sexta-feira, 1 de maio de 2015

O poder das palavras



Eu gostei muito deste texto, muito interessante e sábio.
Aproveito a oportunidade para dar um alerta para os pais, crianças que tem problema de "fala" , com o som, ou falam rápido demais, gaguejam ...  tem a voz irritante, sem harmonia... Busquem um especialista a harmonia vocal é um dharma, não permitam que na escola a criança seja "marcada" por isso. A sua voz abre portas... O som da sua voz pode te unir ou separar do mundo.

Veja também sobre o tema no  meu blog  : http://astrologiadevenusemercurio.blogspot.com.br/2015/05/quarto-chakra-anahata-som-sagrado.html

A voz  é a nossa força... no mundo. se você está sem harmonia na voz, busque ajuda. Eu conheço pessoas que falam muito baixo, e a sua vida está na inércia, parada sem movimento, sem magnetismo, e muitos falam alto demais  e afastam as pessoas que  não suportam o ruido estridente.
Eu fiz esta imagem pensando no Verbo e na criança, a Voz de Deus ressoa quanticamente no universo e cria o mundo.
As suas palavras ressoam com o poder da sinergia magnética criando sua realidade.
 Dharmadhannya

O PODER DAS PALAVRAS
Leila Miccolis
Uma pessoa sem voz ou o é por deficiência física, ou moral: um ser inerte, acomodado, subjugado. Menosprezar a fala é, pois, diminuir o homem da sua própria escala de valores.

Deus teve voz ativa quando pela primeira vez manifestou-se: ao seu comando verbal, a Luz se fez, e, a partir dela, o Universo revelou-se. A palavra faz acontecer.

"Pitágoras disse: Deus geometriza. Pode-se, também acrescentar: por meio do Som, desde o "FIAT LUX" - a manifestação verbal de onde tudo surgiu. De acordo com esta teoria, pode-se deduzir que os sons estão determinados pelos princípios absolutos das matemáticas.
Nosso órgão auditivo só pode perceber de dezesseis a trinta e dois mil ciclos vibratórios;

mas todos os sons, audíveis ou não, provocam reações que, repetindo-se, vão com o tempo modelando nosso temperamento e sugestionando-nos para sentir e pensar conforme a índole dos mesmos.

O som afeta o ordenamento molecular, modela as formas geométricas, provoca fenômenos de atração e repulsão, influi nos processos físico-químicos e na coesão orgânica da matéria.


O ser humano está composto de duzentos quintilhões de células. Cada célula é um circuito ressonante e os duzentos quintilhões de cada indivíduo, com todas as frequências oscilatórias, obedecem e determinam suas reações pelo princípio do pensamento-vibração.

 Em cada ser há uma mente e uma mente em cada célula ou partícula. Cada mente cumpre uma finalidade distinta, porém, todas elas obedecem a uma mesma e única inteligência, vibrando ao som do nosso verbo.

"No princípio era o Verbo", disse São João. É absolutamente certo que o Verbo, em virtude da ressonância universal, tenha a propriedade de despertar o que está latente no ser, e que, uma vez emitido, certos sons ponham em vibração, também por ressonância, os poderes ocultos no âmago do nosso subconsciente.

 Esta é a Magia do Verbo, através da qual todas as coisas foram feitas. As letras ou sinais gráficos que interpretam essa linguagem não têm outro objetivo senão representar por meio de figuras os mistérios que a palavra falada interpreta por sons.

"Cada letra do alfabeto contém os três planos: espiritual (relacionado com o pensamento e a Aritmética), mental (com o ser pensante e a música) e o físico (com a linguagem pensada e a Geometria).

 Isto significa que cada uma delas têm um número (valor numérico) que lhe é próprio, um som que a distingue, uma figura geométrica que a caracteriza, além de corresponder a uma cor, um aroma, um planeta do sistema solar, uma atividade física e uma noção mental" .
Daí se depreende a importância de cada letra que pronunciamos, de cada som que emitimos.

 Não é à toa que diz-se, em Ocultismo, que o perigo na próxima Era não será uma guerra nuclear, mas a mântrica, com o domínio do som, capaz de criar e destruir mais rápido do que apertar um botão, gesto não tão simples assim, se levarmos em conta a complexa estrutura tecnológica necessária para criá-lo e mantê-lo...

A palavra não é um "mal”. No entanto, quantas e quantas vezes ouvimos alguém dizer: "se não fossem as palavras, não existiriam as guerras...” Ou: ”a palavra é de prata, o silêncio é de ouro”.

 Ou: "falar é perda de tempo”. 
Às vezes até professores, como De Rose, cometem esse equívoco, ao afirmarem: "Duas classes de pessoas falam pouco: a dos que não sabem falar e a dos que já sabem que não adianta”.

Não podemos considerar a fala como algo negativo em si. Ao contrário, ela é uma conquista do ser humano (que precisou de milênios de evolução para tanto), importante fator de comunicação, sem o qual ainda estaríamos, possivelmente, desenhando em cavernas.
 O "mal” não está na fala, mas no mau uso dela.

 Ela é um dos muitos instrumentos da nossa mente e, como qualquer instrumento, um perigo apenas quando à serviço da destruição: palavras pessimistas, frívolas, impensadas, autoritárias, iradas, preconceituosas ou que ordenam o extermínio de alguém ou de alguma coisa.

Contestamos, pois, a afirmação de que não adianta falar. Se defendêssemos tal ponto de vista, estaríamos negando valor ao som, aos mantras, à prece, aos apelos, às invocações, à doutrinação, à música, aos livros (escritos com palavras, que são representações gráficas dos sons), e até à História da Humanidade.

É importante, porém, experimentarmos nossos diversos tipos de linguagem: a visual, a gestual, a sensória, a simbólica, etc., com intuito de aumentarmos nossa percepção, nunca de restringi-la.

 Uma pessoa sem voz ou o é por deficiência física, ou moral: um ser inerte, acomodado, subjugado. Menosprezar a fala é, pois, diminuir o homem da sua própria escala de valores.

Deus teve voz ativa quando pela primeira vez manifestou-se: ao seu comando verbal, a Luz se fez, e, a partir dela, o Universo revelou-se. A palavra faz acontecer.

 Não devemos nos esquecer nunca deste divino exemplo, porque é "mediante um acordo entre a vontade, a respiração e a pronúncia do Verbo, que o homem conquista, progressivamente, as etapas de superação interior, e, proporcionalmente, o equilíbrio psicofísico”, dentro do misticismo.

Já que os mencionamos, falemos um pouco mais sobre os mantras, os apelos, as sugestões, a cura psíquica.

"Um Mantra, antes de tudo, é uma ação, uma força mental que se cria pelo som e pela cor. E esta ação, para ser criada e movimentada terá que sê-lo por parte de quem já possui uma iniciação.

 Se um bloco de rua cantar qualquer tipo do mantra, ele não surtirá efeito, porque a ação do Mantra depende do conhecimento dele. O Mantra é um símbolo.

 O "ponto” na Umbanda, é um símbolo. Ambos são ação: agem por si mesmo, dentro do poder que tem o Chefe do Terreiro ou o Sumo- Sacerdote.

 Os símbolos da Egrégora da "CEU” estão na parede, à vista de todos; mas só quem tem alguma iniciação, portanto conhecimento, saberá entender e usufruir da magia desta simbologia.

0 som espiritual de um Mantra antecede o som físico; este último, porém, lendo uma ação física, agindo no plano material, precisa ser perfeito, porque as vibrações sonoras atingem os prótons (tons agudos), os elétrons (tons graves) e, simultaneamente, os nêutrons (tons médios).

Quanto ao som espiritual, para ser emitido, necessita de um condicionamento anterior. É inconcebível um místico-espiritualista sair por aí cantando Mantras.

 Imprescindível um condicionamento interior que abranja os três planos: físico, mental e espiritual, pois os três se interligam e se interagem” .

Sendo um símbolo, o Mantra pode se constituir em uma palavra, frase ou verso, como estes de Mr. Orr, poeta ocidental:

” Senhor de milhares de mundos sou Eu,
E reino já desde que o tempo nasceu;
As noites e os dias, nas cíclicas vias Se vão, 
mas eu vejo o que o tempo teceu;
Por todo o futuro viverei seguro,
Porque a Alma não morre, e a Alma sou Eu " .

”Os Apelos” são palavras dos Mestres Ascensionados, capazes de espalharem no fundo físico a vida, a energia, os pensamentos, os sentimentos e o poder e a vitória desses Espíritos Iluminados.

 Suas palavras e a consciência que Eles transmitem contém, em si, toda a soma de energia necessária para produzir a perfeição, por toda a parte onde elas são empregadas.

"Nos Apelos, as palavras são arranjadas umas após outras de maneira, até certo ponto mágica. Eis porque a prece não tem poder igual ao dos Apelos.
 Ela é, na maioria das vezes, improvisada, proferida na maior parte por pessoas que não têm conhecimento da ciência das vibrações, cujo efeito - nos Apelos - é obtido por sua recitação em voz alta.

 Todas as palavras neles contidas, bem como sua repetição, são calculadas para dar uma vibração exata, permitindo atingir os Seres Iluminados ou os Mestres.

 Disse Saint-Germain:” não deveis ajustar o Apelo. As vogais que eu empreguei, quando ditei, têm um efeito vibratório cósmico. Não empregueis vossa lógica humana quando estais ao serviço dos Mestres, pois ela, neste caso, é inútil e perigosa”.

Eis um Apelo:
”0 Deus Todo Poderoso, presente em meu coração, ó Mestre Querer, dá-me teu querer a fim de que eu queira querer, dá-me a ideia de quererá fim de que eu queira querer, dá-me a compreensão da necessidade de querer a fim de que eu queira querer. 

Dá-me a força de querer. Dá-me tua potência e tua perseverança de Querer.”

Os Apelos fazem parte da "Cura Mental": a repetição de afirmação ou auto-sugestão pelo próprio paciente, tende a criar um estado mental mais animado, o qual reage sobre o corpo, permitindo um funcionamento melhore mais adequado.

Seria oportuno dizer aqui que "o benefício principal desta e de outras formas de cura análoga descansa no fato de que elas compelem o paciente a eliminar os pensamentos adversos que impedem a realização da obra, e não por alguma virtude especial contida nestas afirmações.

 Quando trocamos a nossa atitude mental, cessamos de interpor este obstáculo.
"Na forma de tratamento mental conhecida como sugestão, opera o mesmo princípio. A mente do paciente é aliviada das autossugestões adversas pelas sugestões, positivas do curador, que envia quantidade de prana que restabelecerá a o normal do organismo.

"Na Cura Magnética (a cura prânica, feita através de passes ou massagens) usa-se uma quantidade considerável de sugestão, ainda que o curador possa não possa estar consciente disso:

 a atitude mental deste é impressa no paciente pelos ademanes, palavras, tom e porte do curador; e a mente, tomando as sugestões, é beneficiada por elas.

É importante colocar a mente do paciente na atitude mental apropriada, desalojando todas as formas de autossugestão adversas, pois, tirar «os pensamentos, é como remover a partícula de pó que não deixa o relógio trabalhar bem, desarticulando o mecanismo do delicado instrumento".

Se, no mundo de hoje, tantas sugestões nos bombardeiam (desde apelos comerciais ao direcionismo informático) e aceitamos várias delas, por que tanto preconceito quanto à autossugestão?

Talvez porque, por analogia, a identificamos com a sugestão hipnótica, imagem incômoda (convenhamos) uma vez que o hipnotizado é um ser indefeso, totalmente a mercê das ordens verbais de outrem.

 Há, porém, enorme diferença: na autossugestão, NÓS é que estamos no comando, o que, só por si, transforma a mecânica repetição de palavras numa forma consciente de ouvir e de selecionar nossas próprias sugestões em meio a tantas alheias.

 Por isso, "penetrai no espírito das autossugestões, entregai-vos com toda a seriedade a elas e formai a imagem mental da condição de desejardes - tudo o melhor possível. Vede e sede-vos como quereis ser".

Vamos abrir um parêntese para mencionar, neste parágrafo, um aspecto do som relativo à emoção pessoal, muitas vezes inexprimível em palavras.

 Sabemos que todo movimento produz som (desde as ondas mentais, como vimos na radiopatia, até um universo, constatado pela música das esferas) e uma cor peculiar; e sendo o movimento, matéria, é formado pelos quatro elementais, mais o éter.

 O som do elemental terra, por exemplo, é surdo e límpido, produzindo comoção no corpo humano; sua cor é amarela;
 a água tem um som profundo e atua nas emoções, de forma energética; sua cor é verde;
 o fogo tem ressonância alta e atua nas pessoas sobre o medo; cor, vermelha;
 o ar tem som ondulante e seu efeito é sobre o amor; cor azul.

 Assim sendo, da mistura dos sons podemos perfeitamente criar, provocar sentimentos de paz (som do ar+ o do éter) ou de terror (som do fogo + o do ar);
 de ternura e delicadeza (som da terra + o da água) ou, ao contrário, de agressão e aspereza (som da terra + o do fogo), etc.

 O som atua mais forte que a cor, podendo inclusive, através das artes (como na musicoterapia), curar deficiências físicas e psíquicas; mas é pela palavra que ele se sacraliza .

Através de seu significado simbólico, o episódio bíblico da Torre de Babel nos mostra a importância dada ao Verbo:
 foi confundindo a linguagem dos habitantes da Terra, fazendo com que não se compreendessem nem mais se comunicassem, que Deus os dispersou - a primeira Diáspora humana foi semântica (Genesis, 11, 1-7-9).


 E através dos tempos, o homem continua procurando esta Palavra Perdida, mágica, capaz de fazer com que novamente a Terra tenha um único idioma universal, o que significa derrubar fronteiras, e irmanar a todos. 0 que os homens buscam, sem fim, é a linguagem do AMOR.

Pesquisado por Dharmadhannya

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