sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Mudanças e Prosperidade - organize sua finanças.






Mudanças  e Prosperidade - organize sua finanças.


Se sua intenção é realmente tornar-se um milionário, primeiramente você precisará zerar seu passado. É necessário limpar situações que não farão mais parte do seu novo futuro, para não ficar preso a elas sem conseguir ir para frente.

 Para isso, você precisará dar uma guinada de 180 graus em sua atitude mental e emocional.

Se, por falta de experiência, ao longo dos anos você tomou empréstimos, assumiu compromissos que não conseguiu saldar e acumulou um histórico indesejável de inadimplências, você precisará assumir uma nova postura perante si mesmo, sua família e a sociedade para poder livrar-se dessas correntes, que por tanto tempo lhe escravizam, tiram- lhe o sono e a paz de espírito.

Enquanto não se livrar dessas amarras financeiras, você continuará um indivíduo preso ao passado e não conseguirá progredir. Vou relatar uma experiência que tive com uma pessoa que conseguiu saldar suas dívidas mantidas por anos, cuja fonte era puramente de ordem emocional.

No começo de minha trajetória empresarial, tínhamos um cliente franqueado muito interessante. Ele era um empresário maduro, experiente e aparentemente bem-sucedido. Tinha uma linda escola, com ótimas instalações e com professores bem treinados, suas aulas eram de qualidade e seus alunos estavam satisfeitos.

 Esse franqueado era exemplar em todos os sentidos: investia em marketing, promovia eventos culturais, realizava atividades
extracurriculares etc.

Ele tinha só um probleminha: nunca pagava suas contas em dia. Pagava- as somente depois de receber muitas ligações, cobranças e advertências.


Ao analisar a situação, comprovamos que o problema não era falta de dinheiro, pois ele tinha uma bela casa, um bom carro, um ótimo movimento financeiro e sempre tinha recursos para viajar com a família. A questão era outra.

Certa vez, ele veio pessoalmente à sede da empresa e, apesar de seu crédito negativo, desejava fazer um pedido a prazo, que obviamente foi recusado. Então, pediu para falar comigo e prontamente o atendi.

 Depois de ouvir seu longo discurso que tentava justificar sua inadimplência, eu lhe disse: “Meu amigo, permita-lhe dizer algo que você já sabe. O motivo pelo qual você não paga suas contas não é falta de dinheiro. Você não paga suas contas porque você não quer pagá-las”.

Depois acrescentei: “Se você me permitir ser mais franco, posso lhe explicar algo mais. Em minha opinião, durante sua infância ou adolescência, você provavelmente deve ter sofrido alguma espécie de trauma psicológico, e a situação negativa de antigamente acabou se manifestando agora em sua vida adulta.

 Por isso, você tenta tirar vantagem de alguém, pensando que isso lhe compensará pelo sofrimento do passado. Você tem agido assim por tanto tempo que até já se habituou, e agora aceita essa prática como algo normal”.

Finalizei meus comentários assim: “Como tenho grande respeito e admiração por você, gostaria de lhe recomendar alguns ótimos cursos realizados por profissionais competentes, que poderão ajudá-lo a vencer essas situações emocionais não resolvidas do passado.”

Ele ouviu atentamente minhas palavras. Ao final, perguntou: “E meu pedido? Vai ser liberado?”. Eu lhe respondi: “Sim, ele vai ser liberado. Você só precisa acertar os valores pendentes e será imediatamente liberado”.

Para minha surpresa e, certamente, para a surpresa dele também, ele acabou pagando os valores devidos e voltou para casa com seu pedido atendido. E o mais surpreendente foi que, daquele momento em diante, nunca mais atrasou seus pagamentos.

Existem alguns casos curiosos. Há algumas pessoas que, mesmo tendo condições, não pagam suas dívidas, motivadas por um espírito de vingança.

 Agem assim como se seu comportamento impróprio fosse capaz de reparar ou lhes com pensar alguma situação adversa vivenciada no passado. Elas guardam o sentimento de que alguém lhes deve algo, não importa quem seja. Algumas pensam ser os pais, o irmão ou a irmã, o marido ou a mulher, a empresa, o chefe, o país, o governo e até Deus.

Outras aumentam suas dívidas motivadas pela inveja. Sem levar em consideração sua capacidade financeira, pensam assim: “Se meu vizinho trocou de carro, também vou trocar.

Se meus amigos vão viajar ao exterior, também vou viajar. Se minhas amigas compram essa marca de bolsa, também vou comprar”. Essas pessoas vivem se comparando aos outros. Assim, elas sofrem, pois sempre encontrarão alguém em condição mais privilegiada que a sua.

Há ainda os pobres de espírito, que não honram seus compromissos e se justificam dizendo: “Meus credores já têm tanto, e eu tenho tão pouco.

 Se eu não pagar essa conta não fará diferença para eles”. Do ponto de vista financeiro, o valor devido talvez não faça muita diferença para o credor que possui uma riqueza infinita em seu interior.

 Contudo, lamentavelmente, a falta de pagamento faz toda a diferença na vida do devedor, que, por sua atitude condenável, acaba atraindo para si mesmo mais dissabores de ordem financeira, emocional e física.

Pessoas assim ainda precisam aprender o conceito milenar de que “tudo o que de ti sair a ti retornará”. Se a bondade, a caridade e a generosidade saírem de seu coração, esses dons voltarão multiplicados em sua vida.

 Por outro lado, se você causar danos, prejuízos, infortúnios ao próximo, esses dissabores, mais cedo ou mais tarde, retornarão a você. Assim, engana-se quem acredita que, por deixar de pagar suas dívidas, elas desaparecerão.

 Pelo contrário, elas só aumentarão. Afinal, quem entende de juros recebe, quem não entende paga.

Observe o que o sábio educador J. Reuben Clark Jr. disse a respeito da escravidão causada pelos juros:

 “Os juros nunca dormem nem ficam doentes ou morrem; nunca vão para o hospital; trabalham durante domingos e feriados; nunca saem de férias; nunca fazem visitas ou viajam; não tiram tempo para lazer; nunca ficam sem trabalho nem ficam desempregados.

 Uma vez em débito, os juros são seus companheiros a cada minuto do dia e da noite; não há como evitá-los nem deles fugir; não se pode ignorá-los e sempre que com eles falhar em atender às suas exigências, eles o esmagarão”.

Recentemente, um amigo me procurou muito entusiasmado. Ele disse com um imenso sorriso no rosto: “Estou me sentindo tão bem, tão aliviado, tão confiante”. “O que aconteceu?”, eu lhe perguntei. E ele me confidenciou: “Depois de cinco anos, consegui pagar todas as minhas dívidas e limpar meu nome”.

“Meus parabéns por essa vitória, mas como você conseguiu fazer isso?”, perguntei. Sua resposta me comoveu: “Eu já não aguentava mais carregar esse peso e resolvi fazer qualquer sacrifício necessário para me livrar desse fardo.

Não há meio-termo na busca da prosperidade. Você é quem decide a cada instante como lidar com seu dinheiro, como controlar seus gastos, reduzir suas despesas, alocar seus recursos e saldar suas dívidas. Diariamente, você está se aproximando ou se distanciando da riqueza. A escolha é sua. E são as pequenas escolhas diárias que determinam sua condição de pobreza ou riqueza.

Como você pode perceber, as pessoas não deixam de pagar suas contas por falta de dinheiro; elas deixam de honrar suas obrigações financeiras por falta de compreensão de si mesmas e de sua relação com o dinheiro, pois as dívidas são pagas em primeiro lugar pelo desejo, pela consciência, pela disciplina, pelo equilíbrio emocional, pelo senso de responsabilidade e integridade.

 A transferência do dinheiro de uma conta para a outra é apenas a demonstração física da independência e maturidade financeira de cada um.

Carlos Wisard Martins



Postado por Dharmadhannya
Psicoterapeuta Transpessoal

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