A Vítima - Arquétipo Problemático
Arquétipo Saudável: A Mãe
Sem raiz, não nos fixamos em canto algum, podemos
virar um nômade, sem família, sem endereço, e seguindo sem vínculos afetivos e
materiais.
O Enraizamento no Mundo Material
Os arquétipos do chakra da Raiz estão vinculados ao
mundo material e às realidades físicas ligadas à sobrevivência. Desde os níveis
mais primitivos de subsistência até os estilos de vida mais sofisticados,
precisamos manter nossos pés firmes no chão. Ou dominamos os princípios da
sobrevivência ou nos tornamos uma das vítimas da vida.
Este texto analisa a diferença entre os dois
arquétipos do chakra da Raiz, a Vítima e a Mãe, e propõe exercícios
construtivos para enraizar o espírito no corpo e tornar mais fácil a construção
de alicerces firmes que possibilitem o desenvolvimento e o aperfeiçoamento dos
estados de energia superiores.
Dessa forma,
você ficará ligado à realidade e ao núcleo mais profundo do seu ser. Sem esse
enraizamento, a sua ligação com as energias superiores será tênue, pois não é
possível mantê-la sem mergulhar outra vez na Terra e na “realidade”. A partir
de uma base interior saudável, você pode entrar em contato com seus
sentimentos, sentir seu corpo e se relacionar com os outros.
Quando este chakra está desequilibrado, ou foi
imobilizado pelo medo, pelo desamparo, há uma grande Perda de energia e esta energia nos une com a vida,
É um programa que reabilita a energia da vida circulante, quando está
Relativamente imobilizada pela depressão, insegurança,
ressentimento, pelo medo - você fica sem
ação, sem entusiasmo e força para investir na sua vida.
“Quando a dor está coberta pelo sono hipnótico não a sentimos e somos levados a
pensar que não a temos. Mas ela está lá e está a consumir a nossa energia.
Temos que liberta-la do nosso corpo”.
A sede dessa energia é o chakra raiz, que é o centro
de medo que paralisa o homem e não o deixa avançar na vida.
Se o chakra raiz ficar sem energia a pessoa paralisa-se e deixa de funcionar. Não move e estagna.
A dor suga e consome as boas energias e o medo
paralisa.
Temos que libertar a dor e o medo para voltarmos a funcionar.
Para reabilitar esse chakra basta percorrer o programa
em baixo.
O que É Enraizamento?
Um dos princípios do enraizamento é: “parar de pensar
e sentir o corpo”. De acordo com Alexander Lowen, fundador da terapia
bioenergética, e Wilhelm Reich, seu mentor, é através da vida do corpo que
podemos sentir o prazer e a dor e nos ligar com nossos sentimentos.
Só mantendo um vínculo direto e consciente com o nosso
corpo físico é que podemos descarregar a energia emocional acumulada na vida
cotidiana.
Se não enraizarmos nossa energia por meio de alguma
forma de expressão, nossas emoções ficam estagnadas e paralisadas, e nós
também nos sentimos paralisados e inflexíveis, incapazes de fazer frente a
novos desafios com vigor e vitalidade.
Sem essa ligação com o corpo, ficamos “perdidos no
espaço”, incapazes de definir nossa realidade e quem somos.
As pessoas que vivem no reino da fantasia e das
conjecturas (estado que poderíamos descrever como “aéreo”) não estão enraizadas.
Estão desligadas de seus sentimentos e são incapazes de lidar com a raiva e com
a alegria.
Elas têm uma
compreensão limitada da vida, e podem não saber cuidar bem de si mesmas. A
pessoa enraizada tem todos os sistemas básicos de apoio à vida funcionando perfeitamente
e, portanto, tem abrigo, alimento, dinheiro e vestuário para manter seu mundo
físico intacto.
Quando perdemos nosso enraizamento, ou o contato com a
realidade, nós nos tornamos vítimas. Isso se manifesta por meio da
impossibilidade de administrar nossa vida e coisas como trabalho, casa e outras
necessidades básicas. Tudo se transforma em conflito.
O caminho trilhado pelas pessoas que vivem esse estado
arque- típico as leva a retomar o contato com seu eu interior — a parte de nós
que é eterna e permanente — e trazer de volta ao corpo a consciência.
Esse contato com o eu interior enraíza o espírito e,
sensibilizando o corpo, coloca essas pessoas em contato com os sentimentos. A
partir desse momento, elas se tornam capazes de tomar decisões realistas, com
base no bem e na alegria maior.
Elas podem,
então, livrar-se dos apegos que têm na vida, libertar-se de um passado sofrido
tornando-se, de uma certa maneira, mais capazes de aceitar o fluxo da vida e de
facilitar as mudanças que precisam fazer. Quando somos flexíveis e maleáveis
deixamos de tentar controlar o fluxo da vida.
A respiração e a movimentação consciente do corpo são
uma das maneiras pelas quais se pode chegar a esse resultado. Não devemos
ficar paralisados numa postura rígida ou numa atitude inflexível. Isso nos
ajuda a nos livrar do terror e do medo, da vergonha e da culpa, ou de outras
emoções que nos impeçam de viver verdadeiramente enraizados.
Arquétipo Problemático: a Vítima
Como Reconhecer a Vítima
O arquétipo da Vítima é o que tem o nível de energia
mais baixo. A Vítima sente como se estivesse à mercê das forças externas que
trabalham contra ela. Ela raramente tem consciência das circunstâncias em que
vive, nem se responsabiliza por elas. A Vítima sempre acha que “algo aconteceu
a ela”.
As Vítimas sofrem porque, aos olhos delas, toda a
possibilidade de escolha lhes foi negada, e o destino delas está completamente
fora de controle.
O arquétipo da Vítima está num estado de desamparo,
totalmente dependente do mundo exterior, representado por um parceiro, um
companheiro, um grupo de pessoas, uma organização ou pela família, e desligado
do seu centro interior de sentimentos. Não entra
em cena na vida como um personagem guerreiro vitorioso, entra em cenários que
ele se torna vítima e perde o jogo.
A mente da
Vítima está paralisada num estado de medo, de terror ou de desespero, sem
sentir nenhuma força interior.
Essas emoções são poderosas e podem subjugar qualquer
um que se identifique com elas. Elas podem ser tão avassaladoras que são
capazes de romper a ligação entre o nosso plano de existência e o nosso
espírito. A condição de Vítima, do ponto de vista dos efeitos que causa na
psique e no corpo, é paralisante.
Para sobreviver, tanto emocional quanto fisicamente, é
essencial enraizar esses sentimentos e se reconectar com a simplicidade e com
a benevolência básicas da vida. Viver no momento presente e confiar no processo
de vida nos ajuda a não cair no arquétipo da Vítima.
Drogas, álcool e medicamentos só nos afastam ainda
mais do núcleo de nossos sentimentos e instintos. Para sobreviver, precisamos
estar alertas, para que nos sintamos enraizados em nosso corpo, com a nossa
força e impulso para frente e para que confiemos na realização do nosso bem
maior, aconteça o que acontecer.
Não tem força para atravessar
obstáculos, fica imobilizada pelo arquétipo da vítima.
Geralmente, uma combinação de circunstâncias faz com
que a Vítima se veja sem nenhuma esperança ou ajuda. Acontecimentos como
divórcio, doença, morte, prisão e falência podem facilmente abater as pessoas,
afastando-as delas mesmas e fazendo-as se sentir Vítimas.
Se a energia vital for grande, enfrentamos os desafios
da vida de cabeça erguida, sabendo que iremos sobreviver e ter domínio da
situação. Se, no entanto, nossa força vital não for tão grande ou estiver
debilitada, então poderemos cair facilmente nas presas do vitimismo.
A tragédia que
isso representa é a perda da alegria e da bondade da humanidade. Quando as
pessoas têm chance de viver e de progredir, a Fonte criativa delas desabrocha.
Esse fato é evidenciado pelos países ou culturas que perderam suas raízes e
foram forçados a recomeçar do zero. Isso exige tenacidade, força de vontade e
coragem, e geralmente significa também fazer sacrifícios e cometer erros ao
longo do caminho.
Grupos étnicos, como os judeus, os vietnamitas, os
africanos, os chilenos e os bósnios, foram arrancados de sua terra natal e
forçados a recomeçar a vida em outros lugares. Muitas dessas pessoas têm não só
uma grande energia vital quanto uma enorme força de vontade para apoiá-las
durante épocas de turbulência e de tragédia.
Elas aprenderam
a reconectar sua energia e criatividade à energia vital de maneiras
empreendedoras e produtivas, e muitas evitaram cair no arquétipo da Vítima. O
que conseguiram fazer da vida é, em parte, resultado das atitudes pessoais e
espirituais que tomaram e do sentimento de merecimento que acalentaram.
Se sentirem que têm o direito de viver e prosperar,
elas irão superar todos os imprevistos e terão sucesso. Se tiverem dúvidas
sobre seus direitos, só pedirão da vida o mínimo, e sempre haverá conflito para
reconquistar as raízes e o sentimento de amor-próprio que perderam.
Quando essas atitudes negativas são reprimidas, elas
são transmitidas aos filhos e aos netos, para só então se tornar conscientes. É,
em geral, a segunda ou a terceira geração de imigrantes que tem que tomar
consciência das realidades emocionais dos traumas das gerações passadas.
As Vítimas emocionais
Existem Vítimas em diversos níveis. As Vítimas
emocionais são pessoas que passam por um período difícil enquanto reconstroem a
vida depois de uma tragédia, de uma separação ou de uma perda.
Devido à vulnerabilidade delas, ficam suscetíveis a
doenças e crivadas de problemas que ninguém, em circunstâncias normais, acharia
fáceis de resolver, mas que elas consideram assustadores e de solução quase
impossível.
Muitas pessoas podem não estar conscientes de que
carregam traços da mentalidade da Vítima em sua personalidade. Essas raízes
podem aflorar em tempos de muita tensão ou de crise. Se parassem e percebessem
seus sentimentos a respeito da vida, ficariam surpresas com a profundidade da
raiva, do medo, do ressentimento e da frustração que carregam dentro de si.
A atitude que caracteriza a Vítima é a de que os
outros são responsáveis pelo que ela está passando ou de que é preciso fazer
alguma coisa por ela. O seu poder lhe foi arrebatado, e as escolhas, negadas.
Ela está à mercê do que os outros dizem e fazem por ela. Naturalmente, são
esses sentimentos de culpa, e de vergonha, que lhe tiram o ânimo e causam uma
terrível tensão.
As Vítimas emocionais em geral se vêem em meio a
acontecimentos que parecem estar além do seu controle. Às vezes, é como se
estivessem pedindo ao Universo que fosse conivente com a falta de auto-estima
delas, e provasse que elas têm pouco ou nenhum poder pessoal, criando
circunstâncias adversas para elas enfrentarem.
No entanto, são exatamente essas circunstâncias que
desafiam o arquétipo da Vítima a se tornar mais forte, e que o ajudam a sentir
que já foi maltratado demais. As Vítimas se transformam, então,em guerreiros
espirituais, capazes de enfrentar a vida. Isso as ajuda a ficar de pé por conta
própria e a negociar com a vida nos seus próprios termos.
E também a vontade de mudar as circunstâncias da vida,
transformando-as em oportunidades em vez de perdas, que ajuda as pessoas a
superar o vitimismo.
Quase todas têm a oportunidade de se defrontar com
esses desafios, no campo da saúde, das finanças ou dos relacionamentos, em
algum momento da vida. Que outra razão teríamos para crescer emocionalmente e
amadurecer, tornando-nos pessoas plenas e integradas? É enfrentando essas
circunstâncias difíceis que nos desenvolvemos e nos tornamos seres sábios e
cheios de compaixão.
Como começar a mudar a mentalidade da Vítima
A locomoção é a chave para entender a mentalidade da
Vítima, e o chakra da Raiz governa nossa capacidade de movimentar o corpo. As
Vítimas se locomovem muito lentamente ou com grande hesitação e medo, ou muito
depressa e compulsivamente, sem colocar os pés firmemente no chão, no momento
presente.
Vivem no
sofrimento do ontem e há um certo prazer masoquista e, assim abastece o seu
personagem de vítima. A mensagem que o corpo transmite é: procure expressar os
sentimentos, para que você possa se libertar e estar consciente do chão embaixo
dos pés.
A Vítima também precisa de ajuda para recuperar seu
poder de escolha. Uma outra coisa, e talvez a mais importante, é deixar de lado
a ideia de que a Vítima está à mercê das outras pessoas ou de uma situação.
Reformular os
pensamentos da Vítima com afirmações positivas a respeito da vida faz com que
ela possa concentrar a energia em torno de si mesma e comece a transmutá-la
novamente em força vital.
Dessa forma, ela começa a se sentir mais forte e apta
para escolher livremente o que é melhor para ela. Isso, mais do que qualquer
outra coisa, ajuda o arquétipo da Vítima a se transformar”.
Como Funciona o Chakra da Raiz
Função Primária: Enraizar o espírito no mundo
material
O chakra da Raiz canaliza a energia da terra para os
nossos centros superiores, ao mesmo tempo que ajuda a enraizar nossas energias
espirituais mais elevadas, no plano material. Por meio desse centro, podemos
manifestar nossa criatividade de forma física. Quanto mais enraizados
estivermos, maiores as chances de realizarmos nossos sonhos e de nos tornarmos
a pessoa que gostaríamos de ser.
Quando perdemos
nossa ligação com a Terra, perdemos contato com a fonte de cura da Grande Mãe, com
o espírito da Terra, e perdemos o “chão”, ou com a realidade. Desligamo-nos da
capacidade de cuidar de nós mesmos afetuosamente e de nos apoiar, assim como
de proporcionar o conforto físico de que precisamos para manter um nível de
vida satisfatório”.
Continua parte 2
Bom dia!
ResponderExcluirEncontrei esse texto porque estou procurando um Arquétipo de enrraizamento,e foi perfeito pra mim. Passei por uma separação já está fazendo um ano e meio. Eu estava bem trabalhando seguindo com a vida. Mas uns três meses pra cá estou percebendo que não consigo ficar descalça e estou com muita dor no nervo ciático,nas pernas e uma sensação de estar flutuando. Agradeço pelo seu texto, me trouxe a orientação que eu preciso.
Namaste
Maria Raquel de Souza Paiva