"A inteligência, o cérebro,o Vencedor, a sorte e as oportunidades".
Atenção este texto é muito interessante para a educação pedagógica das crianças, fala sobre nosso cérebro e do desenvolvimento da inteligencia que oferece oportunidades e a sorte ajuda.
É difícil se acostumar com a ideia
de que nascemos todos com as mesmas chances de brilhar. Principalmente quando
olhamos para aquelas pessoas que parecem ter habilidades sobrenaturais -
aquelas que fazem você se lembrar diariamente das suas limitações: as crianças prodígios,
por exemplo.
A
maior de todas as crianças prodígios foi Wolfgang Amadeus Mozart (perto dele, a
menina Maysa é amadora). Aos 3 anos, o austríaco começou a tocar piano, aos 5
já compunha, aos 6 se apresentava para o rei da Bavária de olhos vendados, aos
12 terminou sua primeira ópera.
Há séculos, ele vem sendo citado como prova
absoluta de que talento é uma coisa que vem de nascença para alguns escolhidos.
Mas parece que não é bem assim. A vocação de Mozart não apareceu do nada. Seu
pai era professor de música e desde cedo dedicou sua vida a educar o filho.
Quando criança, Mozart passava boa parte dos dias na frente do piano.
A regra das 10 mil horas
Quer brilhar muito na vida? Passe 10 mil horas praticando. Pelo menos, foi isso que os grandes especialistas de todas as áreas fizeram.
Os genes não determinam o sucesso. Isso é bom, porque quer dizer que basta você se esforçar para melhorar o seu desempenho. E isso é ruim também, porque você depende apenas do seu suor para chegar lá. Suor, no caso, são 10 mil horas. Entenda aqui o tamanho da encrenca:
Quer brilhar muito na vida? Passe 10 mil horas praticando. Pelo menos, foi isso que os grandes especialistas de todas as áreas fizeram.
Os genes não determinam o sucesso. Isso é bom, porque quer dizer que basta você se esforçar para melhorar o seu desempenho. E isso é ruim também, porque você depende apenas do seu suor para chegar lá. Suor, no caso, são 10 mil horas. Entenda aqui o tamanho da encrenca:
mesmo pode ser observado com talentos
das mais diversas áreas. Ronaldo, o Fenômeno, tinha de ser arrancado dos campos
de futebol quando criança porque não queria fazer nada que não fosse jogar
bola.
Os técnicos de Michael Jordan se lembram de
que o jogador era sempre o primeiro a chegar aos treinos e o último a ir
embora.
E mesmo Bill Gates, como bom nerd
que era, não fez sua fortuna do nada: quando adolescente, ele passou boa parte
da sua (não muito agitada) vida programando computadores enfurnado numa sala da
Universidade da Califórnia.
Ou seja, mesmo aquelas pessoas bem-sucedidas,
que parecem esbanjar talento, ralaram muito antes de chegar lá.
Isso faz todo sentido, se considerarmos a nova maneira como os cientistas têm enxergado a influência dos genes na formação de talentos. Aquilo que costumamos chamar de "talento natural para liderança" ou "aptidão nata para os esportes" parece não ter nenhuma relação com o nosso DNA.
Isso faz todo sentido, se considerarmos a nova maneira como os cientistas têm enxergado a influência dos genes na formação de talentos. Aquilo que costumamos chamar de "talento natural para liderança" ou "aptidão nata para os esportes" parece não ter nenhuma relação com o nosso DNA.
"Não há nenhuma evidência de que exista
uma causa genética para o sucesso ou o talento de alguém", diz Anders
Ericsson, professor de psicologia da Universidade da Flórida que há 20 anos
estuda por que algumas pessoas são mais bem-sucedidas do que outras.
A
questão aí reside no fato de os genes (e sua interação com a nossa vida) serem
um assunto tremendamente complexo - que dá pesadelos até nos geneticistas mais
gabaritados.
Já se sabe, por exemplo, que até mesmo
traços diretamente ditados pelo DNA, como a cor dos nossos olhos, são definidos
por mais de um gene que se relacionam entre si. O que dizer, então, de
atributos mais complexos?
Há alguns anos, o fetiche dos laboratórios tem sido relacionar genes a traços de personalidade ou a propensões para desenvolver distúrbios psiquiátricos.
Há alguns anos, o fetiche dos laboratórios tem sido relacionar genes a traços de personalidade ou a propensões para desenvolver distúrbios psiquiátricos.
O mais famoso deles é o 5-HTTLPR, que em
2003 virou notícia ao ser chamado de o "gene da depressão". Ele previa
uma interação com o ambiente: quem tivesse sofrido um trauma pessoal e
carregasse o 5-HTTLPR em seu DNA teria também alta probabilidade de ficar
deprimido.
Muitos outros estudos foram no embalo
dessa descoberta, e logo vieram à luz genes que explicavam a ansiedade, o
déficit de atenção, a hiperatividade e até a psicopatia. No ano passado, no
entanto, uma série de novos estudos virou essas descobertas de ponta-cabeça.
Numa revisão que incluiu todas as pesquisas já
feitas sobre o gene da depressão, concluiu-se que era impossível concluir que
ele influísse na doença. (Isso, sim, é deprimente.) Já com os outros
distúrbios, as descobertas foram ainda mais intrigantes. Os mesmos genes que
causariam ansiedade, psicopatia, hiperatividade etc. podiam ter os efeitos
opostos dependendo do ambiente em que o portador fosse criado.
Ou seja, quem carrega esses genes
"malditos", mas não passa por traumas, será muito mais ajustado do
que quem não tem essas mutações. E o que se conclui disso tudo?
Bem, que os cientistas ainda vão quebrar a
cabeça por muito tempo. Se não dá nem pra dizer que existe um gene da
depressão, como falar, então, do gene da
"habilidade-de-driblar-adversários-e-chutar-a-bola-no-gol"?
Ou seja, ainda não há consenso entre os
cientistas de que exista talento para futebol (ou pra música ou pra gerir uma
empresa). Pelo menos, não um ditado pelo DNA.
99% transpiração
Em 1992, pesquisadores ingleses e alemães resolveram estudar pessoas talentosas para entender o que as diferenciava dos reles mortais. Para isso, investigaram pianistas profissionais e os compararam com pessoas que tinham apenas começado a estudar, mas desistido. (Pianistas são excelentes cobaias porque seu talento é mensurável: ou eles sabem executar a música ou não sabem).
Em 1992, pesquisadores ingleses e alemães resolveram estudar pessoas talentosas para entender o que as diferenciava dos reles mortais. Para isso, investigaram pianistas profissionais e os compararam com pessoas que tinham apenas começado a estudar, mas desistido. (Pianistas são excelentes cobaias porque seu talento é mensurável: ou eles sabem executar a música ou não sabem).
O
problema foi que os cientistas não conseguiram achar ninguém com habilidades
sobrenaturais entre as 257 pessoas investigadas - todos eram igualmente
dotados.
A
única diferença encontrada entre os dois grupos é que os pianistas fracassados
tinham passado muito menos tempo estudando do que os bem-sucedidos. Quer dizer,
não é que faltou talento para os amadores virarem mestres - faltou dedicação.
Ok, isso não é novidade. Todo mundo sabe que a prática leva à perfeição. A novidade é que, pela primeira vez, cientistas conseguiram medir o tempo necessário de estudo para alguém se destacar internacionalmente em alguma área: 10 mil horas.
Ok, isso não é novidade. Todo mundo sabe que a prática leva à perfeição. A novidade é que, pela primeira vez, cientistas conseguiram medir o tempo necessário de estudo para alguém se destacar internacionalmente em alguma área: 10 mil horas.
Foi a esse número que o especialista em
sucesso Anders Ericsson chegou depois de observar os grandes talentos das mais
diversas áreas. Todo mundo que foi alguém, ele concluiu, do campeão de xadrez
Kasparov ao Steve Jobs, ficou esse tempo todo aperfeiçoando seu ofício. E não
estamos falando de exercícios leves.
O
que realmente faz alguém ficar bom em algo é treino duro, dolorido, no limite
do executável. No fim das contas, é treino tão difícil que modifica seu
cérebro. (Só para constar: estima-se que aos 6 anos Mozart já tivesse estudado
piano durante 3 500 horas. Quer dizer, ele não era talentoso, era
assustadoramente dedicado.) É aí que está a chave do sucesso: no cérebro (pra
variar).
Nosso cérebro é formado por duas partes
principais: a massa cinzenta (os neurônios) e a massa branca. Durante muito
tempo, acreditamos que a capacidade cerebral estava escondida nos neurônios.
Nos últimos 5 anos, no entanto, neurologistas e psiquiatras resolveram estudar
a massa branca, que até então era ignorada. O que eles descobriram mudou a
maneira de entender as habilidades.
A massa branca é formada principalmente
por mielina, um tipo de gordura que envolve os axônios (aquele rabinho comprido
que todo neurônio tem). Ela serve de isolante para os impulsos elétricos que
percorrem o cérebro. Sempre se soube que a mielina estava distribuída de forma
irregular ao redor dos neurônios, mas só agora descobriu-se por quê.
Ela é depositada sobre as células nervosas com
o intuito de melhorar a condução da eletricidade. A distribuição desigual serve
para deixar os impulsos elétricos mais precisos - para chegarem ao mesmo tempo
nos neurônios, por exemplo (veja no quadro abaixo).
À medida que os impulsos elétricos se
tornam precisos, eles coordenam melhor os nossos movimentos e pensamentos. Isso
vale para qualquer tipo de ação: de jogar basquete a entender física quântica
ou falar em público. "Quando você pratica algo, a mielina se deposita e os
sinais entre as sinapses vão ficando mais eficientes.
A
mielinização leva à perfeição", diz George Bartzokis, professor de
psiquiatria da Universidade da Califórnia, maior especialista do assunto no
mundo. Esse processo é tão importante que até um bebê recém-nascido só abre os
olhos depois que a mielina em seu cérebro se depositou nos lugares certos.
Da mesma forma, afirma Bartzokis, um
idoso perde sua mobilidade não porque seus músculos se atrofiaram, mas porque a
mielina do cérebro decaiu.
Para mielinização ser mais eficiente, é
preciso errar muito e sempre. Você já deve ter sentido isso na pele. Quando cai
da bicicleta ou leva uma bronca do seu chefe por causa de um relatório
malfeito, você vai se esforçar em dobro para o escorregão não acontecer de
novo.
"Se você sempre repetir aquilo que já
sabe, não há evolução. O ideal é falhar tentando algo novo e mais
difícil", diz Anders Ericsson. É nessa condição que a mielina é mais
eficientemente espalhada pelo cérebro. Os que erram - e treinam mais - são
também recompensados. Isso é visível em ressonâncias magnéticas.
Músicos, escritores e crianças que tiram nota
alta têm muito mais massa branca do que seus pares "comuns". Quem,
aliás, era recordista em massa branca era Einstein. Quando o cérebro do físico
foi dissecado, notou-se, entre outras coisas, uma quantidade anormal de
mielina. "Quem nunca errou nunca fez nada de novo", dizia ele.
Na teoria, a mielina é muito linda: ela recompensa quem se esforça e qualquer um pode ser bem-sucedido. Mas, como tudo na vida, há algumas limitações (ou você acreditava realmente que poderia ser como o Kaká?).
Na teoria, a mielina é muito linda: ela recompensa quem se esforça e qualquer um pode ser bem-sucedido. Mas, como tudo na vida, há algumas limitações (ou você acreditava realmente que poderia ser como o Kaká?).
O auge da mielinização acontece durante
a infância, quando toda forma de atividade é novidade e tem de ser aprendida:
de abrir os olhos a usar os talheres. Até os 30 anos, ela continua em alta
escala - e é justamente quando se aprendem novas habilidades com facilidade.
Até os 50, a mielina ainda pode ser ajustada
em direção a um ou outro aprendizado. Depois disso, infelizmente, as perdas são
maiores que os ganhos. A mielinização continua, mas para preservar as aptidões
já adquiridas. Ou seja, a má notícia é que, se você quisesse ter sido o Kaká,
deveria ter começado cedo. Já a boa é que, se você se contenta em apenas
melhorar o seu trabalho para ser promovido, há tempo de sobra.
Além da idade, há algumas limitações sérias. Há cérebros mais preparados para mielinizar do que outros. Por exemplo, quem não consegue metabolizar apolipoproteínas já sai perdendo. Elas são proteínas que se ligam às gorduras (o colesterol, principalmente) e têm grande influência na produção de mielina. (Mielina tem muito colesterol. Por isso, se você andava cortando o ovo com medo de problemas cardíacos, pense que isso pode estar emburrecendo você.
Não é à toa também que médicos ultimamente têm
receitado ovo para pacientes com Alzheimer - ele parece influir nas habilidades
do cérebro.) Essa disfunção pode ser detectada numa análise genética, mas,
adivinhe só, como tudo que envolve genes, ainda não está esclarecida.
O treino é responsável por boa parte do
sucesso das pessoas que chegaram ao ponto mais alto do pódio (outros fatores
virão), é preciso entender o que as levou a se esforçar tanto. Quem passa 10
mil horas da vida se dedicando a qualquer coisa que seja tem pelo menos uma
característica muito ressaltada: o autocontrole.
É
ele que permite que a pessoa não se lembre que seria muito mais legal dormir ou
estar no bar do que trabalhando. O teste do marshmallow, feito na Universidade
Stanford na década de 1960, é o melhor exemplo que se tem sobre a ocorrência de
autocontrole.
Psicólogos ofereciam a crianças um
grande marshmallow e davam a elas a opção de comê-lo imediatamente ou esperar
um tempinho enquanto os psicólogos saíssem da sala. Se as crianças esperassem,
ganhariam de recompensa um segundo marshmallow.
Apenas um terço das crianças aguentava
esperar, o resto comia o doce afoitamente. (Há um vídeo na internet desse teste
feito nos dias de hoje. As imagens das crianças tentando resistir à tentação
são de partir o coração.)
Depois, os pesquisadores acompanharam o
desempenho dessas crianças nas décadas seguintes. Aquelas que haviam esperado
pelo segundo doce tinham tirado notas mais altas no vestibular e tinham mais
amigos.
Depois de anos estudando esse grupo de
voluntários, concluiu-se que a capacidade de manter o autocontrole previa com
muito mais precisão a ocorrência de sucesso e ajustamento - era mais eficiente
do que QI ou condição social, por exemplo.
Por isso, tente sempre atrasar as
gratificações - passe vontade e não faça sempre o que der na telha: o segredo
para o sucesso pode estar aí.
A questão agora é entender por que algumas pessoas abrem mão do prazer imediato em troca do trabalho duro, e por que outras preferem sempre sair mais cedo do escritório.
A questão agora é entender por que algumas pessoas abrem mão do prazer imediato em troca do trabalho duro, e por que outras preferem sempre sair mais cedo do escritório.
O processo mental, na verdade, é muito
simples: para ter autocontrole, é preciso não ficar pensando na tentação e
focar naquilo que é realmente importante no momento - por exemplo, terminar o
serviço.
É
possível que esses traços tenham uma origem genética, mas é mais provável que a
diferença esteja em outro ponto importante para entender o sucesso: motivação.
Quem está motivado para ganhar uma medalha
olímpica ou fazer um bom trabalho também abre mão da soneca da tarde com mais
facilidade.
Motivação e ambição são um negócio meio misterioso, na verdade. Não funciona para todos da mesma maneira. "A maioria das pessoas sonha com um emprego estável, um salário aceitável, um chefe legal.
Motivação e ambição são um negócio meio misterioso, na verdade. Não funciona para todos da mesma maneira. "A maioria das pessoas sonha com um emprego estável, um salário aceitável, um chefe legal.
Nem todo mundo tem ambição e quer crescer o
tempo todo", diz Marcelo Ribeiro, professor do departamento de psicologia
social e do trabalho da USP. Evolucionariamente, isso também faz todo o
sentido. Durante séculos de seleção natural, alguns poucos ambiciosos foram
escolhidos para conquistar os melhores pares, os maiores pedaços de comida e os
cargos de liderança.
Infelizmente, toda essa fartura não pode
ir para todos - e a maioria teve de aprender a se satisfazer com o pouco que
sobrou.
Dinheiro também não é a solução para todos os problemas. Nem sempre ele funciona como um bom motivador. (Não deixe seu chefe ler isso, se você estiver querendo um aumento.) Num estudo da Universidade Clark, nos EUA, que testava a capacidade de voluntários de resolver problemas de lógica, o dinheiro só atrapalhou.
Dinheiro também não é a solução para todos os problemas. Nem sempre ele funciona como um bom motivador. (Não deixe seu chefe ler isso, se você estiver querendo um aumento.) Num estudo da Universidade Clark, nos EUA, que testava a capacidade de voluntários de resolver problemas de lógica, o dinheiro só atrapalhou.
Aqueles que eram recompensados financeiramente
para chegar à solução levavam muito mais tempo para resolver o problema. Os
outros, sem a pressão do dinheiro, se deram melhor. Em muitos casos, acreditar
que você está fazendo algo relevante é mais eficiente para motivação do que um
salário mais rechonchudo.
Não é à toa, então, que empresas que
esperam resultados inovadores têm horários e cobranças flexíveis - para esses
funcionários, fazer a diferença e a ilusão de independência valem mais do que
ganhar bem.
"O desejo de atribuir significado ao
nosso trabalho é uma parte inata e inflexível da nossa composição. É pelo fato
de sermos animais concentrados no significado que podemos pensar em nos render
a uma carreira ajudando a levar água potável à Malaui rural", escreve o
filósofo pop francês Alain de Botton, em seu livro Os Prazeres e Desprazeres do
Trabalho.
Agulha no palheiro
Christopher Langan e Robert Oppenheimer eram dois americanos de QI sobre-humano (o de Christopher é um dos maiores de que se tem notícia: 195. O QI de Einstein, por exemplo, era 150). Christopher aprendeu a ler sozinho aos 3 anos, aos 15 desenhava retratos tão realistas que pareciam fotografias, aos 16 gabaritou o vestibular e perto dos 20 decidiu dedicar sua vida à física teórica.
Agulha no palheiro
Christopher Langan e Robert Oppenheimer eram dois americanos de QI sobre-humano (o de Christopher é um dos maiores de que se tem notícia: 195. O QI de Einstein, por exemplo, era 150). Christopher aprendeu a ler sozinho aos 3 anos, aos 15 desenhava retratos tão realistas que pareciam fotografias, aos 16 gabaritou o vestibular e perto dos 20 decidiu dedicar sua vida à física teórica.
Já Robert fazia experimentos químicos
complexos aos 8 anos de idade, aos 9 já falava grego e latim e aos 22 tinha
concluído seu doutorado, com passagens pelas Universidades Harvard e de
Cambridge.
Os dois, além de gênios, eram esforçados e
passaram a juventude enfurnados em livros - alcançaram facilmente a marca das
10 mil horas de estudo. Robert virou um dos físicos mais importantes do século
20 e ficou conhecido como o "pai da bomba atômica", pois liderou o time
que desenvolveu a arma durante a 2ª Guerra Mundial.
Já Christopher fracassou. Largou a
faculdade em pouco mais de um ano. Trabalhou como garçom, operário da
construção civil e zelador. Hoje, vive enfurnado em casa, sozinho, tentando
elaborar uma teoria geral que explique o Universo inteiro. O que foi que deu
errado com Christopher?
É duro dizer, mas sucesso depende também de uma boa quantidade de sorte. Estar na hora e lugar certos é muito importante - às vezes até mais do que as horas de treino.
É duro dizer, mas sucesso depende também de uma boa quantidade de sorte. Estar na hora e lugar certos é muito importante - às vezes até mais do que as horas de treino.
Christopher Langan, por exemplo, nasceu
em uma família pobre. Chegou à faculdade porque ganhou uma bolsa de estudo. Mas
teve de largar as aulas depois de perdê-la, porque sua mãe, que nunca
acompanhou ou incentivou seus estudos, esqueceu-se de renovar o contrato que
daria ao filho mais um ano de estudos grátis.
Sim, ele deu muito azar. Não por causa da mãe
desleixada - mas porque nasceu em uma família desestruturada. Um estudo feito
na Universidade do Kansas mostrou que crianças que crescem em classes sociais
mais baixas ouvem, em média, 32 milhões de palavras a menos nos primeiros 4
anos de vida do que seus colegas abastados (sim, alguém contou).
Além disso, elas são expostas a um
vocabulário menos variado e não são incluídas nas conversas "de
adulto". Isso pode não ter consequências diretas na inteligência das
crianças, mas tem na maneira como elas se relacionam com as pessoas.
Ter habilidade social, aliás, é fator determinante para ser bem-sucedido. E é esse o elemento que foge das estatísticas da ciência. Em áreas em que os mais talentosos são sempre recompensados, como nos esportes ou na música, a regra das 10 mil horas e a importância da persistência fazem sempre sentido.
Ter habilidade social, aliás, é fator determinante para ser bem-sucedido. E é esse o elemento que foge das estatísticas da ciência. Em áreas em que os mais talentosos são sempre recompensados, como nos esportes ou na música, a regra das 10 mil horas e a importância da persistência fazem sempre sentido.
Mas, em ambientes onde a competição é velada,
como nos escritórios, o talento pode facilmente ficar em segundo plano - e
perder importância para o tête-à-tête, as famosas afinidades.
"A personalidade de uma pessoa afeta não
só a escolha do trabalho mas, mais importante, quão bem-sucedida ela vai ser na
carreira", diz Timothy Judge, especialista em carreira e personalidade da
Universidade da Flórida.
Timothy revisou 3 estudos longitudinais de
personalidade que acompanharam a carreira de mais de 500 pessoas e chegou a
conclusões interessantes. Pessoas autoconscientes, racionais e que pensam antes
de agir costumam ganhar mais e subir mais cargos.
Já quem é extrovertido e emocionalmente
estável é mais feliz. Para o pesquisador, depois de anos observando as
pesquisas, subir de status pode ser importante, mas o fator mais determinante
para o sucesso ainda é sentir-se realizado.
"Se a pessoa está infeliz no trabalho,
tem de descobrir o que está atrapalhando. Senão o sucesso não vem mesmo."
A fórmula do sucesso
Virados para a lua
Infelizmente, nem tudo que ronda o sucesso depende só de você. Um tanto de sorte é necessário para se dar bem na vida. Veja dois exemplos em que fatores que fogem do seu alcance podem fazer toda a diferença.
Berços de excelência
Há alguns ambientes em que tudo acontece ao mesmo tempo e surgem grandes oportunidades de sucesso. Foi o caso da Inglaterra nos anos 60, bem no início do rock, quando dezenas de boas bandas, dos Beatles aos Beach Boys, conquistaram o mundo.
Infelizmente, nem tudo que ronda o sucesso depende só de você. Um tanto de sorte é necessário para se dar bem na vida. Veja dois exemplos em que fatores que fogem do seu alcance podem fazer toda a diferença.
Berços de excelência
Há alguns ambientes em que tudo acontece ao mesmo tempo e surgem grandes oportunidades de sucesso. Foi o caso da Inglaterra nos anos 60, bem no início do rock, quando dezenas de boas bandas, dos Beatles aos Beach Boys, conquistaram o mundo.
Ou do Vale do Silício na década de 1980,
quando Bill Gates, Steve Jobs e Paul Allen aproveitaram o começo da computação
para criar suas empresas e faturar milhões. É questão de sorte, mas procure
sempre estar no lugar em que as coisas estão acontecendo.
Dias especiais
O dia do nascimento também pode interferir no sucesso (e não tem nada a ver com horóscopo). É comum que num mesmo ano letivo estudem crianças que nasceram no 1º semestre e outras que nasceram no 2º semestre do ano anterior.
Dias especiais
O dia do nascimento também pode interferir no sucesso (e não tem nada a ver com horóscopo). É comum que num mesmo ano letivo estudem crianças que nasceram no 1º semestre e outras que nasceram no 2º semestre do ano anterior.
As que nasceram no ano anterior, entraram na
escola um pouco mais velhas. Essa diferençazinha vira uma grande vantagem
quando se trata de crianças pequenas. Os mais velhos terão a coordenação motora
e o desenvolvimento intelectual mais adiantados do que os outros.
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Pesquisado por dharmadhannya
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Raziel, Uriel, Samuel
Os anjos seguem na frente abrindo meus caminhos
e me protegendo Com a Justiça Divina. Amém!
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