sábado, 18 de agosto de 2012

Nossas Forças Mentais. O MESTRE INTERIOR que nos cura.





Nossas Forças Mentais. O MESTRE INTERIOR que nos cura.

A fé é a substância das coisas que esperamos.

Se mantemos em nossa mente uma imagem ou representação de nós mesmos cheios de saúde, força e atividade, pomos em ação as forças que hão de tornar-nos conforme nosso desejo.

Construímos, assim, com a invisível substância do pensamento, um Eu espiritual — o Eu esperado relativamente perfeito — e este ente espiritual chegará, com o tempo, a dominar o corpo material e o fará semelhante a si próprio.

Se tivermos o estômago débil, esforcemo-nos por não o julgar assim e representemo-lo em nossa imaginação como se fosse robustíssimo.

 Se os nossos pulmões são débeis, vejamo-los com os olhos mentais com se fossem fortes e resistentes.

Se o nosso corpo for débil e indolente, vejamo-lo mentalmente como quando éramos crianças, tempo em que, cheios de força e agilidade, gostávamos de saltar, brincar e correr pelos campos, ou sentíamos grande prazer em trepar pelas árvores. Exteriorizemos a substância do projeto ou condição esperada ou desejada ardentemente.

E quanto mais persistirmos em nos vermos assim melhorados, imaginàriamente, observando a mudança gradual que se vai operando em nossas condições físicas, aumentará também a nossa fé em que é uma grande verdade esta lei que citamos.

Mantenhamos íntima e persistentemente esta fé em nossa saúde e nossa força; façamo-lo com progressiva e vigorosa atividade, semanas, meses e anos sucessivos, até fixarmos bem em nosso espírito a firme idéia de estarmos completamente livres de qualquer enfermidade, de memórias de doenças do passado; adquirindo o costume de nos imaginarmos assim e a transformar-se isso em hábito inveterado, ou, como costuma dizer-se, em uma segunda natureza.

Aquilo em que pensamos com mais persistência ou afinco, ou que mantemos sempre fixo em nossa imaginação, é o no que temos fé mais absoluta. Se imaginarmos ver uma oposição, um fantasma qualquer, a maior parte das vezes acabaremos por converter em uma realidade o que é apenas um produto de nossa imaginação. O enfermo crônico vê-se a si próprio, com seus olhos mentais, realmente incurável, fazendo do seu estado a pior idéia e a seu respeito a mais desagradável imagem, pondo, desta forma, em prática toda a força da referida lei.

O doente que se vê a si próprio como realmente enfermo, está, na verdade, construindo, para seu uso, um corpo a que realmente se adaptam  todas as enfermidades.

Chegamos a enfraquecer realmente o nosso estômago se o representamos, em nós mesmos, como deveras fraco.


O grande erro da atualidade consiste em que, apenas sentimos o menor incômodo em qualquer região ou ao menor sinal de fadiga, isso se torna o objeto de todas as nossas preocupações, considerando-nos sèriamente doentes, quando doença apenas reside em nossa própria imaginação;

 o pior mal porém está em que a maior parte das vezes nos instigam a isso as próprias pessoas que nos rodeiam.

Como todo pensamento exteriorizado é uma substância, resulta daí que o paciente debilitou, pela ação do seu próprio espírito, e seu estômago, os seus pulmões ou qualquer outro dos seus órgãos físicos.

Nem sempre se pode dizer que tudo o que é material seja produto de forças invisíveis e espirituais. O que pensamos é apenas uma substância invisível, mas, tão depressa como se produziu, começa a atrair elementos substanciais que são da sua mesma ordem.

 Nada importa que estejamos mais ou menos débeis se nos imaginarmos mentalmente ágeis, fortes e vigorosos; pois assim conseguiremos que o nosso corpo espiritual seja realmente forte, ágil e vigoroso.


É  este corpo espiritual que há de atrair-nos os elementos substanciais da saúde e da força. Devemos ver-nos sempre mentalmente sãos e fortes, embora o nosso corpo esteja ou pareça enfermo. Isto é muito simples e pode, talvez, parecer até pueril, mas encerra uma lei maravilhosa que pode produzir os maiores milagres.

Quando mentalmente nos imaginamos enfermos, embora o estejamos realmente, pomos em ação esta mesma lei, mas nas piores condições para nós.
A representação imaginária de um corpo são e vigoroso traduz-se real e substancialmente, embora em elementos  invisíveis, em um corpo são, vigoroso e repleto da mais perfeita saúde.

Ê esta uma realidade espiritual, e o corpo material, sob o seu influxo, crescerá de acordo com essa realidade espiritual.

Se tivermos o corpo débil, procuremos não o ver com os olhos mentais tal como ele é, mas sim a transbordar de saúde, vida e esplendente vigor. Nunca devemos considerar-nos como verdadeiros inválidos, na triste expectativa de passar a vida inteira imóveis em uma cadeira ou retidos sempre como prisioneiros em casa, nem mesmo quando o nosso corpo esteja realmente tolhido ou alquebrado pela doença.

Praticamos em nós próprios um autotratamento, quando mentalmente nos vemos correndo e saltando; se, pelo contrário, nos imaginamos inválidos incuráveis, mantemos e agravamos a nossa enfermidade e invalidez. Não esperemos nunca, nem temamos a doença com as dores do dia de amanhã, embora estejamos enfermos hoje e padeçamos grandes dores.

Esperemos, assim, e cada vez mais, força e saúde. Por outras palavras, tratar de adquirir continuamente maior soma de saúde deve ser o nosso constante sonho, a nossa incessante aspiração. Sonho ideal significa muito mais do que habitualmente se imagina.

O estado de sonho (ou alterado de consciência,ou alfa) que pode manter uma pessoa na mais completa inconsciência do que se lhe passa em torno, é uma força capaz de produzir grandes coisas no poderoso reino do espírito acerca do qual tão poucos sabemos.

Agora, porém, na atualidade, como a pessoa cujo espírito se desprende do corpo material, a ponto de arrebatar-lhe inteiramente a consciência, não tem o menor conhecimento dos poderes de que pode usar naquele, estado, também não depositará neles a menor fé; e, sem fé ficarão naturalmente perdidos para ela quase todos os vantajosos resultados que poderia obter.

Aquele que não tem nenhum conhecimento das minas de ouro, nem dos veios, formação e estratificação em que se acha tão precioso metal, nem dos métodos para extraí-lo do solo, pode possuir, durante anos inteiros, vastíssimos terrenos auríferos e nada mais fazer do que utilizar-se das suas riquíssimas terras para aterrar com elas os barrancos ou baixios das suas propriedades.

Não conhecendo absolutamente o tesouro que está encerrado nas terras de que é dono, não lhe dará valor algum, nem sequer poderá acreditar na existência dele.

Estamos atualmente em análoga situação, com respeito aos nossos poderes mentais ou espirituais. E, todavia, cada uma de nossas imaginações ou representações mentais é uma realidade invisível, e quanto mais firme e persistentemente é mantida a imagem mental, tanto proximamente se converterá em alguma coisa que os nossos sentidos físicos poderão ver, sentir e tocar.

Imploremos, pois, durante o nosso estado de sonho cotidiano ou meditação profunda, em que o nosso espírito parece desprender-se completamente de nós para divagar nas etéreas regiões do infinito; imploremos, repito, neste estado, que convém mesmo provocar pelo isolamento e concentração profunda:

saúde, força, harmonia, paz, ventura, prosperidade, com toda firmeza e persistência que nos seja possível.

 Quanto mais firme e persistente for a nossa aspiração, durante o dia, nesse sentido, tanto mais facilmente entrará o nosso espírito nos domínios da força e desses poderes, durante a noite, recuperando, assim; mais depressa o vigor perdido.

Se, porém, durante o dia, só pensarmos na debilidade, em doenças, angústias ou grandes contrariedade, à noite o nosso espírito achar-se-á muito mais apto para se por em relação com as correntes dos elementos de fraqueza, enfermidades, amarguras e toda espécie de coisas desagradáveis, colocando nos assim nas piores condições possíveis.

 Qualquer pessoa pode, por mera ignorância, guardar grande quantidade de pólvora, julgando ser completamente inofensiva e, quando menos o pense, com uma pequena fagulha, determinar inconscientemente uma explosão que lhe destruirá não só a sua casa, mas também o seu próprio corpo.


De igual forma está a Humanidade atraindo sobre si toda espécie de dores e misérias, por ignorância e mau uso das forças mentais.

Conforme o que pensarmos ou imaginarmos, podemos acumular e guardar grandes quantidades de perigosíssima pólvora ou de precioso ouro puro. Entregarmo-nos todos os dias a um momento de concentrado devaneio ou aspiração ardente é pormos em ação uma enorme corrente de forças positivas.

Quanto mais duradoura e intensa for a abstração ou o arroubo, maior será a força que opera em separação e independente do seu instrumento habitual, que é o corpo.

Assim, quando, por certo espaço de tempo, conseguimos olvidar, isto é, perder inteiramente a consciência de nosso ente físico e tudo o que nos rodeia, é indubitável que o nosso poder mental ou espiritual está operando fora do nosso corpo físico, muito longe talvez dele.

 Todos os poderes chamados ocultos, todos os milagres que os livros antigos de maior fé atestam, eram desenvolvidos e obtidos exatamente por este sistema.

Se a substância mental puder ser concentrada em um volume suficiente, construindo a representação de uma determinada imagem, produzirá instantaneamente em substância visível, essa imagem.

Tal é o único e verdadeiro segredo da magia. Magia quer dizer a produção instantânea do visível por meio dessa profunda concentração.

O poder espiritual de Cristo, concentrado em uma imaginação ou quadro mental, chegava a transformar essa imaginação ou pintura fictícia em substância visível, como fez com os pães e os peixes.

Todas as mentes possuem em embrião estes poderes.
Todos são capazes de iguais faculdades.

Lá diz o Evangelho: “A fé é como um grão de mostarda”; como ele, cresce, propaga-se e frutifica poderosamente. Mas este grão de fé tanto pode crescer para o bem como para o mal. “A fé remove montanhas.”
É bem certo isso.

 Se, porém, essa preciosa semente brota e cresce dirigida para o mal, converter-se-á ràpidamente numa árvore pujante onde todos os  pássaros imundos e de mau agouro virão construir seus ninhos.

 As nossas imaginações ou representações de maldade significam que temos fé nessa maldade.

O temor, o grande receio que sentimos de uma doença ou mal qualquer, indica que temos fé na perpetuidade e no progresso de tal mal ou doença.

Se acaso padecemos de um leve distúrbio do estômago, dos rins ou outro qualquer órgão, incômodo que apenas deve durar um ou quatro minutos, começamos a preocupar-nos com ele por tal forma que já não pensamos em outra coisa, não considerando mais aquele órgão são, mas sèriamente afetado.

É provável até que alguém nos diga que devamos ter grandes cuidados com ele, pois tal doença pode ser coisa muita séria e perigosa; sendo até quase certo diagnosticarem aquele ligeiro incômodo, na realidade sem importância, com uma assustadora denominação, que, por si só, nos sugerirá a triste idéia de grandes sofrimentos, fraqueza e até, por fim, a morte.

Tudo isso contribui para robustecer a nossa fé no mal; a força de outras mentalidades pode também concorrer para aumentar ainda em nós essa fé.

 Os nossos amigos ou simples conhecidos mostrar-se-ão ansiosamente cuidadosos pelo estado de nossa saúde e, cheios de temores, nos lembrarão a cada momento os cuidados e precauções que nos convém tomar, contribuindo tudo isso para que nos vejamos a nós próprios débeis e doentes.

Não procuram representar em nosso espírito a parte doente em perfeito estado de saúde; ninguém dos que nos rodeiam lança sobre nós sua benéfica corrente espiritual de saúde e vigor; os elementos mentais que de todos os lados convergem para nós são todos de natureza destruidora, todos elementos maléficos.

Se algum amigo nos diz: “Espero que melhores em breve”, diz num tom e numa expressão que claramente denotam o profundo receio de que não seja assim.
Desta forma, cada vez mais se vai radicando e agravando em nós a fé no mal.

Adquirimos sempre a substância daquilo que profundamente tememos ou ardente e veementemente desejamos; adquirirmos a substância da doença e do mal ou nos apropriamos dela.

Atraímos os elementos de doenças, desventura ou penúria, em virtude da mesma lei ou força que, arremessada de outra forma e em outra direção, poderia, com certeza, atrair-nos todos os elementos de saúde, fortuna, bem-estar e felicidade.

 Estamos, infelizmente, educados de forma tal que é sempre mais firme a nossa fé no mal do que no bem.

 Diz a Bíblia: “Será dado a cada um o que merecer, conforme a sua fé”, e a nós foram-nos dados a enfermidade e o mal porque a nossa fé no mal é muito maior do que no bem.

A natureza nunca envelhece, no sentido que damos a esta palavra. Nada mais faz dc que mudar por outros novos os seus invólucros físicos ou formas de expressão já gastos e deteriorados.

Dizemos, por exemplo, que uma árvore envelhece e morre, porque não vemos como, muitas vezes, do tronco podre e carcomido dessa velha árvore, brota uma planta nova e bela cheia de viço, que é, na realidade, a mesma árvore.

Deu-se apenas o fenômeno do espírito da árvore, que chamávamos velha, se ter materializado numa nova forma de expressão, processo este que se tem desenvolvido através das inúmeras idades.

Toda espécie de árvore teve, nos mais remotos tempos, uma expressão material mais tosca e grosseira do que atualmente, e elas têm progredido e se aperfeiçoado cada vez mais, por meio das sucessivas reproduções.

Em toda espécie de organismos vivos, vemos que existem certos períodos de descanso destinados à recuperação de forças, preparando-se para a verdadeira renovação do organismo, como em certos mariscos, que mudam periodicamente de concha; como as serpentes, que mudam a pele, ou como as aves, que mudam as penas.
De mais a mais, em todos os organismos vivos produzem-se continuamente mudanças e permutas, que os nossos olhos físicos não podem apreciar.

Durante esses períodos da muda, os animais sentem-se doentes, débeis e permanecem indolentes e inativos. É porque a sua natureza pede um certo repouso enquanto se opera tal reconstrução, a qual tanto se dá interna como externamente.

Toda lei natural que existe nas formas mais baixas de qualquer organização viva, exerce igualmente a sua ação nas mais elevadas. Esta lei da renovação física atua também sobre a Humanidade.

Existem também na vida de cada pessoa certos períodos em que a sua atividade, as suas forças e todas as suas funções parecem diminuir de intensidade; é porque se acham, então, na fase da sua muda, para a qual a natureza nos proporciona períodos de descanso.

Se obedecêssemos às suas ordens e conselhos, no espaço de algumas semanas ou, quando muito, de alguns meses, teríamos uma vida nova, um corpo inteiramente novo. Tudo o que a natureza exige de nós é somente que demos ao corpo e à mente o repouso necessário, enquanto estamos no estado de renovação.

Quando falamos das pessoas de meia-idade, supomos sempre terem elas alcançado já a sua máxima soma de poder e atividade, firmemente convictos de que, após esse período, vamos declinando gradualmente, da mesma forma que as folhas das árvores murcham e amarelecem.

Esta fé profunda que temos na velhice e na debilidade é que nos envelhece, em virtude da lei espiritual que já conhecemos. Quando passamos um pouco da meia-noite, na qual chegamos à plenitude de nossas forças físicas, entramos em um período de repouso e de reconstituição, durante o qual o corpo velho fará renascer um corpo novo ou, por outra, o corpo velho se refará a si próprio, produzindo um corpo totalmente novo.

Durante o período dessa reconstituição, requer-se um longo tempo de descanso e sossego. O nosso Eu espiritual, invisível, mas real, acha-se ocupado no processo da dita reconstrução, ficando bem evidente que esse período nunca será para nós tão penoso como o é para todo corpo que vem à vida física o período da infância e da adolescência.
O caso, porém, é que nunca permitimos esse necessário repouso, nem nos entregamos voluntàriamente a ele, obrigando a já gasta e cansada organização física a trabalhar, embora não mais esteja apta para o trabalho; e consideramos erroneamente o nosso período de muda, e, por consequência, de debilidade temporal e transitória, por uma forma qualquer de debilidade e doença.

E em virtude da nossa fé extraordinária no mal, fixamos, assim, em nossa mente a idéia da enfermidade; e, seguindo esse caminho, acabamos por cair realmente enfermos. De forma que, enquanto a natureza se tem esforçado em proporcionar-nos um corpo novo, rejuvenescendo o nosso gasto e fatigado organismo, fazendo-nos mais fortes, nós nos opomos aos seus desígnios, tornando-nos cada vez mais débeis.

Na maior parte dos casos, não conseguem os homens o descanso que a natureza exige, ao chegarem chamada meia-idade, pois são obrigados a trabalho consecutivamente dia após dia, ano após anos, para ganharem a sua parca subsistência e a dos seus. Isto, porém em nada prejudica os resultados desse processo.

Para as leis da natureza, nenhuma importância tem a conduta dos homens e menos ainda o móvel de tal conduta. Assim, por pura ignorância, a Humanidade desobedece a essas leis e o homem, julgando-se obrigado a trabalhar insana e incessantemente para ganhar a vida, trabalha, sofre e exaure as forças, para vir a morrer no leito de dor e, muitas vezes, no pobre leito do hospital.

 O hábito adquirido é, em muitos casos, tão forte em certas pessoas, que elas não podem conseguir pôr um termo ao seu trabalho, nem sabem sair da esfera espacial da sua atividade.

É como se não tivessem capacidade para dar repouso algum ao espírito nem ao corpo e só encontrassem deleite no trabalho.

E, todavia, à força de trabalhar em semelhantes condições, aumentam a infelicidade própria à medida que se tornam cada vez mais débeis. Ë o que acontece com muitas donas de casa, que se comprazem em trabalhar até se matarem, e não se sentem felizes senão quando estão constantemente sobrecarregadas de trabalho.

Tais pessoas, quando sentem que a mente e o corpo se aproximam do verdadeiro descanso, assustam-se extraordinàriamente e temem por seu poder e suas forças, que sentem diminuir. Não compreendem tratar-se apenas de passar um tempo relativamente curto no meio de uma certa inércia, de uma relativa inatividade.

 Se estivessem devidamente educadas física e moralmente, saberiam que o poder espiritual vai dedicar, então, a sua força em recobrar as energias gastas para as empregar na reconstituição de um corpo novo, porquanto o espírito não pode exercer ao mesmo tempo toda a sua ação no sistema externo e no interno.

Quando põe toda a sua força em um deles, o outro há de repousar. A grande fonte natural para a recuperação das forças é o descanso.

A terra que se deixa em repouso vai reunindo novas forças para uma futura produção. A mãe, cujo corpo e espírito trabalharem menos possível durante a gestação, é a que dá à luz crianças mais robustas e cheias de saúde.

Por descanso, compreende-se o descanso da mente, bem como o do corpo. O descanso mental é tão necessário como o físico. A imensa maioria dos homens atuais não tem uma idéia exata do que é ou significa o descanso mental ou deixar em sossego a inteligência.

 Neles, a ansiedade, a angústia e o desassossego formaram já um arraigado hábito ou segunda natureza, que não podem abandonar. Ricos e pobres procedem, com pouca diferença, da mesma forma.

 Este modo de ser e proceder conduz, inevitavelmente, ao esgotamento total das forças, à decadência e à enfermidade, e tudo isso provém de que tanto os homens como as mulheres de hoje não conseguiram ainda chegar a ter uma firme crença em que todos nós, como partes que somos de Deus ou do Infinito Espírito;

 possuímos um poder espiritual que, sendo educado, atenderia a todas as nossas necessidades, nos proporcionaria saúde perfeita e converteria em deliciosa realidade o que atualmente é apenas um mero sonho ou suave devaneio do nosso espírito.

O homem está destinado a viver numa época em que, quando disser firme e mentalmente: “Quero isto ou aquilo”, se persistir nessa atitude mental, a coisa desejada se realizará.

Por meio das forças invisíveis, adormecemos nosso corpo; por meio das nossas próprias energias, ficamos despertos. O que entendemos atualmente pela palavra morte não é mais do que o ato que o espírito realiza de abandonar o corpo envelhecido e gasto;

 pois em si mesma ele encerra a potência para penetrar num corpo novo. Pela ignorância e a violação desta lei natural, os homens de todos os tempos não deixaram ao espírito a oportunidade de fazer uso dessa grande potência.

O homem não morre, só o corpo é que morre; cada um de nós gozou já de outro corpo antes da existência presente. Foi esse corpo que morreu, como muitos outros tinham morrido também antes dele. A nossa verdadeira vida é a vida mental ou espiritual.

Não estamos, porém, condenados a ter de sofrer sempre a morte do corpo, como no passado. Há de chegar um tempo em que, tendo o espírito suficientemente amadurecido os seus poderes, saberá ir-se revestindo a si próprio, pouco a pouco, de um novo corpo físico, à medida que se for gastando e tornando inútil e velho.

Paulo previu essa possibilidade ao dizer: “O último inimigo grande e poderoso que o homem terá de vencer é a morte.”

Quando essa lei for conhecida e seguida, isto é, quando ela for consciente e plenamente observada, produzir-se-ão resultados tais que agora se considerariam como verdadeiros milagres.

Os espíritos — e por este epíteto designaremos todo ente espiritual que utilize e possua qualquer corpo físico — desfrutarão, um dia, de um corpo de que poderão servir-se neste plano da existência, todo o tempo que lhes aprouver e desejarem.

E como tais Corpos serão cada vez mais perfeitos e bem formados, adaptar-se-ão também melhor para exprimir ou exteriorizar as progressivas e cada vez maiores potências do espírito.
O nosso Eu verdadeiro nunca perde a menor partícula da potência adquirida. Devido única e simplesmente às imperfeições do corpo, seu instrumento, é o que o espírito, muitas - zes, é incapaz de exteriorizar todo o seu poder, à semelhança do que se daria com o melhor carpinteiro, que só poderia fazer pouca e imperfeitíssima obra com uma serra ou outros utensílios mal-afiados ou avariados.
Postado por Dharmadhannya

Nenhum comentário:

Postar um comentário