Teogonia
Quando meditamos sobre o Início, Teogonia , sobre o Verbo, Infinito... estamos "falando a língua da Mônada, do Espírito Santo, e nosso Pensamento atrai a nossa atmosfera a Luz da Sabedoria da Unidade, da Centelha viva no coração do Sol Espiritual.
A Teogonia - Cabala
Patrick Paul
1 No início era o Verbo, e o Verbo estava junto de
Deus, e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio junto de Deus.
3 Tudo foi feito por intermédio dele e sem ele nada
do que foi feito se fez.
4 Nele estava a vida e a vida era a luz dos homens.
Deus, ao mesmo
tempo Primeiro Ser e Não-Ser, não pode definir-se em si mesmo, não pode
significar-se, exceto através de sua ação emanadora, o Verbo. Pois em si Deus é
Vacuidade, Nada (neant).3
Todavia, é
preciso definir estes dois termos. Eles fazem referência ao primeiro véu da
Existência Negativa da tradição cabalista, chamado Ain, que pode ser traduzido
por Nada (rien), Zero.4
Esse primeiro
véu corresponderá ao “retiro” do Divino, que permitirá o surgimento de um Vazio
criador.5
Esse Zero
absoluto pode ser apreendido através de seu primeiro princípio ativo, o Verbo:
“No início ele [o Verbo] estava junto de Deus. Tudo foi feito por intermédio
dele e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida...” (João
1:1-4).
Conforme
enunciado nesta passagem, o Verbo corresponde ao segundo véu da Existência
Negativa, chamado Ain Sof normalmente
traduzido por Infinito ou Ilimitado, que é associado a um desejo de vida e ser.
Esse desejo de
vida pede, por sua vez, um atributo ou objeto de emanação que lhe permita
revestir-se e tomar-se reconhecível para si mesmo: “e a vida era a luz dos
homens”, diz o Prólogo do Evangelho de São João na sequência.
Essa Luz faz
referência ao terceiro véu da Existência Negativa, Ain Sof Aur que significa precisamente Luz.6 Porém, é preciso
destacar que como trata-se de um campo incriado — que precede a manifestação
Divina —, a palavra luz refere-se, aqui, a uma pura Luz original, não-dual, de
certo modo potencial. Essa Luz original é a primeira resistência à primeira
atividade do Verbo, de maneira que ela ao mesmo tempo vela e revela a
Divindade. (Fig. 1)
FIGURA 1
Retomemos
então, do início, o processo da manifestação Divina.
O Nada é
emanador de um infinito de espaço.
Nesse infinito
de espaço, não há um ponto particular original a ser considerado — como postula
a teoria clássica do big-bang —, mas uma infinidade de pontos que, no ato
criador, equivalem-se uns aos outros.
Emanado, o
infinito de espaço torna-se, por sua vez, por assimetria potencial, emanador de
um “menos infinito” de tempo. (Fig. 2)
FIGURA 2
Três véus da
Existência Negativa
— Mundo
não-manifestado —
Essa Luz
não-dual potencialmente temporalizável, emanada do Verbo, torna-se, por sua
vez, emanadora da manifestação:
“A Luz brilha nas trevas e as trevas não a
compreenderam” (João 1:5).
Os três véus
da Existência Negativa encontrarão sua contraface em três véus ou dobras da
Existência Positiva, correspondentes a três Mundos ou três diferentes Níveis de
Realidade.7
Porém, antes da criação destes três Níveis ou
Mundos, o Ternário original [não-manifestado] constituirá uma Tri-Unidade
[manifestada], que deve ser considerada como energia potencial e interface
entre Deus e sua criação, entre incriado e criado (Fig. 3). 8
FIGURA 3
- Tri-unidade
manifestada
— Interface
entre Deus em Si e os três Mundos criados —
Esse primeiro
Nível manifestado, mas potencial, é sem dúvida melhor explicitado na Tradição
extremo- oriental, isto é, no taoísmo. (Fig. 4)
FIGURA 4
Tri-unidade
manifestada
— Conforme a Tradição
oriental —
1. O leitor
pode encontrar a íntegra do Prólogo do Evangelho de São João ao final do livro
— Apêndice 1.
O Prólogo do Evangelho de São João desenvolve, numa síntese notável, as etapas que antecedem a manifestação Divina e dão condições para que ela se dê.
O Prólogo do Evangelho de São João desenvolve, numa síntese notável, as etapas que antecedem a manifestação Divina e dão condições para que ela se dê.
Embora na primeira frase do Prólogo o Verbo seja associado ao termo Bereshit (no início),2 pois é dito que “No início era o Verbo” (João 1:1), ele é definido como a segunda etapa desse processo que antecede a criação, pois na seqüência é dito: “e o Verbo estava junto de Deus
e o Verbo era Deus”.
2. Bereshit,
“no início” em hebraico, primeira palavra também do livro de Gênesis: Bereshit bara Elohim (No início criou
Deus) êth ha shamaim êth há aretz (os
céus e a terra)....
3. É evidente
que esse Nada associado a Deus não é o vazio nem o não-ser como os
representamos com nossa mente dual, mas a absoluta plenitude que está para além
do Ser e do Não-Ser, chamada pelo taoísmo de Tao inomeável, em relação ao Tao
nomeável (primeiro Ser/Grande Unidade) e, pelo hinduísmo, de Brahman (o
Absoluto, o Um sem segundo), em relação a Brahma (o Ser).
5. O retiro do
Divino — o tzimtzum (contração ou
retração) do célebre rabi lsaac Lúria
(séc. XVI) — é um movimento de retração do Absoluto, de entrada Dele em Si
mesmo, para permitir o surgimento de um Lugar, de uma região vazia, desprovida
da absoluta plenitude de Deus em si; a fim de poder ali criar o outro, isto é,
os Mundos e as criaturas, através dos quais possa manifestar-Se e contemplar
Sua Sabedoria (Sua ilimitada potencialidade criadora, até então oculta).
Esse retiro do
Divino estabelecerá a passagem entre a Existência Negativa (o Absoluto, o
Infinito e o Indiferenciado) e a Existência Positiva (o “relativo”, o “finito”
e o diferenciado)
6. Aur é Luz em hebraico; portanto, Ain Sof Aur poderia ser traduzido como
Luz infinita ou ilimitada...
7. Estes três
véus da Existência Positiva corresponderão a três Mundos criados:
- Olam ha Briah, isto é, Mundo da Criação,
em hebraico (Nível Angélico);
- Olam ha Yetzirah, traduzido por Mundo da Formação (Nível Sutil, Psíquico ou Astral);
- e Olam ha Assiah ou Mundo da Ação (Nível
Físico ou Material).
8. Isto é,
antes do surgimento dos três véus da Existência Positiva e dos três Mundos
criados correspondentes (ou seja, antes da cosmogônia), o Ternário original
não-manifestado se refletirá numa Tri-unidad manifestada.
Esta se
constituirá no primeiro Mundo manifestado, mas puramente ideal e potencial,
chamado Olam há Atziluth, Mundo da
Emanação.
Trata-se do
Mundo Divino, correspondente ao Mundo das Idéias ou imagens arquetípicas da
Tradição pitagórico-platônica.
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