Somos programados e o Carma - Parte 2
A Lei “Assim como damos receberemos”
pode ser reforçada ao voltarmos para uma nova vida; então, o que fizemos aos
outros teremos para nós. Se não assumirmos a experiência voluntariamente,
seremos persuadidos pelos nossos guias ou ajudantes, que ressaltarão o
beneficio de assumir o carma.
Talvez alguém que foi cruel, um tirano
vingativo, pode precisar experimentar uma fraqueza física, uma herança genética
que o deixe emocionalmente vulnerável.
Alguém que foi um perseguidor religioso
pode se colocar em uma posição em que é perseguido. Alguém que usou o poder
para ganhos pessoais pode escolher uma posição de impotência, com uma agravante
que torne difícil sua afirmação.
Nossas lições são escolhas cármicas.
Antes de nascermos decidimos atrair estas lições e situações; enquanto
aprendemos as lições, estamos acertando mossas contas cármicas.
Para escolher as experiências de que
precisamos para nosso crescimento durante uma encarnação.
Nosso Eu Superior examina todo os
registros de nosso progresso espiritual e decide quanto carmas temos que
sofrer, quais são as lições adicionais que precisamos aprender e qual seria o
melhor modo de passar pelas experiências de que necessitamos.
Então decidimos sobre nossos pais, nossa
família, nosso corpo, sexo, nacionalidade, cidade e data de nascimento.
Nosso sistema glandular. herança
genética, pré- disposições familiares e o tipo de cultura em que nascemos são
escolhas. Os medos que precisamos enfrentar são pré-programados dentro de nós.
Nada acontece por acaso. Estas pessoas e
situações difíceis estão aí com um propósito.
Foi somente quando me foram explicadas
as Leis do Carma que comecei a entender. “Carma é o balancete entre o bem e e o
mal em nossas vidas. E o balancete do dar e do receber. As contas são acertadas
não somente na vida diária mas também durante toda uma vida”.
Ganhamos bom carma quando nossos
pensamentos e atos ficam do lado do amor e da oferta na vida cotidiana, trazendo
felicidade para nossas vidas.
Ficamos com dívidas quando o balanço de
nossos pensamentos e atos se inclina para o lado do medo e da crueldade, ou da
avareza e da negatividade.
O mesmo acontece ao passarmos de uma
vida para outra. Levamos nossas cargas de atos positivos e negativos, atraindo
bom carma quando merecemos ou problemas quando temos que pagar por alguma
coisa.
Quando não somos conscientes das Leis
Espirituais, deixamos débitos acumulados de uma vida para outra. Pensamos que
ao nos livrarmos de alguma coisa, ela desaparece ou é esquecida.
Em minha ignorância, eu costumava pensar na
injustiça de algumas pessoas se darem bem, apesar das coisas terríveis que
faziam. Agora sei que elas estão apenas adiando a hora inevitável do pagamento.
Enquanto nossa alma não está pronta para
começar a trabalhar, podemos escolher vidas fáceis. Entretanto, à medida em que
crescemos em consciência a nível de alma, desejamos pagar por nossos débitos e
consertar o que fizemos de errado.
Assim, uma pessoa que destruiu a terra
em alguma vida pode ser levada a trabalhar pela preservação da natureza desta
vez. Alguém que machucou crianças pode sentir ânsia de cuidar e de ajudar
crianças.
Uma pessoa pode escolher circunstâncias
de vida muito duras, como pobreza, crueldade, abandono precoce e uma mente
fraca, porque quer trabalhar muitos carmas em uma só vida. Pode escolher
provações difíceis porque quer aprender rápido.
Seu crescimento depende de como lida com
tais circunstâncias. Depende se vai responder com amargor e ódio ou com amor e
aceitação.
O carma pode ser pago através de
serviços prestados aos outros, orações e bons pensamentos: suportando
experiências difíceis com coragem, compaixão e perdão. O carma pode ser
desfeito por conscientização e amor.
Algumas pessoas assumem o carma no
começo de suas vidas, algumas no meio, algumas no fim e outras durante toda a
passagem.
Todos nós escolhemos os meios de acordo
com a necessidade de aprimoramento da alma. Alguns podem fraquejar, mas todos
têm capacidade para cumprir sua missão.
Jessie e seu marido, quando no plano do
Eu Superior, haviam escolhido ter duas crianças mental e fisicamente doentes.
Há muitos anos mudaram de casa, e nunca mais tive contato com eles.
Conjecturando posso imaginar as
incríveis lições de aceitação, de amor incondicional e de paciência que tiveram
que aprender, e a grande prova de fé a que se submeteram.
Provavelmente suas escolhas lhes proporcionaram
muitas outras lições e provas, que nenhuma outra situação lhes poderia dar, ao
mesmo tempo em que tiveram a oportunidade de quitar seus débitos cármicos.
A pessoa que escolhe tem corpo
deficiente faz isso para aprender lições difíceis. Em um nível mais alto, isso
é sempre decisão de um grupo de família.
Famílias, relacionamentos, amigos, todos
aprendem lições com aquela pessoa deficiente, assim como todos aqueles que
entram em contato com ela. E nossa atitude em relação à condição escolhida que
cria nossa felicidade e decide nosso crescimento.
Quando nos ligamos a alguém e criamos
carma com essa pessoa, estamos amarrados a ela até que o carma seja trabalhado
e as amarras sejam dissolvidas.
Por essas amarras atraímos pessoas que
tiveram ligações conosco em outras vidas, para que possamos dar ou receber
pagamento de alguma maneira. Praticamente todos nós estamos trabalhando amarras
cármicas com parentes e amigos, encarnando repetidas vezes nos mesmos grupos.
Quando enfrentamos uma pessoa difícil,
estamos quase sempre trabalhando em uma relação cármica. Em outras palavras,
deixamos uma situação não resolvida em outra vida que tentamos retomar, talvez
conseguindo amar tal pessoa incondicionalmente desta vez.
Quando sentimos urna simpatia
instantânea ou desenvolvemos um bom relacionamento com alguém. pode ser o
resultado de uni bom carma, pelo qual podemos nos regozijar.
O que fazemos e pensamos, como reagimos
às pessoas e quanto investimos em nossas vidas afeta não apenas o que
acontecerá conosco no futuro próximo como também o que será de nós em um futuro
distante.
Muitas almas velhas estão encarnando
atualmente; elas estão no fim de sua dívida cármica. Pagaram todos os débitos
de outras vidas e têm a oportunidade de conservar as contas atualizadas.
Ainda assim, se incorrerem em mais carma
através de pensamentos ou atos negativos pagam imediatamente por isso. Isto é
conhecido como carma instantâneo. Se sentimos que nunca conseguimos nos livrar
de nada, que somos invariavelmente punidos, devemos nos regozijar. Estamos
recebendo carma instantâneo.
Conversava com um homem ao escrever
estas palavras no hall de um hotel; ele me contou a seguinte história:
Quando era garoto, jogou um pauzinho no
meio da rua para o cachorro do seu vizinho. Por tentar pegar o pauzinho, o
cachorro foi atropelado e morto. Este homem tinha sido o instrumento causador da
morte do cão pastor.
Anos mais tarde, quando começou a
trabalhar com terapia, seu primeiro paciente chegou. Era um cão pastor. O
cachorro odiava os homens, rosnava e latia tanto que sua jovem dona não podia
deixar homem nenhum entrar na sua vida. E ela realmente queria um namorado.
Depois de alguns meses de sessões de
terapia com o cachorro, este gradualmente se tornou mais calmo e gentil e
começou a aceitar os homens. Sua dona é agora uma mulher casada e com uma
família.
Este homem havia conseguido quitar seu
carma com o cachorro, se não instantaneamente, pelo menos na mesma vida.
A história desse homem me interessou por
outra razão. As reações dos animais são reflexos dos sentimentos e emoções de
seus donos. Enquanto tratava do cachorro, estava indiretamente curando a raiva
inconsciente da dona em relação aos homens, possibilitando que ela tivesse uma
relação satisfatória com o sexo oposto.
Algo muito fácil para alguma alma
realizar pode ser muito difícil para outra. Por isso jamais devemos julgar os
outros. Não sabemos o montante de carma assumido pela pessoa. Não sabemos se
esta alma é sensível ou resistente.
Um galho duro de azevim pode muito bem
resistir e suportar a neve e o vento. Poderíamos esperai que urna delicada
planta de estufa resistisse do mesmo modo? As almas não são todas iguais.
Há almas sensíveis e almas resistentes.
Há almas velhas e jovens. Há almas que podem ter vivido todas as suas
experiências em outros planetas e Universos e que podem estar passando pela
primeira experiência no planeta terra.
Elas podem se sentir confusas, perdidas
e assustadas porque não conseguem entender algumas coisas.
Não estamos em posição de criticar ou
condenar. Só podemos aceitar.
Nosso Eu Superior só escolhe provas para
nós quando estamos prontos. Assim sendo, ternos capacidade de lidar com o que
atraímos, Achamos difícil prosseguir apenas quando nos bloqueamos pelo medo.
Quando estamos abertos podemos obter ajuda de mãos amigas.
“Nossa primeira responsabilidade é com
nosso crescimento nesta vida, independentemente do que tenha acontecido em
outras encarnações”.
Lucy era uma mulher gentil e simpática,
mas que não tinha auto-confiança nem se auto-valorizava. Havia tido um
relacionamento insatisfatório com seu marido durante muitos anos. Ele era
arrogante. dominador e pouco comunicativo. Lucy tinha medo dele e sempre
deixava que a rebaixasse. Corno ficava muito assustada para enfrentá-lo, fervia
de raiva dele.
Ela me contou que precisava ficar com
ele pois estava pagando um carma de tal e tal vida quando lhe causou muito
sofrimento e foi muito dominadora. Isto poderia ser verdade.
Senti que ela estava usando o carma não
resolvido como desculpa porque estava com muito medo de ficar sozinha. Então
ela ficou sofrendo, nada fazendo para melhorar a situação.
Se ela realmente tivesse assumido isso
como um débito cármico a ser redimido, durante tantos anos quanto presumia ter
feito o marido sofrer (em outra vida), não poderia ter se libertado, porque
todos os outros caminhos estariam bloqueados até que ela pagasse sua dívida.
Entretanto ela não poderia saber sem tentar.
Como vimos, ela também poderia ter
escolhido trabalhar em si mesma para liberar seus medos e raivas. Deveria então
transmutar o carma, oferecendo ao marido um amor incondicional.
Se Lucy e seu marido tinham um
relacionamento cármico para resolver, nenhum deles fazia nada para melhorar.
Sem coragem para se libertarem um do outro, continuaram juntos vivendo com
hostilidade e amargura. Estão ocupados criando um novo carma, que terá que ser
resolvido algum dia.
As quitações de cama estão sendo aceleradas
enquanto o planeta se configura no grande salto de crescimento da consciência
para o qual estamos sendo preparados.
Eis porque muitas pessoas escolhem
experimentar vários relacionamentos ou casamentos, tentando resolver muitas
situações cármicas e saldar múltiplos débitos.
As pessoas estão atraindo todos os tipos
de dificuldades e traumas em suas vidas para despertar a Consciência.
Ouvi dizer que em tempos de guerra e
privação as almas fazem fila para nascer, devido à grande oportunidade de
crescimento aberta a elas.
Para nosso olhos terrestres, pode
parecer que o planeta está em caos e confusão mas o Plano Divino é sempre
perfeito.
Quando meus filhos eram pequenos sempre
visitávamos Jessie, uma vizinha que tinha uma criança deficiente. Seu filhtnho
mal conseguia se sentar e fazer ruídos. Ele costumava gritar, com raiva e
frustração, perturbando a harmonia do lar e irritando seu irmão. Essa criança
não andava nem falava. Seu corpo era descoordenado, mas seus olhos brilhavam, mostrando
inteligência.
Jessie controlava os acessos de raiva da
criança com incrível paciência e gentileza, e procurava responder
intuitivamente às suas necessidades. Ela sabia que, dentro de sua prisão, o
menino era consciente, mas não entendia as palavras, o que aumentava sua
frustração.
Ela e seu marido decidiram ter outra
criança. Queriamn muito uma filha e ficaram encantados quando nasceu a menina;
mas a pequena também era seriamente deficiente. O marido de Jessie não se
conformou. Começou a beber desvairadamente para aliviar mágoa.
Jessie jamais reclamava. Aceitava tudo,
como se soubesse que havia um propósito por trás. Com um sorriso nos lábios,
estava sempre pronta para ajudar as pessoas.
Era eu quem sentia revolta interior
contra a injustiça da vida dela, toda vez que a visitava.
Outra vizinha estava lutando para educar
seus filhos após seu marido ter morrido num acidente. O dinheiro era curto, ela
não tinha uma família que a apoiasse e parecia constantemente pálida e cansada.
Eu costumava sentir indignação perante um destino que deixava tais coisas
acontecerem.
Já conversei com multas pessoas
carregadas de dívidas, terrivelmente doentes e Incapazes de lutar contra a
carga desigual da vida, perguntando a mim mesma o motivo. Por que a vida é tão
diferente para pessoas diferentes?
Este texto está livre para divulgação desde que seja citado a Fonte:
Haja luz para compartilhar para o bem de todos.
Dharmadhannyael
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