Olhe pra este simbolo da Chama Trina e do coração e mergulhe dentro do seu coração , e encontre com a beleza da sua Alma.
Tenha consciência da Chama Trina que queima no seu coração.
A chama do Amor, da Sabedoria que realiza a Vontade de Deus.
Assuma a luz do amor do seu coração e siga em frente.
Meditando
Todos os
outros ensinamentos espirituais são inúteis se não conseguimos amar. Mesmo os
estados mais exaltados e as mais excepcionais conquistas espirituais não têm a
menor importância,
se não conseguimos ser felizes nos caminhos
mais básicos e comuns e se não conseguimos tocar, com o coração, nossos
semelhantes e a vida que nos foi concedida.
O que importa
é como vivemos. E por isso que é tão difícil e tão importante perguntarmos a
nós mesmos: “Estou vivendo o meu caminho plenamente, estou vivendo sem
remorsos?” — para que, quando se aproximar o fim da nossa vida, possamos
afirmar: “Sim, eu vivi o meu caminho com o coração”.
A qualidade
da bondade e a manifestação da Luz da
Alma, é o solo fértil no qual pode crescer uma vida espiritual integrada.
Com
um coração amoroso como pano de fundo, tudo que tentamos, tudo o que
encontramos se abrirá e fluirá com mais facilidade. Embora, em muitas circunstâncias,
a bondade possa emergir naturalmente em nós, ela também pode ser cultivada.
Esta
meditação é uma prática de 2.500 anos de idade que usa a repetição de frases,
imagens e sensações para evocar a bondade e a generosidade em relação a nós
mesmos e aos outros.
Você pode
experimentar esta prática para ver se ela lhe é útil. É melhor começar pela
repetição contínua por 15 ou 20 minutos, uma ou duas vezes por dia, em um local
calmo, durante vários meses.
De início,
esta meditação poderá parecer mecânica ou ineficaz, ou até mesmo fazer surgir
o seu oposto: a sensação de irritação e raiva.
Se isso acontecer, é importante
que você seja paciente e gentil consigo mesmo e deixe que qualquer coisa que
aflore seja recebida dentro de um espírito de generosidade e bondosa afeição.
Em seu tempo, mesmo diante de dificuldades interiores, a bondade se
desenvolverá.
Sente-se numa
posição confortável. Deixe seu corpo relaxar e ficar em repouso.
Na medida do
possível, deixe sua mente aquietar-se e desapegue-se de projetos e
preocupações. Então, comece a recitar para si mesmo estas frases dirigidas a
você.
Comece com você mesmo, pois, sem amar a si mesmo, é praticamente
impossível amar os outros.
Que eu possa
ser envolvido e abençoado(a) pela bondade de Deus, do Universo, da Vida.
Que eu possa
me sentir bem, em harmonia com tudo e com todos.
Que eu possa
estar em paz e tranquilidade com a Unidade
Que eu possa
estar feliz, ser amado, próspero e
saudável.
Que eu tenha
muitos amigos que sejam o meu dharma - a
graça da bondade.
Que eu seja o
dharma da bondade para todos.
Ao pronunciar
essas frases, talvez você também queira usar a imagem contida nas instruções de
Buda: imagine-se como uma criancinha muito amada (ou sinta-se como é agora)
envolvida por um coração de bondade.
Deixe as
sensações aflorarem com as palavras.
Ajuste as palavras e as imagens para
encontrar as frases exatas que melhor irão abrir a bondade do seu coração.
Repita muitas vezes as frases, deixando que os sentimentos impregnem seu corpo
e sua mente.
Pratique esta
meditação repetidamente durante várias semanas, até que cresça o sentimento de
bondade por você mesmo.
Quando se
sentir pronto, na mesma meditação você poderá gradualmente expandir o foco da
sua bondade para incluir os outros.
Eu Sou a
Ponte da Bondade Divina.
Depois de si mesmo, escolha um benfeitor,
alguém na sua vida que realmente cuidou de você.
Visualize
essa pessoa e cuidadosamente recite as
mesmas frases, Que ele (ela) possa ser envolvido(a) pela bondade e assim por
diante.
Quando a bondade pelo seu benfeitor se desenvolver, comece a incluir
na meditação outras pessoas que você ama, visualizando-as e recitando as mesmas
frases, evocando um sentimento de bondade por elas.
Depois disso,
você pode gradualmente começar a incluir outros amigos, membros da sua
comunidade, vizinhos, pessoas de toda parte, animais, toda a Terra e todos os
seres.
Então você poderá experimentar incluir as pessoas mais difíceis da sua
vida, desejando que também elas sejam envolvidas pela bondade e pela paz.
Com
alguma prática, um firme sentimento de bondade poderá se desenvolver e, no
decorrer de 15 ou 20 minutos, você será capaz de incluir muitos seres na sua
meditação, partindo de você para um benfeitor, para as pessoas amadas e para
todos os seres em toda a parte.
Então você
poderá aprender a praticar a bondade em qualquer lugar. Você pode usar esta
meditação em engarrafamentos de trânsito, em ônibus e aviões, na sala de espera
do médico e em mil outras circunstâncias.
Ao praticar silenciosamente esta
meditação da bondade entre as pessoas, você irá sentir de imediato uma
maravilhosa conexão com elas — o poder da bondade. Ela trará calma à sua vida e
o manterá ligado com o seu coração.
Eu posso amar infinitamente
Mesmo os
estados mais exaltados e as mais excepcionais conquistas espirituais não têm a
menor importância se não conseguimos ser felizes nos caminhos mais básicos e
comuns e se não conseguimos tocar, com o coração, nossos semelhantes e a vida
que nos foi concedida.
Ao nos
dedicarmos à vida espiritual, o que importa é simples: precisamos ter
certeza de que nosso caminho está conectado ao nosso coração. Muitos outros
pontos de vista nos são oferecidos no mercado espiritual do mundo moderno.
As grandes tradições
espirituais oferecem histórias de iluminação, bem-aventurança, conhecimento,
êxtase divino e as mais elevadas possibilidades do espírito humano.
Ao iniciar uma
jornada espiritual genuína, precisamos permanecer muito próximos de nós mesmos,
focalizar diretamente aquilo que está diante de nós nesse exato instante, ter
certeza de que nosso caminho está conectado ao nosso amor mais profundo. Don
Juan, em seus ensinamentos a Carlos Castaneda, assim o expressou:
Olhe cada
caminho de perto, deliberadamente. Experimente-o tantas vezes quantas julgar
necessário. Então faça a si mesmo, e só a si mesmo, uma pergunta. Essa pergunta
define o seu dharma ou o karma.
”Esse caminho
tem um coração? ”
Se tiver é um
caminho bom. Se não tiver é um caminho inútil - pode ser corrupto sem ética,
escuro, egoísta, sem solidariedade, sem união... Esse caminho nos leva para a
decadência moral e espiritual.
Os ensinamentos
deste texto falam do encontro de um caminho com o coração, de experimentar um
caminho que nos transforma e nos toca no centro do nosso ser. Fazê-lo é
encontrar um caminho de prática que nos permite viver no mundo, total e
plenamente, a partir do nosso coração.
Ao perguntar, “Estou
seguindo um caminho com o coração?”, descobrimos que ninguém pode definir para
nós exatamente qual deveria ser o nosso caminho. Pelo contrário, devemos deixar
que o mistério e a beleza da harmonia dessa
pergunta ressoem dentro do nosso ser.
Então, em algum
lugar dentro de nós, surgirá uma resposta e a compreensão irá aflorar. Se nos
aquietarmos e ouvirmos profundamente, mesmo que por um só momento, saberemos se
estamos seguindo um caminho com o coração.
É possível falar
diretamente com o nosso coração. Muitas culturas antigas sabem disso. Podemos
realmente conversar com o nosso coração, como se ele fosse um bom amigo.
Quando fechamos
o nosso coração por medo de ser ferido, decepcionados com tantas desilusões,
ficamos presos lá dentro. Isolados e sem comunicação. O coração revela luz magnética que nos une com tudo e com todos
Na vida moderna,
estamos tão ocupados com os nossos pensamentos e afazeres cotidianos que
esquecemos essa arte essencial de fazer uma pausa e conversar com o nosso
coração, ou com a nossa Alma ou Eu Superior.
Quando lhe
perguntamos sobre o nosso caminho atual, precisamos observar os valores pelos
quais escolhemos viver. Onde empregamos o nosso tempo, a nossa força, a
nossa criatividade, o nosso amor?
Precisamos olhar nossa vida sem
sentimentalismos, exageros ou idealismo. Aquilo que estamos escolhendo reflete
aquilo que valorizamos mais profundamente?
A tradição
budista ensina seus seguidores a verem toda a vida como preciosa. Os
astronautas que deixam a Terra também redescobriram essa verdade. Um grupo de
cosmonautas russos assim a descreveu:
“Trouxemos
alguns peixinhos para a estação espacial a fim de realizar certas
experiências. Devíamos ficar aqui por três meses. Depois de três semanas, os
peixinhos começaram a morrer. Quanta pena sentimos deles! O que não fizemos
para tentar salvá-los!
Na Terra,
sentimos prazer em pescar, mas, quando estamos sós e longe de tudo 0 que é
terrestre, qualquer forma de vida é muito bem-vinda. Percebe-se o quanto a vida
é preciosa”.
Nesse mesmo
estado de espírito, um astronauta, quando sua cápsula pousou, abriu a escotilha
para aspirar o ar úmido da Terra. “Eu me inclinei e encostei um punhado de
terra no rosto. Abaixei-me e beijei o chão.”
Para ver a preciosidade
de todas as coisas, precisamos desenvolver a nossa atenção plena. A prática
espiritual pode levar-nos a essa percepção consciente, sem "a ajuda de
qualquer viagem espacial.
À medida que as
qualidades da presença e da simplicidade começam a permear mais e mais a nossa
vida, nosso amor mais profundo pela Terra e por todos os seres começa a
expressar-se e a trazer vida para o nosso caminho.
Para compreender
mais profundamente o que esse sentimento de preciosidade evoca e como ele dá
significado a um caminho seguido com o coração, trabalhemos com a seguinte
meditação. Na prática budista, pede-se que a pessoa reflita sobre a morte para
compreender o significado da vida.
A meditação
tradicional para esse propósito consiste em sentar-se tranquilamente e sentir o
estado passageiro da vida. Após ler este parágrafo, feche os olhos e sinta a
mortalidade desse corpo humano que lhe foi concedido.
A morte é para
nós uma certeza — só a hora da morte ainda está por ser descoberta. Imagine que
você está no fim da sua vida — na próxima semana, no ano que vem ou na próxima
década, em qualquer momento no futuro.
Agora acompanhe
sua memória através de toda a sua vida e traga à mente duas boas ações que você
praticou, duas coisas que você fez e que foram boas.
Não é necessário
que sejam grandiosas; deixe que aquilo que queira emergir aflore naturalmente.
Ao visualizar e relembrar essas boas ações, conscientize-se também da maneira
como essas lembranças afetam sua consciência, como elas transformam os
sentimentos e o estado do coração e da mente, conforme você os vê.
Quando tiver
concluído essa reflexão, olhe com muito cuidado para a qualidade dessas
situações, olhe aquilo que está compreendido em um momento de bondade colhido
em toda uma vida de palavras e atos.
A maioria das
pessoas capazes de lembrar essas boas ações nessa meditação descobre que elas
são espantosamente simples. Raramente trata-se de ações que colocaríamos no
nosso curriculum vitae.
Para algumas
pessoas, um momento de bondade foi apenas aquele em que disseram ao pai, em seu
leito de morte, que o amavam;
ou quando atravessaram o país, num período
sobrecarregado de trabalho, para cuidar dos sobrinhos enquanto a irmã se
recuperava de um acidente de automóvel.
Uma professora
do primeiro grau teve a simples visão das manhãs em que abraçou crianças que
choravam ou passavam por uma fase difícil.
Em resposta a essa meditação, certa
vez, uma mulher levantou a mão, sorriu e disse; “Nas ruas congestionadas,
quando chegamos a uma vaga ao mesmo tempo, eu sempre a cedo a outra pessoa”.
Essa era a boa ação da sua vida.
Outra mulher,
uma enfermeira de seus 60 anos que havia criado filhos e netos e vivido uma
vida plena, teve esta lembrança: ela tinha seis anos de idade quando um carro
quebrou diante de sua casa, nuvens de vapor escapando do capô.
Dois senhores
idosos desceram do carro, olharam, e um deles foi até a cabine telefônica da
esquina chamar uma oficina. Voltaram a sentar-se no carro para esperar o
guincho.
Criança curiosa,
ela foi falar com eles e, depois de vê-los esperar por um longo tempo no carro
aquecido, entrou em casa. Sem sequer lhes perguntar, preparou uma bandeja com
chá gelado e sanduíches e levou-os para eles na calçada.
As coisas que
mais importam na nossa vida não são extraordinárias ou grandiosas. São os
momentos em que tocamos o outro, quando estamos presentes da maneira mais
atenta ou cuidadosa. Essa simples e profunda intimidade é o amor pelo qual
todos nós ansiamos*.
Esses momentos
de tocar e ser tocados podem tornar-se a base para um caminho com o coração e
ocorrem da maneira mais imediata e direta. Madre Teresa de Calcutá assim o
expressou:
“Nesta vida, não podemos fazer grandes coisas.
Podemos apenas fazer pequenas coisas com grande amor”.
Algumas pessoas
acham este exercício muito difícil. Nenhuma boa ação lhes vem à mente ou poucas
surgem, apenas para serem rejeitadas de imediato por serem julgadas
superficiais, pequenas, impuras ou imperfeitas.
Isso
significaria que não existem sequer dois bons momentos em toda uma vida com
milhares de ações? É difícil de acreditar! Todos nós tivemos muitos deles. E
isso tem ainda um outro significado profundo.
É um reflexo de
como somos implacáveis com nós mesmos.
Julgamos a nós mesmos com tanta
severidade que só um Idi Amin Dada ou um Stalin iriam nos escolher para
presidir seus tribunais. É difícil admitir que a bondade e o amor genuínos
podem brilhar livremente a partir de nossos corações. No entanto, isso
acontece.
Viver um caminho
com o coração significa viver do modo que nos é mostrado nessa meditação,
significa permitir que o sabor da bondade impregne a nossa vida. Quando damos
plena atenção aos nossos atos, quando expressamos nosso amor e vemos a
preciosidade da vida, a bondade cresce em nós.
Uma simples
presença cuidadosa pode começar a permear mais momentos da nossa vida. Temos
de perguntar continuamente ao nosso coração: O que significaria viver assim? O
caminho, o modo que escolhemos para viver a nossa vida, está levando a isso?
Em meio à tensão
e à complexidade das nossas vidas, talvez esqueçamos nossas intenções mais
profundas. Porém, quando as pessoas chegam ao fim da vida e olham
para trás, as perguntas que elas geralmente fazem não são:
“Quanto tenho na
minha conta corrente?”, “Quantos livros escrevi?”, “O que construí?” ou coisas
semelhantes. Se você tiver o privilégio de estar ao lado de uma pessoa que está
consciente do momento da sua morte, verá que as perguntas que ela faz são muito
simples:
“Eu amei plenamente? ”, “Vivi plenamente? ”, “Aprendi a me desapegar?”
Essas simples
perguntas atingem o próprio âmago da vida espiritual. Quando consideramos o ato
de amar bem e de viver plenamente, podemos ver o modo como nossos apegos e
medos nos limitaram e podemos ver abrirem-se as muitas oportunidades para os
nossos corações.
Permitimos a nós
mesmos amar as pessoas à nossa volta, nossa família, nossa comunidade, a Terra
sobre a qual vivemos?
E teríamos também aprendido o desapego? Teríamos
aprendido a viver através das mudanças da vida com graça, sabedoria e
compaixão? Teríamos aprendido a perdoar e a viver a partir da influência do
coração, e não a partir da influência do julgamento? /
O desapego é um
tema central na prática espiritual, à medida que vemos a preciosidade e a
brevidade da vida. Quando o desapego é exigido, se não tivermos aprendido a
nos desapegar, sofreremos imensamente, e, ao chegar ao fim da vida, talvez
tenhamos aquilo que é chamado de “rota de colisão”.
Mais cedo ou
mais tarde, precisamos aprender a nos desapegar e permitir que o mistério
passageiro da vida se mova através de nós sem que o temamos, sem nos prender e
sem manter-nos apegados.
Conheci uma moça
que ficou ao lado da mãe durante o longo tempo em que ela esteve doente de um
câncer. Parte desse tempo a mãe esteve em um hospital, ligada a um grande
número de tubos e aparelhos.
Ambas
concordaram que seria terrível morrer daquela maneira e, quando a doença se
agravou, a mãe foi finalmente desligada de toda a parafernália médica e lhe
permitiram que fosse para casa.
Seu câncer progrediu
mais ainda. No entanto, a mãe tinha dificuldade em aceitar sua doença. Ela
tentava dirigir a casa do seu leito, pagar as contas, e supervisionar todos os
assuntos rotineiros da vida. Ela lutava contra a dor física, porém lutava ainda
mais contra sua incapacidade de se desapegar.
Um dia, em meio
a essa luta, muito mais doente e um tanto confusa, ela chamou a filha e disse:
“Filha querida, por favor, agora desligue os tubos”. E a filha delicadamente
mostrou: “Mãe, você não está ligada aos tubos”.
Alguns de nós
temos muito a aprender a respeito do desapego. Desapegar-se e mover-se através
da vida, de uma mudança para outra, amadurecimento ao nosso ser espiritual.
No final,
descobrimos que amor e desapego podem ser a mesma coisa. Em ambos os casos,
não buscamos possuir. Ambos nos permitem tocar cada momento dessa vida
passageira e nos permitem estar plenamente presentes em tudo o que vier
acontecer.
Existe uma
antiga história sobre um famoso rabino que vivia na Europa e um dia foi
visitado por um homem que viajou de navio desde Nova York para vê-lo. O homem
chegou à casa do grande rabino, uma casa espaçosa numa cidade européia, e foi
levado aos aposentos do rabino, que ficavam no sótão.
Ele entrou e
descobriu que o mestre vivia em um quarto com uma cama, uma cadeira e alguns
livros. O homem esperava muito mais. Depois dos cumprimentos, perguntou:
“Rabino, onde estão suas coisas? ” O
rabino replicou: “Bem, onde estão as suas?” O visitante surpreendeu-se: “Mas,
rabino, eu estou só de passagem! ” E o mestre
respondeu: “Eu também, eu também.
Amar plenamente
e viver bem exige de nós o reconhecimento final de que não temos nem possuímos
coisa alguma — nem a casa, nem o carro, nem as pessoas
que amamos, nem sequer o nosso próprio corpo.
A alegria e a sabedoria
espirituais não vêm através da posse mas, sim, através da nossa capacidade de
abertura, de amor mais pleno, de mudança e liberdade na vida.
Essa não é uma lição
a ser adiada. Um grande mestre assim o explicou: “Seu
problema é que você pensa que tem tempo”.
Não sabemos
quanto tempo temos. O que seria viver com o conhecimento de que este talvez
seja o nosso último ano, a nossa última semana, o nosso último dia? À luz dessa
pergunta, podemos escolher um caminho com o coração.
Às vezes é
necessário um choque para nos despertar, para nos conectar com o nosso caminho.
Há muitos anos, uma mulher me pediu para visitar seu irmão em um hospital de
San Francisco. Ele ainda não chegara aos quarenta anos e já estava rico.
Era dono de uma
empresa construtora, de um barco, de uma fazenda, de uma casa na cidade, de mil
coisas. Certo dia, dirigindo sua BMW, ele ficou temporariamente cego. Os
testes mostraram que ele tinha um tumor no cérebro, um melanoma, um tipo de
câncer de crescimento rápido. O médico lhe disse:
“Queremos operá-lo, mas tenho de lhe avisar que o tumor está localizado
no centro da fala e da compreensão. Se removermos o tumor, você poderá perder
toda a capacidade de ler, de escrever, de falar, de compreender qualquer
língua.
Se não o operarmos, você talvez tenha seis semanas de vida. Pense bem
nisso. Queremos operá-lo amanhã de manhã. Comunique-nos sua decisão até lá”.
Visitei esse
homem naquela noite. Ele estava muito quieto e pensativo. Como se pode
imaginar, estava em um extraordinário estado de consciência. Esse tipo de
despertar, por vezes, vem da prática espiritual, mas, para ele, veio através
daquelas circunstâncias excepcionais.
Quando
conversamos, esse homem não falou da sua fazenda, nem do seu barco, nem do seu
dinheiro. No lugar para onde ele ia, não aceitam a moeda bancária ou BMWs.
Tudo
o que tem valor nos momentos de grande mudança é a moeda corrente do nosso
coração: a capacidade e a compreensão do coração que cresceram em nós.
Vinte anos
antes, no final dos anos sessenta, esse homem havia feito um pouco íe meditação
zen, havia lido um pouco de Alan Watts e agora, ao enfrentar aquele momento,
foi isso que ele trouxe à tona e era disso que ele queria falar: da sua vida
espiritual e da compreensão a respeito do nascimento e da morte.
Depois de uma
conversa que brotou do fundo do coração, ele calou-se para ficar em silêncio
por um instante e refletir. Então virou-se para mim e disse: “Já falei demais. Talvez eu tenha dito palavras demais.
Esta noite, o
que me parece precioso é tomar um gole d’água ou ver os pombos levantar voo do
parapeito da janela.
Eles me parecem lindos. É encantador ver um pássaro cruzar
os ares. Esta minha vida ainda não terminou. Talvez eu apenas a viva mais em
silêncio”. E assim ele concordou em ser operado.
Depois de 14
horas de cirurgia feita por um cirurgião extraordinário, sua irmã o visitou na
sala de recuperação. Ele olhou para ela e disse: “Bom-dia”. Os médicos foram capazes de remover o tumor sem que ele
perdesse a fala.
Quando deixou o
hospital e se recuperou do câncer, toda a sua vida mudou. Continuou a cumprir
responsavelmente suas obrigações profissionais, mas deixou de ser viciado no
trabalho.
Dedicou-se mais
à família e tomou-se conselheiro para outras pessoas com diagnóstico de câncer
e doenças graves. Passava grande parte de seu tempo junto à natureza e também
tocando com amor, as pessoas à sua volta.
Se eu o tivesse
conhecido antes daquela noite, talvez o tivesse considerado um fracasso
espiritual por ele ter feito um pouco de prática espiritual e tê-la abandonado
por completo para tomar-se um homem de negócios. Ele parecia ter esquecido todos
esses valores espirituais.
Mas quando
chegou a hora, quando parou para refletir nesses momentos entre a vida e a
morte, mesmo a pouca prática espiritual que havia experimentado, tomou-se
muito importante para ele.
Nunca sabemos o
que os outros estão aprendendo e não podemos julgar de imediato ou com
leviandade a prática espiritual de ninguém. Tudo o que podemos fazer é olhar
dentro do nosso coração e perguntar o que é importante no caminho que estamos
vivendo.
O que podería
levar-me a maior abertura, a maior honestidade e a uma capacidade
mais profunda de
amar?
Um caminho com o
coração também incluirá nossos dons únicos e nossa criatividade. A
expressão exterior do nosso coração talvez seja escrever livros, construir
edifícios, abrir caminhos para as pessoas servirem umas às outras.
Talvez seja
ensinar, cuidar do jardim, servir alimentos ou tocar música. O que quer que
escolhamos, as criações da nossa vida precisam estar enraizadas no nosso
coração. Nosso amor é a fonte de toda a energia para criar e para nos ligar às
pessoas.
Se agirmos sem
uma conexão com o coração, até mesmo as maiores coisas da nossa vida se tomarão
ressequidas, sem sentido ou estéreis.
Pois é, a coisa
simplesmente não funciona. A verdade é que o de que realmente precisamos não é
de ganhadores do Nobel, mas de amor. Como é que você acha que alguém chega a
ganhar o Nobel? Querendo amor, é isso. Querendo tanto, tanto, que trabalha o
tempo todo e termina ganhando o Nobel. É um prêmio de consolação.
O que importa é
o amor.
Assim, apenas
pratique o amor. Ame um russo. Você ficaria surpresa de ver como é fácil e como
isso vai iluminar as suas manhãs. Ame um iraniano, um vietnamita, pessoas que
não estão apenas aqui mas em toda parte. E então, quando tiver se tomado perita
nisso, tente alguma coisa difícil, como amar os políticos na capital do nosso
país.
O anseio por
amor e o movimento do amor estão por trás de todas as nossas atividades: A
felicidade que descobrimos na vida não está relacionada com o ter ou o possuir
ou mesmo o compreender.
Pelo contrário,
ela é a descoberta dessa capacidade de amar, de ter um relacionamento amoroso,
livre e sábio com toda a vida. Esse tipo de amor não é possessivo; ele surge do
senso de nosso próprio bem-estar e conexão com todas as coisas. Portanto, ele é
generoso e desperto, e ama a liberdade de todas as coisas.
A partir do
amor, nosso caminho pode levar-nos a aprender a usar os nossos dons para curar
e servir, para criar a paz à nossa volta, para honrar o sagrado da vida, para
abençoar tudo aquilo que encontramos e para desejar o bem de todos os seres.
A vida
espiritual pode parecer complexa, mas, em essência, não tem complexidade
alguma. Podemos encontrar clareza e simplicidade mesmo em meio a esse mundo
complexo, quando descobrimos que a qualidade que fazemos nascer do coração é o
que mais importa.
O amado poeta zen Ryokan sintetizou tudo isso ao dizer:
A chuva
cessou, as nuvens se afastaram e o céu voltou a ser límpido.
Se o teu
coração é puro, então tudo no teu mundo é puro...
E a lua e as
flores te guiarão ao longo do Caminho.
Este texto é resultado de uma pesquisa inspirado em vários mestres do assunto.
Pesquisado por Dharmadhannya
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Elohim.
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Miguel, Camael, Tsadkiel,
Raziel, Uriel, Samuel.
Os anjos seguem na frente abrindo meus caminhos
e me protegendo Com a Justiça Divina. Amém!
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