Eu gostei muito deste texto, muito interessante e sábio.
Aproveito a oportunidade para dar um alerta para os pais, crianças que tem problema de "fala" , com o som, ou falam rápido demais, gaguejam ... tem a voz irritante, sem harmonia... Busquem um especialista a harmonia vocal é um dharma, não permitam que na escola a criança seja "marcada" por isso. A sua voz abre portas... O som da sua voz pode te unir ou separar do mundo.
Veja também sobre o tema no meu blog : http://astrologiadevenusemercurio.blogspot.com.br/2015/05/quarto-chakra-anahata-som-sagrado.html
A voz é a nossa força... no mundo. se você está sem harmonia na voz, busque ajuda. Eu conheço pessoas que falam muito baixo, e a sua vida está na inércia, parada sem movimento, sem magnetismo, e muitos falam alto demais e afastam as pessoas que não suportam o ruido estridente.
Eu fiz esta imagem pensando no Verbo e na criança, a Voz de Deus ressoa quanticamente no universo e cria o mundo.
As suas palavras ressoam com o poder da sinergia magnética criando sua realidade.
Dharmadhannya
O PODER DAS PALAVRAS
Leila Miccolis
Uma pessoa sem voz ou o é por
deficiência física, ou moral: um ser inerte, acomodado, subjugado. Menosprezar
a fala é, pois, diminuir o homem da sua própria escala de valores.
Deus teve voz ativa quando pela primeira
vez manifestou-se: ao seu comando verbal, a Luz se fez, e, a partir dela, o
Universo revelou-se. A palavra faz acontecer.
"Pitágoras disse: Deus geometriza.
Pode-se, também acrescentar: por meio do Som, desde o "FIAT LUX" - a
manifestação verbal de onde tudo surgiu. De acordo com esta teoria, pode-se
deduzir que os sons estão determinados pelos princípios absolutos das
matemáticas.
Nosso órgão auditivo só pode perceber de
dezesseis a trinta e dois mil ciclos vibratórios;
mas todos os sons, audíveis ou não,
provocam reações que, repetindo-se, vão com o tempo modelando nosso
temperamento e sugestionando-nos para sentir e pensar conforme a índole dos
mesmos.
O som afeta o ordenamento molecular,
modela as formas geométricas, provoca fenômenos de atração e repulsão, influi
nos processos físico-químicos e na coesão orgânica da matéria.
O ser humano está composto de duzentos
quintilhões de células. Cada célula é um circuito ressonante e os duzentos
quintilhões de cada indivíduo, com todas as frequências oscilatórias, obedecem
e determinam suas reações pelo princípio do pensamento-vibração.
Em cada ser há uma mente e uma mente em cada
célula ou partícula. Cada mente cumpre uma finalidade distinta, porém, todas
elas obedecem a uma mesma e única inteligência, vibrando ao som do nosso verbo.
"No princípio era o Verbo",
disse São João. É absolutamente certo que o Verbo, em virtude da ressonância
universal, tenha a propriedade de despertar o que está latente no ser, e que,
uma vez emitido, certos sons ponham em vibração, também por ressonância, os
poderes ocultos no âmago do nosso subconsciente.
Esta
é a Magia do Verbo, através da qual todas as coisas foram feitas. As letras ou
sinais gráficos que interpretam essa linguagem não têm outro objetivo senão
representar por meio de figuras os mistérios que a palavra falada interpreta
por sons.
"Cada letra do alfabeto contém os
três planos: espiritual (relacionado com o pensamento e a Aritmética), mental
(com o ser pensante e a música) e o físico (com a linguagem pensada e a
Geometria).
Isto significa que cada uma delas têm um
número (valor numérico) que lhe é próprio, um som que a distingue, uma figura
geométrica que a caracteriza, além de corresponder a uma cor, um aroma, um
planeta do sistema solar, uma atividade física e uma noção mental" .
Daí se depreende a importância de cada
letra que pronunciamos, de cada som que emitimos.
Não é à toa que diz-se, em Ocultismo, que o
perigo na próxima Era não será uma guerra nuclear, mas a mântrica, com o
domínio do som, capaz de criar e destruir mais rápido do que apertar um botão,
gesto não tão simples assim, se levarmos em conta a complexa estrutura
tecnológica necessária para criá-lo e mantê-lo...
A palavra não é um "mal”. No
entanto, quantas e quantas vezes ouvimos alguém dizer: "se não fossem as
palavras, não existiriam as guerras...” Ou: ”a palavra é de prata, o silêncio é
de ouro”.
Ou:
"falar é perda de tempo”.
Às vezes até professores, como De Rose, cometem
esse equívoco, ao afirmarem: "Duas classes de pessoas falam pouco: a dos
que não sabem falar e a dos que já sabem que não adianta”.
Não podemos considerar a fala como algo
negativo em si. Ao contrário, ela é uma conquista do ser humano (que precisou
de milênios de evolução para tanto), importante fator de comunicação, sem o
qual ainda estaríamos, possivelmente, desenhando em cavernas.
O
"mal” não está na fala, mas no mau uso dela.
Ela é um dos muitos instrumentos da nossa
mente e, como qualquer instrumento, um perigo apenas quando à serviço da
destruição: palavras pessimistas, frívolas, impensadas, autoritárias, iradas,
preconceituosas ou que ordenam o extermínio de alguém ou de alguma coisa.
Contestamos, pois, a afirmação de que
não adianta falar. Se defendêssemos tal ponto de vista, estaríamos negando
valor ao som, aos mantras, à prece, aos apelos, às invocações, à doutrinação, à
música, aos livros (escritos com palavras, que são representações gráficas dos
sons), e até à História da Humanidade.
É importante, porém, experimentarmos
nossos diversos tipos de linguagem: a visual, a gestual, a sensória, a
simbólica, etc., com intuito de aumentarmos nossa percepção, nunca de
restringi-la.
Uma pessoa sem voz ou o é por deficiência
física, ou moral: um ser inerte, acomodado, subjugado. Menosprezar a fala é,
pois, diminuir o homem da sua própria escala de valores.
Deus teve voz ativa quando pela primeira
vez manifestou-se: ao seu comando verbal, a Luz se fez, e, a partir dela, o
Universo revelou-se. A palavra faz acontecer.
Não devemos nos esquecer nunca deste divino
exemplo, porque é "mediante um acordo entre a vontade, a respiração e a
pronúncia do Verbo, que o homem conquista, progressivamente, as etapas de
superação interior, e, proporcionalmente, o equilíbrio psicofísico”, dentro do
misticismo.
Já que os mencionamos, falemos um pouco
mais sobre os mantras, os apelos, as sugestões, a cura psíquica.
"Um Mantra, antes de tudo, é uma
ação, uma força mental que se cria pelo som e pela cor. E esta ação, para ser
criada e movimentada terá que sê-lo por parte de quem já possui uma iniciação.
Se um bloco de rua cantar qualquer tipo do
mantra, ele não surtirá efeito, porque a ação do Mantra depende do conhecimento
dele. O Mantra é um símbolo.
O
"ponto” na Umbanda, é um símbolo. Ambos são ação: agem por si mesmo, dentro
do poder que tem o Chefe do Terreiro ou o Sumo- Sacerdote.
Os símbolos da Egrégora da "CEU” estão na
parede, à vista de todos; mas só quem tem alguma iniciação, portanto
conhecimento, saberá entender e usufruir da magia desta simbologia.
0 som espiritual de um Mantra antecede o
som físico; este último, porém, lendo uma ação física, agindo no plano
material, precisa ser perfeito, porque as vibrações sonoras atingem os prótons
(tons agudos), os elétrons (tons graves) e, simultaneamente, os nêutrons (tons
médios).
Quanto ao som espiritual, para ser
emitido, necessita de um condicionamento anterior. É inconcebível um
místico-espiritualista sair por aí cantando Mantras.
Imprescindível um condicionamento interior que
abranja os três planos: físico, mental e espiritual, pois os três se interligam
e se interagem” .
Sendo um símbolo, o Mantra pode se
constituir em uma palavra, frase ou verso, como estes de Mr. Orr, poeta
ocidental:
” Senhor de milhares de mundos sou Eu,
E reino já desde que o tempo nasceu;
As noites e os dias, nas cíclicas vias
Se vão,
mas eu vejo o que o tempo teceu;
Por todo o futuro viverei seguro,
Porque a Alma não morre, e a Alma sou Eu
" .
”Os Apelos” são palavras dos Mestres
Ascensionados, capazes de espalharem no fundo físico a vida, a energia, os
pensamentos, os sentimentos e o poder e a vitória desses Espíritos Iluminados.
Suas palavras e a consciência que Eles transmitem
contém, em si, toda a soma de energia necessária para produzir a perfeição, por
toda a parte onde elas são empregadas.
"Nos Apelos, as palavras são
arranjadas umas após outras de maneira, até certo ponto mágica. Eis porque a
prece não tem poder igual ao dos Apelos.
Ela é, na maioria das vezes,
improvisada, proferida na maior parte por pessoas que não têm conhecimento da
ciência das vibrações, cujo efeito - nos Apelos - é obtido por sua recitação em
voz alta.
Todas as palavras neles contidas, bem como sua
repetição, são calculadas para dar uma vibração exata, permitindo atingir os
Seres Iluminados ou os Mestres.
Disse Saint-Germain:” não deveis ajustar o
Apelo. As vogais que eu empreguei, quando ditei, têm um efeito vibratório
cósmico. Não empregueis vossa lógica humana quando estais ao serviço dos
Mestres, pois ela, neste caso, é inútil e perigosa”.
Eis um Apelo:
”0 Deus Todo Poderoso, presente em meu
coração, ó Mestre Querer, dá-me teu querer a fim de que eu queira querer, dá-me
a ideia de quererá fim de que eu queira querer, dá-me a compreensão da
necessidade de querer a fim de que eu queira querer.
Dá-me a força de querer.
Dá-me tua potência e tua perseverança de Querer.”
Os Apelos fazem parte da "Cura
Mental": a repetição de afirmação ou auto-sugestão pelo próprio paciente,
tende a criar um estado mental mais animado, o qual reage sobre o corpo,
permitindo um funcionamento melhore mais adequado.
Seria oportuno dizer aqui que "o
benefício principal desta e de outras formas de cura análoga descansa no fato
de que elas compelem o paciente a eliminar os pensamentos adversos que impedem
a realização da obra, e não por alguma virtude especial contida nestas afirmações.
Quando trocamos a nossa atitude mental,
cessamos de interpor este obstáculo.
"Na forma de tratamento mental
conhecida como sugestão, opera o mesmo princípio. A mente do paciente é
aliviada das autossugestões adversas pelas sugestões, positivas do curador, que
envia quantidade de prana que restabelecerá a o normal do organismo.
"Na Cura Magnética (a cura prânica,
feita através de passes ou massagens) usa-se uma quantidade considerável de
sugestão, ainda que o curador possa não possa estar consciente disso:
a
atitude mental deste é impressa no paciente pelos ademanes, palavras, tom e
porte do curador; e a mente, tomando as sugestões, é beneficiada por elas.
É importante colocar a mente do paciente
na atitude mental apropriada, desalojando todas as formas de autossugestão
adversas, pois, tirar «os pensamentos, é como remover a partícula de pó que não
deixa o relógio trabalhar bem, desarticulando o mecanismo do delicado instrumento".
Se, no mundo de hoje, tantas sugestões
nos bombardeiam (desde apelos comerciais ao direcionismo informático) e
aceitamos várias delas, por que tanto preconceito quanto à autossugestão?
Talvez porque, por analogia, a
identificamos com a sugestão hipnótica, imagem incômoda (convenhamos) uma vez
que o hipnotizado é um ser indefeso, totalmente a mercê das ordens verbais de
outrem.
Há, porém, enorme diferença: na autossugestão,
NÓS é que estamos no comando, o que, só por si, transforma a mecânica repetição
de palavras numa forma consciente de ouvir e de selecionar nossas próprias
sugestões em meio a tantas alheias.
Por isso, "penetrai no espírito das autossugestões,
entregai-vos com toda a seriedade a elas e formai a imagem mental da condição
de desejardes - tudo o melhor possível. Vede e sede-vos como quereis ser".
Vamos abrir um parêntese para mencionar,
neste parágrafo, um aspecto do som relativo à emoção pessoal, muitas vezes
inexprimível em palavras.
Sabemos que todo movimento produz som (desde
as ondas mentais, como vimos na radiopatia, até um universo, constatado pela
música das esferas) e uma cor peculiar; e sendo o movimento, matéria, é formado
pelos quatro elementais, mais o éter.
O
som do elemental terra, por exemplo, é surdo e límpido, produzindo comoção no
corpo humano; sua cor é amarela;
a
água tem um som profundo e atua nas emoções, de forma energética; sua cor é
verde;
o
fogo tem ressonância alta e atua nas pessoas sobre o medo; cor, vermelha;
o
ar tem som ondulante e seu efeito é sobre o amor; cor azul.
Assim sendo, da mistura dos sons podemos
perfeitamente criar, provocar sentimentos de paz (som do ar+ o do éter) ou de
terror (som do fogo + o do ar);
de ternura e delicadeza (som da terra + o da
água) ou, ao contrário, de agressão e aspereza (som da terra + o do fogo), etc.
O
som atua mais forte que a cor, podendo inclusive, através das artes (como na
musicoterapia), curar deficiências físicas e psíquicas; mas é pela palavra que
ele se sacraliza .
Através de seu significado simbólico, o
episódio bíblico da Torre de Babel nos mostra a importância dada ao Verbo:
foi
confundindo a linguagem dos habitantes da Terra, fazendo com que não se
compreendessem nem mais se comunicassem, que Deus os dispersou - a primeira
Diáspora humana foi semântica (Genesis, 11, 1-7-9).
E
através dos tempos, o homem continua procurando esta Palavra Perdida, mágica,
capaz de fazer com que novamente a Terra tenha um único idioma universal, o que
significa derrubar fronteiras, e irmanar a todos. 0 que os homens buscam, sem fim,
é a linguagem do AMOR.
Pesquisado por Dharmadhannya
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