sexta-feira, 2 de junho de 2017

As sementes do dharma e do carma




                                                                  A semente do dharma e do carma
"A Mente é um Campo" 
A mente é um campo
 no qual é plantado todo tipo de semente.
 Nesse campo da mente também pode ser chamado de
 “Todas as sementes”.

A PRINCIPAL FUNÇÃO da consciência armazenadora é guardar e preservar todas as sementes. Um dos nomes da consciência armazenadora é sarvabijaka, a totalidade das sementes.

Outro é adana, que significa manter, segurar. não deixar escapar. Manter todas as sementes - conservando-as viva de forma que estejam disponíveis para se manifestarem — é a função básica da consciência armazenadora.

O fenômeno dá às sementes (bijas) a capacidade de se perpetuarem. Se você plantar uma semente na primavera, no outono a planta estará completamente formada e carregada de flores. Dessas flores, novas sementes irão) cair na terra, onde serão armazenadas até brotar e produzir novas flores.

 Nossa mente é um campo no qual é plantado todo tipo de semente — sementes de compaixão, alegria e esperança, sementes de tristeza, medo e dificuldades. Diariamente, nossos pensamentos, palavras e ações plantam novas sementes no campo da nossa consciência, e o que essas sementes geram torna-se a substância da nossa vida.

No campo da mente existem sementes saudáveis e não-saudáveis plantadas por nós mesmos e pelos nossos pais, pela escola, pelos ancestrais e pela sociedade. Se você plantar trigo, nascerá trigo. Se você agir de uma maneira sadia, você será feliz.

Se agir de maneira não-saudável, estará regando as sementes de apego, raiva e violência em si mesmo e nos outros. A prática da plena consciência nos ajuda a identificar todas as sementes que se encontram na nossa consciência e, com esse conhecimento, podemos escolher regar apenas aquelas que são mais benéficas.


À medida que cultivarmos as sementes de alegria e transformarmos as sementes de sofrimento em nós mesmos, veremos florir a compreensão, o amor e a compaixão.


Variedades de Sementes
Existe em nós uma infinita variedade de sementes —
Sementes de samsara, de nirvana, de ilusão e de iluminação,
Sementes de sofrimento e de felicidade,
Sementes de percepção, de nomes e de palavras.



NOSSA CONSCIÊNCIA ARMAZENADORA contém todo tipo de semente. Algumas são fracas, outras fortes, umas são grandes, outras pequenas, mas todas estão lá — sementes tanto do samsara quanto do nirvana, do sofrimento e da felicidade.

 Se em nós for regada uma semente de ilusão, nossa ignorância aumentará. Se a semente da iluminação crescer em nós, nossa sabedoria florescerá.

Samsara é o ciclo do sofrimento, o lugar que habitamos quando vive- na ignorância. É difícil sair desse ciclo. Nossos pais sofreram e nos transmitiram as sementes negativas desse sofrimento.

 Se essas sementes não forem reconhecidas e transformadas por nós, certamente as passaremos para os nossos filhos. Essa constante transmissão de medo e sofrimento dirige o ciclo do samsara. Ao mesmo tempo, nossos pais também nos transmitiram sementes de felicidade.

Por meio da prática da consciência plena, podemos reconhecer as sementes saudáveis que existem dentro de nós e nos outros e regá-las todos os dias.

Nirvana quer dizer estabilidade, liberdade e o fim do ciclo de sofrimento (samsara). A iluminação não vem de fora, não é algo que recebemos, nem mesmo de um Buda. A semente da iluminação já está dentro da nossa consciência. Ela é a nossa natureza búdica — a qualidade inerente de mente iluminada que todos nós possuímos e que só precisa de cultivo.


A fim de transformar samsara em nirvana, precisamos aprender a olhar profundamente e ver claramente que ambos são manifestações da nossa própria consciência. As sementes de samsara, sofrimento, felicidade e nirvana já estão na nossa consciência armazenadora.

É necessário apenas que nós reguemos as sementes de felicidade, evitando regar as sementes de sofrimento. Quando amamos alguém, tentamos reconhecer as sementes positivas dentro dessa pessoa e regar essas sementes com palavras e atos amorosos. 

Quando regadas, as sementes de felicidade crescem mais vigorosas, enquanto a força das sementes de sofrimento diminui por não estarmos regando-as com palavras e atos rudes.

Nossa consciência armazenadora também contém sementes geradas pelas nossas percepções. Nós percebemos muitas coisas, e os objetos dessas percepções são armazenados na nossa consciência armazenadora.

Quando percebemos um objeto, em termos budistas, vemos o seu “sinal” (lakshana). A palavra sânscrita “lakshana” significa também “marca”, “designação”, ou “aparência”. O sinal de uma coisa é a imagem que nossa percepção (samjna) cria dela.

 Suponhamos que vemos uma plataforma de madeira apoiada por quatro pernas — essa imagem torna-se uma semente dentro da nossa consciência.

 O nome com que designamos essa imagem, “mesa”, é outra semente em nós. “Mesa” é o objeto de nossa percepção. Nós, os observadores, somos o sujeito. Os dois estão ligados: toda vez que percebemos o objeto que chamamos de “mesa”, ou se simplesmente ouvimos a palavra “mesa”, a imagem que temos de uma mesa manifesta-se na nossa mente consciente.

Consciência armazenaaora
DE ACORDO COM OS ENSINAMENTOS do Budismo da Pura Manifestação, a nossa mente tem oito aspectos ou, podemos dizer, oito “consciências”.

As cinco primeiras baseiam-se nos cinco sentidos físicos. Elas surgem quando os nossos olhos vêem formas, os nossos ouvidos ouvem sons, o nosso nariz sente odores, a nossa língua sente o sabor de alguma coisa ou a nossa pele toca um objeto. A sexta consciência mental(manovijnana) surge quando a nossa mente entra em contato com um objeto da percepção.

A sétima, manas, é a parte da consciência que dá origem à consciência mental e a mantém. A oitava, a consciência armazenadora (alayavzjnana), é o chão, ou a base, das outras sete consciências.


Os versos de Um a Quinze tratam da consciência armazenadora. Esta tem três funções.
A primeira é guardar e preservar todas as “sementes” (bijas) de nossa experiência. As sementes enterradas na nossa consciência armazenadora representam tudo o que já fizemos, experimentamos ou percebemos. As sementes plantadas por essas ações, experiências e percepções constituem o “sujeito” da consciência. Como um ímã que atrai partículas de ferro, a consciência armazenadora junta todas essas sementes.

O segundo aspecto da consciência armazenadora são as próprias sementes. Um museu é mais do que um edifício. É também as obras de arte nele expostas. Do mesmo modo, a consciência armazenadora não é apenas  o edifício de um “armazém”, mas também as sementes que ali se encontram.

As sementes podem ser distinguidas da consciência armazenadora, porém só podem ser encontradas no armazém. Quando você tem uma cesta de  maçãs podem ser diferenciadas do cesto.  Se o cesto estivesse  Vazio, você não o chamaria de Cesto de maças. A  consciência armazenadora  é, ao mesmo tempo, o armazém e o conteúdo nele depositado.

Desse modo, as sementes são também o “objeto” da consciência. Assim, quando dizemos “consciência”, estamos nos referindo a ambos, sujeito e objeto da consciência ao mesmo tempo.

A terceira função da consciência armazenadora é servir como um “mostruário para o apego a um eu”. Isso se deve ao sutil e complexo relacionamento entre manas, a sétima consciência, e a consciência armazenadora.

 Manas, que surge da consciência armazenadora, faz um giro, apanha uma parcela do que está exposto na consciência armazenadora e encara essa porção como sendo uma entidade separada e distinta, um “eu”. Grande parte do nosso sofrimento resulta dessa percepção errônea de manas.


O Budismo identifica três pares de sinais de fenômenos.

- O primeiro par é o sinal universal e o sinal particular de alguma coisa. Quando olhamos uma casa, o sinal, ou imagem, “casa” inicialmente é universal. O sinal universal “casa” é como o seu rótulo genérico. Há alguns anos, você podia comprar alimento genérico no supermercado.

 Em vez de imagens coloridas e nomes de marcas, o rótulo numa lata de milho, por exemplo, exibia simplesmente a palavra “milho” em preto sobre um invólucro totalmente branco. O sinal universal de um objeto é assim.


Contudo, usando a nossa mente discriminadora, logo percebemos milhares de detalhes sobre cada casa tijolo, madeira, pregos, coisas específicas a ela, e assim por diante. Esses específicos constituem o sinal particular de uma casa. 

A casa pode ser vista como um todo — seu sinal universal — ou como uma combinação de suas partes, seu sinal particular. Todas as coisas possuem uma natureza universal e, ao mesmo tempo, uma particular.

- O segundo par de sinais é unidade e diversidade. Nossa noção de casa é uma idéia de unidade. Todas as casas fazem parte da designação “casa”. Porém a noção universal de “casa” não nos mostra nenhuma casa individual, que seja única nas suas particularidades.

 Existem variações incontáveis de casas, e essa é a natureza da diversidade. Quando olhamos para qualquer fenômeno, devemos ser capazes de ver a unidade na diversidade e a diversidade na unidade.

- O terceiro par de sinais é formação e desintegração.

Uma casa pode estar em processo de construção, mas ela está, ao mesmo tempo, em processo de desintegração. Muito embora a madeira seja nova e a casa ainda não esteja completamente construída, a umidade ou a secura do ar já começam a sujeitá-la à ação do tempo.

Olhando para uma coisa que está começando a tomar forma, devemos ter a capacidade de ver que aquilo está também em processo de desintegração.


O treinamento da meditação é projetado para nos ajudar a aprender a ver ambos os aspectos de cada par de sinais. Vemos o todo quando estamos olhando para as partes, e cada parte quando olhamos para o todo.

Quando um carpinteiro olha para uma árvore, já visualiza uma casa, porque foi treinado a construir uma casa com o material da árvore. Ele esta vendo ambos os aspectos, o universal e o particular, da árvore.

 Por meio da consciência plena nos treinamos para ver todos os seis sinais universal e particular, unidade e diversidade, formação e desintegração sempre que percebemos um simples sinal, um objeto específico. Este é o ensinamento da interexistência.

Atribuímos nomes e palavras, ou “designações”, para os objetos de nossa percepção, tais como “montanha”, “rio”, “Buda”, “Deus”, “pai”, “mãe”. Cada nome que designamos para um fenômeno, cada palavra que aprendemos, é armazenado como uma semente dentro de nossa consciência.

As sementes produzem outras sementes em nós, chamadas “imagens”. Quando ouvimos o nome de algo, uma imagem surge em nossa consciência, e então tomamos aquela imagem como sendo realidade.

Tão logo escutamos alguém dizer as palavras “Nova York”, por exemplo, imediatamente tocamos as sementes da imagem de Nova York que temos em nossa consciência armazenadora.

Visualizamos o horizonte de Manhattan ou os rostos das pessoas que conhecemos lá. Entretanto, essas imagens podem ser diferentes da atual realidade de Nova York. Podem ser inteiramente criadas pela nossa imaginação, mas não conseguimos ver a fronteira entre a realidade e as nossas percepções errôneas.

Usamos palavras para apontar alguma coisa um objeto ou um conceito —, mas elas poderão ou não corresponder à “verdade” daquilo que só poderá ser conhecido por meio de uma percepção direta da sua realidade.

Na vida cotidiana raramente temos uma percepção direta. Inventamos, imaginamos e criamos percepções com base nas sementes das imagens que temos na nossa consciência armazenadora.


Quando nos apaixonamos, a imagem da pessoa amada que guardamos na mente pode ser muito diferente da pessoa que ela realmente é. Podemos dizer que, em lugar da pessoa em si, acabamos casando com a nossa falsa percepção.

Percepções erradas criam muito sofrimento. Temos certeza de que as nossas percepções estão corretas e completas; entretanto, na maioria das vezes não estão.

Conheço um homem que suspeitava que o filho não fosse dele, mas de um vizinho que visitava sua esposa frequentemente. O pai também era muito orgulhoso e sentia vergonha de falar para a esposa ou para quem quer que fosse sobre a sua suspeita.

Então, um dia, um amigo que fora visitá-lo comentou o quanto o garoto se parecia com o pai. Nesse momento, o homem compreendeu que o menino realmente era seu filho. Devido a essa percepção errada que ele carregava, a família suportou uma grande dor durante muitos anos. Não só essas três pessoas, mas todos os que os cercavam também sofreram por causa dessa percepção errônea.

É muito fácil confundir nossa imagem mental, ou sinal de alguma coisa, com a sua realidade. O processo de interpretar erroneamente nossas percepções, tomando-as como se fossem realidade, é tão sutil que fica muito difícil saber o que está acontecendo.

Por isso não devemos tentar fazer isso. A maneira de evitá-lo é manter a plena consciência. Praticamos meditação para treinar a mente na percepção direta, na percepção correta. Quando meditamos, olhamos nossas percepções em profundidade a fim de descobrir a sua natureza e os elementos que são corretos ou incorretos.

Sem a consciência plena, você acreditará que estão corretas as suas percepções baseadas em preconceitos que se desenvolveram a partir das sementes de experiências passadas depositadas na sua consciência armazenadora.

Quando temos uma percepção errada e continuamos a mantê-la, ferimos a nós mesmos e aos outros. De fato, as pessoas se matam devido às suas percepções diferentes acerca da mesma realidade.

Vivemos em um universo cheio de imagens falsas e ilusões, entretanto acreditamos estar verdadeiramente em contato com o mundo.


Podemos ter um profundo respeito pelo Buda e acreditamos que, se fosse possível encontrá-lo pessoalmente, faríamos uma reverência perante ele e estaríamos prontos para seguir todos os seus ensinamentos.

 Mas, na realidade, talvez tenhamos encontrado o Buda em nossa própria cidade e nem sequer tivemos vontade de, pelo menos, chegar perto porque a sua figura não correspondia à imagem que dele fazemos.

Estamos certos de que o Buda aparece com uma auréola, usando lindos mantos. Assim, quando encontramos o Buda usando roupas comuns, não o reconhecemos. Como poderia o Buda usar uma camisa esporte? E não ter uma auréola?

Existem muitas sementes de percepções erradas na nossa consciência. Mesmo assim, estamos certos de que a nossa percepção da realidade está correta. “Essa pessoa me odeia. Ela não vai olhar para mim. Ela quer me ferir.” Isso poderá nada mais ser do que uma criação da nossa mente.

Acreditando que as nossas percepções são a realidade, podemos então agir segundo a nossa crença. Isso é muito perigoso. Uma percepção errada pode criar inúmeros problemas.

 De fato, todo o nosso sofrimento origina-se de não reconhecermos as coisas como elas são. Deveríamos sempre, humildemente, perguntar a nós mesmos:

 “Estou certo?” e depois dar espaço e tempo para que as nossas percepções fiquem mais profundas, mais claras e mais estáveis. Na prática médica dos dias de hoje, médicos e enfermeiros lembram uns aos outros que não devem ter tanta certeza acerca de qualquer coisa. “Mesmo que você ache que está certo, verifique novamente”, insistem uns com os outros" 




Este texto está livre para divulgação desde que seja citada a fonte:
http://dharmadhannyael.blogspot.com.br/

Meu blog foi  clonado inteiramente, 
por isto estou em oração permanente contra ataques.
Os meus textos estão em vários blogs com o nome do impostor


Meus blogs


http://astrologiadevenusemercurio.blogspot.com.br/

https://www.facebook.com/dharmadhannyael

Eu estou no G+ :
Comunidade
https://plus.google.com/communities/111702837947313549512

Haja luz para compartilhar para o bem de todos.
Somos Um-a só consciência.
Este espaço está protegido pelos anjos e por Hermes
Estou neste momento me unindo com o Poder  e a Força da Unidade, com o poder de todos os anjos, querubins, Serafins, Elohim.

Melchizedek, Sandalfon, Metraton,
 Gabriel, Rafael, Haniel, Miguel, Camael, Tsadkiel,  
Raziel, Uriel,  Samuel
Os anjos seguem na frente abrindo meus caminhos
 e me protegendo Com a Justiça Divina.
Amém!





Um comentário: