniza com os batimentos cardíacos, ressoando e sintonizando-se
automaticamente com os batimentos naturais do coração ou do pulso.
Assim o som reverbera através da forma
inteira, quando o fluxo sanguíneo leva sua vibração através de todo o corpo. O
canto de Aum também pode ser focalizado com a taxa de batimentos no centro das
sobrancelhas.
Outra forma de canto rápido se
executa como segue: Inale profundamente, cante a palavra Aum várias vezes (ao
menos três) enquanto exala, durante uma única respiração.
A alma ou Divina Presença canta com Deus Uno o Aum Om no dharma.
Permita que o canto se faça do seguinte modo:
a-a-a com os lábios abertos, oo-oo-oo com os lábios semifechados e m-m-m-m em
forma vibratória, com os lábios fechados, sentindo a vibração reverberando
profundamente no interior e através do cérebro.
Se for cantado de forma mais lenta,
inale profundamente e comece a pronúncia das palavras no encerramento da
afirmação como uma bênção, sela a aura de modo a manter o ser como um cálice
através do qual as Energias Divinas pudessem repousar e trazer ao nascimento o
Cristo Interior como um embrião flutuante no Elixir ou Água Divina de Aum.
A
palavra Amém usada para terminar uma prece é uma forma moderna do antigo Aum.
Usado como som mântrico, AUM ou OM
torna-se o elo, a Graça da conexão de energia cintilando entre o eu da personalidade e a
Alma ou Espírito – Divina Presença.
Enquanto é cantada pelo devoto, é seu
pedido que os seus esforços concentrados de projetar o Santo Som para cima
possam tocar a atenção da Alma e atrair sobre e para dentro de si o fluxo
descendente de uma Força Mais Elevada do dharma que iria ao mesmo tempo
purificar e transformar a personalidade inferior.
O Aum torna-se um pálido
reflexo do tom místico do universo e é a nossa fraca tentativa de reproduzir o
primeiro som da criação e atrair o Som Cósmico Divino da Vida para dentro de nossos eus
finitos, tornando-se um com aquela Divindade cósmica.
Se o som Aum é cantado alto, o
propósito é fazer o som reverberar por todo o corpo, sustido o maior tempo
possível em uma única exalação de alento.
Essa espécie de canto, essa
meditação, prova a lei da correspondência. Toque a tecla do Dó na escala média
do piano e mantenha-a soando.
Agora toque o Dó em uma oitava abaixo,
soltando-o em seguida. Ficará imediatamente aparente que o Dó médio está
vibrando em simpatia com o Dó inferior.
Esta é a lei das oitavas em ação, e
demonstra claramente o “porquê” do canto místico empregado pelos santos e
instrutores que estão lutando para afinar o eu físico com a parte mais elevada
do ser.
Quando estamos sentados em meditação
e repetimos constantemente o nosso mantra, este deve tanger uma corda sensível
na grande Sobrealma, várias oitavas acima de nós em vibração, a qual irá
responder se o nosso mantra for repetido persistentemente.
O poder do som é igualmente
demonstrado pelo estilhaçamento de vidro quando uma nota de alta vibração é
mantida por uma voz ou violino.
Também os estudantes de física são
familiarizados com um experimento clássico que envolve a colocação de areia
sobre uma folha delgada de metal ou vidro.
Tocando então uma nota ou criando um
som na beira da bandeja de metal ou vidro, geralmente passando-se um arco de
violino ao longo da beira, tal nota faz com que a areia sobre a bandeja vibre e
a observação cuidadosa revelará que a mesma se dispõe finalmente em padrões
simétricos, em resposta ao som persistente da música.
Alguns “pesquisadores” afirmam que
uma pessoa pode selecionar qualquer palavra que seja e, pela sua repetição,
alterar a consciência.
Esta “pesquisa” pode conter uma
medida de verdade, mas não passa daí. Tal afirmativa obedece aos Ensinamentos
da Sabedoria no que concerne ao poder do som.
Mas, certamente, muito mais poder é
contido em Palavras de Poder e Nomes Santos estruturados do que nas palavras comuns.
Nosso objetivo é alterar a consciência.
Cantar o mantra mágico ou o Nome pode
proporcionar isso, enquanto cantar simplesmente qualquer palavra com certeza
não nos servirá para atingir o ápice.
De acordo com a tradição hindu da
criação, o som da Palavra sagrada Om é aquele que pôs em movimento aquelas
forças que produziram o universo e o mantêm ativo. O som da Palavra sagrada foi
manifestado antes que fosse criado qualquer universo material. Essa afirmação
aparentemente foi pronunciada pelo Mestre Jesus ao dizer:
ANTES DE SER ABRAAO, EU SOU. Para melhor compreensão, a afirmação deveria ser lida ANTES DE SER ABRAÃO, ERA EU SOU, o que significa que antes que a alma conhecida como Abraão viesse à existência humana, existia o EU SOU cósmico, o grande mar da cosmicidade, o oceano EU SOU do Ser.
ANTES DE SER ABRAAO, EU SOU. Para melhor compreensão, a afirmação deveria ser lida ANTES DE SER ABRAÃO, ERA EU SOU, o que significa que antes que a alma conhecida como Abraão viesse à existência humana, existia o EU SOU cósmico, o grande mar da cosmicidade, o oceano EU SOU do Ser.
E que ele, Jesus, Filho do Altíssimo, existia
mesmo então — e também o espírito de Deus “EU SOU”. E que diferença uma vírgula
faz.
Postado por Dharmadhannya
Primeira parte do texto
Nenhum comentário:
Postar um comentário